quarta-feira, 1 de maio de 2019

SBDE - JORNAL MENSAL - MAIO DE 2019 - ANEXO


ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO – Guarapari/ES

HONORÁRIO – Diretor de Divulgação

CONTINUAÇÃO DO LIVRO DA FELICIDADE  -  Pensamentos diários

AUTORES ALEMÃES:
O que se faz num dia é semente de felicidade para o dia seguinte. Provérbio
01.05 A ambição é louvável quando acompanhada pelo desejo de fazer felizes os outros. Paul Holbach (1.723 a 1.789)
02.05 Quem faz com alegria e se alegra com o que fez é feliz.
Johann Goethe (1.749 a 1.832)
03.05 A felicidade não está nas coisas, mas em nós.
Richard Wagner (1.813 a 1.883)
04.05 Enquanto entregues à multidão dos desejos com suas esperanças e temores, nunca obteremos a felicidade. Arthur Schopenhauer (1.788 a 1.860)
05.05 Só são verdadeiramente felizes aqueles que procuram ser úteis aos outros. Albert Schweitzer (1.875 a 1.965)
06.05 A felicidade é o pensamento que se consegue transformar em sentimento. Thomas Mann (1.875 a 1.955)
07.05 Felicidade é um como, não um quê. Hermann Hesse (1.877 a 1.962)
08.05 Não é a força, mas a constância dos bons sentimentos que nos conduz à felicidade. Friedrich Nietszche (1.844 a 1.900)
09.05 A felicidade não se resume na ausência de problemas, mas sim na sua capacidade de lidar com eles. Albert Einstein (1.879 a 1.955)
10.05 Todos correm atrás da felicidade, mas é a felicidade que está correndo atrás de todos. Berthold Brecht (1.898 a 1.956)
11.05 Você nunca consegue o suficiente daquilo que você não precisa para torná-lo feliz. Erich Fromm (1.900 a 1.980)
12.05 Quando a felicidade se apresenta devemos abrir-lhe todas as portas porque jamais foi considerada inoportuna. Arthur Schopenhauer
13.05 Felicidade nada mais é do que boa saúde. Albert Schweitzer
14.05 Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade. Anne Frank (1.924 a 1.945)
15.05 Nem sempre está na mão de cada um ser feliz; mas está merecê-lo.
Johann Goethe
16.05 Felicidade e infelicidade são irmãs gêmeas, que crescem juntas.
Friedrich Nietzsche
17.05 Evitar a felicidade com medo de que ela acabe, é o melhor meio de se tornar infeliz. Albert Einstein
18.05 O homem é um ser ansioso pela felicidade; no entanto, não a suporta por muito tempo. Hermann Hesse
19.05 A liberdade é a faculdade de fazer pela sua própria felicidade tudo o que não prejudica a felicidade dos seus colegas. Paul Holbach
20.05 O que nos torna felizes ou infelizes não é o que as coisas são realmente, mas o que são para nós. Arthur Schopenhauer
21.05 A felicidade é a chave para o sucesso. Albert Schweitzer
22.05 Aquele que é feliz espalha felicidade. Anne Frank
23.05 O homem não é feliz enquanto o seu esforço indeterminado não fixar a si mesmo os seus limites. Johann Goethe
24.05 A felicidade é mulher. Friedrich Nietszche
25.05 A palavra felicidade não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes. Albert Einstein
26.05 Só aquele que sabe amar é feliz. Hermann Hesse
27.05 Felicidade é a aceitação corajosa da vida. Erich Fromm
28.05 A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos. Arthur Schopenhauer
29.05 A felicidade é o fruto que se colhe pelo que plantamos. Antônio Ribeiro
30.05 Só há felicidade quando não pensamos no amanhã e abraçamos, agradecidos, o que hoje tem a nos oferecer.
Autor Desconhecido
31.05 A felicidade do corpo é ter saúde, do espírito, ter sabedoria.
Autor Desconhecido.

DIRCE BERGAMASCO   São José dos Campos/SP
{Continuamos a série de Artigos da nossa ilustre Titular, abordando a vida e a obra do nosso Patrono, base do belo opúsculo que lançou quando foi atuante
Presidente: 2000/2004.}          
TRIBUTO  A  TIRADENTES:  
JOAQUIM  JOSÉ  DA  SILVA  XAVIER

Sua impetuosidade e caráter de justiceiro estão relatados nos versos de Dantas Motta:

AS COLUNAS DO TEMPLO E A LIBERTAÇÃO DE UM ESCRAVO

Tanto que,
Vindo de Todos os Santos na Bahia,
E passando pelo Tejuco, em Minas,
Ali ergueu as colunas de um Templo maçônico,
O qual templo, recebeu, como iniciados,
Ao sargento-mor José da Siva e ao Padre Rolim,
Mais tarde seus companheiros de cinjura.
E havendo parado em Minas Novas,
No rancho próprio dos “pousos” também chamado “curro”.
Deu de topo com um “negreiro”, a castigar um escravo.
Tiradentes atraca-se com o sobredito “negreiro”,
Castiga-o e, por via disso,
É roubado e fica sem nada”.
(1ª Epístola de Jm.Jzé.da Sva. Xer – o Tiradentes – aos Ladrões Ricos, vs, 54-5).

Possuía uma botica, em sociedade com um padre, em Vila Rica, onde praticava o que hoje chamamos de fitoterapia! Seus conhecimentos sobre as plantas, adquiriu-os com seu primo Frei Velloso, grande botanista do Império, que catalogou mais de 2.000 espécies na região do Rio Paraíba do Sul.
Por volta de 1767, Joaquim José da Silva Xavier, agora mais conhecido por - o Tira-Dentes - passou a trabalhar por conta própria, e já tinha o reconhecimento profissional por parte da população.


Fazia bons relacionamentos por onde passava e, em Sebollas (hoje Paraíba do Sul/RJ) teve uma grande amizade: Dª Ana Mariana Barboza (Foto), rica proprietária de terras, viúva de Francisco Gonçalves Teixeira. Sempre que passava pelo local, se hospedava no sobrado da fazenda de Sebollas, tendo se transformado em amigo de toda a família.                                                   
Fonte: Museu Tiradentes de Paraíba do Sul, antiga cidade de Sebollas.

EDUARDO  SOUSA -  Rio Branco/AC - Colaborador
Cirurgião Dentista  - Natalense - Cinéfilo

SAYONARA (1957) 7.3 (PONTUAÇÃO DADA PELOS EXPECTADORES)

Baseado numa obra literária, filmado no Japão, SAYONARA, é um dos destaques do Cinema dos anos 50’s, um elenco exemplar e competente, mostrando uma história que atrai, numa mistura de costumes e detalhes, entre ocidente e oriente. Um cruzamento positivo mostrado na tela grande da sétima arte.
Marlon Brando liderando e flanando na cultura japonesa, de forma idílica e suave. Imagens e formas admiráveis de um enredo atraente, que leva o espectador a apreciar um filme de múltiplas facetas, em meio a ocupação militar americana, no Japão pós-segunda guerra.
Um piloto de caça da força aérea do tio Sam, ás da guerra na Coréia, é mandado sem muitas explicações para servir no Japão, a contragosto, e por arranjos que ele, necessariamente, não concorda. Em solo nipônico, encontra sem planejar, ou saber, uma linda e exuberante artista de variedades do teatro japonês.
Contrariando determinações da etiqueta militar que proíbe relacionamentos com nativas, o major da força aérea, insiste, depois de se encantar com a moça, num encontro proibido por elos que ele tenta ignorar.
A mudança de visão, é ajudada, quando um dos seus auxiliares, com fortes convicções, o convence a ser padrinho de seu casamento com uma delicada japonesa. Apesar das restrições iniciais do piloto, a intransigência dá lugar à concordância.
Envolvido romanticamente com uma bela americana, depois de conhecer a fascinante japonesa, as dúvidas e questionamentos do piloto aparecem. As rígidas regras militares e suas reais ambições, não parecem estar em sintonia com o que ele espera de si mesmo.
A leveza afável, a graciosidade da branda e meiga japonesa, conduz o piloto, às da aviação e veterano combatente, a moldar seus sentimentos no magnetismo inspirador da meiga oriental.
Ela o carrega através da cultura do seu país, em meio a saídas furtivas, conversas íntimas, tudo com alto grau de romantismo, fazendo com que o piloto entre na órbita de sensações que ele nem sabia que existiam.
Intolerância e tragédia acontecem muito próximo, do nosso personagem, o que o faz se tornar resoluto em mergulhar de vez naquilo que ele acredita ser seu destino.
Regras universais de bem-estar, da camaradagem e tolerância, brilham na tela, para mais uma vez, enaltecer o óbvio que, às vezes, nos escapa, por falta de atenção ou preconceitos de demasiada rigidez.

FARID ZACHARIAS – Rio de Janeiro/RJ
Academia Brasileira de Belas Artes – Cadeira nº 03

RESUMO DA ÓPERA O RIGOLETTO – DE GIUSEPPE VERDI

Ópera em 3 atos - Libreto de Francisco Maria Piave 
Baseado no drama de Victor Hugo Le Roi S’amuse  (O Rei se diverte)
Das 26 óperas de Verdi, duas se destacam pelo sucesso que conseguiram junto ao público: são O Rigoletto e A Aída.  O Rigoletto era a sua preferida.
O drama Le Roi S’amuse (O Rei se diverte) foi considerado imoral e proibida sua apresentação na França. Isso, por volta de 1849/1850. Nesse tempo, a Itália estava sob o domínio da Áustria. Verdi foi proibido de apresentar sua Ópera, tendo um Rei ao lado de um bufão, por conter cenas de sexo licenciosas, e um Rei que andava atrás da filha de seu bobo corcunda, foi proibida de apresentá-la ao público, como imoral.
Na Ópera, Verdi e o notável libretista e poeta Piave, modificaram o título para              La maledizione e o cenário, de Paris, para Veneza. Mesmo assim, a Ópera foi proibida. Verdi e Piave, já estavam nervosos. O problema parecia não ter solução.  O Diretor da Ordem Pública, que havia proibido a peça como imoral, aconselhou-os, que se fizessem algumas modificações, admitiu que a liberaria. As modificações seriam: substituir o Reino, por um pequeno Ducado; a substituição de nomes, como Rei Francisco I, para Duque de Mântua; Triboulet, para Rigoletto; Blanche, para Gilda etc., e assim, a Ópera seria apresentada como O Rigoletto.
        Estreou no Teatro La Fenice, em Veneza, em 1851, com grande sucesso. Foi apresentada em Viena, Budapest, Praga e São Petersburgo. A estreia em Paris se deu em 1857 e Victor Hugo, que moveu processo contra os criadores da Ópera, e perdeu, foi ver a peça e ficou encantado. Em Nova Iorque, em 1883, quando o Metropolitan fazia um mês de construído, foi cantado por Caruso, como o Duque de Mântua, inaugurando o Teatro. Aliás, Caruso se assenhoreou do papel do Duque e o apresentou, também, em Londres, Viena, Paris e Berlim.   
       Um detalhe: Mirate, que seria o Duque, na estreia, reclamava com Verdi que não estavam dando a ele uma melodia da Ópera, e Verdi dizia para ele que não se preocupasse.
No dia do ensaio geral, Verdi levou a peça, mas fez Mirate jurar que não a cantaria, nem em casa, não a solfejasse e nem a assobiasse, em lugar nenhum, pois, queria guardá-la para a estreia, como a sua melodia mais célebre, e que ela só seria ouvida durante a execução da Ópera.
Era um segredo que ele estava guardando: La Donna è móbile, qual piuma al vento (A mulher é volúvel, como a pluma ao vento) veio a ser, realmente, um sucesso mundial.
        
1° Ato. BAILE NO PALÁCIO DO DUQUE DE MÂNTUA.

O Duque (tenor) corteja a Condessa de Ceprano, mas está apaixonado por uma jovem que viu na igreja.  Rigoletto (barítono) zomba cruelmente do Conde de Ceprano.
Entra no Salão furiosamente o Conde Monterone (barítono), gritando para que todos ouvissem, que a sua filha foi seduzida pelo Duque, e é logo preso por ordem do Duque.
Rigoletto também fez troça do Conde Monterone que, por sua vez, profere contra o bufão uma maldição que o deixa preocupado: - Quanto a ti, serpente, tu que podes rir da angústia de um pai, que a maldição desta caia sobre a tua cabeça.                                                                                  
À noite, já na rua, Rigoletto se encontra com Scarafucile (baixo), bandido, matador profissional, que oferece seus serviços e se afasta.
Rigoletto canta o monólogo Parisiamo (somos iguais), comparando-se ao mau elemento, Scarafucile. Rigoletto, chegando a casa, proíbe Gilda de sair.
Imaginando o ruído de alguém na rua, ele abriu o portão e saiu, dando uma volta pelo quarteirão. O Duque, sorrateiramente, entrou no pátio, e atirou um saquinho de dinheiro à criada; fez um sinal e buscou um esconderijo. Gilda exclamou: - Céus! Se ele desconfiasse de mim! - Referindo-se ao pai.
Rigoletto retornou e repetiu que ela estava proibida de sair de casa. Ao sair, se despediu: - Minha filha, adeus!
O Duque estava escondido, mas ouviu e se surpreendeu com a revelação: 
- Sua filha!  O Duque, disfarçado de estudante, saiu do esconderijo, acalmou Gilda, cantando È Il sol dell’anima (Ela é a luz da alma). Quando o Duque vai embora, Gilda canta a linda melodia:  - Caro nome (Nome bem-amado). 
Rigoletto, de volta, encontra-se com um bando de cortesãos nas redondezas, que lhe declaram que estão pretendendo roubar a mulher de Ceprano, para o Duque.
Rigoletto apontou para a casa de Ceprano e se ofereceu para ajudar. Os cortesãos aceitam o oferecimento. Insistem que ele deve disfarçar-se, e colocam nele uma máscara e um lenço, tapando-lhe os olhos e, claro, ele fica sem ver nada. Andaram com ele um pouco e o fizeram segurar uma escada, apoiada num muro, dizendo que é de Ceprano, quando, na verdade, é o da própria casa dele. Pulam o muro, agarram Gilda, a amordaçam e a levam ao Palácio do Duque.
Instantes depois, Rigoletto, desconfiado, rasgou a máscara, viu o lenço de Gilda no chão e o portão aberto. Correu pela casa e percebeu que Gilda foi raptada, com a sua participação. E exclama, desesperado: - Ah! É a maldição!

2° Ato - Salão do Palácio Ducal.

O Duque está aborrecido porque voltou à casa de Gilda e não a encontrou. Canta: - Parmi veder le lagrime! (Parece-me ver a lágrima, deslizando-se das minhas pestanas), com tanto sentimento, que quase sentimos pena dele.
Marullo e os cortesãos entram e contam as aventuras da noite anterior, quando raptaram Gilda, com a ajuda do Rigoletto (eles supunham que ela fosse a amante do bufão).
O Duque ouviu tudo e se alegrou; quando soube que ela estava na sala ao lado, correu ao seu encontro. Nesse instante, entrou Rigoletto. Os cortesãos cantam - Povero Rigoletto! (Pobre Rigoletto!), gozando sua desgraça, pela perda que eles supunham, fosse sua concubina.
Rigoletto, escondendo sua aflição, vai cantando La rà, La rà, olhando para todos os cantos, tentando encontrar alguma coisa de Gilda. Nesse instante, um pajem entrou apressado, procurando o Duque. Os cortesãos lhe avisam que Sua Excelência, não pode ser incomodada agora.
Rigoletto compreendeu tudo, suplicou aos cortesãos que lhe entreguem sua filha, e tenta forçar a porta da sala ao lado, no que é barrado pelos cortesãos, e canta a espetacular ária: - Cortigiani, vil razza dannata! (Cortesãos, raça vil, danada, por qual preço, vendeste o meu bem, a minha filha é o meu tesouro).
Gilda saiu dos aposentos do Duque, correndo em direção ao pai, e se atira em seus braços. Os cortesãos deixam os dois a sós, e Gilda conta toda a verdade ao pai, que o namorado a acompanhou, desde a Igreja, cantando - Tutte le feste al tempio (toda a comemoração a seu tempo). Rigoletto a conforta, cantando - Piaangi, fanciulla (canta, minha menina), prometendo vingança.
Casualmente, o Conde Monterone atravessou a sala conduzido para a execução,  diz a Rigoletto: O raio ainda não caiu sobre a tua cabeça!


3° Ato – Residência de Scarafucile, às margens do Rio Mincio.                                       

Velha hospedaria, com um rio próximo. Rigoletto chega com a filha, vestida de homem, pois o pai quer que ele saia da cidade essa noite, e que ela esqueça o falso estudante.
O Duque vem disfarçado de soldado (eles o observam através de uma porta estragada). Chega, pede vinho e é servido por Scarafucile. O Duque canta a bela ária La Donna è móbile (A mulher é volúvel).
Gilda e o pai reparam que ele está tentando seduzir Madalena. Rigoletto combina o assassinato do Duque. Gilda escuta Madalena pedir ao seu irmão, Scarafucile que não mate o Duque.
Gilda resolve imolar-se ao seu amor. Bate à porta. Madalena corre a abrir, Gilda dá um passo à frente e é ferida de morte.
Scarafucile a coloca num saco, que entrega a Rigoletto. Este, ao abrir o saco, descobre a filha moribunda.
Os dois se despedem de maneira pungente e ela dá o último suspiro.
        - Ah! A maldição se cumpriu!  Soluça Rigoletto.
Cai o pano! Fim da bela Ópera!

IRISLENE CASTELO BRANCO MORATO – Belo Horizonte/MG
Academia Feminina Mineira de Letras

PLENITUDE

A plenitude íntima
Está no desapego
No amor liberto
Com intensidade

Sentir a vida
Com Paixão
Onde ter você
Faz-me suar
Faz-me soar

Entre o desprendimento
E a volúpia do desejo
Transito entre
O amor
E a paixão
Com a vibração da Vida!

JOSÉ  ANSELMO  CÍCERO  DE  SÁ – Rio de Janeiro/RJ
Academia de Artes, Ciências e Letras do RJ
Cadeira nº 29 - Patrono: Quintino Bocaiúva

AS CINCO  GRANDES  ALTERNATIVAS  DA  HUMANIDADE
   
    Se interrogarmos o sentimento íntimo da quase universalidade dos homens, se viveremos ou não viveremos ao findar esta nossa existência terráquea, por certo teremos à resposta que SIM, viveremos. É obvio que isto significa uma esperança que constitui uma consolação. Entretanto, uma minoria esforça-se, sobretudo de algum tempo para cá, por tentar provar que não viveremos. Forçoso é confessar que essa escola fez prosélitos, principalmente entre os que, temendo a responsabilidade do futuro, acham mais cômodo gozar sem constrangimento o presente, sem se perturbarem com a perspectiva das consequências. Essa, porém, é a opinião de uma minoria.
   Pela assertiva da maioria dos homens de que realmente viveremos após finda a nossa existência, formulamos as seguintes indagações: Se havemos de viver, como viveremos? Em que condições viremos a encontrar-nos? – Aqui, os sistemas variam, de acordo com as ideias religiosas, e filosóficas. Podem, no entanto, reduzir-se a cinco, todas as alternativas capitais que passaremos a enunciá-las, a fim de que se torne mais fácil a comparação, e cada um possa escolher a que lhe pareça mais racional e melhor corresponda às suas aspirações pessoais, e às exigências da sociedade. Estas cinco alternativas são as que resultam das seguintes doutrinas: materialismo, panteísmo, deísmo, pragmatismo e espiritismo.  Assim teremos:

1ª) DOUTRINA  MATERIALISTA – Atribui que o homem nada mais é, antes nem depois da vida corporal. A inteligência do homem é uma propriedade da matéria. Nasce e morre com o organismo. Como consequências, sendo o homem apenas matéria, os gozos materiais são as únicas coisas reais e desejáveis; as afeições morais carecem de futuro; os laços morais a morte os quebra sem remissão, e para as misérias da vida não há compensação; o suicídio vem a ser o fim racional e lógico da existência, quando não se pode esperar atenuação para os sofrimentos; viver cada um por si o melhor possível, enquanto aqui estiver; deveres sociais sem fundamento, o bem e o mal, meras convenções. Por freio social unicamente a força da lei civil. O materialismo ostentando-se como jamais fizera em época nenhuma, apresentando-se dono regulador supremo dos destinos morais da Humanidade, teve por efeito aterrorizar as massas pelas consequências inevitáveis das suas doutrinas com relação à ordem social. Por isso mesmo, provocou, em favor das idéias espiritualistas, enérgica reação, que lhe há de provar quão longe ele está de possuir simpatia tão gerais quanto supõe e que singularmente se ilude se espera impor um dia suas leis ao mundo.
   O que causa espanto na maioria dos materialistas da escola moderna é o espírito de intolerância levado aos últimos limites, quando, ao mesmo tempo, reclamam incessantemente o direito à liberdade de consciência!... Há, neste momento, em certo partido, um levantar de escudos protetores contra as ideias espiritualistas em geral, nas quais, naturalmente, as do Espiritismo se acham envolvidas.
   O que este partido quer não é um Deus melhor e mais justo, é o Deus matéria, menos embaraçoso, porque não se lhe tem de prestar contas. Ninguém contesta ao mencionado partido o direito de ter sua opinião, de discutir as opiniões contrárias; mas, o que não se lhe poderia conceder é a pretensão, singular, pelo menos, em homens que se dão como apóstolos da liberdade, de impedirem que os outros creiam a seu modo e discutam as doutrinas de que elas não partilham. Intolerância por intolerância, uma não vale mais do que a outra.

2ª) DOUTRINA PANTEÍSTA – A Alma, ou o princípio inteligente, independe da matéria, é extraído, ao nascer do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum, como as gotas de chuva ao oceano.  Sem individualidade e sem consciência de si mesmo, o ser é como se não existisse. As consequências morais desta doutrina são exatamente as mesmas que da doutrina materialista. Certo número de panteístas admite que alma tirada ao nascer do todo universal, conserva a sua individualidade por tempo indefinido e somente volta à massa depois de haver chegado aos últimos degraus da perfeição.
   As consequências desta variedade de crença são absolutamente as mesmas que as da doutrina panteísta propriamente dita, pois de todo inútil é que alguém se dê ao trabalho de adquirir alguns conhecimentos, cuja consciência terá de perder, pelo aniquilar-se após um tempo relativamente curto. Se a alma em geral, se nega a admitir semelhante concepção, quão mais penosamente haveria ela de sentir-se chocada, ponderando em que o instante que alcançasse o conhecimento e a perfeição supremos, seria o que se veria condenada a perder o  fruto de todos os seus labores, perdendo a sua individualidade.

3ª) DOUTRINA DEÍSTAO Deísmo compreende duas categorias bem distintas de crentes: Os deístas independentes e os deístas providencialistas. Os primeiros creem em Deus; admitem todos os seus atributos como criador. Deus, dizem eles, estabeleceu as leis gerais que regem o Universo; mas, uma vez estabelecidas, essas leis funcionam por si sós, e Aquele que as promulgou de mais nada se ocupa. As criaturas fazem o que querem ou o que podem, sem que Ele se inquiete. Não há providência; não se ocupando Deus conosco, nada temos que lhe agradecer, nem que lhe pedir.   Os que negam qualquer intervenção providencial na vida do homem são como crianças que se julgam muito ajuizadas para se libertarem da tutela, dos conselhos e da proteção de seus pais, ou que pensam não deverem estes ocupar-se mais com eles, desde que os puseram no mundo. Sob o pretexto de glorificarem a Deus, demasiado grande, dizem, para se abaixar até as suas criaturas, fazem Dele um grande egoísta, e se rebaixam até ao nível dos animais que abandonam suas crias à Natureza. Essa crença é resultado do orgulho; é sempre a ideia de que estamos submetidos a um poder superior que fere o amor-próprio e do qual procuram eximir-se. Enquanto uns negam absolutamente esse poder, outros consentem em reconhecer-lhe a existência, embora condenando à nulidade. Há uma diferença essencial entre os deístas independente e o providencialista. Este último, com efeito, crê não só na existência e no poder criador de Deus, como também crê na sua intervenção incessante na criação e a Ele ora, mas não admite o culto exterior e o dogmatismo atual.

4°) DOUTRINA DOGMÁTICAA Alma, independente da matéria, é criada por ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a morte; desde esse momento, tem irrevogavelmente determinada a sua sorte; nulos lhe são quaisquer progressos ulteriores; ela será, pois, por toda a eternidade, intelectual e moralmente, o que era durante a vida. Sendo os maus condenados a castigos perpétuos e irremissíveis no inferno, completamente inútil lhes resulta todo arrependimento; parece assim que Deus se nega a conceder-lhes a possibilidade de repararem o mal que fizeram. Os bons são recompensados com a visão de Deus e a contemplação perene no céu. Os casos que possam merecer o céu ou o inferno, por toda a eternidade, são deixados à decisão e ao juízo de homens falíveis, aos quais é dada a faculdade de absolver ou condenar.

5ª) DOUTRINA  ESPÍRITAEsta doutrina trata da vida espiritual, de vez que como sabemos, esta é a vida normal, enquanto que a vida corpórea é uma fase temporária do Espírito, que durante ela se reveste de um envoltório material, de que se despe por ocasião da morte. O Espírito como princípio inteligente, independe da matéria. A Alma individual (o espírito encarnado) preexiste e sobrevive ao corpo. Todas as almas são criadas simples e ignorantes, sendo sujeitas a progresso indefinido. O seu ponto de origem é o mesmo para todas elas. Nada de criaturas privilegiadas e mais favorecidas do que outras. Os anjos são seres que chegaram à perfeição, depois de haverem passado, como todas as outras criaturas, por todos os graus da inferioridade.
   As Almas ou Espíritos progridem mais ou menos rapidamente, mediante o uso do livre-arbítrio, pelo trabalho e pela boa-vontade. O progresso do Espírito é tanto na vida espiritual como material. O estado corpóreo é necessário ao espírito até que haja galgado certo grau de perfeição. Ele aí se desenvolve pelo trabalho a que é submetido pelas suas próprias necessidades, e adquire conhecimentos práticos especiais. O Espírito retoma um corpo tantas vezes quanto lhe for necessária, e de cada vez encarna com o progresso que haja realizado em suas existências precedentes, bem como na vida espiritual, sendo insuficiente uma só existência corporal para que adquira todas as perfeições. Quando o Espírito alcança num mundo, tudo o que aí pode obter, deixa-o para ir a outros mundos mais adiantados, cada vez menos materiais, e assim por diante, até a perfeição de que é suscetível a criatura.  A Alma dos cretinos e dos idiotas é da mesma natureza de qualquer outro ser encarnado; possuem, muitas vezes, grande inteligência; sofrem pela deficiência dos meios de que dispõem para entrar em relação com os seus companheiros de existência, como os mudos sofrem por não poderem falar. É que abusaram da inteligência em existências pretéritas, e aceitaram voluntariamente a situação de impotência para usar dela, a fim de expiarem o mal que praticaram. As crianças que morrem em tenra idade podem ser Espíritos mais ou menos adiantados, porquanto já tiveram outras existências em que, ou praticaram o bem ou cometeram ações más. A morte não os livra das provas que hajam de sofrer e, em tempo oportuno, eles voltam a uma nova existência na Terra, ou em mundos superiores, conforme o grau de elevação que tenham atingido.

JOSÉ  ROBERTO  DE  MELO    
Presidente de Honra – Em Memória

COMO ENTREI NA HISTÓRIA DE CORTÊS/PE
{ CONTINUAÇÃO }

CAPÍTULO 92 - Nunca pensei em tirar proveito financeiro como Prefeito de Cortês. O dinheiro que eu mesmo atribuí a mim mesmo, pois governei sem Câmara, era uma verba de representação, gastava tudo em táxi, perambulando pelas Secretarias, cavando as coisas para o Município que despontava, no Recife, onde passava parte da semana, e tirava do consultório meios para viver.
José Borba pensava do mesmo jeito. Alguém verificou depois de um ajuste na folha municipal que a Secretária Yolanda Gomes ganhava mais do que ele, e perguntou porquê.. Respondeu que a moça vivia dos seus proventos de funcionária, e ele do seu engenho.
O progresso de Cortês era o nosso sonho. Eu tinha deixado o Distrito que vivia abandonado, como uma cidade com parte calçada, com água encanada, funcionalismo em dia, com abono de Natal pago e com aproximadamente 20% do orçamento intacto no cofre municipal para a obra continuar.

CAPÍTULO 93 -  Na época em que Cortês foi criado, os grandes jornais do Recife tinham diariamente uma página completa dedicada aos municípios. Eles tinham um correspondente em cada cidade, que mandava as notícias locais, noticiavam as festas, em suma, falavam da cultura local.
Muitos desses correspondentes apareceram também como homens públicos. Pedro Afonso foi prefeito de Palmares e deputado estadual; Pelópidas Soares, de Catende, elegeu-se para a Academia Pernambucana de Letras. Só para citar alguns.
Também proliferavam os jornais locais. Em Palmares, Petrolina, Timbaúba, Garanhuns, Caruaru etc. Em Cortês, na ânsia de torná-lo conhecido, fundamos o jornal A CIDADE, e nos tornamos correspondes do Diário de Pernambuco, do Jornal do Commercio e da Folha da Manhã. Tínhamos uma participação ativa no jornalismo matuto, que nesse tempo fazia proliferar os congressos de jornalistas do interior. Levamos o nome de Cortês para os que se realizam em Timbaúba, em Caruaru, e em Palmares. Participamos ativamente, junto com o jornalista Waldimir Maia Leite da campanha vitoriosa que tornou sócios efetivos da Associação de Imprensa de Pernambuco, os correspondentes do interior.
Nessa época Cortês não tinha estação de rádio, nem os abnegados que dão notícias dele diariamente no Facebook...

LUIZ MANOEL DE FREITAS - Natal/RN
         Idealizador / Superintendente Técnico do 
   Projeto Reviver

AS MÃES

Nem buscando na mais sábia filosofia,
Nem conhecendo do mar a imensidão,
Seremos capazes de grande amor sentir
Se não tivermos desde cedo sua mãe.

És a nobreza das almas no caminho,
Buscando a paz na força do perdão;
És a pureza na face da menina,
Que lembra seu primeiro amor na solidão.

Se és uma dádiva que nos traz felicidades,
Te ter presente é paz, é alegria;
Se tua palavra é o peso da verdade,
Tua existência para mim é calmaria.

Se ao mundo, em carne e osso me colocaste,
Fruto de um amor que ao meu pai te unia,
Foi nas noites frias que tu me acalentaste,
Com o amor e a calma de nossa Mãe Maria.

És o exemplo da força e da compreensão,
És a mulher que todos querem ter,
És um raio transformando em clarão
Que ilumina todos os filhos no viver.
Livro: Reviver  - 2002

NELSON RUBENS MENDES LORETTO – Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE 
1º Secretário da SBDE

MINHA CONDUTA; SUA CONDUTA; NOSSA CONDUTA!*

Disse-nos Jesus que seus discípulos seriam reconhecidos por uma faceta especial de comportamento. Qual é ela? - Seus discípulos, afirmou Jesus, seriam reconhecidos por se amarem uns aos outros. Nesse ensinamento, registrado pelo apóstolo João, encontra-se resumida a lei de justiça, amor e caridade. Se ele fosse observado, os homens se respeitariam mutuamente, os vínculos sociais entre as criaturas seriam mais consolidados, as leis mais justas, a convivência humana mais pacífica. 
Qual é o conceito de justiça segundo o Espiritismo? - Segundo os ensinamentos espíritas, a justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. Duas coisas adverte o Espiritismo, determinam esses direitos – a lei humana e a lei natural. 
Que conduta com relação ao próximo a lei natural estabelece? - A lei natural, que é de todos os tempos, determina-nos, tal como recomendou Jesus: “Queira cada um para os outros  o que deseja para si mesmo”, uma regra singela de justiça que Deus implantou no coração do homem. 
Que causas geram os desrespeitos humanos? - As causas que geram os desrespeitos humanos decorrem da própria imperfeição dos homens. São as mesmas causas que obstaculizam o progresso, e é possível encontrar em sua raiz o orgulho e o egoísmo e todas as paixões e imperfeições características dos Espíritos em via de progresso. 
Que fator possibilitará a necessária mudança, quando então se verá na sociedade terrena uma maior quota de respeito, não somente às leis, mas também às pessoas e a tudo o que a elas interesse? - Sabemos que à medida que o homem progride moralmente amplia-se o seu livre-arbítrio e aumenta, no mesmo diapasão, seu senso de responsabilidade. É, portanto, o amadurecimento das pessoas que possibilitará a necessária mudança, quando então se verá na sociedade terrena uma maior quota de respeito às leis, às pessoas e a tudo o que a elas interessa. Pense nisso!
* Baseado na publicação “Respeito às leis, às religiões e aos direitos humanos”, de Thiago Bernardes (O Consolador, ano 03, nº 144). 

PAULO  JOSÉ  MORAES  DA  SILVA – Maceió/AL
Academia Alagoana de Odontologia

CONSIDERAÇÕES SOBRE PORTO CALVO
O Município de Porto Calvo é a freguesia mais antiga do Estado, pois já existia no século XVI. Sua fundação é atribuída a Cristóvão Lins, a quem foram doadas terras que se estendiam do Rio Manguaba ao Cabo de Santo Agostinho.
"A sesmaria recebeu o nome de Santo Antônio dos Quatro Rios – Manguaba, Camarajibe, Santo Antônio Grande e Tatuamunha – compreendia as terras entre os Rios Manguaba, passando pelo Camarajibe (Matriz e Passo do Camaragibe), Tatuamunha (Porto de Pedras) e chegando ao Rio Santo Antônio, em São Luiz do Quitunde".
Nessa região, ele iniciou a cultura canavieira, e construiu uma capela e sete engenhos. Os novos proprietários procuraram logo fazer a derrubada das matas e plantar cana-de-açúcar, surgindo daí os engenhos banguês que sustentaram a economia alagoana durante quatro séculos, até serem substituídos pelas usinas.
Os primeiros engenhos foram construídos por Cristóvão Lins, os quais ele batizou com os nomes de Escurial, Maranhão e Buenos Aires.
Porto Calvo foi um dos primeiros locais a ser habitado pelos portugueses. A cruzada organizada por Cristóvão Lins percorreu parte do litoral, expulsando os índios e se apossando de suas terras.
Cristóvão Lins recebeu o título de Alcaide-Mor de Porto Calvo, em 1600. O povoado foi se formando com o movimento entre o norte e o sul, assumindo características de vila nos primeiros trinta anos do século XVII.
A origem do nome vem de uma lenda na qual um velho calvo, que morava às margens do rio, construiu um porto, conhecido como o "Porto do Calvo".
Quando foi elevada à vila, passou a se chamar Bom Sucesso, em homenagem à vitória de Matias de Albuquerque contra os holandeses, mas permaneceu Porto Calvo até os dias atuais.
Sempre presente em fatos políticos, Porto Calvo teve papel saliente nos diversos acontecimentos sociais e políticos da Capitania de Pernambuco, haja vista, que, à época, esta, assim como o Estado de Alagoas, eram parte do Estado de Pernambuco.
Fez-se notável pela parte que tomou na guerra contra os holandeses, serviu de base para as forças expedicionárias, e como entreposto comercial durante o período da destruição do célebre Quilombo dos Palmares.
Tem como filhos ilustres Calabar, Zumbi e Guedes de Miranda, sendo que Domingos Fernandes Calabar se tornou o caso mais famoso de deserção da história do País.

Figura muito discutida por historiadores, com duas correntes antagônicas, uns considerando-o herói, e outros o julgando traidor da Pátria por ter se aliado aos holandeses. Na época do Brasil Colônia, num tempo em que não se encontrava solidificado o sentimento nativista e a consciência de uma Pátria como a temos nos dias atuais, a deserção era fato corriqueiro dentro das fileiras dos exércitos.
Calabar não foi o único a desertar, outros que por diversos motivos e pertencentes às mais diferentes etnias e nacionalidades mudavam de lado rotineiramente.
A freguesia, sob invocação de Nª Sª da Apresentação, foi criada por volta de 1575. Sendo elevado de povoado à Vila, em 12 de Abril de 1636, e foi elevada à categoria de cidade pela Resolução nº 1.115, de 14 de Novembro de 1889, e depois pelo Decreto nº 10, de 10 de Abril de 1890.
Como atrativos (além da própria história), o município oferece a Igreja Matriz, considerada Monumento Nacional em 06 de Junho de 1952, pelo Senado Federal e tombada em 17 de janeiro de 1955 pelo serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a Igreja de Nossa Senhora da Apresentação traz estampada em seu frontispício a data de 1610, como ano de sua conclusão. Temos o Alto da Forca e o Rio Manguaba, além das festas da padroeira (21/11) e do aniversário 12/04.
O município de Porto Calvo localiza-se na região norte do litoral alagoano, limitando-se com Jundiá (33Km), Matriz de Camaragibe (25Km), Porto de Pedras (30Km), Japaratinga (20Km), Maragogi (30Km) e Jacuípe (18 km).
Distante de Maceió 96 quilômetros e está situado 35 metros acima do nível do mar. Ocupa uma área de 335 km², é a 31ª região em extensão territorial do Estado de Alagoas.
Seu relevo apresenta duas feições: a primeira a dos tabuleiros, com uma topografia plana e suavemente ondulada, modelada em rochas sedimentares argiloarenosas. A segunda corresponde a do modelado em rochas cristalinas, com uma topografia ondulada e movimentada, destacando-se as serras do Café, do Urubu e Benfica. A altitude oscila de poucos metros a 200 metros.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no recenseamento de 2000, Porto Calvo tinha aproximadamente uma população de 23.951 habitantes divididos entre zona rural (8.689 habitantes) e zona urbana (14.983 habitantes), sendo que o total de homens é 12.132 e de mulheres é de 11.819. Porém, fontes extra oficiais estimam uma população aproximada de 30.000 habitantes.
A argila ou barro para a fabricação de telhas e tijolos, constitui a principal riqueza mineral. Como riqueza de origem animal existem peixes e camarões nos principais rios e lagoas, o que propicia também uma pequena atividade pesqueira, havendo também criatórios particulares para comercialização.
A atividade agropecuária e a indústria açucareira constituem a base econômica local. As demais atividades que têm predominância na economia municipal são a produção de açúcar, de álcool, através da Usina Santa Maria e as cerâmicas.
Seguem-se o arroz, mandioca e coco-da-baía. A cana-de-açúcar é escoada para a Usina Santa Maria, enquanto os demais produtos são exportados para Maceió.
A pecuária, que anos atrás, ocupava uma posição de destaque em sua economia está reduzida a uma criação considerada apenas regular. Não há indústrias significativas no município, exceto a usina.
Porto Calvo concentra um comércio de variadas opções e economia estável, além de feira livre às sextas e sábados, considerada a maior da região.
Os estabelecimentos bancários são a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco, de grande movimento diário. Há uma agência dos Correios, várias serralherias, proporcionado um bom número de empregos diretos e indiretos e uma Casa Lotérica.
O primeiro ponto a ser visitado foi o Memorial Calabar, erguido no Alto da Forca, local onde Domingos Fernandes foi morto por garroteamento e, em seguida, teve o corpo esquartejado por optar pelo domínio holandês em detrimento ao jugo lusitano.
Esculturas assinadas pelo artista plástico Manoel Claudino da Silva, pernambucano de Pesqueira, retratam ali o momento da execução de Calabar. O memorial foi instalado em 2011.
Calabar foi o primeiro brasileiro a lutar pela independência de nosso Brasil, e por isso pagou com a própria vida a sua insurreição. É sem dúvidas herói nacional", bradou o professor Valdomiro Rodrigues, que guiou a comitiva pelos pontos históricos da cidade.
A visita a Porto Calvo terminou com uma passagem pelo Porto do Varadouro, à margem do Rio Manguaba. Lá estão postadas estátuas que também fazem parte do Memorial Calabar. As esculturas lembram a gênese lendária da povoação personificada na figura do “Velho Calvo” e no movimento frenético de entrada e saída de mercadorias que ocorreria a partir das últimas décadas do século 16, quando os irmãos Christopher e Sibald Linz deram início à colonização da região.
Foi lá que o ator Chico de Assis leu uma crônica sobre o surgimento de Alagoas e a importância histórica de Porto Calvo para a formação da identidade nacional.
Parte da rica história de Porto Calvo pode ser vista no Memorial Guedes de Miranda, administrado pelo lotérico aposentado Adelmo Monteiro, proprietário de grande parte das peças que integram o museu, como balas de canhão, espadas, moedas antigas, cerâmicas, artefatos indígenas, fotografias antigas e gravuras. Vale a pena conhecer Porto Calvo!!!
Fontes: Wikipédia, a enciclopédia livre; Livro de Craveiro Costa, Histórias de Alagoas, 1983.

PLACIDINO  GUERRIERI  BRIGAGÃO – Rio de Janeiro/RJ
Acadêmico  Emérito  da  
Academia  Brasileira  de  Medicina  Militar

                                       O  DIA  DAS  MÃES
O  DIA DAS MÃES é comemorado pelo mundo cristão em vários países, em datas diferentes.
No Brasil, em 1932, o Presidente Getúlio Vargas o oficializou como sendo no segundo domingo de maio.
Assim, naquela data, é festejado em todo o Brasil cristão.
É uma data importante na qual, filhos e filhas, homenageiam suas Mães por intermédio de festas em seus lares.
O amor comanda os festejos, exaltando seguramente a beleza  do lar unido pelo amor coletivo.
É impositivo agradecer ao Poder Infinito as bênçãos enviadas a cada lar pela - VONTADE DO SENHOR - possibilitando paz e progresso a cada lar do mundo!

ROGÉRIO DUBOSSELARD ZIMMERMANN - Recife/PE
SANTOS,  CANALHAS,  MANSOS
O dinheiro que mata,
que une, que ata, desune e desata,
que machuca e maltrata,
e essa nata
que se cobre com mantos,
que se recolhe aos prantos,
onde se formam os antros
de tantos e tantos e tantos...
que se cobrem de fezes,
e, às vezes, as teses
os transformam em santos,
de tantos e tantos e tantos
milagres canalhas, suas falhas navalhas,
e dormem em palhas, tão mansos
de tanto e tanto o dinheiro corromper.


THALES RIBEIRO MAGALHÃES - Rio de Janeiro/RJ
Diretor do Museu Odontológico Sales Cunha – ABO/RJ

MORRISON   E   O  MOTOR  A  PEDAL
James Beal Morrison nasceu em East Springfield/Ohio/EUA, em 05.12.1829.
Era o segundo de três irmãos, todos eles Dentistas. Jovem, aprendeu vários ofícios, incluindo conserto e fabricação de relógios, entrando para a Odontologia como aprendiz, em Steubenville/Ohio, com a idade de 20 anos.
Praticou primeiro em St. Louis/Missouri, por volta de 1855. Foi para Paris, em 1861, onde praticou por 02 anos em associação com o Dr. Mo Kellogs, um Dentista americano.
Foi para Londres, onde praticou por 04 anos, junto com John Thomes Barreto e Sercombe. Cresceu, então, uma longa amizade entre Morrison e Thomes. Ainda em Londres, Morrison patenteou sua cadeira, em 07/12/1867.
Diz-se que, pouco antes de retornar à América, um de seus amigos londrinos falou que a próxima coisa que gostaria de ouvir sobre ele, é que estaria obturando dentes com máquinas. Foi uma profecia realizada.
No retorno, juntou-se a seu irmão, William Newton Morrisson, e estabeleceu o “Gabinete Dentário dos Irmãos Morrison”, em St. Louis, onde se dedicou a desenvolver o seu motor dentário.
Em 1870, conseguiu uma patente para o seu motor sustentador, um aparelho que consistia em um braço móvel carregando uma peça de mão. A este aparelho seguiu--se o motor a pedal, cuja patente foi conseguida em 07/02/1871.
O aparelho foi manufaturado e vendido pelos irmãos Johnson, em 1872. O primeiro deles foi vendido na Convenção Dentária de Binghampton/Nova Iorque, em 17/04/1872.
O primeiro Dentista em Londres a usar o motor de Morrison foi seu amigo, e primeiro sócio, Edwin Sercombe, um expoente da época e ativo membro da Sociedade Odontológica.
No encontro mensal da Sociedade (às 2as.feiras), em 03/03/1873, Sercombe descreveu a máquina inventada por seu amigo. Disse que uma broca montada em aparelho manual, rodando livremente e encontrando algum suporte na palma da mão era, até então, o aparelho favorito para preparar uma cavidade.
Seu movimento era vagaroso e o resultado imperfeito. Agora, seu amigo, o Dr. Morrison teve a ideia de que uma rotação mais rápida poderia ser dada por meio de um aparelho trabalhado pelo pé, deu à broca uma velocidade de 2000 rpm, que logo tirava o corte das brocas, e desenvolveria grande calor a pressões indevidas. Entretanto, se as brocas estivessem em boas condições, isso poderia ser evitado.
Membros presentes, que tinham usado o aparelho, tomaram parte na discussão e disseram que ele economizava menos desconforto.
         O presidente, Mr. Sheffield, perguntou se havia aumento da dor, durante o preparo. Mr Sercombe respondeu que muitos pacientes estavam a favor do aparelho, e que a cavidade podia ser executada com rodas de carborundum sem dor. Disse que 1.000 máquinas já haviam sido vendidas nos E.U.A., e que havia levado uma à exibição médica internacional de Londres, naquele ano (1873).
Neste contexto é interessante citar Julius Schiff, fundador da famosa Escola Dentária de Viena, que disse em seu “Lerbuch der Zahneilkunde”, publicado em 1880: Falando de brocas manuais, não posso omitir um dos maiores inventos dos tempos modernos: o motor a pedal dentário. Naturalmente, somente um Dentista muito ocupado poderá tê-lo, pelo seu alto custo de aquisição e de outros instrumentos, incluindo os materiais de obturação. Custa 60 dólares, porém tem tantas vantagens que todo Dentista deveria possuí-lo.
Na opinião de Scheftt, a introdução do motor dentário abriu uma nova era na Odontologia.
Bernhard Wolf Weinherger, historiador americano, questiona o fato de que Morrison tenha sido o inventor do primeiro motor a pedal. Diz que o mérito do invento é de John Greenwood, de Nova Iorque, Dentista de George Washington.
Isaac John Greenwood, seu filho e também Dentista, escreveu a Jonathan Taft, em 1860: Meu pai foi o primeiro a usar o motor a pedal, que ele mesmo construiu, usando uma velha roda giratória de minha avó.  Eu mesmo, para fazer o conduto para receber o pivô em um dente artificial, usei o referido motor.
No entanto, o exame do motor a pedal de Greenwood (está preservado na New York Academy of Medicine) mostra que, enquanto poderia ser muito eficiente para uso em dentes artificiais, não havia meio de usá-lo na boca de pacientes.
(Ref. Vinski, Ivo – “Morrison and the foot engine” in Two hundred and fifty years of rotary instruments in dentistry. Brit Dent J -146(7): 220-21, 3 apr 1979.)