terça-feira, 31 de dezembro de 2019

ANEXO DO JORNAL MENSAL - JANEIRO DE 2020



ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO

Guarapari/ES
Especialista em Marketing  (PUC)
Master Business Administration  (FGV)
Administrador (Universidade Mackenzie)
Honorário – Diretor de Divulgação



FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS COMO BASE DA ALIMENTAÇÃO NESTE VERÃO
Já que os chineses fizeram nossa carne ficar quase a preço de Europa, e que temos em Guarapari a maior variedade de peixes, além de nossos horti-fruti terem o benefício da boa radioatividade, propomos uma alternativa para o verão.
A primeira é variar o preparo, já que variados são nossos peixes, dando opção à moqueca, com assados e grelhados, para que todos os gostos tenham uma oferta nos sistemas de self-service, que hoje atraem os turistas.
Uma maneira de fazer frente ao grande aumento de preços da carne, sem aumentar o preço de tudo, é ter um preço de bufê com carne e outro sem carne bovina. Só isso já trará uma competitividade no preço final.
Obviamente, não podem faltar a carne suína e o frango, a menos que o preço da bovina contamine toda a cadeia de preços das carnes.
Ter alternativas de proteínas, como ovos e os derivados da soja e do leite.
Outra boa iniciativa é estimular os pratos coloridos, ricos em legumes e verduras, usando algum preparo como refogar, por exemplo, para dar-lhes mais atrativos e diferenciais nutricionais.
Grãos integrais são um complemento aos iniciados em alimentação saudável, que no verão tem mais justificativa, já que com o calor, as necessidades calóricas não são tão grandes como no inverno.
Opções de suco, além dos tradicionais de laranja e limão, que para diferenciar podem ser batidos ou com um pouco de leite condensado, além de todas as nossas abundantes opções de frutas tropicais.
Águas do Espírito Santo para ser diferente das do Estado de origem do turista, junto com os sucos são opções aos refrigerantes, assim como uma taça de vinho pode ser oferecida no lugar da cerveja.
Saladas de frutas ou as próprias frutas devem estar como sobremesa para consumo ao preço do peso, especialmente abacaxi, manga e mamão, afora sorvete de frutas e o da moda: o açaí.
Isso ajuda a apagar a imagem de careiros de alguns restaurantes, que bem explicado como alimentação saudável para começar um ano diferente, com bem-estar e economia, são o diferencial.
Quem me conhece talvez não acredite que já pesei mais 100 quilos e diminuí 20 só com reeducação alimentar.
Vale a pena experimentar!

FARID ZACHARIAS  - Rio de Janeiro/RJ
Academia Brasileira de Belas Artes
Cadeira nº 03
(Em Memória – Autor faleceu em 20.12.2019)

O PÔR DO SOL EM COPACABANA
(Prosa Poética)
 
        O ocaso constitui, por si só, um espetáculo grandioso e, quando admirado sentado em um banco dessa formosa Copacabana, mais delicioso e mais inebriante se nos apresenta.
         O zéfiro que passa a bater de encontro às faces, sussurra-nos a magnitude desse panorama.
        Na imensidão celeste, densas nuvens escuras cobrem os aurifulgentes raios de sol.
        Em auréola de fogo, o astro rei se despede da Terra, e com ele a tarde, num cântico saudoso e terno.
        Quanta poesia nos revela esse quadro pinturesco, porém triste e melancólico.
        Em breve, surgirá a noite, envolvendo a Terra com seu negro manto.
        Então, adeus raios de sol, adeus tarde fagueira.
        Tudo, em breve, serão trevas.
   
Obs.: Este trabalho foi escrito por mim, entre 1946/1948, e encontrado num caderno onde escrevia meu diário, minhas poesias e meus artigos, imaginando que um dia poderiam ser publicados.   

JOSÉ ANSELMO CÍCERO DE SÁ 
Rio de Janeiro/RJ
Academia de Artes, Ciências e Letras do RJ
Cadeira nº 29 - Patrono: Quintino Bocaiúva
A IMPORTÂNCIA DOS FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS
DOS DIÁLOGOS DE PLATÃO
Diferentemente do seu mestre Sócrates, que era um filho do povo, Platão (427-347 a.C.), cujo nome próprio era Aristocles, nasceu aristocrata. Era um vigoroso atleta (tanto que Platão, Platus, significa “o de omoplatas largas”), tão grande filósofo quanto excelente poeta, como o fora antes atleta olímpico, o mais bem dotado discípulo de Sócrates, representante característico do gênio grego, da mesma maneira que viveu seu mestre, também encaminhou a filosofia para a realização do bem através do conhecimento.
Platão abrange, além da realidade ética, toda a natureza com sua problemática cosmológica e metafísica, muito mais do que Sócrates, que se limitava apenas à área antropológica-moral.
Em face da eterna antítese “harmonia versus desordem”, do nascimento e morte de todas as coisas, da antinomia da matéria contrastando com o espírito, da paixão que se opõe à razão, Platão, o grande filósofo, deduziu que somos prisioneiros do corpo, razão pela qual o espírito humano é superior à matéria, sendo, em consequência, “um peregrino neste mundo”.
Podemos transpor a realidade corpórea dos sentidos e chegar à contemplação do inteligível, somente por um amor nostálgico, o chamado “Eros Platônico”.
Assim, passamos da aparência dos sentidos à realidade das ideias. Entre a matéria e as ideias estão Deus e as almas, sendo que o divino, em Platão, é especialmente representado pela ideia suprema do bem.
O mundo ideal Platônico, portanto, teria necessidade de uma base ontológica, somente captada pelo conhecimento verdadeiro, que está acima do conhecimento sensível, justificando os valores, o dever-ser.
A natureza sensível, que integra nosso mundo imperfeito, o da aparência, aspira à realidade pelo conceito, pelo objeto adequado ao conhecimento conceptual.  O que era simples objeto da experiência passa a ser objeto-conceito, com características individualizadas, universais, eternas, porque são imutáveis.
Transferida da categoria lógica à ontológica, a ideia, que é múltipla da experiência sensível, unifica-se numa só ideia, agora transformada na realidade suprema do bem.
Como corolário depende dessa ideia (a do bem tornado realidade suprema) não apenas todas as outras ideias, também os próprios valores: religiosos, éticos, lógicos, estéticos, científicos etc., subordinados à percepção sensível.
Isto posto o que não é ideia, é pela ideia, pois (o que não é ideia é enquanto participa da própria ideia). Logo, o “Ser é a Ideia”, chave para a compreensão dos fundamentos ontológicos platônicos.
Conciliando as posições antagônicas de Parmênides (no eleatismo há um mundo que tem os caracteres da imutabilidade e da eternidade: o Ser parmenídeo) e do Heráclito (no heraclitismo há um mundo sensível-cognoscitivo em permanente transformação: o Ser heraclítico),
Platão chega a uma concepção própria do mundo, “síntese de matérias e ideias” resultantes de princípios opostos que se conciliam harmonizando-se.
Assim, para Platão a ideia é o ”ser”, a matéria, o “não ser”.                A ordem e a desordem, o bem e o mal que aparece no mundo, são o dualismo de que é feita a natureza, isto é, o Cosmos.
O mal, o mutável o irracional dependem da matéria, que é negativa O bem, a verdade, a beleza fluem na ideia-ser, que é positiva.
Submetendo a alma ao corpo (entendendo-se como alma, o espírito encarnado), o homem se degrada, pois a ideia-ser que não admite a concupiscência (sempre dirigida para os gozos materiais) exige quatro virtudes cardeais: a Sabedoria, a Moderação, a Fortaleza e a Justiça. Daí porque, segundo a antropologia filosófico-platônica, o homem se realiza em três distintas áreas assim enunciadas:
1ª Área – ESCALÃO INFERIOR – O corpo físico representado pelos instintos de nutrição e reprodução, pela necessidade de repouso e sonho;
2ª Área – ESCALÃO MÉDIO – Nele atuam o valor, o orgulho e a esperança como forças ativas da alma;
3ª Área – ESCALÃO SUPERIOR – Como explica na “República” sua principal obra, é a razão receptora do divino através do saber.
Estas três áreas, com seus respectivos escalões, constituem o que se chama comumente de fundamento da doutrina do Direito e do Estado em Platão.
Assim, a natureza platônica não sendo estática e sim, dinâmica (compreensão heraclítica), dirige-se sem cessar para o seu aperfeiçoamento. E o homem, dentro da natureza, vem, pelo aperfeiçoamento, conhecer a ideia, essência do bem e de Deus.
Logo, a natureza platônica não se estende pela observação dos fatos e sim, pela análise da essência do ser, logo, é uma ontologia metafísica.
Platão, pensador filosófico de gênio simultaneamente fantasista e lógico em seus escritos através de 35 Diálogos e 13 Cartas é um extraordinário escritor que, sintetizando as concepções de seus precedentes, nem por isso deixou de ser original e autêntico. Quase todos os seus escritos têm a forma de diálogo, nos quais Sócrates assume sempre o papel principal. Dentre estes Diálogos podemos citar:
APOLOGIA – Que descreve Sócrates expondo o sentido da obra de sua vida diante dos juízes, seus acusadores;
CRITON – Que apresenta Sócrates rejeitando as súplicas do discípulo homônimo do diálogo, ansioso por vê-lo fugir à morte. Ao repelir dos rogos de Críton, Sócrates ensina ser um dever para com a pátria e suas leis a aceitação de uma sentença, ainda que injusta
LAQUES – Que estuda a essência da fortaleza;
EUTÍFRON – Que tendo por objeto a essência da piedade, que não é apenas uma virtude isolada, mas um sentimento que acompanha a ação justa, recordação do divino como exemplo do bem;
GÓRGIAS – Que submete a Retórica à severa crítica, bem como a moral e a política dominante naquele tempo. Cálicles, filósofo sofista e personagem do Diálogo, “é uma figura genial, de saber moderno, que defende sem dissimular o direito do mais forte”. Contudo, contrapõe Platão, que “é preferível sofrer a injustiça, do que praticá-la;
PROTÁGORAS - Que mostra os defeitos negativos da sofistica, ridicularizando os seus mais ilustres representantes. Ensina a arte de bem dizer, a Retórica, sem saber o que ensina, não havendo em suas lições nenhuma verdade.
Esses Diálogos são escritos do primeiro período, da juventude de Platão, que examinam a problemática moral-social ligada a Sócrates. Esta fase, portanto, está estritamente ligada a Sócrates e aos sofistas. A fase posterior desenvolve progressivamente e sistematiza a doutrina platônica. Existem diversos Diálogos desta fase, dentre os quais destacamos os seguintes:
MÉNON – Considerado o programa da recém-fundada Academia, que ensina ser o conhecimento uma recordação. Um escravo jovem, por meio de perguntas adequadas, consegue demonstrar teoremas, ainda que inculto, não tendo, antes, estudado geometria. Platão tenta provar, assim, que o escravo, em vida anterior, havia possibilitado à sua alma aqueles conhecimentos, limitando-se agora a trazê-los à consciência, (evidenciando com isto, o que denominamos em nossos dias de ”processo reencarnatório”;
BANQUETE OU SYMPOSION – Que trata do amor sob uma forma espiritualizada, sendo finalidade única de o amante despertar na alma do ser amado a nostalgia de um ideal perdido. Outro não é o sentido do conhecido e divulgado “amor platônico”. Inicia também, este Diálogo, a doutrina das ideias;
REPÚBLICA OU POLITEIA – Esta obra consta de 10 livros que apresenta o Estado dominando de modo absoluto, sustentando a tese da abolição da propriedade privada e da supressão da família com a ausência do casamento monogâmico que conhecemos. Diferentemente da concepção comunista, seu Estado ideal é orientado por preocupações éticas e políticas, não por considerações econômicas, como observa G. Del Vecchio.
Enunciaremos a seguir os Diálogos de Reelaboração Crítica, talvez inspirados por Aristóteles, também chamados dialéticos.
TEETETO – Que procura provar indiretamente a verdade da teoria das ideias, submetendo o conhecimento à severa crítica equiparando o saber com a opinião justa;
SOFISTA Ou o mau filósofo, distinto do verdadeiro. É diálogo importante para a fundamentação da Lógica;
POLÍTICO – Trata das formas de Estado e das necessidades das leis, fixando o conceito do governante, isto é, do político e administrador, do homem de Estado. A estes alguns autores acrescentam PARMÊNIDES e CRÁTILO, este incluído nos Diálogos de segunda classe, e aquele uma síntese da doutrina eleática da unidade.
Por derradeiro, citaremos os Diálogos de Profunda Sistematização da Doutrina Platônica e com tendência ao Pitagorismo. Assim teremos:
FÉDON – Que é exposição socrática de provas da persistência da alma depois da morte. É a recomendação de uma moral ascética, visando a defender o corpo da sensualidade, preparando a alma para viver depois da morte;
FEDRO – Que nos encaminha para o conhecimento através da virtude. Vem a ser, pois, diálogo importante para a compreensão da Teoria Platônica das Ideias. Agora, já distanciado da maneira racionalista e fria de Sócrates, chega à divina loucura, ansioso por encontrar a verdade e a beleza.
Diálogo reelaborado, antes era a alma representada por um ser alado, posteriormente substituído por um auriga ou condutor a dominar um carro com dois cavalos, um simbolizando a vontade e o outro os apetites sexuais.
O auriga é a razão. A moderação e a justiça ou ideias-verdades somente são contempladas pela razão quando permanece no homem a lembrança daquele mundo ideal, divino, do qual tomou parte sua alma liberta do corpo anterior. Logo, os homens fracos, de almas débeis, pouco ou nada percebem da cavalgada dos deuses;
FILEBO – Que continua o estudo em torno da problemática do supremo bem: O conhecimento virtuoso;
CRÍTICAS – A 3ª parte da trilogia que tem suas duas partes anteriores em REPÚBLICA e TIMEU, restaura o vulto do tio-avô de Platão, tirano e orador muito conhecido em seu tempo.
AS LEIS – Uma obra póstuma, que apresenta o Estado por excelência. Platão já mostra um maior respeito pela personalidade individual, ainda que excluídos os escravos, não mais sendo sacrificadas as propriedades imobiliárias e a família, como expôs em sua obra “A REPÚBLICA”.
O último diálogo escrito por Platão, ainda que rigorosa autoridade estatal, já não é sobrepujante nem absoluta, porquanto o Estado ideal que concebeu na mocidade veio a tornar-se irrealizável com a reflexão da ancianidade.
LUIZ  MANOEL  DE  FREITAS  
Natal/RN  
Idealizador  /  Superintendente  Técnico  do  
PROJETO  REVIVER (Parceiro)

NATAL ADVENTO! - NATAL PARABÉNS!

Natal, sofrida... tranquilidade real,
Natal, uma vida que chega simples e natural,
Natal, destemida, luzes, flores, paisagem alegre e colorida cidade de sol e mar sem igual!
Natal de Cristo advento, Natal cidade de luz,
Natal de festa e lamentos comemora o seu nascimento e a vinda do menino Jesus.
Em meio a brilho e esplendor, com música, choro e risos, expressamos a nossa grata alegria de estar em Natal,  vivendo um Natal de paz, amor e harmonia, parabenizando a cidade hoje, no seu dia.
Parabéns, Natal, e que sempre seja em nossas vidas um permanente Natal!
OBS.: A Cidade de Natal/RN, completou 420 anos no dia 25.12., data de sua fundação, daí a sua denominação.

NELSON RUBENS MENDES LORETTO 
Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE 
1º Secretário da SBDE

                                        FILHO DE DEUS
Multiplicaram-se, através dos tempos, variados conceitos a respeito de Deus.
Por mais complexos, sempre se tornaram insuficientes para expressar toda a grandeza do Criador.
Somente Jesus logrou fazê-lo com perfeição, utilizando-se de uma linguagem simples, no entanto, portadora de alta carga racional e emocional, chamando-O de Pai.
O designativo excelente preenche todas as lacunas deixadas por outras definições e referências.
Deus é o Pai Criador, o Genitor Divino, a Causa Incausada de todos os seres e de todas as coisas.
És filho de Deus, cujo amor inunda o universo e se encontra presente nas fibras mais íntimas do teu ser.
Por isso, nada te deve atemorizar ou afligir demasiadamente.
Tens uma fatalidade que te aguarda: a plenitude da vida!
Lográ-la, de imediato ou mais tarde, dependerá do teu livre-arbítrio.
Empenha-te no sentido de conseguir êxitos nos teus empreendimentos íntimos, mesmo que a peso de sacrifícios, recordando-te que, em qualquer situação, Deus está contigo.
Pense nisso!
Obra: O Filho de Deus - Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

PAULO  JOSÉ MORAES DA SILVA
Maceió/AL
Professor de Cirurgia -  Aposentado da UFAL

O QUE REPRESENTA O  N P O R

O NPOR - Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva - é um estabelecimento de ensino militar, sendo um OFOR (Órgão Formador de Oficiais da Reserva): prepara o cidadão que presta serviço militar para ser um Oficial, e desempenhar atividades relacionadas à sua área.
Os OFOR possuem duas modalidades: CPOR e NPOR.
Os CPORs são Centros de Preparação de Oficiais da Reserva, possuem uma estrutura maior que o NPOR, e formam Aspirantes a Oficial nas Armas de Infantaria, Cavalaria, Intendência, Engenharia, Comunicações, Artilharia e Material Bélico.
Na verdade, proporciona mais diversidade de formação, tem mais estrutura devido às opções de escolha.
O NPOR oferta a formação de Aspirantes a Oficial em uma Arma apenas, sendo essa Arma a qual pertence a Unidade, logo o NPOR- Maceió forma Aspirante a Oficial na Arma de Infantaria, por ser o 59° BIMtz, uma Unidade estritamente de Infantaria.
No início de 1969, 20 jovens se apresentaram no antigo 20° BC para uma seleção no NPOR. Fizemos uma prova escrita, depois exames médicos e físicos com o saudoso Capitão Moreira.
Nós tínhamos grau de escolaridade igual ou superior à 3ª série do Ensino Médio, e 5 tinham passado no vestibular para o curso de Engenharia da Universidade Federal de Alagoas.
Como o curso funcionava à tarde, os universitários de Engenharia estudavam na UFAL pela manhã, então conciliavam bem as duas obrigações.
Foi um ano marcante em nossa vida, porque recebemos orientações duras do viver a vida; quem era desarrumado virou ordeiro e ativo, aprendemos a varrer, cortar grama, lavar alojamento e repetir se não estava bom, tomar banho em 5 minutos, e estar pronto para a formatura, coisas desse tipo.
Foi um aprendizado e tanto; éramos 20 e até hoje nos encontramos para comemorar aquela amizade conquistada em 1969.
Alguns colegas do velho Lyceu Alagoano, e outros não tão conhecidos, fizemos uma grande família e hoje temos Dentistas, Médicos, Engenheiros e Funcionários Públicos, federais e estaduais.
O NPOR tem por missão básica promover a formação moral, ética, física e intelectual do corpo discente, preparando líderes para o desempenho da função de oficial.
A formação do oficial temporário está orientada para duas direções: aumentar a participação do segmento mais instruído da sociedade no Exército, e proporcionar um melhor embasamento profissional militar aos Tenentes temporários que irão comandar as frações elementares nos corpos de tropa em tempo de paz.
O Curso de Formação de Oficiais da Reserva é realizado em um ano letivo, em período de meio expediente. Nas primeiras semanas, durante o Período Básico de Instrução, o aluno é adaptado à vida militar, adquire os conhecimentos essenciais ao combatente terrestre, e tem os valores físicos e morais aperfeiçoados.
No Período de Formação e Aplicação, o conhecimento necessário ao desempenho profissional específico, no nosso caso a Infantaria, no qual é trabalhado segundo modernas técnicas de ensino.
Em poucos meses, o jovem universitário incorpora as características desejáveis ao futuro oficial temporário de Infantaria.
Foram dadas muitas aulas e instruções, tendo como Comandante do NPOR o Capitão Magalhães, Capitão Lima (Capita) e na sua equipe, os Sargentos Barros, Gonzaga, Erivan, Cabral e o Cabo Macena e, como comandante do Batalhão, tínhamos o Coronel Rogério.
Do ensinar a marchar, como foi duro aprender a mesma passada sem errar o passo, mas conseguimos o objetivo, e tamanha era nossa alegria e emoção desfilar o 7 de setembro, na Avenida da Paz, na frente das autoridades constituídas.
Após a solenidade de declaração de Aspirantes – a - oficial do Exército Brasileiro, realizada ao término do ano de instrução, os melhores classificados são convocados para realizar o Estágio de Preparação de Oficiais Temporários, o EIPOT, em uma Organização Militar (OM).
Após esse período, são promovidos ao posto de Segundo-Tenente, podendo permanecer no serviço ativo por mais alguns anos até retornarem à vida civil, o que acho um equívoco por parte do Exército, que gasta uma fortuna para preparar esses oficiais temporários, e não aproveita os mesmos.
Não vamos nos comparar aos Cadetes da AMAN – Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende/RJ - mas recebemos instruções sérias de como funciona a essência e fisiologia das Forças Armadas, então, desse ponto de vista, o Exército devia aproveitar aqueles que desejam seguir em frente e se tornarem efetivos.
Ofertaria à fronteira brasileira imensa, poderia só ser transferido para outra fronteira, e seguiria as normas do quadro de oficiais antigos para as promoções ou criaria outra forma de promoção, assim esse contingente não receberia toda essa preparação em vão!
Ah, na nossa formatura escolhemos o General Mário Lima para ser o nosso Patrono, pai do Capita, que nos brindou com um jantar na sua casa na Rua Silvério Jorge. Memórias!!!!
Alguns de nossos colegas dessa turma foram convocados para o Estágio de Serviço, como era chamado naquela época, com duração de 4 anos, hoje chegando a 8 anos.
Foram chamados Jenevaldo, Monteiro, Iran, Denisson e eu, para Recife - no meu caso, já cursava Odontologia, e não houve conciliação entre estudar e trabalhar, preferi então concluir meu curso aqui em Maceió.
Partindo dessa premissa, nos reunimos todos os anos na Capital Alagoana, para lembrarmos de 1969, ano que marcou nossa vida, portanto, celebramos 50 anos, quando servimos o NPOR no 20° Batalhão de Caçadores, eu, orgulhosamente, como 2° Tenente R/2!!!

THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES
Rio de Janeiro
Diretor do Museu Odontológico Salles Cunha
(ABO/RJ)

EU ESTAVA LÁ:  REGIS...
Alguns colegas do meu Curso Científico no Colégio Cardeal Arcoverde, em 1950, ainda estavam no círculo de relacionamento em torno de 1960.
Francisco Regis era um deles. Bem relacionado, tocava uma gaita de boca com perfeição. A vida não lhe deu o que mais queria:  ser militar.
De vez em quando, reunia em sua residência, na Rua Jorge Rudge, um selecionado grupo musical.
Como eu estudava violão na época, estava sempre presente.
Francisco era cenarista de cinema. Entre os filmes dos quais participou estavam o Ganga Zumba e Como era gostoso o meu francês, ambos com temática discutível, e por isso mesmo, relativo sucesso.
No grupo musical reunido pelo Regis, estavam o radialista Luiz Carlos Saroldi e Regina Werneck, uma das cantoras que formaram o Quarteto em Cy inicial.
Aliás, era a única que não tinha o Cy adotado pelo quarteto. Sua voz afinadíssima fazia a graça das reuniões.
Era eu o violonista acompanhante. Ela e o Regis eram namorados, ela muito bonita e ele ciumento...
Uma tarde magistral está gravada eternamente nos meus pensamentos: Em determinado momento, ela disse que iria cantar uma canção que começava a fazer sucesso:  Eu sei que vou te amar, acompanhada por mim ao violão, com um arranjo muito bonito de Rogério Miranda, na época, meu professor de violão.
Compromissos diversos interromperam as reuniões. Regina foi para os Estados Unidos com o pianista Oscar Castro Neves, Saroldi e Regis já faleceram, e Regina continua nos Estados Unidos, segundo notícias esporádicas que caracterizam o noticiário de épocas já cinquentenárias.
Quanto a mim, hoje, ao piano, interpreto Eu sei que vou te amar com carinho e respeito!

domingo, 1 de dezembro de 2019


ANÍSIO LIMA DA SILVA
Campo Grande/MS
Professor da Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul - Aposentado

CONTO:  O  CÓRREGO
Correndo límpido, cristalino sobre as areias brancas, os pedregulhos reluzindo sob suas águas claras, mansas e despreocupadas, jamais me saiu da lembrança.
Quantas vezes, menino, brinquei sossegado nas suas águas misteriosas, onde morava a temida sucuri e os peixes de caudas vermelhas.
        Ao deixá-lo para sempre, naquela manhã de sol e fumaça, teria chorado se tivesse olhado para trás, e minhas lágrimas teriam se misturado às suas águas claras.
Talvez não tivesse a consciência de que nunca mais me banharia naquelas águas tépidas ou brincaria nas suas areias brancas, com o tatu inadvertidamente capturado numa travessura de criança.
        Ah, soubesse eu que jamais voltaria a descansar, despreocupado, nas sombras dos araticuns, das faveiras, dos pequis e dos angicos, enquanto observava aquele córrego me contando segredos, no murmurejar da correnteza!
Mas nem para trás olhei, apenas o deixei chorando lágrimas cristalinas e murmurando seu pranto de adeus!
        Sei que não mais verei suas águas. Por mais que possa conhecer as coisas do mundo, nunca mais ouvirei seu sussurro nem verei meu reflexo de menino no seu espelho de cristal.
Resta-me apenas a esperança de que o tempo não me leve suas lembranças, como as águas límpidas se foram, embaladas pelo murmúrio.

ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO
Guarapari/ES
Especialista em Marketing e Gestão.
Honorário – Diretor de Divulgação

O LIVRO DA FELICIDADE
        
         Na sequência do lançamento das obras do mesmo autor: O Livro da AjudaO Livro do SucessoO Livro do Amor  e O Livro do Pensar, surgiu este, que é motivo de desejo da maioria dos seres humanos.
        A Felicidade, embora muito procurada, é pouco estudada, e menos ainda compreendida, como se fosse algo simplista, tipo tem, tem, não tem, não tem. Com os 365 pensamentos deste livro será mais fácil entendê-la, conhecê-la e conquistá-la, que é um direito de quem lê.
        Colecionar pensamentos é uma maneira de, em momentos importantes ou decisivos, ter onde buscar mais forças e motivação para atingir os seus objetivos e metas. Dias especiais também merecem pensamentos motivacionais, outra razão para este formato de um pensamento por dia, divididos por temas no mês.

DEZEMBRO – BRASILEIROS
O bem que fizemos na véspera é o que nos traz a felicidade pela manhã. Provérbio
01.12 Em vão procuramos a verdadeira felicidade fora de nós, se não possuímos a sua fonte dentro de nós.
Marquês de Maricá (Carioca, 1773 a 1848)
02.12 O dinheiro não traz felicidade para quem não sabe o que fazer com ele. Machado de Assis (Carioca, 1839 a 1908)
03.12 Não perguntes à felicidade quem ela é: abre-lhe a porta para que entre e feche-a bem, para que não fuja.
Coelho Neto (Maranhense, 1864 a 1934)
04.12 A felicidade é a suprema auto realização do ser.
Humberto Rohden (Catarinense, 1893 a 1981)
05.12 Felicidade não implica antagonismo com dor. Vivem elas muito bem e frequentes vezes dentro de mim.
Mário de Andrade (Paulista, 1893 a 1945)
06.12 Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade. Carlos Drummond de Andrade (Mineiro, 1902 a 1987)
07.12 Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente. Érico Veríssimo (Gaúcho, 1905 a 1975)
08.12 Existe somente uma idade para se ser feliz. A sua!
Mário Quintana (Gaúcho, 1906 a 1994)
09.12 O dinheiro é um instrumento de felicidade.
Raquel de Queiroz (Cearense, 1910 a 2003)
10.12 A literatura será sempre uma arma do homem em sua busca de felicidade. Jorge Amado (Baiano, 1912 a 2001)
11.12 A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve, mas tem a vida breve.
Vinícius de Moraes (Carioca, 1913 a 1980)
12.12 Felicidade foi se embora e a saudade no meu peito ainda mora. Lupicínio Rodrigues (Gaúcho, 1914 a 1974)
13.12  A felicidade não aparece para aqueles que choram e sim para os que a buscam. Clarice Lispector (Pernambucana, 1920 a 1977)
14.12 O dinheiro não traz a felicidade. Manda buscar.
Millôr Fernandes (Carioca, 1923 a 2012)
15.12 Que sua colheita seja abundante para que o sorriso da felicidade e do sucesso enfeite os teus lábios.
Lauro Trevisan (Gaúcho, 1934)
16.12 A felicidade pode demorar a chegar, mas o que importa é que venha para ficar. Luís Fernando Veríssimo (Gaúcho, 1936)
17.12 Felicidade é ter o que fazer. Jô Soares (Carioca, 1938)
18.12 Ser feliz é ter um sorriso nos lábios e paz no coração.
Arnaldo Jabor (Carioca, 1940)   
19.12 A felicidade morava tão vizinha que, de tolo, até pensei que fosse minha. Chico Buarque (Carioca, 1944)
20.12 Felicidade, às vezes, é uma bênção, mas geralmente é uma conquista. Paulo Coelho (Carioca, 1947)
21.12 O importante é ser feliz! Roberto Shinyaishiki (Paulista, 1952)
22.12 Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado. Marquês de Maricá
23.12 Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.
Carlos Drummond de Andrade (Mineiro)
24.12 Faça o que for necessário para ser feliz. Mário Quintana
25.12 O sofrimento é o intervalo entre duas felicidades.
Vinícius de Morais
26.12 Ser feliz é uma responsabilidade muito grande.
Clarice Lispector
27.12 A dor não presta, felicidade sim. Chico Buarque
28.12 A felicidade de um não significa a tristeza de outro.
Paulo Coelho
29.12 Felicidade é a certeza de viver mais, vivendo melhor.
Antônio Ribeiro
30.12 Encontrar a alegria no sorriso dos outros, este é o segredo da felicidade. Autor Desconhecido.
31.12 Felicidade é saber aproveitar todos os momentos como se fosse o último. Autor Desconhecido.

DIRCE BERGAMASCO 
São José dos Campos/SP

       OBS.: Continuamos a série de Artigos da nossa ilustre Titular, que aborda a vida e a obra do nosso Patrono, JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER – Tiradentes.
        Quando Presidente da ATO - Academia Tiradentes de Odontologia, ela elaborou um belo opúsculo – Tributo a Tiradentes - base para o atual trabalho, que teve o Prefácio do nosso nobre Titular THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES, Diretor do Museu Salles Cunha, da ABO/RJ, que muito a incentivou e auxiliou, principalmente quanto à preciosa documentação. 

Autos de Devassa (sétimo e último volume)
Transcrição da Sentença: Justiça que a Rainha Nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo horroroso crime de rebelião, alta traição de que se constitui chefe, e cabeça na Capitania de Minas Geraes, com a mais escandaloza temeridade contra a Real Soberania e Suprema autoridade da mesma que deus guarde. Manda que  com baraço e pregão seja levado pelas ruas públicas desta cidade ao lugar da forca, nella morra morte natural para sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Villa Rica, donde será conservada em poste alto junto ao lugar da sua habitação te que o tempo a consuma; que seu corpo seja dividido em quartos e pregados em iguaes postes pelas estradas de Minas aos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha e Sebolas; que a casa de sua habitação seja arrazada, e salgada, e no meio de suas ruínas levantado um Padrão em que se conserve para a posteridade a memória de tão abominável Réu, e delicto, e que ficando infame para seus filhos, e netos  lhe sejam confiscados seus bens para a Coroa  e Câmara Real. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792. Eu, o Desembargador Francisco Luís Alvares da Rocha, Escrivão da Commissão que o escrevi.
Sebastião Xavier de Vasconcelos Couto.
Disse ao morrer: Cumpri minha palavra! Morro pela Liberdade!
Os ideais, as causas nas quais acreditava, sobrepunham suas ambições materiais. E por elas se deixou morrer!
Seus bens foram confiscados, sua casa destruída, o terreno salgado (para que mais nada ali crescesse)! Hoje no local existe uma placa.

     
NESTE LOCAL RESIDIU O ALFERES JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER - O TIRADENTES _
VILA RICA, EM 09 DE JUNHO DE 1972.
AQUI SE LEVANTOU O PADRÃO DE INFÂMIA, ARRASADA E SALGADA A CASA PARA COMPLETA EXECUÇÃO DA SENTENÇA CONTRA ELE PROFERIDA.
OURO PRETO, 21 DE ABRIL DE 1972: AO PATRONO CÍVICO DA NAÇÃO BRASILEIRA NO SESQUICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA.
HOMENAGEM DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE MINAS GERAIS

Feito em pedaços o corpo de Tiradentes foi salgado, posto em jacás e voltou à estrada, a fim de ser exibido nos locais mais importantes, onde divulgara seus ideais de libertação da Pátria... O primeiro quarto foi colocado num poste, na localidade da Fazenda Sebollas (Paraíba do Sul), onde Joaquim José da Silva Xavier pernoitava nas suas idas e vindas ao Rio de Janeiro; dizia-se que estava ligado por relações amorosas com a viúva, proprietária da fazenda, a qual comungava de seus ideais de liberdade.

No sítio da Varginha também se expôs outro quarto de Tiradentes: os militares que foram incumbidos da hedionda tarefa, a cumpriram de conformidade com as ordens dos representantes da Rainha, sendo que a cabeça devia ser exposta em Vila Rica, fincada num poste até desaparecer... No local, em Ouro Preto existe um monumento ao MÁRTIR-HERÓI.


No Museu da inconfidência, em Ouro Preto, repousa os restos mortais dos Inconfidentes, julgados e condenados ao degredo.
INSERIR FOTO: Panteão dos Inconfidentes (Museu da Inconfidência – Ouro Preto)

PATRONO CÍVICO DA NAÇÃO E OUTROS - A lei 4.897 de 09/12/1965 declara Tiradentes O PATRONO CÍVICO DA NAÇÃO.
A resolução do CDN – ABO, Curitiba em 1962, declara PATRONO DA ODONTOLOGIA BRASILEIRA.
É o Patrono do Exército Brasileiro e das Polícias Civil e Militar.
Através do Brasil, inúmeras instituições elegeram seu exemplo e transformaram a sua figura em Medalha/Comenda, a fim de distinguir cidadãos de mérito comprovado, em homenagens diversas: a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ); O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo; ABO/SP; a Associação Brasileira de Odontologia – Rio de Janeiro instituiu a medalha Tiradentes, comemorativa do bicentenário de sua morte; a ABO/MG; a Associação  Odontológica de Ribeirão Preto (SP), entre outras.
A ALERJ determina que a Medalha Tiradentes deve ser concedida a personalidades nacionais ou estrangeiras que, de qualquer forma, tenham prestado serviços ao Estado, ao Brasil ou à Humanidade.
No ano de 2002, policiais paulistas, receberam a Comenda, por dedicação ao trabalho, registrados no jornal Folha de São Paulo, 21 de abril, intitulada Policiais comemoram o Dia de Tiradentes: Medalhas serão entregues a policiais e a seus familiares. Parentes de policiais mortos receberão a medalha de ouro. As de prata vão ser entregues aos policiais militares inativos por causa de ferimentos.
A distinção é para os bravos, os destemidos, os que arriscam suas vidas em prol de seu próximo, como voluntariamente o fez o Alferes Joaquim José da Silva Xavier.
FUNDAÇÃO DA ACADEMIA JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER


Em 24 de setembro de 1992, no ano do Bicentenário da Morte de Tiradentes, o Cirurgião Dentista e Acadêmico, Alfredo Campos Pimenta, fundou a Academia Joaquim José da Silva Xavier (Academia Tiradentes de Odontologia) e elegeu o Alferes, Patrono da mesma. Instituiu a medalha cunhada com o busto de Tiradentes, de uso exclusivo dos membros Fundadores e Titulares da Academia.
Desde então, anualmente, novos colegas tomam posse, engrandecendo a Academia e cultuando Tiradentes em todos os rincões da Pátria.
A finalidade da Academia Tiradentes de Odontologia, dentre outras, é cultuar a memória do Patrono, a História da Odontologia, e promover o desenvolvimento científico da profissão, que no Brasil, nos legou Joaquim José da Silva Xavier.

                                                                                               



EDUARDO  SOUZA
Rio Branco/AC - Colaborador
Cirurgião Dentista - Natalense - Cinéfilo

A  ENCRUZILHADA  (1986)  "Crossroads"  7.1

Película altamente simbólica, de uma sensibilidade ímpar, filme considerado “CULT”, curtido e muito admirado nos meios musicais, principalmente entre os amantes dos BLUES.
Inspirado numa espécie de lenda, onde um músico vai até uma encruzilhada, e faz um pacto com entes sobrenaturais, para se tornar um tocador de Blues, gênero de música americana, mas com raízes africanas, que se perdem na relação dos tempos.
No saboroso embalo do filme, um jovem músico, estudante de uma tradicional escola de Nova York, inconformado com o rumo de sua vida, e com desejos de mudar suas práticas musicais, descobre através de uma nota de jornal, que um velho e notável Bluesman, tocador de harmônica, encontra-se internado numa instituição penal, por ter cometido uma agressão.
Pesquisando nos arquivos dos jornais, descobre que esse detento, décadas atrás, foi um dos parceiros de Robert Johnson, um grande guitarrista de Blues.
No enunciado da lenda, dizia-se que Johnson, gravara 29 obras primas do Blues, admiradas por uma legião de fãs, mas que havia uma trigésima, desconhecida e perdida, e o jovem resolve visitar o velho da harmônica, na esperança de, quem sabe, resgatar a música número 30. Mas, o Bluesman da gaita, não confirma sua própria identidade, e ainda se recusa a receber o jovem desconhecido.
Mesmo após uma exibição do aspirante, em que o mesmo, dedilha no violão, notas típicas do Blues.
Sua recusa aumenta, quando descobre que o jovem nasceu numa região do País, sem nenhuma tradição do Blues autêntico, nascido no delta do Mississipi.
O jovem não desiste, e após idas e vindas, o homem da harmônica, faz uma ousada proposta ao garoto. 
Se ele o tirasse daquela instituição, lhe ensinaria os caminhos do Blues, nos lugares onde essa deliciosa onda musical foi criada.
Relutante e com medo, o garoto topa a proposta, e maliciosamente o retira da prisão, iniciando uma pequena odisseia que penetra na essência do Blues.
Acontecimentos, encontros e desencontros, performances, e muita estrada, vão moldar o caráter do aspirante, e levar os espectadores numa prazerosa viagem, onde a magia do Blues navega com maestria e invade ouvidos e mentes.

FARID ZACHARIAS - Rio de Janeiro/RJ
Academia Brasileira de Belas Artes
Cadeira nº 03
PONHA ARTE EM SUA VIDA
O nosso objetivo é incentivar a todos, a valorizarem as obras de arte e a compreenderem o que leva o homem a ter necessidade de expressar os seus sentimentos e suas emoções, num ato de criação, como dizia Thomas Bodkin: A semelhança com o Criador.
A arte faz parte da natureza do ser humano e, para a sua satisfação, precisa ser exteriorizada, pois ela é aceita como linguagem universal.   Ela não é dirigida a um grupo de pessoas ou a uma determinada época, mas, destinada a toda a humanidade.
A esse respeito, o grande Leonardo da Vinci disse certa vez: Escrevam o nome de Deus e, ponham-LHE na frente a Sua imagem. Verão então qual se deve venerar mais.
Sobre a obra de arte, escrevi no livro De Boca Aberta, na página 89: Oh, mes yeux fortunes, tout ce que vous vites, tout ce que vous avez rencontré, était beau. Goethe (Faust).
Afortunado aquele que sabe apreciar uma obra de arte, seja de pintura, de escultura, de música ou de dança.
Quando se diz afortunado, diz-se da riqueza espiritual de quem é dotado daquela qualidade chamada sensibilidade, a faculdade de sentir, de se emocionar, que não se herda nem se compra, é inata.
Já dizia muito bem Camões:
Quem não sabe a arte não n’a estima.
Para os que têm sensibilidade, nada é mais importante do que o belo sob as formas mais variadas, pois a própria vida se torna mais valorizada, mais sublime e mais feliz.
Mesmo entre os negociantes de obras de arte, acostumados à compra e venda, há ocasiões em que se negam a se desfazerem de determinadas peças, adquiridas, às vezes, com dificuldades imensas, para que possam apreciá-las, ou, numa linguagem bem atual curti-las.   
Já se disse, e com razão, que muitos fazem fortunas, raros os que têm inteligência e tempo para gozá-las. Pode-se apreciar uma obra de arte com prazer e emoção, quer seja nacional ou estrangeira, pois a arte é intemporal, não depende de tempo nem de lugar.
Sobre isso, disse Goethe: Não existe arte patriótica, nem ciência patriótica. Ambas, pertencem, como tudo que é excelso, ao mundo inteiro.
Se ver é uma dádiva, saber ver, ou ver bem, é mais que isso, pois está restrito a poucos.   
É como dizia José Américo:
Ver bem, não é ver tudo; é ver o que os outros não veem.
Por tudo isso, dizemos que são afortunados os que lidam com obras de arte, e que não sabem viver sem elas. Para esses, a vida é mais emocionante e feliz.
Respeitando e admirando a arte podem esses humildes servos das musas, penetrar no paraíso elevado desse mundo encantado.
Tudo isso foi dito para salientar a arte como necessidade, para tornar a sua vida mais sublime, mais bela, mais feliz.
Portanto, PONHA ARTE EM SUA VIDA!   

IRISLENE CASTELO BRANCO MORATO
Belo Horizonte/MG
Academia Feminina Mineira de Letras
Presidente-Coordenadora da AJEB/MG
Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil

HOMEM
Onde sua esperança,
Onde seu ódio,
Onde seu céu...
Onde ficas, arriscas?

Porque ficas pensando alto...
Querendo ser...
Ser mente, semente e mente...
Ser gente e sente...
Pensando ser o que é...
Desejando ser o que pensas...
Rejeitando ser o que pensam...

Só sozinho te encontras, superas...
Desejando ser, serás...
Querendo ver, verás...
Querendo ser, ver e fazer...
A vida assim como é ...
Parecerá ser paraíso...

JOSÉ ANSELMO CÍCERO DE SÁ 
Rio de Janeiro/RJ
Academia de Artes, Ciências e Letras do RJ
Cadeira nº 29 - Patrono: Quintino Bocaiúva

O DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS
O fator primordial na vivência Espírita é o desprendimento dos bens terrenos, ou seja, a priorização da vida espiritual sobre a vida material. Conta-se que um viajante em tempos remotos, procurou pouso na casa de um Monge, que humildemente o recebeu. Ao adentrar a casa do Monge, o andarilho reparou na ausência de móveis e perguntou: - Monge, onde estão teus móveis? Ao que o Monge respondeu – Onde estão os teus?Ora, obviamente não estão aqui, pois estou só de passagem – retruca o viajante.
- Eu também, disse-lhe o Monge.
Sabiamente, o Monge nos classifica como viajantes no planeta Terra. Ao refletir nesta pequena história podemos observar a contribuição da doutrina espírita, que nos incita novo olhar diante da vida, convidando-nos a uma reavaliação total de nossas prioridades. O que é prioridade nossa hoje? Trocar o carro por um mais novo ou transportar o necessário? Vender e gerar riqueza ou atender com o que temos aos que nos buscam? Cantar para fazer sucesso ou cantar para harmonizar corações? Enfim, acumular riquezas materiais ou dispensar o que temos em fazer de nós mesmos e dos outros a caminho da regeneração?
Por mais que variem os cultos sobre o que existe além da morte, todos concordam, racionalmente, que os bens materiais não nos acompanharão. A caminho da regeneração, a união entre espíritos é a única possibilidade, e o apego às posses é o maior entrave. Tal como descartamos as frutas podres de uma árvore, podemos fazer com o apego aos bens terrenos e demais entraves. No entanto, cabe maior reflexão a fim de alcançar a raiz defeituosa, podá-la e plantar sementes saudáveis. Explico: Tanto a avareza quanto a prodigalidade são dois extremos frutos do egoísmo, a raiz regada por nossa invigilância. A nova árvore que deve ocupar seu lugar é a caridade.
Se considerarmos que todos os bens não passam de um empréstimo de Deus, basta fazermos a comparação: quando temos uma dívida com quem quer que seja fazemos questão de restituir-lhe e, muitas vezes, acrescentamos algo mais como agradecimento pelo auxílio prestado em momento anterior. E quanto ao empréstimo divino que são todas as coisas? E o algo mais que podemos trazer? Cabe a cada um de nós a reflexão. A consciência sabe o que fala a cada um.
A Riqueza e a Pobreza são duas provas distintas. O Evangelho diz que o rico deve “dar sem ostentação para que o pobre receba sem  humilhação” e intitula-nos como dispensadores inteligentes dos recursos ao nosso redor. Nesta tarefa, podemos dar o peixe ou ensinar a pescar, esta é a velha analogia. A doutrina espírita incentiva a dar o peixe enquanto ensina a pescar caso contrário o pescador iniciante morrerá da fome antes mesmo de aprender a pescar. “Faça o que eu fiz” é expressão de orgulho, dito da boca do rico que se considera superior aos que lhe querem seguir o exemplo.
Nosso juiz está dentro de nós: o conhecemos por consciência. Para burlarmos nosso próprio sistema interno, geralmente criamos disfarces para o apego aos bens terrenos: Chamamos de economia e previdência o que na verdade é cupidez, avareza, sovinice ou mesquinhez; Tomamos por generosidade o que não passa de negligência, esbanjamento, indiferença e prodigalidade. O Evangelho nos diz que abdicar do que possuímos é mendicância voluntária que gera peso social, egoísmo, pois isentamo-nos da responsabilidade da fortuna e renúncia ao bem que se pode fazer.
Cabe diferenciar desprendimento de desleixo. O primeiro significa não estar preso aos bens materiais e o outro seria deixar de cuidar dos bens que lhe foram emprestados.
O que há em comum entre possuir e não possuir, quando os bens materiais são nosso motivador principal da vida? Se os possuímos, esbanjamos obrigando o reconhecimento ao nosso orgulho. Se não, somos revoltados e temos inveja de quem possui. Nas duas situações somos infelizes.
Até os céticos devem concordar que o homem sofre muito mais pelo supérfluo que pelo necessário. Se não temos expectativas do supérfluo, qualquer extra à necessidade primeira nos é motivo de alegria.  Em nosso planeta de provas e expiações, por meio da riqueza ou da pobreza, o espírito pode provar sua virtude. No planeta de regeneração o espírito virtuoso acata a riqueza ou a pobreza para corrigir em si mesmo suas faltas pendentes.
Concluindo, destacamos do item 15, Capítulo XVI, do Evangelho Segundo o Espiritismo, a seguinte pergunta formulada a São Luiz,  sobre a Transmissão de Riquezas: “O princípio segundo o qual o homem é apenas o depositário da fortuna que Deus lhe permite gozar durante a vida, tira dele o direito de transmiti-la aos seus dependentes? – ao que São Luiz respondeu: “O homem pode perfeitamente transmitir por sua morte aquilo de que gozou durante a vida, porque o efeito desse direito está subordinado sempre à vontade de Deus, que pode quanto quiser impedir que aqueles descendentes gozem do que lhes foi transmitido”. Não é outra razão porque desmoronam fortunas que parecem solidamente constituídas. É, pois, impotente a vontade do homem para conservar nas mãos da sua descendência, a fortuna que possua. Isso, entretanto, não o priva do direito de transmitir o empréstimo que recebeu de Deus, uma vez que Deus pode retirá-lo, quando julgue oportuno.
Sem qualquer sombra de dúvida, o Desprendimento dos Bens Terrenos é uma necessidade lógica. É verdade que ninguém precisa desprezar os bens que conquistou com o próprio esforço, pois estes constituem legítima propriedade. No entanto, é preciso reinar o desprendimento desses bens que um dia ficará sob o pó da terra. Além disso, há uma grande diferença entre possuir bens materiais e se deixar possuir por eles. Conforme confirmou o grande filósofo Diógenes: “O tesouro do sábio é a sua mente, e o do tolo, são seus bens”. Sim, porque o verdadeiro tesouro é aquele que podemos levar conosco para onde formos inclusive à viagem de volta ao mundo espiritual.
Assim, os bens materiais e todos os recursos que estão em nossas mãos sob nossa administração temporária, devem servir para fomentar o nosso progresso, e também o daqueles que convivem conosco, parentes ou não.

LUIZ  MANOEL  DE  FREITAS  
Natal/RN  
Idealizador  /  Superintendente  Técnico  do  
PROJETO  REVIVER (Parceiro)

É SUA CHANCE…
Hoje bateu uma tristeza medonha,
Por diversas e tamanhas considerações.
Sentir-me culpado me trouxe vergonha,
O que ouvi de você foi mais que sermão.

Daqueles que ouvia na missa, lá atrás, bem distante,
Naquele instante, a Deus, pedia perdão,
O que faço agora estendendo a mão
À palmatória, pois vejo que você tem razão.

Errei com os mais amados dos meus entes queridos,
Por tê-los ferido, e não agir com a razão,
Deixei-me ir na força do impulso,
Sem pensar em futuro, viva emoção.

Que culpa carrego no meu coração,
Que erro medonho cometi no passado,
Logo eu, que nunca aceitei ser vítima ou culpado,
Agi com amor, mas me faltou a noção.

 Que o bem que fazia seria um mal,
Apesar de espontâneo sem qualquer pretensão,
Pensando ser bom tornei-me em mau,
Parece até que vivi de ilusão.

Doeu, mas entendo, e peço desculpas,
Assumo a culpa e peço perdão.
Só sinto não ter mais tempo na vida,
Para curar a ferida do seu coração.
  
Não tenha remorso por ter revelado.
Esqueça o passado e trace seu chão,
Concluir e dizer: o que fiz foi errado,
É sua chance… não erre mais não!

NELSON RUBENS MENDES LORETTO 
Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE 
1º Secretário da SBDE

AJUDANDO

Você nem sempre terá o que deseja, mas enquanto estiver ajudando aos outros encontrará os recursos de que precise.
Não se marginalize. Trabalhe.
Não reclame. Desculpe.
Não se lastime. Avance.
Não complique. Simplifique.
Cada qual de nós, seja onde for, está sempre construindo a vida que deseja. Pense nisso!
Obra: Agenda de Luz (cap. 5)
Autor espiritual: André Luiz - Médium: Francisco Cândido Xavier

PLACIDINO   GUERRIERI   BRIGAGÃO 
Rio de Janeiro/RJ
Acadêmico  Emérito  da  
Academia  Brasileira  de  Medicina  Militar

AS ELITES DO SÉCULO XXI E A EDUCAÇÃO
Não vamos nos valer da linguagem suméria de prever o futuro o que significaria conhecer o Destino e determinar a Sorte.
Ao longo da história, o homem se solidariza ao direito inalienável à vida, enfatizando nela a liberdade, a prosperidade e a felicidade.   Assim sendo, podemos raciocinar livremente sobre o significado da palavra elite e o que realmente representa na sociedade.           
Não significa um grupo privilegiado que só procura lucro e poder. Este grupo pertence a oligarcas, bando, quadrilha, casta e o que mais seja.     
Dicionário: Elite: o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente em um grupo social. Minoria que detém o prestígio e o domínio sobre o grupo social. O que há de melhor.
Verdadeiramente, o prestígio de um país no cenário nacional e, mormente internacional, baseia-se na sua elite da inteligência, das artes, da literatura, do nível da política, da criatividade industrial e comercial. Enfim, do elevado patamar de todas as profissões.
O progresso assombroso da época em que vivemos, notadamente nos campos científico e tecnológico, reporta-nos a uma elite de pensadores dotados de qualidades excepcionais que colocam suas nações em destaque, pelo surgimento de invenções úteis em todos os campos que beneficiam a sociedade e mudam mesmo seu "modus vivendi".
A importância dessas elites crescerá na vivência do Século XXI, o que determinará a importância do País, independentemente da extensão do seu território, número de habitantes, até de seus recursos naturais, mas, sim na criação de produtos para a agricultura, medicina, nela incluída a Odontologia, que aumentarão a longevidade e conforto de vida.
Também, no sistema de comunicação mais perfeito e rápido, o profundo conhecimento das funções do cérebro, a fecundidade, a beleza das mulheres.
Estende-se, também, ao setor militar em suas Três Forças, e em outros campos da atividade humana.
Já se pode perceber a superioridade de países que cuidaram do desenvolvimento de suas elites científicas e dos escritores.    
Essa espantosa evolução que é auspiciosa, repousa na EDUCAÇÃO planejada, continuada e protegida.
Logicamente, nos dedicados e competentes Professores, que no Brasil devem merecer apoio e incentivo em todos os sentidos o que, em países mais desenvolvidos é cuidado como prioridade e inteligência governamental.
Baseados nestes argumentos, enfatizamos que a educação é a impulsionadora do desenvolvimento. Sua atuação é coletiva e constrói o futuro do indivíduo.   
O saudoso educador Paulo Freire afirmava que é o caminho garantido para que a sociedade se aprimore e se transforme.
O estudo abre oportunidades para melhor e mais confortável conquista do trabalho desejado. É bom afirmar que a educação influi no maior conforto para a família e, por decorrência,  à melhora das condições econômicas do País, pois o consumo aumenta com maior poder aquisitivo que, em decorrência, provoca a independência do uso das benesses discutíveis das políticas sociais. 
A educação aumenta a possibilidade de atividades produtivas, promovendo a igualdade social. Tal situação só é alcançada com a qualidade do ensino, fator desejável ao sistema educativo vigente de modo geral, com ênfase ao domínio correto do idioma pátrio, salientando o conhecimento do valor da liberdade - princípio fundamental para o exercício da cidadania.      
O Século XXI, afirmamos, verá crescer nações dedicadas ao cuidado do ensino em seus diversos níveis - para que os estudantes do presente se tornem, amanhã, os gênios que mudarão a vida e a importância de suas Nações. 
É nosso desejo que o Brasil esteja incluso neste contexto. Cremos que sim: Estará!

THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES
Rio de Janeiro
Diretor do Museu Odontológico Salles Cunha,
da ABO/RJ.

TEXTO DE PERSONALIDADE - AUGUSTO NUNES

Não se tira o sapato antes de se chegar ao rio, dizia Tancredo Neves. Ele sabia que a política costuma ser cruel com os afoitos.
Mas ninguém chega ao Rubicão para pescar, avisava o mesmo Tancredo, invocando o rio que os invasores de Roma deveriam cruzar antes de tentar conquista-la.
Ele também sabia que a política costuma ser cruel com os hesitantes.
Essas duas frases balizaram as margens do rio, através do qual navegaria, durante mais de cinquenta anos, a carreira política do mineiro Tancredo Neves.
Ele nunca tirou os sapatos antes da hora. Mas, tampouco, hesitou quando chegado o momento de cruzar o Rubicão.

Ref.: Livro comemorativo - Tancredo, 1988, pág. 7