quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

JORNAL MENSAL DA SBDE - MARÇO DE 2019




TALENTO LITERÁRIO DE TITULARES E HONORÁRIOS

    ANÍSIO LIMA DA SILVA 
                  Campo Grande/MS                     
1º Tesoureiro da SBDE 

     VALE  X  FLAMENGO

    Nos últimos tempos, pelo menos duas tragédias provocaram comoção nacional: o rompimento da barragem da Companhia Vale, em Brumadinho/MG, e o incêndio no alojamento do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Se ambas comoveram a opinião pública, por conta principalmente da perda de vidas, foram abordadas de maneiras diferentes, tanto pela maior parte da grande imprensa, quanto pela população em geral.
Enquanto no caso da barragem, tendo a reincidência como agravante, tratou-se imediatamente de responsabilizar a Companhia; no ocorrido no Rio de Janeiro o Clube de futebol foi tratado muito mais como vítima do que como responsável.
As duas tragédias que têm em comum a negligência, foram vistas de modos diferentes.
Enquanto a opinião pública e a grande imprensa trataram de cobrar providências imediatas dos órgãos governamentais, no caso da barragem, essa cobrança não se deu com mesmo vigor na tragédia do Ninho do Urubu, mesmo com a constatação de negligência do clube, autuado trinta e uma vezes.
A mídia noticiou amplamente que as autoridades intimavam os diretores da Vale e órgãos públicos aplicavam pesadas multas.
Enquanto isso, os diretores do Flamengo eram “convidados” a participar de reuniões.
Nota-se um descompasso de tratamento, mesmo que se considerem as dimensões muito maiores da tragédia de Brumadinho. Com mais de trezentas vítimas, entre mortos e desaparecidos, famílias desabrigadas, propriedades destruídas, suspensão das atividades econômicas na região, além do incalculável estrago ambiental, o desastre envolvendo a Vale é incomparavelmente maior.
Uma das primeiras vozes a cobrar responsabilidades do clube de futebol veio de onde menos se esperava: o comentarista e ex-jogador Casagrande, que nem sempre prima pela racionalidade em suas opiniões, disse acertadamente que o clube não poderia se omitir perante o fato, pois estava cuidando dos “filhos de outras pessoas”.
Zico, o maior ídolo do clube, capaz de comentários em geral bem mais arrazoados, também se manifestou, responsabilizando o Flamengo, ainda que de forma menos enfática do que seu companheiro.
O comportamento das pessoas, incluindo aí os familiares das vítimas, causa perplexidade a quem se dê ao trabalho de fazer uma análise isenta de paixões.
Nos velórios e sepultamentos dos jovens atletas as pessoas vestiam camisetas e entoavam, emocionadas, o hino do clube, recitando palavras de ordem.
Uma repórter chegou ao descalabro, enquanto noticiava os funerais, de citar manifestações “entusiasmadas da torcida”, num claro ato falho (verdadeiro, ainda que totalmente fora do contexto), que tratou de corrigir em seguida.
A paixão clubística se sobrepôs à lógica de que se deveriam cobrar responsabilidades.
A dor da perda de um familiar parece ser menor do que a paixão, preferindo-se creditar o ocorrido ao fortuito, isentando o clube.
Evidente que não se viu nada parecido quanto às vítimas da Vale. O clube carioca, porém, não é o único a ser tratado com tal complacência: por ocasião do ocorrido, há cerca de dois anos, com a equipe da Chapecoense, uma das maiores tragédias do futebol mundial, a imprensa e a população em geral pouco se preocuparam com a responsabilidade do clube que contratou uma empresa que violava as regras da aviação comercial.
Pelo visto, a paixão nacional pelo futebol supera e embota a percepção da tragédia. Uma tragédia!

ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO - HONORÁRIO
Guarapari/ES

O LIVRO DA FELICIDADE: Este livro faz parte de uma coleção que nosso ilustre Honorário lançou há alguns anos, com grande sucesso! 
Aproveitamos para inserir a sequência, a partir deste mês.

Apresentação pelo Autor:  PORQUÊ DESTE LIVRO
Com satisfação, pelos comentários recebidos aos anteriores e a alegria de ter selecionado pensamentos motivacionais para O Livro da Ajuda e para O Livro do Sucesso, sensação que já havia experimentado com O Livro do Amor e O Livro do Pensar senti-me feliz em elaborar este O Livro da Felicidade.
Motivo de desejo da maioria dos seres humanos, a felicidade, embora muito procurada, é pouco estudada, e menos ainda compreendida, como se fosse algo simplista, tipo tem, tem, não tem, não tem. 
Com os 365 pensamentos deste livro será mais fácil entendê-la, conhecê-la e conquistá-la, um direito de quem lê.
Colecionar pensamentos é uma maneira de, em momentos importantes ou decisivos, ter onde buscar mais forças e motivação para atingir os seus objetivos e metas. 
Dias especiais também merecem pensamentos motivacionais, outra razão para este formato de um pensamento por dia, divididos por temas no mês.
Tem sido uma agradável experiência, selecionar os pensamentos para esta coleção livros de bolso. 
Um método está se criando para melhorar o dia a dia das pessoas.
Uma aula de vida!

MARÇO – Período: IDADE MODERNA (entre 1453 e 1789)
Amigos são pontes para a felicidade. Provérbio

01.03 A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a alegria e dividindo a nossa dor. Joseph Addison (inglês, 1.672 a 1.719)

02.03 O divertimento é a felicidade daqueles que não sabem pensar. Alexander Pope (inglês, 1.688 a 1.744)

03.03 Um momento de felicidade vale mais do que mil anos de celebridade. François Voltaire (francês, 1.694 a 1.778)

04.03 A espécie de felicidade de que preciso não é fazer o que quero, mas não fazer o que não quero. Jean Jacques Russeau (suíço, 1.712 a 1778)

05.03 Aquele que de algum modo condena o seu semelhante à felicidade, é feliz. Denis Diderot (francês, 1.713 a 1.784)

06.03 O homem deveria cultivar em si mesmo algumas imperfeições para manter seus amigos satisfeitos. Benjamin Franklin (americano, 1.716 a 1.790)

07.03 A felicidade não é um ideal da razão, mas sim da imaginação. Immanuel Kant (prussiano, 1.724 a 1.804)

08.03 Felicidade mais elevada é aquela que corrige os nossos defeitos e equilibra as nossas debilidades. Johann Goethe (alemão, 1.749 a 1.832)

09.03 A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade. Antoine Rivarol (francês, 1.753 a 1.801)

10.03 A verdadeira felicidade custa pouco, quando é cara não é de boa qualidade. René de Chateaubriand (francês, 1.768 a 1.848)

11.03 Cada hora de tempo perdido na juventude é um embrião de infelicidade no futuro. Napoleão Bonaparte (francês, 1.769 a 1.821)

12.03 A alma se farta de tudo que é uniforme, até mesmo da felicidade perfeita. Henri Stendhal (francês, 1.783 a 1.842)

13.03 Recomende aos seus filhos moralidade; somente isso, e não dinheiro, poderá fazê-los felizes. Ludwig Beethoven (alemão, 1.770 a 1.824)
14.03 Felicidade é alguém para amar, alguma coisa para fazer e algo para aspirar. Joseph Addison

15.03 Feliz do homem que não espera nada, pois nunca terá desilusões. Alexander Pope

16.03 Muitos procuram a felicidade como os bêbados, a própria casa. Não a encontram, mas sabem que tem. François Voltaire

17.03 Em vão buscaremos ao longe a felicidade, se não a cultivarmos dentro de nós. Jean Jacques Rousseau

18.03 A sabedoria não é mais do que a ciência da felicidade. Denis Diderot

19.03 A moral não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade. Immanuel Kant

20.03 A beleza é apenas a promessa da felicidade. Henri Stendhal

21.03 Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira. Johann Goethe

22.03 A vaidade faz mais gente feliz do que o orgulho. Antoine Rivarol

23.03 Não somos nada, sem felicidade. René de Chateaubriand

24.03 Não há nada de mais belo do que distribuir a felicidade por muitas pessoas. Ludwig v. Beethoven

25.03 De povo a soberano o melhor elo é a felicidade. Napoleão Bonaparte

26.03 A alegria mantém uma espécie de amanhecer em nossa mente e a enche de felicidade. Joseph Addison

27.03 Felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir. 
François Voltaire

28.03 É difícil não exagerar a felicidade que não se goza. Henri Stendhal

29.03 A felicidade não tem limites quando fazemos com prazer.                  Antônio Ribeiro

30.03 A felicidade, se for pouca, que seja ao menos intensa. Autor Desconhecido

31.03 Felicidade: o instante mágico em que um sim pode mudar toda a nossa existência. Autor Desconhecido.


DIRCE BERGAMASCO 
São José dos Campos/SP
{Presidente da A.T.O. de 2000 a 2004} - Continuamos a série de Artigos da nossa ilustre Titular, abordando a vida e a obra do nosso Patrono, base do belo opúsculo que lançou quando foi atuante Presidente. - TRIBUTO A TIRADENTES - JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER

PERFIL DE JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER

   Difícil, mas sempre possível, deduzir através das pesquisas efetuadas, o ser humano que pulsava, com matizes fortes, no nosso Patrono.

   Seu interesse pela instrução desde tenra idade; seu aprendizado de cirurgia; sua vocação de comerciante, sendo aos 15 anos condutor de tropas a comerciar pelas trilhas das Minas Gerais, Bahia e do Rio de Janeiro, ganhando comissão pelo comércio de produtos; seu desígnio de trabalhar por conta própria, mais tarde, tendo solicitado à Sua alteza, a complementação de idade para a maioridade; seu interesse em aprender Botânica com o primo Frei Velloso; seus conhecimentos em Mineralogia; sua valentia como ALFERES, defendendo as riquezas da Coroa Portuguesa, que eram transportadas pelo CAMINHO NOVO, da Capitania das Minas Gerais até o porto de São Sebastião no Rio de Janeiro; sua capacidade de perceber a exploração da Pátria/Colônia, pelos portugueses, enfim, colocam-no numa posição de destaque.

Carta da Emancipação: O Senhor Joaquim José da Silva Xavier, com 20 anos, tem capacidade para governar e administrar seus bens como justificou e Vossa Majestade concede-lhe a provisão de suplementação de idade. 
          15 de julho de 1767, Conde Vice-Rei.

LOURES, Cyro Gomide. A cidadania de Tiradentes (Carta de Emancipação). In: Correio ABO/MG, Minas Gerais, 05/2002, p. 19 (Resumo do original, presente no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro).

   Seu carisma junto à população que atendia, aliviando o sofrimento do povo pelas trilhas que percorria, pelas hospedarias e estalagens onde pernoitava, sua perspicácia em identificar entre as pessoas com quem se comunicava, as descontentes com as medidas administrativas da Metrópole, com os sempre crescentes impostos, e consequentes dilapidação do patrimônio da população nativa, que já beirava a miséria, permitiu-lhe ser o grande divulgador da causa da Independência. 
   Mesmo entre os ricos proprietários, com os quais mantinha relações comerciais e/ou profissionais, os clérigos e os intelectuais de Vila Rica, transitava na dimensão das IDEIAS!
   Esse mineiro inteligente, condutor de tropas, destemido e com um nível cultural acima de seus companheiros, aproveitava para, nas suas viagens a Todos os Santos/BA, frequentar a Loja Maçônica, onde tomava conhecimento das novas ideologias políticas, econômicas e sociais, provindas da Europa, sobretudo da França, pois, graças ao domínio da língua francesa, conseguia ler as obras de Voltaire, Rousseau e Montesquieu se envolvendo profundamente com as ideias revolucionárias e reivindicatórias da época.


FARID ZACHARIAS - Rio de Janeiro/RJ
Titular da Academia Brasileira de Belas Artes  Cadeira nº 03.

MOMENTOS DE REFLEXÃO

Como agir com sabedoria, usando os conselhos dos mestres. Posso dizer que ganhei muito com os ensinamentos dos grandes homens de bem, filósofos que estudaram, como se pode viver em paz e harmonia e aceitar a vida como ela é.

Vou contar como mudei de vida e tive outra visão do mundo.

Já estava casado há 04 ou 05 anos com a Jurema, quando ela me perguntou se eu deixava que ela fizesse um curso de Yoga, com algumas senhoras de Cirurgiões Dentistas e Médicos, de nossas relações de amizades, que recomendaram muito esse curso.

Já me haviam falado muito bem desse curso, que era dado por um Professor francês, que havia feito um curso na Índia com o Grande Mestre Syvananda, por 02 anos. Fui lá, fiz a inscrição dela, aproveitei e fiz também a minha.

Bendita hora em que fiz isso, pois, a nossa vida ganhou muito. Ganhamos, principalmente, com a meditação, mais paz e tranquilidade.

Em pouco mais de 01 ano, consegui, na parte física, ter a capacidade pulmonar melhorada 04 vezes mais, do que quando entrei no curso.

O Professor Bastiou se surpreendeu, e chamou a atenção dos demais alunos, para o meu progresso.

Esses fatos se passaram em 1962, e até hoje, 2019, quando quero dormir, por estar cansado ou emocionado por acabar de ver um jogo de futebol, até meia noite, me relaxo, um pouco, canto o mantra “Oooomm”, por 03 vezes e durmo tranquilo.                    Por tudo isso, recomendo, um curso de Yoga.

 ALGUNS CONSELHOS QUE MUDARAM A MINHA VIDA
     
De Epicuro, cuja filosofia se baseava na cultura do espírito, na prática da virtude, ensinando aos homens a serem felizes sem religião:
- Não temer o Divino nem a morte; 
- Viver com simplicidade e temperança;
- Buscar o prazer com sabedoria;
- Fazer amigos e ser amigo;
- Ser honesto em seus negócios e em sua vida privada. 
Nascemos, vivemos e morremos por acaso, e é dever do homem inteligente tornar sua vida o melhor possível, vivendo e deixando viver, cultivando uma felicidade simples. 
Epicuro nos ensinava: 
- Vivamos a vida, pois, o nosso principal propósito é gozá-la!


JOSÉ DILSON VASCONCELOS DE MENEZES
Fortaleza/CE 
- Vice-Presidente da SBDE - 

GOTAS DE HISTÓRIA

I CAMPANHA DE SAÚDE DA BOCA
22 a 28 de novembro de 1959


   Em 1959, para um mandato de um ano, foram eleitos João Nunes Pinheiro e José Dilson Vasconcelos de Menezes, Presidente e Vice-Presidente do Centro Odontológico Cearense, atual Associação Brasileira de Odontologia – Seção Ceará.

   Nessa gestão, além da promoção de 20 conferências proferidas por Cirurgiões Dentistas ou Médicos, locais ou de outros Estados brasileiros, de 3 cursos de atualização e demonstradores enviados a cidades interioranas para ministrar cursos e conferências, foi realizada a I Campanha de Saúde da Boca.
   Excedendo as mais otimistas previsões, de 22 a 28 de novembro de 1959, realizou-se essa Campanha, objetivando, primordialmente, levar ao público, noções de saúde e de prevenção das principais afecções de localização bucal.
   Foram instalados, para atendimento ao público infantil, dois postos de aplicação tópica do flúor (Técnica de Knutson): na sede do Centro Odontológico Cearense, na Rua Barão do Rio Branco, 828, coordenado pelo Prof. José Dilson Vasconcelos de Menezes, e na Faculdade de Farmácia e Odontologia da Universidade do Ceará, sob a responsabilidade do Centro de Estudos da Faculdade de Farmácia e Odontologia. Em ambos colaboraram, ativamente, Cirurgiões Dentistas e estudantes de Odontologia.
   Num salão localizado na parte sul da Praça do Ferreira, foi instalada uma exposição de cartazes alusivos às alterações que ocorrem no periodonto, coordenado pelo Dr. Jaciné Cibrack de Oliveira, que transmitia informações a cerca da prevenção e tratamento das doenças periodontais.
 Essa exposição foi entregue ao público pelo Deputado Almir Pinto, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, declarando nesse ato, o início da I Campanha de Saúde da Boca.
  Palestras diárias foram apresentadas, por Cirurgiões Dentistas, nas emissoras de rádio locais, focalizando aspectos preventivos e curativos das doenças que incidem no meio bucal.
   A sessão solene de encerramento da Campanha, ocorreu no dia 28 de novembro de 1959, tendo discursado, na ocasião, o Governador Parsifal Barroso, de cuja oração destacamos dois trechos:
   Durante o tempo em que desenvolvestes a vossa Campanha desenvolvestes obra de Estado, como se supristes a deficiência governamental.
  Comecei declarando que, na minha consciência essa palavra final de louvor às vossas virtudes públicas, ao vosso patriotismo, ao vosso idealismo, enfim, era para mim apenas a prestação de um simples dever de justiça, e não uma palavra de protocolo que aqui viesse pronunciar apenas para coroar, como a mais alta autoridade do Estado, a vossa Campanha celebrada com o melhor êxito na nossa Capital.


JOSÉ ROBERTO DE MELO - Recife/PE

Presidente de Honra - Em Memória 

COMO ENTREI NA HISTÓRIA DE CORTÊS/PE

Capítulo 87 -  Escolhidos os nove candidatos à primeira Câmara Municipal de Cortês, sendo somente eles, estaria certa a eleição para todos.. Foi quando quando apareceu Olegário pedindo para se candidatar. Queria ser suplente. Registrada a candidatura começou a trabalhar, fez comício. Desmanchava o nosso objetivo de uma eleição. sem luta que perturbasse a paz local. 
Dr. Coimbra, o primeiro Juiz, da Comarca, muito bem humorado, espalhou o boato: "Tem dez candidatos, nove vão se eleger e um o jacaré vai comer." Ainda hoje, mais de cinquenta passados anos, tem gente que se lembra da brincadeira. 
José Borba fez questão que eu entrasse na primeira lista para, eleito, organizar o Legislativo. A legislação na época podia.
Capítulo 88 -  A primeira eleição municipal de Cortês foi realizada ainda com as cédulas individuais impressas. O eleitor devia levar as suas. Mas era permitido ao candidato deixar na cabine indevassável cédulas extras para socorrer os desprevenidos. 
Era um ato voluntário, e não obrigatório. Eu estava em uma sessão eleitoral quando chegou Dª Maria Cassemiro para votar. Cumpridas as formalidades legais ela entrou na cabine, demorou, demorou e saiu muito brava, gritando:  - Essa eleição está nula! Aqui não tem a chapa do Dr. Roberto! 
Corri para explicar a ela que não havia obrigação de se colocar cédulas ali, e pedindo clemência ao Presidente, pela idade da senhora, coloquei as cédulas e ela votou em paz, acabando a confusão. 
Capítulo 89 - O alistamento para a primeira eleição do Município de Cortês foi feito por ordem alfabética. Por isso tinha uma seção quase somente com Marias. 
Eu disputei essa eleição para Vereador e fui o mais votado. Na urna das Marias ganhei disparado. Era o agradecimento explicito da mulherada pela água encanada que eu tinha posto na cidade. Era a gratidão por tê-las livrado do banho de cuia. 
Nessa eleição Olegário foi derrotado e, pela brincadeira do Dr. Coimbra "comido "pelo jacaré, mal foi proclamado o resultado, Antônio Borba, e não Bernardino, o poeta, escreveu nas costas de uma cédula eleitoral:
Olegário que é fora,
Chegou na última hora,
Fez comício e prometeu,
Mas o povo consciente,
Votou todinho na gente
E Olegário se fu...



LUIZ MANOEL DE FREITAS - Natal/RN

Idealizador e Diretor Técnico do 
Projeto Reviver - Parceiro da SBDE

LIMITE DE PACIÊNCIA
       
Como Meryl Streep diz em mensagem que circula na internet com o nome dela - e nem sei se é mesmo dela – mas, por concordar com muito do que está exposto, digo que também Já não tenho paciência para algumas coisas, não porque me tenha tornado arrogante, mas, simplesmente, porque cheguei a um ponto da minha vida em que não me apetece perder mais tempo com aquilo que me desagrada ou fere. Perfeito! 

   Penso exatamente assim, e fico cansado só em pensar no que ouvirei de algumas pessoas quando o telefone tocar...
  Colocar o ombro à disposição de amigos que precisam de apoio, não é o mesmo que se obrigar a perder o precioso tempo com vitimismo, choradeira ou satisfação pessoal por ter dado respostas grosseiras ou alguém.

    Não gosto e me sinto mal com cinismo, críticas em excesso e exigências de qualquer natureza.

    Nunca tive, e atualmente menos ainda, vontade de agradar só por agradar, de sorrir para quem quer retirar o sorriso de outros, só pelo prazer e satisfação de ver triste quem um dia não lhe deu a atenção que julga necessária e merecedora. E que, para alcançar seus objetivos vingativos, tenta manipular.

  Já dei oportunidade suficiente, e permiti que algumas pessoas gozassem de minha companhia, na esperança de ver o mínimo possível de mudança no comportamento pretensioso.
  Decidi não conviver mais com pretensiosismo, hipocrisia, desonestidade e elogios baratos. 
   É verdade, Meryl Streep, não consigo também “tolerar eruditismo seletivo e altivez acadêmica” exacerbada. Ou mesmo, em nome do popular, o uso de linguagem chula, palavras de baixo calão que, além de ferir os tímpanos, fere também a alma.
    E estou de pleno acordo, pois Não compactuo mais com bairrismo ou coscuvilhice. Se é que compactuei algum dia...
   Também os conflitos criados com propósito de chamar a atenção, os mecanismos de indiferença usados para receber paparicos e dar o troco como resposta, as comparações descabidas e inadequadas na tentativa de azedar relações amigáveis.
   Tudo isso não se tornou insuportável agora no presente, pois já não era aceito, apenas acentuou-se com a maturidade, e transformou-se em incapacidade de aceitar, suportar e conviver. Porque antes, por uma questão de delicadeza, relevava na expectativa de mudança.
    Mas hoje, a vivência me fez entender e concluir que, por mais que acredite e respeite o mundo de opostos e diferentes, não preciso me sentir obrigado a conviver com a rigidez mental e a inflexibilidade de pessoas de caráter instável, porque caráter não tem meio termo, ou é bom, ou é ruim...
   À seletividade neste contexto, dou o nome de oportunismo e interesse circunstancial, bem como a prática do bem ou do mal de forma seletiva.
    Considero a lealdade fundamental, e a ela prefiro, ao contrário da fidelidade forçada por circunstância.
    Como Santo Agostinho, prefiro os amigos que me apontam os erros, e renego os bajuladores, porque estes reforçam os meus equívocos, enquanto os outros me levam à reflexão e, portanto, aos acertos.
    Como diz ainda a grande atriz Meryl Streep: Os exageros aborrecem-me... E acima de tudo, já não tenho paciência nenhuma para quem não merece a minha paciência.
   Obrigado, Meryl Streep, por essas palavras que as tomei para mim, citando, compilando e até plagiando, pois, por representar o meu pensar atual, sinto como se as tivesse escrito.
Livro: Saldo Progressivo – Não publicado

12 HOMENS E UMA SENTENÇA (1957)

Eduardo de Souza  (*)

Um dos filmes mais importantes dos anos 50 -  12 Angry men, Título original -  relata a saga de um corpo de jurados, suas angústias, problemas pessoais, visões distorcidas e/ou manipuladas por circunstâncias que poderiam, eventualmente, influir de maneira positiva ou negativa, num julgamento com possibilidade de levar à pena de morte do acusado.
A tensão do filme é diluída, por um dos jurados, interpretado pelo grande e brilhante ator, Henry Fonda, que com muita calma e ponderação, reverte de maneira inteligente um veredito, que soava injusto e perigoso, pois decretaria uma execução, por um crime que supostamente foi cometido.
      A pressão dos jurados é medida no filme, através dos problemas pessoais, de cada um, preconceitos, falta de informações adicionais, por ignorância ou inobservância dos fatos. 
     Uma gama dispersa e variada de individualidades e profissões,  graus de cultura e modos de pensar e agir. 
   Um dos mais notórios descasos, vem de um jurado, que queria se ver livre da obrigação, para poder participar de um acontecimento social que lhe parecia mais importante.
    O acusado, vinha de um ambiente que gerava desconfianças no seu caráter, morador de uma parte negligenciada da cidade, seu comportamento era questionado, mesmo sem se conhecer as reais condições de sua vida.
     De acordo com o sistema judiciário americano, o veredito teria de ser unânime e, como a deliberação do mesmo vai ficando cada vez mais demorada, muitas emoções negativas, ameaçam um veredito justo, cabendo ao personagem do Henry Fonda, se desdobrar, como se fosse um advogado de defesa, questionando os parâmetros impostos para se chegar a uma conclusão precisa.
     O filme se torna uma aula de conscientização, e porque não dizer, de exercício do Direito, nos seu mais amplo aspecto.
       Ao final, um ar de serenidade e dever cumprido, invade a tela e contagia os expectadores, que se tornam coadjuvantes num filme excepcional. 
      Quisera que o mundo real também fosse assim. Ainda bem que existe a magia do cinema para nos transportar para mundos paralelos, nem que seja por alguns instantes.
(*) Eduardo de Souza é apresentado a seguir pelo nosso Titular Luiz Manoel de Freitas, coerente com o apelo que temos feito há muitos anos, no sentido de que Titulares e Honorários participem deste Jornal, enriquecendo-o, mesmo que não sejam os autores dos textos. Além disso, Eduardo participa do Projeto Reviver, com o qual temos parceria.
   O autor nasceu em Natal/RN, em 24.01.1955, é Cirurgião Dentista, formado pela UFRN, no ano de 1979.
   Começou a carreira Profissional, trabalhando no interior do PR, onde ficou por 07 anos, até se mudar para a cidade de Xapurí/AC, onde por mais de 12 anos foi Cirurgião Dentista, e também Professor de Inglês, no ensino público. 
  Morando, atualmente, na capital do Acre, Rio Branco, desde o ano 2000, é admirador da Sétima Arte e da Literatura, desde os tempos de criança, tendo o pai como mentor nos dois campos. 
  “Metido” a falar e ler, em inglês, desde a Faculdade, cursou a antiga escola SCBEU, (Sociedade Cultural Brasil Estados Unidos) em Natal/RN. 
   No tempo em que morou em Xapurí/AC, resolveu aprender Francês por conta própria, e como recebia muitos forasteiros na cidade do Chico Mendes, por ser o único que falava “estrangeiro”, segundo os Seringueiros locais, teve como treinar, e hoje “arrasta” um Francês razoável, entendendo e se fazendo entender, apesar do forte sotaque de quem aprende uma língua sozinho. 
  Assistir filmes o ajuda até hoje, a melhorar os conhecimentos  da Língua inglesa e da Língua de Voltaire.
NELSON RUBENS MENDES LORETTO
Gravatá/PE

Professor Adjunto da FOP-UPE
1º Secretário da SBDE
FALANDO  À  TERRA

   No campo da vida, os escritores guardam alguma semelhança com as árvores.
   Não raro, defrontamos com troncos vigorosos e eretos, que agradam à visão pelo conjunto, não oferecendo, porém, qualquer vantagem ao viajor. 
   Ora são altos, mas não possuem romaria agasalhante. Ora se mostram belos; todavia, não alimentam. Ora exibem flores de vário colorido, que, no entanto, não frutificam.
   São os artistas que escrevem para si mesmos, perdidos nos solilóquios transcendentes ou nas interpretações pessoais. Inacessíveis ao interesse comum.
   De quando em quando, topamos espinheiros. São verdes e atraentes de longe; contudo, apontam acúleos pungentes contra quantos lhes comungam da intimidade enganadora.
   Temos aí os intelectuais que convertem os raios da inteligência nos venenos das teorias sociais de crueldade ou nos tóxicos da literatura fescenina, com que favorecem o crime passional e a mentira aviltante.
   Por fim, encontramos os benfeitores do mundo vegetal, consagrados à produção de benefícios para a ordem coletiva.  
   São sempre admiráveis pelos braços com que acolhem os ninhos, pela sombra com que protegem as fontes, e pelos frutos com que nutrem o solo, os vermes, os animais e os homens.
   São os escritores que trabalham realmente para os outros, esquecidos do próprio “eu”, integrados no progresso geral. 
   Sustentam as almas, transformam-nas, vestem-nas de sentimentos novos, improvisam recursos mentais salvadores e formam ideais de santificação e aprimoramento, que melhoram a Humanidade e aperfeiçoam o Planeta.
   Este livro é constituído de galhos espirituais dessas árvores frutíferas. Os autores que o compõem, falando à Terra, estimulam o coração humano à sementeira de vida nova
   É a voz amiga de almas irmãs que voltam dos cumes resplandecentes da imortalidade, despertando companheiros que a adormeceram no vale sombrio. Almas, que ajudam e consolam, animam e esclarecem.
   Não temos, todavia, qualquer dúvida. Não obstante o mérito do que exprimem, muita gente prosseguirá sonâmbula e entorpecida.
   É que o despertar varia ao infinito...
   A gazela abre os olhos ao canto do pássaro. A pedra, entretanto, somente acorda a explosões de dinamite.
   Resta-nos, porém, a confortadora certeza de que, se há milhões de almas anestesiadas nos enganos da carne, já contamos, no mundo, com milhares de companheiros que possuem “ouvidos de ouvir”. 
EMMANUEL - Pedro Leopoldo/MG, 18.04.1951.


ODETTE MUTTO - São Paulo/SP

BRUMADINHO: UMA CATÁSTROFE FABRICADA

Houve omissão geral na catástrofe em Brumadinho/MG.
O poder público nas três esferas: federal, estadual e municipal e a Vale, menosprezaram o risco representado pelas barragens que abrigam os rejeitos  das mineradoras.
As inspeções foram falhas por todos quantos as executaram. 
O sistema das barragens está ultrapassado há muitos anos. 
As leis nacionais primeiras responsáveis pelo seguro funcionamento dessas estruturas, são, no mínimo, fracas, não protegendo o elemento humano nem o meio ambiente, vulneráveis a desastres cujas proporções estamos assistindo, dolorosamente; já tivemos outro episódio em Mariana, parecido com o de Brumadinho, sendo a Samarco responsável pela barragem que ruiu, ocasionando dezenove óbitos, número pequeno se comparado aos cento e dez já contabilizados em Brumadinho.
A Lei diz: Colocar em risco a vida humana é crime, sujeito a punição e cadeia.
  Senhores da Justiça, cumpram com a vossa obrigação, punam os culpados sejam eles quem forem...


PAULO JOSÉ MORAIS DA SILVA - Maceió/AL
Professor aposentado da 
Universidade Federal de Alagoas
Titular da Academia Alagoana de Odontologia

Tragédia de Samarco e Brumadinho


   Em meados de janeiro, fomos tomados de surpresa com a notícia estampadas nos principais jornais do Brasil pelo rompimento de mais uma barragem em Minas Gerais, precisamente em Brumadinho, distante 60 km de Belo Horizonte. 
  Mais uma barragem cheia de rejeitos da empresa Vale do Rio Doce, que de doce não tem mais nada, porque cada dia que passa surge mais uma inquietação por parte de outras barragens existentes e abandonadas pelo País. 
  Segundo as informações divulgadas, a barragem do Córrego do Feijão se rompeu no início da tarde, liberando grande volume de rejeitos, que atingiram a área administrativa da unidade da Vale do Rio Doce, e também parte da Comunidade da Vila Ferteco. O Córrego do Feijão é um afluente do rio Paraopebas.
  Até o momento, as informações da Defesa Civil de Minas Gerais falam em pelo menos 170 mortes. A Vale do Rio Doce informa que havia 424 pessoas no local do acidente – 150 ainda estão desaparecidas. 
 Infelizmente, ao longo desses 30 dias, teremos boletins informando o número real de vítimas, que tende a ser bem maior do que o número já anunciado. 
   Esse novo acidente nos traz à lembrança a tragédia social e ambiental que foi provocada pelo rompimento da Barragem do Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, também em Minas Gerais. 
  A semelhança é ainda maior quando lembramos que a mesma empresa, a Vale do Rio Doce, é uma das sócias da Samarco Mineração, a empresa responsável pela operação da Barragem do Fundão. Outros acidentes semelhantes que podemos citar foram o de Barcarena, no Pará, e o de Cataguases, também em Minas Gerais.
  O acidente de Mariana, que ocorreu em 05.11.2015, deixou um saldo de 19 mortos e centenas de desabrigados. O rompimento dessa barragem de rejeitos de mineração provocou o vazamento de 62 milhões de metros cúbicos de lama, ferro, manganês e outros resíduos minerais. 
   Uma verdadeira onda de lama se espalhou por toda a calha do Rio Doce até sua foz no Oceano Atlântico, na cidade de Linhares, no Espírito Santo. 
   Já se passaram mais de 03 anos e o Rio Doce ainda não conseguiu reverter os danos causados. Milhares de famílias ribeirinhas, pescadores e também os antigos moradores do Distrito de Bento Rodrigues ainda sofrem as consequências da tragédia. 
  De acordo com dados disponibilizados, existem hoje no Brasil 786 barragens de rejeitos, sendo que 417 dessas estruturas estão inseridas na PNSB – Política Nacional de Segurança de Barragens – em 2013, estavam cadastradas no PNSB 243 barragens em todo o País.
  O número de barragens classificadas como de alto risco de acidentes em 2013 era de 41 – esse número baixou para 07, em 2018. 
  Existem 36 barragens classificadas como de médio risco e 374 como de baixo risco. Entre os Estados, Minas Gerais continua na liderança em número de barragens de rejeitos, com 355 estruturas, seguido pelo Pará, com 109, e São Paulo, com 79 barragens. 
  Entre os anos de 2001 e 2018, foram registrados 35 acidentes com barragens de rejeitos de mineração em todo o mundo, numa média de 04 acidentes por ano e destes, pelo menos 01 é considerado de grande proporção. No Brasil, houve 05 acidentes no período, incluindo-se na lista o rompimento da citada Barragem de Fundão. 
   As perguntas que ficam: a Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, estava listada entre as 07 barragens com alto risco de rompimento? 
  A Vale, em função do desastre anterior em Mariana, não melhorou seus procedimentos de segurança nas suas barragens de rejeitos de mineração? 
 A barragem tinha algum sistema de sirenes para alertar a vizinhança do rompimento da estrutura? 
  Esperemos que o tempo traga as respostas a estas e a muitas outras perguntas e que, desta vez, os culpados pelo acidente sejam efetivamente e exemplarmente condenados. Por hora, resta-nos torcer por um menor número de vítimas e que os danos ao meio ambiente não sejam tão grandes como em outras catástrofes semelhantes.
 Sem ter achado uma alternativa econômica no passado, porque Mariana e Brumadinho vivem exclusivamente do minério, esses desastres ambientais não trazem boas perspectivas, devido à caída da arrecadação e à subida do desemprego, pois o maior empregador é a VALE! A Samarco só deve voltar a funcionar em 2020 num ritmo menor. 
  O Prefeito de Mariana demonstrou sua preocupação, como o de Brumadinho, que é viver entre a cruz e a espada, porém, sem o retorno da mineração, a situação irá com certeza piorar. Os povos tradicionais da região terão as suas condições totalmente alteradas e terão as suas condições de vida e sustento expropriadas. 
  As 25 famílias da etnia Pataxó Hã-hã-hãe, que já haviam migrado do sul da Bahia em busca de melhores condições de vida, dificilmente terão condições de subsistência nas proximidades, visto que o rio era fonte de vida, alimentação e bem sagrado.
   Concluo com a palavra de um Pataxó: - O café da manhã era peixe com farinha e mandioca cozida. Agora, temos de pedir forças pros nossos encantos. Quando se trata de índio, aqui ninguém nem chega perto. O rio era a nossa fonte de vida e a de muita gente aqui nesta região. Vidas perdidas, o rio destruído… até quando isso vai durar e nossos filhos vão beber água onde?  É uma tragédia!



ROGÉRIO DUBOUSSELARD ZIMERMANN Recife/PE

DESGOSTO


Sabor de mel
identifica o favo.
Favo de fel
degenera o amor.
Sabor de paixão
identifica o amor.

Amor de tristeza
degenera a Rosa.
Favo de Paixão
amor de mel,
tristeza de Cravo
fel de Rosa!


THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES 
Rio de Janeiro/RJ
Diretor do Museu Salles Cunha - ABO/RJ

TECLAS  BRASILEIRAS

Raramente alguém publica livros sérios para o ensino musical de crianças. Normalmente, apelam por figuras tradicionais de destaque televisivo, com base completamente diferente do que contam as imagens brasileiras.
Segundo a autora, o livro pretende proporcionar uma sequência com a música contemporânea brasileira desde o início, em um estudo para piano, com peças organizadas de maneira progressiva.  
As composições são exclusivas.
Raquel Paixão acredita no potencial de temas infantis no que se refere ao ensino normal no piano, com criações recentes de diversos compositores.
No Prefácio, Maria Teresa Madeira comenta que Teclas Brasileiras foi organizado a partir de uma pesquisa profunda e correta, composta com diretrizes específicas para o objetivo de despertar no público infantil o gosto pela música brasileira através do piano.
Quatorze partituras de vários autores são apresentadas neste livro bem idealizado pela autora, com impressão caprichosa e versão para a língua inglesa.
Ela nasceu em Conceição de Macabu, no Estado do Rio de Janeiro. É Bacharel em Piano pela Uni Rio, com Pós-Graduação em Mestrado pela mesma Instituição.
Apresentou-se em recital artístico no Museu de Odontologia da ABORJ, com grande sucesso.
O Capítulo Final da obra se destina a integrar as ideias da autora aos conceitos de quem irá usá-la em algum procedimento educacional.

Ref.:  Paixão, Raquel - Teclas Brasileiras - Coletânea de peças para piano, destinadas a pianistas em fase elementar e intermediárias. Rio de Janeiro - Produção Própria, 2017, 60 páginas, Ilustrações a cores,          UNI-RIO, Mestrado, versão em inglês.