sábado, 17 de outubro de 2009

JORNAL MENSAL DA SBDE (EXCERTO)

Outubro de 2009

NOTÍCIA DE NOSSOS TITULARES:

- JOSÉ ROBERTO DE MELO: A Academia Internacional de Literatura e Artes, em sessão realizada no plenarinho da Câmara Municipal do Recife, admitiu novos membros e homenageou algumas personalidades. A Presidente da Academia, Sheila Cohen, entregou o troféu "Ronaldo Francisco da Silva" ao nosso Presidente de Honra, na categoria de Odontologia e Hipnose. Nossas congratulações por mais um reconhecimento ao seu belo trabalho!

- LENILSON SILVA DE CARVALHO: Foi lançado o 3º livro do nosso ilustre Confrade, "Pensamentos, Provérbios e Aforismos", que traz uma coletânea da literatura e alterna autores nacionais e estrangeiros, épocas, ideias, atividades, fatos e circunstâncias ocorridas no Brasil e no mundo. Representamos a SBDE no lançamento, levando o abraço de Confrades e Confreiras. Parabéns! E que venham outros!

- JOAREZ PORTO: A Academia Cearense de Odontologia, por ocasião do seu Jubileu de Prata, comemorado em 25.09, concedeu a este Confrade Diploma de Honra ao Mérito Acadêmico e Placa alusiva;


- MARIA YOLANDA MONTENEGRO TAVARES e GERALDO MENEZES BARBOSA:
Foram igualmente homenageados com Diploma de Honra ao Mérito Acadêmico, por haverem completado 80 anos de idade. A todos esses ilustres Titulares, nossas congratulações, e um agradecimento especial ao DD Presidente, Acad. Cláudio Marques Freire, pelo envio do convite para a solenidade, desculpando-nos pela ausência, pois coincidiu com a realização do 42º COSMO. Vale a pena visitar: www.aco.org.br

- CREUSE PEREIRA SANTOS: Também por indicação da Presidência, a mesma Assembleia aprovou, por unanimidade, a indicação do nome do ilustre Confrade recém falecido para título da nossa Biblioteca.

- CLÓVIS MARZOLA: A Assembleia Geral da ATO - Academia Tiradentes de Odontologia elegeu nosso Confrade para presidi-la Parabéns à nova Diretoria que, certamente, dará continuidade ao trabalho até aqui desenvolvido, além de criar outras opções para elevar cada vez mais o bom nome da Instituição.

- GETÚLIO LIMA: Nosso mais novo Confrade fez doação de 03 livros para a Biblioteca “Prof. Creuse Pereira Santos”: “Mergulhos no Passado” (Volumes I e II - autobiografia com relatos da sua trajetória pessoal e profissional em diversas fases da sua vida: Paulista, pois nasceu em Orlândia; Mineira, pois graduou-se em Uberaba; Goiana, na cidade de Itumbiara/GO, onde exerce suas múltiplas atividades, há mais de 5 décadas. Numa linguagem simples, coloquial, Getúlio nos conduz a uma viagem fascinante, que prende a atenção do leitor de maneira bastante agradável; “História do Rotary Clube de Itumbiara (1959-2009), comemorando o cinquentenário desse atuante Clube de Serviços; ele foi: um dos fundadores, Presidente em várias gestões e chegou a Governador do Distrito 4770. Um belíssimo trabalho! Parabéns!

ELEIÇÃO NA SBDE:

A Assembleia Geral realizada durante o 42º COSMO elegeu a Diretoria para a gestão 2010/2012, por aclamação, pois não houve chapa concorrente. Eis os eleitos e respectivos cargos, a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2010:

Presidente: Rubens Barros de Azevedo/RN;

1º Vice-Presidente: Mary Camardelli/BA;

2º Vice-Presidente: Mauro Cesar Álvares Cruz/MG;

3º Vice-Presidente: Hugo Vieira de Melo Degani/RJ);

Secretário Geral: Osmar Baroni/MG;

1º Secretário: Reinaldo Brito e Dias/SP;

2º Secretário: Anísio Lima da Silva/MS;

Tesoureiro Geral: José Henrique Gomes Gondim/RN;

1º Tesoureiro: José Dilson Vasconcelos de Menezes/CE;

2º Tesoureiro: Irma Neuma Coutinho Ramos/PB;

Orador Oficial: José Roberto de Melo/PE.

Nossa promessa: Trabalhar para manter a nossa Sociedade conhecida, respeitada e dinâmica, interagindo com os vários segmentos da literatura, em particular, e da Cultura em geral do País - com a ajuda e apoio de todos os Titulares, evidentemente.

QUEM SOMOS: LUCY DALVA LOPES MAURO
Nasceu na cidade de São Paulo, em 04 de agosto.

GRADUAÇÃO: Odontologia pela UNESP/Araraquara;

PÓS-GRADUAÇÃO: Mestrado e Doutorado pela Faculdade de Odontologia da USP. Especialização: em Ortodontia, Ortopedia Funcional dos Maxilares, Prótese Bucomaxilofacial, pelo CROSP e Cirurgia Bucomaxilofacial, pela UNIP.

ATIVIDADES DOCENTES: Corpo Docente da Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO); Ensino, Pesquisa e Reabilitação de Pacientes Especiais desde 1968, tanto na FOUSP, como no Hospital dos Defeitos da Face (atual Hospital da Cruz Vermelha Brasileira), em Maternidades, Hospitais, dando orientação e atendimento à família, pais e pacientes, mesmo antes do nascimento, para tanto mantém intercâmbio com Serviços, Universidade, Centros Especializados no Brasil e Exterior;

ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS: Responsável pelo Ambulatório do Hospital dos Defeitos da Face e do Hospital da Cruz Vermelha Brasileira, nos setores de: Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares, Fissuras Lábio-Palatinas, Anomalias Crânio-Maxilo-Faciais, Síndromes e Pacientes com Necessidades Especiais; Corpo Clínico do Hospital São Luiz, e do Hospital 09 de Julho.

ATIVIDADES CLASSISTAS: Presidente: da Associação Brasileira de Fissuras Palatinas; da Academia Tiradentes de Odontologia (até 2009); da Associação Brasileira de Odontólogas; da Federação Brasileira das Academias de Odontologia; Vice-Presidente da Associação Brasileira de Cirurgia e Implantodontia Oral (até 2006); Conselheira Efetiva e Presidente da Comissão de Ética do CRO/SP; Conselheira: Federal da Ordem dos Parlamentares do Brasil; do Instituto Cultural e Fraternidade; da Soberana Ordem D. Pedro I; Conselheira da ABACH; Assessora da Diretoria da Sociedade Paulista de Ortodontia até 2006; Membro do Grupo de Assessoria em projetos sobre Fissuras Lábio Palatinas da Secretaria de Saúde do Estado de SP.

ATIVIDADES LITERÁRIAS: Livros Publicados - Logopedia y ortopedia maxilar em la reabilitacion orofacial. Tratamiento precoz y preventivo: Terapia miofuncional. Com Nidia Zambrana Toledo González. Editora Massom, 1998 – Barcelona/ Espanha; Ortopedia Maxilar. Fonoaudiologia na Reabilitação Orofacial. Tratamento precoce preventivo. Terapia miofuncional. Editora Santos, 2000/SP; Vários capítulos de livros de Cirurgia Plástica, Odontopediatria, Cirurgia Geral, Ortodontia e Ortopedia Facial, Prótese Bucomaxilofacial e Fonoaudiologia entre outros;

HONRARIAS: Comendadora Gran Cruz Acadêmica; Grã Colar D. Pedro I; Homenagens: da Pierre Fauchard Academy – Brasil Section, pelos 10 anos da Instituição no Brasil (2002); Honra ao Mérito da Sociedade Paulista de Ortodontia e Ortopedia Dr. Jairo Corrêa; Honra ao Mérito Dr. Emil Adib Razuk (2006); do CRO/SP (2007); XIX Prêmio Magnífico Destaque Profissional (2006 e 2007); Supremo Conselho Internacional de Honrarias e Méritos da Ordem III Imperatriz Teresa Cristina; Prêmio Medalha do Mérito Cívico. Desempenho em Odontologia; Diploma de Honra por relevantes serviços prestados pela Conselheira outorgado pelo CRO/SP, durante 08 anos como Conselheira e Presidente da Comissão de Ética; Troféu XVI Prêmio dia Internacional da Mulher 2003 a 2007; Cruz do Mérito de Empreendedor Juscelino Kubistchek outorgado pelo Centro de Integração Cultural e Empresarial de SP, recebida em Brasília; da Academia Joaquim José da Silva Xavier, pela presença com sua equipe nos Congressos Sul Mineiro de Odontologia, por 11 anos consecutivos (2002); Prêmio Internacional da Mulher (2003 a 2007); Destaque Profissional em Ortodontia e Prótese Bucomaxilofacial (2003); Medalha do Mérito Ambiental, pela Academia de Estudos Ecológicos e Meio Ambiente; Medalha Cívica Nobres Cavaleiros São Paulo - Grau Dame, Academia de Arte, Cultura e História, além de: mais de 500 Diplomas e Certificados; 300 Medalhas, Troféus e Prêmios; Mais de 50 Votos de Louvor; Mais de 100 Homenagens, outorgadas por Entidades Nacionais e Internacionais. Nossos efusivos cumprimentos por tão belo quanto diversificado currículo que nos serve de incentivo e justo orgulho.

TITULAR ANIVERSARIANTE DO MÊS: DIA 06.10 - REINALDO BRITO E DIAS
- Nosso fraternal abraço ao nobre Titular pela passagem de tão importante data.

ECOS DO 42° COSMO - Congresso Sul Mineiro de Odontologia - De 21 a 27.09.2009
Desde a 2ª feira, tradicionalmente reservada para a Abertura Informal, com reduzido número de participantes que se dispõem a chegar mais cedo ao Hotel Caxambu, na sempre aprazível cidade do mesmo nome, tudo transcorreu a contento.
Os eventos científicos paralelos se desenvolveram conforme foram programados: 18ª Jornada Mineira de Fissuras Palatinas; 19º Congresso Brasileiro de Prevenção, Reabilitação e Saúde Oral; 25º Congresso Brasileiro de Hipnose e Medicina Psicossomática.
Houve também a exposição de Painéis Científicos por diversos profissionais e Instituições.
O 8º Encontro Mineiro de Arte e Poesia assim transcorreu: Exposição de Artes Plásticas, com obras de: Adilson Campos Pimenta, Vera Junqueira, Neida Pimenta Mendes, Deborah Coldibelli Campos.
Dia 24.09, Recital Poético das 20 às 22 horas;
Dia 25.09, Grupo “Choro Assanhado”, ótimo conjunto da cidade de Baependi/MG, das 21 às 23 horas; Dia 26.09, Recital Poético, das 15 às 16h30min
- Nas duas oportunidades, apresentaram obras autorais (ou não): José Roberto de Melo; Mauro Cruz; Guiomar Paiva; “Jaiminho”, dentre outros.
Às 18 horas, houve a Solenidade de Entrega da Comenda, com Elegias do Prof. Luizito Pereira (Biógrafo do homenageado, autor do livro “Ataulpho Alves, um bamba do samba” e da Profª. Rilza Rodrigues Toledo, que apresentou a sua dissertação de Mestrado: “Ataulpho Alves - Raízes Mineiras do Brasil pela Memória Musical”.
A Mesa Diretora foi assim constituída:
Titular da SBDE, seu Idealizador e 1º Presidente, Alfredo Campos Pimenta (Presidente dos Congressos); Dr. Luiz Carlos Pinto (Exmo. Prefeito de Caxambu);
Dr. José Antônio Valério, representante oficial do Conselho Regional de Odontologia de MG;
Sr. Sérgio Luiz Resende (Exmo. Prefeito de Miraí);
Profª Dra. Lucy Dalva Lopes Mauro (Madrinha dos Congressos);
Acad. Dr. Kleber Halfeld (Presidente da Academia Juiz-Forana de Letras);
Acad. Prof. Mauro Cruz (Conselho da Comenda);
Sr. Ataulpho Alves Júnior, Representante da Família do Homenageado;
Presidente da SBDE, Dr. Rubens Barros de Azevedo (Protocolo).
Na mesma sessão foram oficialmente empossados na nossa Sociedade, os colegas:
GETÚLIO LIMA (de Itumbiara/GO), tendo como Padrinho o Confrade Osmar Baroni, e
PAULO JOSÉ MORAIS DA SILVA, de Maceió/AL, representado pelo seu Padrinho, Confrade Renato Gama Vieira da Silva.
20 horas: Jantar de Gala;
21h30min, Coquetel Musical no bar da piscina do Hotel, com o cantor Ataulpho Alves Júnior, muito bem acompanhado por Patrick Angello (Violonista), “Pizzy” (Percussão) e Fernando Fernandes (Tecladista) - foi uma verdadeira apoteose, com muitos aplausos dados por uma plateia entusiasmada, muita dança etc.. Preparemo-nos para o 43º COSMO, que homenageará o grande compositor NOEL ROSA.

EM DEFESA DA NOSSA LÍNGUA: Você sabe usar a forma correta?
- Hoje é hoje. Amanhã é depois de hoje. E depois de amanhã (sem hifens) é daqui a dois dias. E como voltar para o passado? Ontem foi antes de hoje. Antes de ontem é anteontem. E antes de anteontem? Trasanteontem. Por incrível que pareça.

- APOFONIA - Vários nomes que, no singular possuem na sílaba tônica um “o” fechado ― “povo”, “poço”, “glorioso” e “olho”, no plural experimentam mudança de timbre. As palavras “povos”, “poços”, “gloriosos” e “olhos” são pronunciadas com o “o” aberto. É o caso também de “novos”, “porcos” e “coros”. Estes são exemplos de apofonia. E, como toda regra tem a sua exceção, “gosto”, “tronos” e “bolsos” têm o “o” tônico fechado.

- ATA X PAUTA - Pauta é a orientação que os repórteres recebem descrevendo que tipo de reportagem será feita, com quem deverão falar, onde e como. Ata é um documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências, as deliberações, as resoluções e as decisões de reuniões ou de assembleias. Ela deve ser redigida de maneira que não seja possível qualquer modificação posterior.
Fonte: www.scrittaonline.com.br

MOMENTOS LITERÁRIOS DOS TITULARES:

- José Roberto de Melo * - ESCANINHOS DA HIPNOSE
Encontro na Internet a informação de que o parque de diversões “Chessington Word of Adventures”, na Inglaterra, mantém um hipnólogo de plantão.
O referido profissional fica à disposição dos pais de crianças que não têm coragem de acompanhar os filhos em brinquedos de aparência perigosa. Hipnotizados, os genitores perdem a fobia; fobia é um medo patológico, sem motivo lógico. Medo que removi, também com hipnose, em muito pacientes, durante mais de 40 anos de clínica odontológica.
A hipnose continua funcionando, mesmo depois de o paciente sair do transe. (sugestão pós-hipnótica). Eu sugeria ao paciente fóbico que, ao sentar na minha cadeira de operações ficaria relaxado, calmo, disposto, sem nenhum medo - o que acontecia, mesmo nas sessões seguintes.
Cheguei a ouvir de uma paciente que não sabia como explicar, mas aquela cadeira era "mágica", pois bastava sentar nela para perder o medo.
A hipnose, bem aplicada, pode fazer muito pela humanidade.
- Fonte: www.melo28.blog.uol.com.br.

- Odette Mutto - AS BEM COMPORTADAS

Quando chegaram ao colégio, só a velha servente surda andava por ali.
Era o período de recesso escolar, e as quatro alunas tinham vindo apenas para uma aula de recuperação.
Entraram na classe, sorriram, a freira retribuiu.
Três anos que passavam com a nota mínima, já haviam até conseguido uma segunda época. Mas eram muito bem comportadas, nunca tinham tido problema algum de disciplina com nenhuma delas. Por isso não considerava um transtorno ter que dar aula sozinha, enquanto o resto da escola estava de folga.
A última a entrar fechou a porta com a chave, guardando-a no bolso. E tão rápido que a freira nem percebeu.
Sentaram todas na 1ª fila. A irmã professora ditou compassadamente: provar que a soma dos ângulos internos de um triângulo qualquer é igual a 180º.
Ficou encostada na mesa, observando as meninas aparentemente absorvidas nos cálculos.
Logo uma delas levantou, dizendo que havia terminado.
As outras também se ergueram.
A freira mal começou a ler, viu que não estava certo. Fez um risco com lápis vermelho, ia explicar onde ela errara.
Mas não teve tempo. As três avançaram furiosamente contra ela.
Ajudadas pela que levantara primeiro, agarraram-na com firmeza. Nem pôde gritar, porque a mão da mais alta lhe tapou a boca sem pena. Foi arrastada para a janela no canto da sala.
Quando a empurraram para fora do parapeito, um dos sapatos caiu dentro da sala, mas depressa foi atirado lá para baixo.
Depois, em silêncio, cada qual recolheu seu material escolar, ajeitando o uniforme, e a que estava com a chave abriu a porta.
Não encontraram viva alma pelos corredores, nem no jardim.
A velha servente surda também tinha ido embora....

- Osmar Baroni - LÁGRIMAS DE VIOLÃO
O gênero musical Choro foi criado apoiado em três instrumentos básicos: flauta, cavaquinho e violão, advindo deste, segundo alguns historiadores, a origem do nome em virtude do dedilhamento nas cordas mais graves do violão, conferindo à linha melódica conotação plangente.
Como o jeitinho brasileiro é parte integrante da nossa cultura, procurou-se e, com sucesso, encontraram um meio de tornar a modulação da canção mais chorosa.
Assim, foi introduzido nos conjuntos de Choro o violão de 7 cordas, esta afinada em Dó. A novidade veio pelas mãos de Artur de Souza Nascimento, o Tute (1886-1957). Ele tocou violão de 6 cordas no conjunto “Cinco Companheiros”, no grupo Velha Guarda, na Orquestra Copacabana (tocava banjo), nas rádios Mayrink Veiga e Nacional, e ainda acompanhava gravações dos maiores cantores da época. Tute teve participação ativa até os 40 anos de idade.
Pouco tempo antes, chamava a atenção dos músicos a presença de um garoto de 14 anos nas serenatas com os boêmios do bairro de Santo Cristo, onde nascera (05/05/1918).
O garoto Horondino José da Silva tornou-se “Dino 7 Cordas”. Em criança brincava com o violão do pai, responsável pelo aprendizado das primeiras notas musicais e apoiado pelos irmãos que tocavam cavaquinho e pandeiro.
Inteligente e talentoso, com 19 anos ingressou no conjunto de Benedito Lacerda onde conheceu o também violonista Jaime Tomás Florence, o “Meira”, com o qual fez dupla que ficou famosa não só pelos anos de duração mas pelo virtuosismo de ambos e por suas composições. Dupla essa muito requisitada em gravações ou nos auditórios pelos cantores Francisco Alves, Silvio Caldas, Orlando Silva, entre outros. Por pragmatismo, o conjunto de Benedito Lacerda se transformou no “Regional do Canhoto”.
A essa altura da vida artística, Dino investiu nos estudos de teoria musical, (até então só tocava violão convencional). Extremamente ético, somente depois do afastamento de Tute, mandou confeccionar um violão de 7 cordas. Qualquer comparação é mera especulação, pois em competência ambos se equivaleram, contudo a notoriedade pendeu para Dino, até porque a mídia da sua época tornou-se mais intensa, principalmente quando ingressou no fabuloso “Época de Ouro”, conjunto formado pelo inigualável Jacob do Bandolim na década de 60.
Antes usado quase que somente no Choro, o efeito do preenchimento harmônico colocado por Dino motivou os seus seguidores a adotá-lo também nas gravações dos grandes sambistas e o resultado tem sido fantástico.
Dino faleceu, mas uma geração excelente (7 cordas) continua. Três dias após sua morte (27/05/2006) o teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro, reuniu seu vasto grupo de amigos e admiradores em comovida homenagem àquele que foi um dos maiores violonistas brasileiros.

MOMENTOS DE HOMENAGENS: Eis os aniversariantes do mês de literatos e da nossa MPB, com minibiografia e suas respectivas obras.
- “ZÉ KETI” (José Flores de Jesus) nasceu em 06.10.1921, no Rio de Janeiro. Neto do flautista e pianista João Dionísio Santana - companheiro dos compositores Índio e Pixinguinha - e filho de um marinheiro tocador de cavaquinho, crescendo, portanto, num ambiente musical.
Aos 18 anos, compôs sua 1ª marcha carnavalesca, Se o feio doesse, e aí não parou mais, pois editou mais de 300 composições.
Eis algumas das quais todos sabem, pelo menos, alguns trechos:
“A Voz do Morro”,
“Acender as velas”,
“Diz que fui por aí”,
“Leviana”,
“Malvadeza Durão”,
“Máscara Negra” (com Hildebrando Pereira Matos),
“Mascarada” (com Elton Medeiros);
“Opinião”;
“Eu sou o samba”.
Conhecido pela sua timidez era tão quieto que ganhou o apelido Zé Keti (abreviação de Zé Quietinho).
Hipertenso, debilitado por arteriosclerose, nos últimos anos de sua vida ocupava-se vendo televisão o dia todo. Deixou 05 filhos e 200 composições inéditas, à espera de quem queira gravá-las.
Zé Keti faleceu pobre, aos 78 anos, em 14.11.1999.

- CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, nascido em São Luís/MA, no dia 08.10.1863, foi teatrólogo, cantor e compositor. Quando tinha dez anos, mudou-se com a família para o sertão do Ceará (daí o adendo ao seu nome) e em 1880, com 17 anos, foram para o Rio de Janeiro.
Dispunha de uma fortaleza física excepcional, que o ajudou no cais do porto, onde trabalhou como estivador. Integrado nos meios boêmios da cidade, associou-se ao livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário da Livraria do Povo, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório de modinhas da época Conhecido como "vate sertanejo", deixou 15 livros de poemas, dentre eles: Meu sertão (1918), Sertão em flor (1919), Poemas bravios (1921), Mata iluminada, Aos pescadores (1923), Meu Brasil (1928), Um boêmio no céu, Alma do sertão (1928) e Poemas escolhidos (1944).
Entrou definitivamente para os anais da música brasileira ao levar o violão das rodas de seresteiros para os conservatórios de música em 1908. Até então, quem fosse de boa família jamais andaria com um desclassificado que ostentasse um pinho!
Eis algumas das suas belas e imortais composições:
Flor amorosa, com Antônio Callado (1880);
Talento e formosura, com Edmundo Octávio Ferreira (1904);
Ontem ao luar, com Pedro Alcântara (em 1907 e ganhou letra em 1913);
Caboca di Caxangá (1912);
Luar do sertão, com João Pernambuco (1914).
Deu recitais para 03 presidentes: Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca e Getúlio Vargas.
Como quase sempre acontece com a maioria dos grandes artistas, Catullo morreu pobre em 10.05.1946, aos 83 anos. Seus direitos autorais, possível e única fonte de renda, foram vendidos a um amigo por preço irrisório. Findou seus dias morando numa casa de madeira no subúrbio carioca do Engenho de Dentro.

- “CARTOLA” (Angenor de Oliveira) veio ao mundo no bairro do Catete, Rio de Janeiro, em 11.10.1908, mas passou a infância no de Laranjeiras.
Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque, e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão. Dificuldades financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a despontar uma favela. Lá conheceu e ficou amigo de Carlos Cachaça e outros sambistas.
Com 15 anos, após a morte de sua mãe, abandonou os estudos - terminou, apenas, o primário. Arranjou emprego de servente de obra, e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima, ganhando dos colegas de trabalho o apelido que o imortalizou.
Com um grupo de sambistas do morro, criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo, em 1928, fundou a Estação Primeira de Mangueira. O nome e as cores verde e rosa teriam sido escolhidos por Cartola, que compôs também o 1º samba para a Escola, "Chega de Demanda".
Os sambas de Cartola se popularizaram na década de 1930, em vozes ilustres como Araci de Almeida, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis e Silvio Caldas.
Houve um grande hiato na sua vida e foi reencontrado em 1956 pelo jornalista Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta), trabalhando como lavador de carros em Ipanema. Voltou a cantar em programas de rádio e a compor novos sambas.
Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o 1º de seus quatro discos solo, e sua carreira tomou novo impulso com clássicos instantâneos como "As Rosas Não Falam", "O Mundo é um Moinho", "Acontece", "O Sol Nascerá" (com Elton Medeiros), "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos Cachaça), "Cordas de Aço", "Alvorada" e "Alegria".
No final da década de 1970, mudou-se para uma casa em Jacarepaguá, onde morou até a morte, em 30.11.1980.
Como foi dito por um pesquisador, Cartola é considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira; semianalfabeto, compôs versos com metáforas camonianas, dentro da mais pura tradição do lirismo clássico português. Trata-se de uma confirmação da discutida tese do inconsciente coletivo. Ou alguém poderia imaginar metáfora tão arrojada como a “vida é um moinho”? Ou a audácia de se queixar às “rosas que não falam?”

- Marcus (VINÍCIUS) da Cruz (DE) Melo (MORAIS) surgiu para o mundo no Rio de Janeiro, em 19.10.1913.
Nasceu Marcus Vinitius Cruz e Mello Moraes, mas mudou de nome aos 09 anos de idade, em cartório; abandonou o Marcus, trocou a grafia em latim de Vinitius, e desistiu do Cruz e Mello. Na ortografia vigente, seu nome deve ser grafado VINÍCIUS DE MORAIS.
O “Poetinha” (como ficou conhecido) é essencialmente lírico, notabilizou-se pelos seus sonetos. Sua obra é vasta em vários segmentos: literatura, teatro, cinema e música.
Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933. Em 1946, assumiu o 1º posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles; na década de 50, atuou em Paris e em Roma e aposentou-se compulsoriamente, em 1968.
Em 1954 lançou sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", bastante elogiada; nessa época conheceu o parceiro Tom Jobim ("Se Todos Fossem Iguais a Você", "A Felicidade", "Chega de Saudade", "Eu Sei Que Vou Te Amar", "Garota de Ipanema", "Insensatez", entre muitas outras).
Fez parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra, Francis Hime, Chico Buarque e outros. Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913, mas sua obra permanece imortal!.

- “CAPIBA” (Lourenço da Fonseca Barbosa), nasceu em Surubim/PE, em 28.10.1904; faleceu em Recife, em 31.12.1997.
O apelido Capiba, na gíria local designava "jumento" e era extensivo a toda a família; segundo dizem, foi inaugurado pelo avô do compositor, que era baixinho e teimoso. Tornou-se o mais conhecido compositor de frevos do Brasil.
Filho de uma família de músicos (seu pai foi maestro da banda municipal de Surubim), e aos 08 anos de idade já tocava trompa. Ainda criança mudou-se com a família para Campina Grande/PB.
Aos 16 anos atuava como pianista no cinema de Campina Grande, e nessa época chegou a pensar em seguir carreira como jogador de futebol.
Aos 20 anos a família obrigou-o a abandonar a música e a bola para estudar.
Foi para João Pessoa, mas continuou tocando e compondo, e em 1925, além de empregar-se mais uma vez como pianista de cinema, sua valsa "Meu Destino" foi editada.
Em 1930 conseguiu um emprego no Banco do Brasil e foi para Recife. Lá entrou para a popular Jazz Band Acadêmica e compôs seu 1º frevo,"É de Amargar", em 1934, vencendo um concurso de músicas de carnaval e foi gravado por Mário Reis, com enorme sucesso, e o consagrou como expoente do gênero.
Com 34 anos, formou-se em Direito, mas nunca seguiu a carreira. Escreveu mais de 200 canções, em sua maioria de frevo, também samba e música erudita.
As que fizeram grande sucesso: Cais do Porto; Madeira que cupim não rói; Maria Bethânia; Olinda, Cidade Eterna; Recife, Cidade Lendária. Calcula-se que tenha deixado mais de 400 músicas inéditas.
Tomou parte no Movimento Armorial lançado por Ariano Suassuna no início da década de 70, compondo uma peça em 03 movimentos, que se chama Sem Lei Nem Rei, título do romance de Maximiano Campos; foi a primeira coisa que se fez, no gênero, a pedido do próprio criador do movimento. Faleceu no Recife em 31.12.1997.

- CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE veio ao mundo em Itabira do Mato Dentro/MG, no dia 31.10.1902. Oriundo de uma família de fazendeiros em decadência estudou em Belo Horizonte, e com os jesuítas no Colégio Anchieta, de Nova Friburgo/RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental".
De volta a Belo Horizonte começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que abrigava os adeptos locais do ainda incipiente movimento modernista mineiro.
Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em Farmácia na cidade de Ouro Preto (1925). Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas.
Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962.
Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil. O modernismo não chegou a ser dominante nem mesmo nos 1ºs livros: Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário.
A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.
Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e, sobretudo, em A rosa do povo (1945), lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.
Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.
Faleceu no Rio, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

Fontes: www: geocities.com / mpbnet.com.br / cliquemusic.com.br / fundaj.gov.br.

MOMENTOS DE TROVAS:

- Tudo que tenho na vida
ao meu bom Deus agradeço;
pois nessa massa falida
eu tenho mais que mereço! (Marcos Medeiros);

- Cada cantiga cantada
em verso, prosa ou repente,
é fácil ser escutada
se tocar dentro da gente! (Rejane Costa Barros/CE);

- Deus, garimpeiro maior,
vai, no seu mister profundo,
salvando o que há de melhor
pelos garimpos do mundo... (Flávio Roberto Stefani/RS);

- O tempo é bom conselheiro,
do tempo eu não me desgrudo.
Quem faz do tempo um parceiro,
encontra um tempo pra tudo!... (Ademar Macedo/RN)


MOMENTOS DE REFLEXÃO - Sócrates e a fofoca:

Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido que lhe disse:
- “Sócrates sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus amigos?
- Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria que você passasse por um pequeno teste. Chama-se "Teste dos 3 filtros".
- Três filtros?
- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu amigo, é bom pensar um pouco e filtrar o que você vai me dizer.
O 1º filtro é o da Verdade. Está completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade?
- Bem, eu escutei um comentário....
- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar?
Vamos ao 2º filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu amigo?
- Não, pelo contrário...
- Então, interrompeu Sócrates, quer me contar algo de ruim sobre ele, que não sabe se é verdade! Ora veja! Ainda pode passar no teste, pois resta o 3º filtro, que é o da Utilidade.
O que quer me contar vai ser útil para mim?
- Não, na verdade, não! - Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então para que contar?”
Use este teste toda vez que alguém vier lhe falar a respeito de seus amigos próximos e queridos. A amizade é algo inviolável..
Recado de Sócrates: Nunca perca um amigo por algum mal entendido ou por comentário sem fundamento.

MOMENTOS DE HUMOR: Aula de Vendas
- Uma dona de casa, num vilarejo do interior, ao atender as palmas em sua porta...
- “Ó de casa, tô entrando!”
Ela se depara com um homem que vai entrando em sua casa e joga esterco de cavalo em seu tapete da sala.
A mulher apavorada pergunta: - “O senhor está maluco? O que pensa que está fazendo em meu tapete?”
O vendedor, sem deixar a mulher falar, responde: - “Boa tarde! Eu estou oferecendo ao vivo, o meu produto, e eu provo pra senhora que os nossos aspiradores são os melhores e mais eficientes do mercado, tanto que vou fazer um desafio: Se eu não limpar este esterco em seu tapete, eu prometo que irei comê-lo!” A mulher se retirou para a cozinha sem falar nada.
O vendedor curioso, perguntou:
- “A senhora vai aonde? Não vai ver a eficiência do meu produto?”
A mulher responde: - “Vou pegar uma colher, sal e pimenta e um guardanapo de papel. Também uma cachaça para te abrir o apetite, pois aqui em casa não tem energia elétrica!”
Conclusão: Conheça o seu cliente antes de oferecer qualquer coisa...

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