quarta-feira, 1 de julho de 2020

JULHO DE 2020 - ANEXO DO JORNAL MENSAL


ANÍSIO LIMA DA SILVA
Campo Grande / MS
1º Tesoureiro

A  TERRÍVEL  VISITA  A  UM  MUNDO  PARALELO
PARTE  01
A enxaqueca legou uma noite ruim, então pedi que me deixassem dormir até o final da manhã. O sono profundo só foi interrompido às oito horas e quinze minutos, e sei disso porque o relógio, que naquela noite ficara no meu pulso, ao contrário do costume, me mostrou.
Voltei a dormir, mas pouco tempo depois, fui acometido por um leve tremor e me pareceu que levitava. Lembro-me das portas, a da esquerda, que dá acesso a um pequeno hall e a outra, do banheiro, à minha frente, ambas fechadas, vistas de um ângulo superior.
Em nenhum momento imaginei estar sofrendo algum distúrbio físico ou mental e assim permaneci alguns segundos até que tudo escureceu, como se tivesse sido atingido por um relâmpago negro, sem luz e sem brilho. E então, de repente, me vi num lugar estranho e desconhecido o qual passo a descrever.
        Recostado num poste anormalmente alto, tinha à frente uma rodovia perfeitamente pavimentada, mas sem nenhuma sinalização, que percorria leve declive à direita. Cerca de duzentos metros e depois da curva suave para a esquerda a estrada se escondia atrás da encosta de um morro, para reaparecer adiante, numa trajetória descendente e de novo à direita, até sumir de vista, aparentemente encoberta por outras encostas em algum sombrio fundo de vale.
À minha esquerda, a estrada desaparecia num repentino horizonte baixo e cinzento, a menos de cem metros do ponto de onde eu me encontrava. Permaneci algum tempo analisando e procurando entender aquele estranho ambiente. Às minhas costas e a cerca de dez metros, algumas casas enfileiradas, esbranquiçadas, muito baixas e com rebocos descascados estavam dispostas em paralelo com a estrada.
Nenhuma tinha muro ou telhado e o terreno à frente delas estava tomado por um gramado ralo e mal cuidado e pedras soltas, em aparente abandono. A casa imediatamente atrás de mim era fronteada por uma porta metálica e uma janela baixa, ambas fechadas. Um banco de madeira, com aproximadamente um metro de extensão, jazia debaixo da janela. À frente e do outro lado da estrada, a vegetação densa de um verde escuro desbotado e monótono tomava todo o cenário, inclusive a encosta a que me referi. Todo o ambiente era lúgubre, carregado, o céu plúmbeo, um frio sem nuvem, vento ou brisa, e nenhum som. O local era descorado, como se a luz e as cores relutassem participar daquele cenário pecaminoso. A estrada era a única coisa que apresentava aspecto de razoável normalidade.
        Um carro estranho, cinzento, mais comprido que o habitual, sem janelas e arredondado, passou pela estrada em velocidade moderada e sem fazer qualquer ruído. Não pude ver ninguém nele, pois como relatei, não tinha janelas, nem vidros. Fiquei observando o estranho veículo desaparecer atrás da encosta e reaparecer logo adiante, num tempo que me pareceu desconexo com a velocidade. Após alguns metros, o veículo parou por um átimo, e tive a estranha sensação de que fui notado, apesar da distância, que calculei como de um quilômetro, aproximadamente. Continuou até desaparecer por completo, tragado pela paisagem sombria.  Instantes depois um burro apareceu na estrada, subindo lentamente o aclive, a cabeça baixa num movimento vertical monótono, e por duas ou três vezes a cena pareceu sofrer alguma interrupção, como se aquele animal ficasse momentaneamente parado e continuasse a caminhar alguns metros adiante. Fiquei observando até que ficasse temporariamente encoberto pela encosta e a seguir reaparecesse já bem próximo, rumando em minha direção. Parou a cerca de cinco metros de mim e vi a coisa mais estranha até então. Seus olhos, se é que se pode chamar aquilo de olhos, totalmente negros, as órbitas oblíquas, me fitavam com um olhar vazio e sem vida. O animal começou a zurrar, e o fez por três vezes, a intervalos regulares e subitamente me vi cercado por talvez dez pessoas, saídas não sei de onde, todas me fitando com os mesmos olhos oblíquos e vazios. Fui tomado de um terror indescritível. Um homem baixo, moreno e atarracado, de aparência desconfiada, se destacava como se fosse líder ou guia daquele grupo. A seu lado estava uma estranha e idosa mulher, muito curvada, a pele por demais enrugada, com estatura que calculei não passasse de um metro e quarenta centímetros, longos e desarrumados cabelos pretos sem brilho, entremeados com mechas e fios brancos que caiam até a cintura, trajando um longo vestido cinza. À minha frente, postaram-se três ou quatro garotos, o maior deles, com aspecto agressivo e feroz, abriu um sorriso cruel de uma larga boca negra, lábios quase imperceptíveis, em que não se vislumbrava qualquer resquício de estruturas que pudessem ao menos se assemelhar a dentes, e os mesmos olhos mortiços. Completando o ambiente insano, uma enorme rã negra surgiu do mato a frente, atravessou a estrada e se postou ao lado do burro. Era um animal que, se bem me recordo, tinha ao menos três vezes o tamanho do maior batráquio que eu jamais tivesse visto. A rã e o burro por um instante pareceram totalmente fora de proporções em relação à paisagem e também se comparados entre si, como se fossem duas estampas coladas aleatoriamente àquele cenário. Tomado de pavor, totalmente desorientado e sem entender o que se passava, fiz o sinal da cruz, e imediatamente aquelas pessoas se afastaram horrorizadas.
( CONTINUA NO MÊS QUE VEM )

ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO
Guarapari / ES
Honorário – Diretor de Divulgação

NOVA AV. PARIS:
UM MARCO NO DESENVOLVIMENTO DE GUARAPARI

Quando cheguei a Curitiba/PR, em 1987, o Prefeito tinha inaugurado uma avenida nos moldes da Avenida Paris daqui, continuando a principal do bairro mais sofisticado da cidade, o Batel.
Lembro de ter ido conhecer um sítio com muitas vacas, alguns cavalos, e estranhado ser a área própria para uma avenida ampla como aquela, de pista dupla e com bela iluminação.
Pouco tempo se passou e duas universidades foram para lá, além das principais concessionárias, um shopping, o Makro e muitas lojas, não só na avenida, como nas duas marginais, apelidadas de rápidas.
Aquele edifício redondo, que os apartamentos giram e que ficou famoso numa novela de sucesso da época é lá.
Logo, muitos outros edifícios e residências de bom padrão, fizeram da região a mais valorizada e arborizada.

Estava começando ali um novo modelo de urbanização, com o prolongamento de bairros famosos, de bom nível e boa faixa de preços por metro quadrado, que logo se valorizariam, a ponto de superarem o bairro antigo.
Pelas grandes áreas livres, a região passou a receber os inéditos condomínios fechados, que hoje são moda nas boas cidades do País, outro marco na tendência dos grandes empreendimentos imobiliários.
Com a vantagem de estar a minutos das praias, e igualmente da serra, com acesso a Buenos Aires, tem uma vantagem competitiva, além de muito espaço para convívio e lazer, com segurança.
Tive de ir a Vitória, um dia antes da inauguração, e fui pela nova avenida. Passou-me na mente o filme com o início do crescimento de Curitiba, como já havia assistido também em Gramado.
Na época, o prefeito de Curitiba era um arrojado, e muitos não gostavam dele.
Com a novidade, se elegeu governador, reelegeu e voltou depois para mais dois mandatos: Jaime Lerner.
Curitiba é hoje a cidade mais moderna do País.
Não custa sonhar!

DIRCE BERGAMASCO
       São José dos Campos / SP

LES GENS D’ HIVER  - AS GENTES DE INVERNO  
Graças à assinatura do canal TV 5 MONDE, tive um momento mágico, após exatamente 90 dias de quarentena, confinamento, isolamento, este tempo que estamos passando, nos isolando de tudo e de todos no VIVER COTIDIANO....
Nem valorizávamos o privilégio de IR e VIR, pois que era natural. Vivíamos as benesses e os perrengues do dia a dia, anos a fio, sem perceber a riqueza que isso continha!
Bastou a partícula nefasta se espalhar pelo Globo e chegar até nós, para que eu me desse conta do privilégio que me era concedido, e de quanta riqueza eu dispunha...e nem me dava conta!
Com altos e baixos, com mais ânimo ou mais desânimo, os dias se passaram. A quarentena, o isolamento social, condição “sine qua non” para sobreviver, para não se contaminar.
Consultas canceladas, exames laboratoriais vencidos, raios X e exames seletivos adiados, os dentes nem se fala, pois a proximidade pessoal e os aerossóis de extremo risco de contaminação, para paciente e para o profissional, enfim uma ordem nova e poderosa foi bradada em alto e bom tom, amplamente divulgada, e nós a atendemos: FIQUE EM CASA, DISTANCIAMENTO SOCIAL. Assim que a indústria produziu máscaras para a população, USE MÁSCARA!
Gráficos da curva da contaminação explicados com precisão e empenho, em nosso País, por um Ministério da Saúde presente e competente, à época. Nos educavam e ensinavam como conviver com a Covid 19 e minimizar a contaminação, consequentemente a propagação, do Corona Vírus, que chegou à São Paulo, Capital, através de um turista que voltou da Itália.
Depois da China foi o País mais invadido pela PESTE!  Isto em março/2020.
Lá como cá, o governo não acreditou no poder mortífero do vírus, até que não mais conseguiam leitos e respiradores para atender os doentes acometidos da nova pneumonia (SARG, ou síndrome aguda respiratória grave) que levou a óbito, com uma rapidez espantosa, os idosos com 60 anos ou mais  e portadores de comorbidades.
A Medicina se viu impotente e as famílias se desesperaram diante da fúria da nova doença, que não permitia a assistência dos familiares aos seus entes queridos, nos derradeiros momentos da vida. Sepultamento sem despedidas, sem velórios, sem acompanhamento.
Pessoal médico e equipe se contaminando e indo a óbito, tornando mais escasso o atendimento e o socorro aos infectados portadores da Covid 19.
As funerárias não conseguindo fornecer o último invólucro ao corpo desses humanos, que partiam às centenas e aos milhares. Necessidade de depositá-los em câmaras frias, em pista de patinação (na Espanha) até que houvesse a adequação dos recursos materiais e humanos para sepultá-los.
A dor grassou e grassa ainda, pois o vírus visitou o GLOBO e parece estar dando voltas nele!
Entre nós, neste momento, chega às populações indígenas onde conseguirá dizimar os habitantes das florestas, sem defesa às doenças do homem CIVILIZADO...
Tenho muito mais para compartilhar, entre vivências e  temores que cada leitor está experimentando neste momento, onde estamos aprendendo com o vírus, já sabedores que nos trópicos está  atingindo e levando a óbito, outras faixas etárias. 
A vacina, uma possibilidade, mas quando? Até lá nos protegeremos com os ensinamentos da ciência e do bom senso, sem esquecer a SOLIDARIEDADE, a FRATERNIDADE E O AMOR!
Enfim, descreverei o que vi e ressenti com a emissão da Rádio Televisão Suíça, Gentes de Inverno, que me renovou os ânimos e me impeliu a partilhar, registrando esta vivência.
Num vilarejo de montanha, recoberto de neve, fumaça saindo de algumas chaminés caseiras, árvores cinzentas e esqueléticas, cujo frio as havia despido de sua verdejante copa, um grupo de turistas chegou a um chalé, com a intenção de desfrutar da paisagem e do ambiente invernal.
Vestes coloridas, calçados próprios e chamativos, alguns portando capuzes quentes, outros com a cabeça a descoberto, apesar da neve que recobria por inteiro a paisagem, todos ao encontro de uma jovem senhora que os acolheu alegremente.
Sem mais delongas, foram se familiarizando com os trenós atrelados a um bando de  cães RUSKY SIBERIANOS, saudáveis, inquietos, numa algazarra geral que precedia a aventura!
        O patriarca, um senhor de mais de 60 anos presumíveis, foi o primeiro a fazer o périplo de 08 quilômetros em pistas sinuosas, num sobe  e desce fantástico entre os ciprestes esbranquiçados pela recente neve que os recobriu de paz!
Cada um, na sua vez, se juntou à guia e tomou lugar no trenó, cujos cães se impacientavam por arrastá-los em direção à aventura, voltando algum tempo depois revigorados, sorridentes, relatando o sentimento de liberdade e prazer que acabavam de desfrutar.
Seus largos sorrisos, suas falas espontâneas e seus rostos corados pelo frio, davam a impressão de crianças descontraídas, atirando pelotas de neve, numa implacável batalha gelada.
Ainda no ambiente externo, tiveram direito à recepção comemorativa do desfrute e da alegria vivenciados nas pistas esbranquiçadas, e no silêncio gelado dos percursos desta modalidade de diversão no INVERNO!
O jantar, no interior do chalé, com paredes revestidas em madeira, e aquecido pela queima de lascas adrede preparadas,  culminou com a descontraída degustação das especialidades culinárias regionais, onde o queijo e o vinho abundavam, concluído pela famosa sopa preparada em “chaudron” dependurado no teto e suspenso acima do fogo, cujas labaredas coloridas aqueciam e decoravam o ambiente.
Nesta havia uma especiaria rara: carne de rena, trazida pela anfitriã da Suécia, onde em busca de neve duradoura, ela e seus cães passam boa parte do ano, aguardando a neve espessa, na Suíça!
Cada conviva relatou o sentimento que provou nessa experiência esportiva de desfrute da natureza com plenitude.
Todos se expressaram de maneira contagiante, com tanto fervor, conseguindo promover em mim o despertar desta letargia do terceiro mês de ISOLAMENTO, CONFINAMENTO, QUARENTENA a que estamos submetidos.
Oxalá tenha instruído de maneira perene, aqueles valores e sensações...!

EDUARDO SOUZA
Rio  Branco / AC - Colaborador
Cirurgião  Dentista  - Natalense - Cinéfilo

FILME: A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS (1956)
{ Around the World in 80 Days }  
- Avaliação do público: 6.8 -

Uma viagem com data e tempo marcados. Filme baseado na obra de Júlio Verne, escrita em 1872, relatando as fantásticas aventuras de um requintado cavalheiro inglês, que tinha sido desafiado por parceiros de carteado, a fazer uma viagem em volta do mundo em, apenas, 80 dias.
Partindo de Londres, e apostando literalmente, tudo que tinha, no empreendimento, ele se torna um andarilho preciso e obstinado.
Na companhia de um versátil e divertido ajudante de nome engraçado, Passepartout, (interpretado pelo genial Cantinflas, um ator mexicano de múltiplas facetas), e utilizando um balão para iniciar a epopeia, a dupla navega ao sabor dos ventos, atravessa o Canal da Mancha, pensando em ir até Marseille, no sul da França, mas as variáveis condições atmosféricas, muito comuns no balonismo, os levam até a  Espanha.
Ali, a música flamenca, com suas acrobacias e sapateados, deleitam os espectadores, e ainda com direito a uma autêntica tourada, num conjunto de características típicas das terras de Cervantes.
No Mediterrâneo, um barco os leva até o Egito. De lá, atravessam o Canal de Suez com destino a Bombaim, na Índia, onde entra na história um detetive inglês, que confundindo o cavalheiro com um reles assaltante de banco, vai meio que sabotar a empreitada dos nossos aventureiros.
Mas esses persistem, e transitam por eventos de grande relevo ao longo de toda a jornada, desde salvar uma princesa da morte, com inusitada perspicácia, até usar a inteligência para vencer obstáculos que pareciam intransponíveis, chegando até a costa oeste americana, com o aditivo de uma princesa a bordo, na pele da bela Shirley MacLaine, que vai dar uma dimensão mais atraente à película.
Uma das particularidades desse filme, é a introdução da presença de muitas personalidades famosas da indústria cinematográfica, que desfilam em atuações chamadas de Cameo Appearence, uma maneira de convidar astros famosos para fazerem pequenas e rápidas aparições, quase por puro divertimento.
Ao longo do filme, podemos identificar exemplos como Marlene Dietrich, George Raft, Frank Sinatra, John Carradine, entre muitos outros. 
No final agradável e surpreendente, o giro global vence fusos horários e quebra paradigmas.
Ao ganhar 05 Oscars, entre eles o de melhor filme e melhor roteiro, a fita nos convida a uma façanha semelhante.
Quem se habilita?
GERALDO MENEZES BARBOSA
Juazeiro do Norte / CE


IRISLENE CASTELO BRANCO MORATO
Belo Horizonte / MG
Presidente Coordenadora da AJEB–MG
{Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil}

TSUNÂMICA VIRAL
Ao pensar sobre a existência humana, em pleno confinamento social, devido à pandemia por um vírus novo e desconhecido, que levou a humanidade ao medo do desconhecido, agressivo e letal vírus, em busca de um hospedeiro quase sempre humano, resolvo pôr no papel o que vem à mente, como se estivesse sendo intuída e começo:
Quando a humanidade perceber a importância do perdão, a partir de si mesmo, tudo mudará em sua vida. O respeito, a compreensão de si e principalmente do irmão e semelhante.  Só assim descobrirá o verdadeiro amor universal.
Não estamos nunca sós! Tudo que fazemos e pensamos gera uma reação imediata sobre nós e, também, no Universo.
A Física Quântica fala e demonstra isso já! Vamos caminhando, buscando sempre a humildade, para perceber os nossos erros e tentar corrigi-los. Vamos aprendendo e com essa atitude e aprendizado vamos evoluindo nossa humanidade, dentro de nós e consequentemente, fora de nós, com mais solidariedade.
A arrogância, a soberba e o ego nos escravizam e aprisionam. Por isso precisamos de humildade para nos enxergarmos e lapidarmos, como pedras brutas que somos ainda. Essa caminhada evolutiva da nossa moral é quase infinita, como evolução Divina. Vamos caminhando na vida, vigiando nossas atitudes, treinando sempre, até conseguir essa mudança interior.
O ter fica menos importante neste momento do vírus, que fez o Ser ter importância maior e vital, igualando todos os seres do Planeta Terra. Mãos à obra rumo à Evolução!
Aproveitando esse momento reflexivo, notei também que essa sintonia através da mente é como um ímã, como as ondas de rádio, televisão e Internet, os únicos meios usados neste momento de confinamento social devido à quarentena imposta como prevenção ao contágio em massa.
Nós, através da mente, sintonizamos vibrações em forma de pensamentos, em diversos níveis mentais.
Podemos projetar trevas ou luz no nosso corpo físico e no universo, adquirindo mais saúde ou doença, como consequência da nossa vibração mental. Vibrem, vigiem e treinem sempre o pensamento. Dessa forma, colherão os resultados positivos para a evolução, assim como tranquilidade, neste momento em que a ansiedade e o medo ficam nos rondando.
Somos seres condicionados. A neurociência demonstra e fala bem sobre esse tema. Então, com paciência, persistência e consistência, vamos mudando nossa faixa vibratória mental, passo a passo... Vamos criando um caminho sórdido ou iluminado, dependendo das nossas escolhas. Através do conhecimento, vamos abrindo a nossa mente, nossa moral, hábitos e costumes.
O conhecimento nos liberta e nos conduz ao caminho da iluminação. Somos seres únicos no DNA da vida e na centelha Divina, que está dentro de nós. Essa centelha vai se libertando, à medida que o conhecimento aumenta, pela compreensão de tudo e de todos que nos cercam.
Estamos todos no mesmo planeta e com o mesmo problema, tendo que tomar as mesmas atitudes pela vida. Isso nos uniu como nunca na existência humana.
E concluindo: o caminho é longo, constante e infinito, como o Cosmo, mas um momento como este pode nos ajudar a acelerar essa evolução íntima na Terra.
LUIZ MANOEL DE FREITAS
Natal / RN
Superintendente  Técnico  do  Projeto  Reviver
( Instituição Parceira )

SEJA COMO O GIRASSOL

Se para o alto olharmos SEMPRE
Como fazem as folhas da tamareira,
E agirmos com fé e humildemente,
Seremos como ramos da videira.

Seguiremos livres em harmonia
Nos olhos a beleza do arrebol,
Como flores brotaremos a cada dia,
Buscando energia como faz o girassol.

E assim, seguiremos a marcha evolutiva,
Com humildade e fé no Criador,
Alimentando em nós a expectativa

De vencer com a alegria e com amor,
Usando a energia criativa,
Enfrentando todo mal com destemor.

PRODUÇÃO LITERÁRIA DO PROJETO REVIVER: 2020

Eis as mais recentes ações do Projeto Reviver, ONG dirigida pelo nosso Titular: Como não foi possível o lançamento da produção literária de 2020, em março próximo passado, a Organização lança mão de ferramentas digitais, colocando à disposição dos leitores as 02 obras produzidas recentemente:

1) - REVIVER – Coletânea Literária com a participação de 25 escritores; um conjunto de peças com grande diversidade de estilo e conteúdo, expressando sentimentos, provocando emoções e harmonizando todo o Universo.
A versatilidade de cada escritor participante encanta, e torna a leitura envolvente, emocionante. Trata-se de obra minuciosamente planejada, carinhosamente elaborada e organizada pela equipe da ONG, com trabalhos de novos e antigos colaboradores culturais que, desde 2000, se empenham na produção, promoção, estímulo e apoio de atividades artísticas, manifestações culturais, ações e eventos que motivam a prática e o exercício da Cidadania.


2) – SALDO PROGRESSIVO - Novo livro publicado pelo Poeta Luiz Manoel de Feitas. Ambas as obras são comercializadas em função da captação de recursos financeiros para formação de Caixa do Projeto Reviver.
Os interessados podem receber mais informações pelo link:  www.reviver2003.blogspot.com

NELSON RUBENS MENDES LORETTO
Gravatá / PE
1º Secretário

ISOLADOS? SIM, HÁ MUITO TEMPO!
   Surpreende-me constatar a queixa de alguns contra o isolamento social.
   Parece que estão a viver algo novo. Pura ilusão, ou desfaçatez imperdoável.
   Isolados estamos há muito tempo, pelos menos há 30 ou 40 anos.
   Toda causa tem um efeito; todo plantio tem uma colheita; toda escolha tem uma consequência. Muitos repetem isso como se disso entendessem.
   As relações humanas mudaram consideravelmente, e hoje tudo é realizado sob o mais acurado planejamento. “Não se dá ponto sem nó”.
   Sou do tempo em que se pedia uma xícara de açúcar emprestada; uma carona para quem tinha carro; se deixava um filho na casa da vizinha enquanto ia a cidade comprar alguma coisa.
   As pessoas se cumprimentavam com alegria e o bom dia era uma explosão de felicidade.
   Todo mundo torcia pela vitória do outro. A aprovação do filho do vizinho no vestibular era comemorada como se fosse a aprovação do próprio filho.
   Depois do jantar as cadeiras iam pra calçada e a conversa rolava solta com alegria e despojamento.
   Você podia ir à vontade e ninguém ficava reparando na sua roupa.
   Mas a concorrência por um lugar ao sol afastou os homens.
   Hoje, você desce no elevador com cinco pessoas e ninguém se cumprimenta.
   Hoje, você acelera o carro para ocupar uma vaga na rua, mesmo sabendo que uma senhorinha estava a esperar essa vaga.
   Pessoas só são aceitas nos grupos sociais se adotarem “os princípios” do grupo.
   Há um modo próprio de falar, de vestir, de comer, de beber, de ser amigo.
   As pessoas continuam a dizer “eu te amo”, sem entender o que isso significa.
   O poeta libanês Khalil Gibran dizia que amor será pleno quando as mães amarem os filhos das outras mães como amam os seus próprios filhos.
   Os que antes só olhavam para o próprio umbigo, hoje continuam olhando para baixo, mas agora para o celular.
   Todos querem a “pole position”, e pouca importa os métodos para conquistá-la.
   Isso me faz lembrar uma história curiosa de Chico Xavier. Quando ele ia à feira, e o fazia regularmente, colocava na sacola dos tomates um tomate bom e outro estragado. 
   De tanto ver isso, o vendedor um dia perguntou-lhe: - Seu Chico, por que o senhor coloca um tomate bom e outro estragado?
   E Chico, com aquela calma franciscana, respondeu:
  - Meu filho, se eu colocar somente os bons, que tomates sobrarão para as pessoas que vêm depois de mim?
   A COVID-19 é a resposta a séculos de impenitência, de orgulho, de egoísmo, de vaidade.
   Imagine que a vida é um grande coletivo (ônibus). O motorista é Deus.      
   Nós somos os passageiros.
   Vez por outra, o motorista pede: - Pessoal, organiza o coletivo, senão não vai dar para continuar a viagem.
   Tem passageiros sentados, quietinhos. Tem outros buliçosos. Tem passageiro honesto; têm outros desonestos; têm justos e injustos; éticos e antiéticos - e por aí vai...
   De repente, o motorista, cansado da bagunça, enfia o pé no freio e puxa o freio de mão. Vai gente para todo lado. Uns morrem; outros se machucam; muitos saem ilesos.
   Entendeu agora?   Então pense nisso!


RUBENS MURILO DE LUCAS
Rio de Janeiro/RJ
Pós-graduado em História Contemporânea pela UCM

GUERRAS  HÍBRIDAS
A maioria dos estudiosos em Relações Internacionais é da opinião de que, dificilmente, teremos uma nova guerra mundial.
Armas de destruição em massa impõem limites aos confrontos de grandes potências. No entanto, novos tipos de “guerras” surgem como alternativas aos conflitos tradicionais, sem ação militar e com táticas menos invasivas.
A guerra híbrida é uma delas, pois transcende o campo de atuação das Forças Armadas, sendo necessária uma coordenação política interna e externa para sua realização.
A finalidade é agir sobre as vulnerabilidades da sociedade, sem que ela tenha conhecimento. Armas convencionais são substituídas pelas mídias sociais, salas de bate-papo online, páginas do Facebook, pelo WhatsApp e outros mecanismos que possam atingir as massas.
O WhatsApp tem uma ação mais instantânea, e é usado para informações curtas. Tem como característica reunir grandes multidões.
Já o Facebook é para um controle a longo prazo e a internet, por ser verticalizada, tem pouco valor como instrumento de agitação.
A mídia tradicional (tv, rádios e jornais) também possui papel relevante na disseminação e na deterioração dos fatos, principalmente quando os veículos de informação possuem suas posições políticas e financeiras contrariadas.
Outros meios importantes são as igrejas, em seus distintos tipos de crença, e os institutos de pesquisas.
Valery Gerasimov, Chefe do Comando-Geral das Forças Armadas Russa, introduziu as abordagens adaptativas, chamadas também de revoluções coloridas, que usam os meios descritos anteriormente para encobrir as interferências militares contra um outro Estado, com o objetivo de desestabilizá-lo.
Não é necessário derrubar governo para obter êxito, basta que a sociedade se divida e se estabeleça o caos social, daí em diante o poder fica fácil de ser alcançado. Por isso, é considerada pelos militares como base das guerras de quarta geração.
Segundo o analista político norte-americano Andrew Korybko, a guerra híbrida é o caos administrado.
Ela começa com a subversão do sistema social do Estado-alvo e, se por meio dos mecanismos citados, não conseguirem tomar o poder ou intimidar o governo a abdicar por conta própria, uma guerra convencional de verdade pode ter início. 
Para os estudiosos do assunto, as manifestações nacionalistas ucranianas em 2013, favoráveis à associação à União Europeia (Euromaidan), foram o exemplo clássico da guerra híbrida. O governo pró-russo foi derrubado através de conflitos civis da extrema direita, levando ao poder um governo pró-europeu.
Outro exemplo bastante importante é o caso da Cambridge Analytica, empresa de consultoria política que dirigiu a campanha digital de Trump em 2016, e utilizou informações privadas de usuários de uma rede social sem que eles tivessem conhecimento.
Steve Bennon, que serviu como assessor da campanha de Donald Trump, seguia a ideia de que, para se mudar a sociedade, seria necessário primeiro destruí-la e só depois remontá-la, por meio da visão de uma nova sociedade.
Esta nova sociedade seria “formada” pela avaliação de questionários (This is your digital life), respondidos na internet, por meio dos quais seriam coletados dados como gosto, tendência social e política de uma pessoa e daqueles com quem se relaciona, sem que o questionado soubesse que seus dados estavam sendo aproveitados para fins políticos e comerciais. A Cambridge Analytica teve grande atuação no Brexit e na eleição americana. 
Segundo o escritor norte-americano Frederick William Engdahal, as ONGs são as organizações mais importantes para as estratégias, divulgação e realização da revolução colorida.
A técnica empregada não precisa atingir toda a população para ser bem-sucedida, o fundamental é conturbar as relações públicas e a segurança governamental.
Aos meios de comunicação compete produzir notícias fabricadas artificialmente, para que a campanha de publicidade seja mais eficiente.
As principais características das guerras de quarta geração são a ausência de assembleia ou comando central (seu comando normalmente é desconhecido), fonte de renda inesgotável e facilidade para se conectarem e desconectarem, quando necessário.
A GUERRA HÍBRIDA NO BRASIL
        O Brasil, devido às suas riquezas naturais, é um país que já sofre e é alvo deste tipo de ação. Já estamos vendo isto em relação à Amazônia, ao pré-sal e nossas riquezas minerais, pois possuímos a 6ª maior reserva de ferro do mundo, a 2ª maior produção de manganês, 8% das reservas mundiais de alumínio, 11% de estanho e, principalmente, o nióbio (98%), que é uma das principais matérias-primas da quarta Revolução Industrial.
         Segundo os generais Eduardo Villas Bôas e Alberto Cardoso, em palestra realizada no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, em 05/07/2019, o Estado brasileiro está sendo alvo de um ataque indireto das nações estrangeiras, que utilizam a preservação da Amazônia em favor de seus interesses nas riquezas do País.
         O general Inácio Pinto Silva preocupa-se com as campanhas midiáticas que visam desacreditar e desmoralizar as autoridades, os políticos ligados à situação e o próprio Presidente da República, com a intenção de desestabilizar o poder.    
         Esta é a nova ¨guerra¨, e todos nós, civis e militares, devemos estar atentos a ela, pois nos envolve sem que percebamos.
         Para os especialistas é mais devastadora que as guerras anteriores.
THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES
Rio de Janeiro / RJ
Diretor do Museu Odontológico Salles Cunha – ABO/RJ

TALENTOS DA MATURIDADE
O extinto Banco Real tinha um Projeto voltado aos adultos e abrangia uma infinidade de temas.
Em 2007 o evento foi realizado em Brasília, e um dos temas foi destinado à contação de histórias, dirigidas ao público jovem.
Nosso Titular apresentou curiosa história denominada      A Menina e o Pé de Feijão, e foi classificada em 1º Lugar, recebendo como prêmio delicado troféu.