segunda-feira, 1 de abril de 2019

SBDE -JORNAL MENSAL - ABRIL DE 2019


TALENTO  LITERÁRIO DE TITULARES E HONORÁRIOS

ANÍSIO LIMA DA SILVA – Campo Grande/MS
Professor da Faculdade de Odontologia da UFMS
1º Tesoureiro da SBDE

CONTOS E CRÔNICAS – BREVES CONSIDERAÇÕES

    Inúmeros são os gêneros literários. Romance, novela, poema, conto, crônica, além da chamada literatura científica. Conto e crônica são gêneros que se assemelham por tratar-se de narrativas curtas e por isso são frequentemente confundidos. O extraordinário Nelson Rodrigues, cronista e contista, é um dos expoentes do gênero na literatura brasileira.
O conto é uma história baseada na pura imaginação do autor, sem compromisso com a realidade, enquanto a crônica narra um evento acontecido, baseado em fatos, ainda que o cronista também oriente a narrativa através de opiniões e conceitos pessoais.
O contista, por sua vez, é um narrador de historietas movido pela ânsia de expor as emoções que lhe inquietam o espírito, de forma sintética, sem compromisso com o rigor cartesiano, a não ser o encadeamento de uma lógica narrativa que as torne inteligível. 
O autor de contos, não raro, lança mão de histórias ouvidas ou sabidas, verdadeiras ou não, às vezes, fruto da tradição oral, para ambientar suas historietas (o apavorante “Vyi”, de Nikolai Gógol, é um exemplo). 
Uma variante do conto é a fábula, em que a história contada encerra, em seu final, um ensinamento moral (Fontaine é o fabulista por excelência).
Enquanto o poeta e o romancista inspiram-se em musas, o contista colhe sua inspiração nos mais comezinhos sentimentos. 
Horácio Quiroga, grande escritor uruguaio, era uma alma sabidamente atormentada, que acabou por suicidar-se. Seus melhores contos relatam personagens abatidos pela tragédia e pela miséria (“A galinha degolada”,“À deriva”, ”Insolação”). Assim como Jack London, no seu angustiante “Acender um fogo”.
   Gógol, o grande escritor russo do século XIX,  referenciado acima, primava também por inserir críticas veladas, ou nem tão veladas assim, à burocracia czarista nos seus contos, como em “O capote”. Ambroise Birce (“Uma ocorrência na ponte de Owl Creek”) e Edgar Allan Poe (“O poço e o pêndulo”, “O gato preto”) faziam uso da imaginação para descrever histórias misteriosas.
      Alguém escreveu que “com bons sentimentos não se faz boa literatura” (autor desconhecido). Talvez a nenhum outro gênero literário aplique-se à perfeição tal afirmativa, aparentemente temerária nesses tempos de patrulhamento ideológico, do politicamente correto e de suscetibilidades e individualismos exacerbados. 
   Atribui-se ainda a Machado de Assis que, além de romancista consagrado era também contista, a afirmação de que uma das vantagens de um conto ruim sobre um romance ruim é a de que o conto é breve.
     A literatura nos legou gênios desse tipo de narrativa, e uma gama de temas que agrada aos diversos amantes do gênero.  


ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO – Guarapari/ES
Honorário – Diretor de Divulgação

O LIVRO DA FELICIDADE
{ Este livro faz parte de uma coleção que nosso ilustre Honorário lançou há alguns anos, com grande sucesso! }
   - Aproveitamos para inserir a sequência, mensalmente - 

UM PENSAMENTO PARA CADA DIA DO MÊS DE ABRIL
IDADE CONTEMPORÂNEA (1789 até hoje)

A felicidade não é um prêmio da virtude, é a própria. Provérbio

01.04 - O dinheiro não traz felicidade, mas paga tudo o que ela gasta. 
Arthur Schopenhauer (Alemão, 1.788 a 1.860)
02.04 - Viver para os outros não é apenas lei do dever, é também a lei da felicidade. 
Auguste Comte (Francês, 1.798 a 1.957)
03.04 - A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos. 
Honoré de Balzac (Francês, 1.799 a 1.850)
04.04 - A melhor universidade é a felicidade de viver. Aleksander Pushkin (Russo, 1.799 a 1.837)
05.04 - Felicidade é a certeza de sermos amados apesar de ser como somos. 
Victor Hugo (Francês, 1802 a 1885)
06.04 - Toda ação nem sempre traz felicidade, mas não há felicidade sem ação. 
Benjamin Disraeli (Inglês, 1.804 a 1.881)
07.04 - A porta da felicidade abre só para fora; quem a força de dentro acaba por fechá-la ainda mais. 
Soren Kirkegaard (Dinamarquês, 1.813 a 1.855)
08.04 - A felicidade consiste em preparar o futuro, pensando no presente e esquecendo o passado, se foi triste. 
John Ruskin (Inglês, 1.819 a 1.900)
09.04 - Felicidade é uma estação intermédia entre a carência e o excesso. 
Henrik Ibsen (Norueguês, 1.828 a 1.906)
10.04 - A condição essencial para a felicidade é ser humano e dedicado ao trabalho. 
Leon Tolstoi (Russo, 1.828 a 1.910)
11.04 - A felicidade é um aroma, um ruído de festa; leva-os o vento, e despedaçam-se as cordas. 
Carmen Sylva (Romena, 1.843 a 1.916)
12.04 - Não estamos aqui para tirar da vida o que pudermos, mas sim para fazermos a vida dos outros mais feliz. 
William Osler (Canadense, 1.849 a 1.919)
13.04 - Viver nos torna pessoas felizes, pois a maioria apenas existe. 
Oscar Wilde (Irlandês 1.854 a 1.900)
14.04 - A felicidade é um problema individual. 
Sigmund Freud (Austríaco, 1.856 a 1.939)
15.04 Não há caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho. 
Mahatma Gandhi (Indu, 1.869 a 1.948)
16.04 - O cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade. Charles Chaplin (Inglês, 1.889 a 1.977)
17.04 - A felicidade solitária não é felicidade. 
Boris Pasternak (Russo, 1.890 a 1.960)
18.04 - A verdadeira felicidade vem da alegria de atos bem feitos, do sabor de criar coisas novas. 
Antoine Saint Exupéry (Francês, 1.900 a 1.944)
19.04 - Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz. 
Madre Teresa de Calcutá (Albanesa, 1.910 a 1.977)
20.04 - A felicidade contínua não existe, existem apenas momentos de felicidade. 
Indira Ghandi  (Indiana, 1.917 a 1.984)
21.04 - A suprema felicidade da vida é ter a convicção de que somos amados. 
Victor Hugo
22.04 - O segredo da felicidade não é fazer sempre aquilo que queremos, mas querer sempre o que se faz. 
Leon Tolstoi
23.04 - Quando somos felizes, somos sempre bons, mas quando somos bons nem sempre somos felizes. 
Oscar Wilde
24.04 - A felicidade não está em viver, mas em saber viver.
Mahatma Gandhi
25.04 - O que temos dentro de nós é o essencial para a felicidade humana. 
Arthur Schopenhauer.
26.04 - Eu preciso do seu sorriso para ser feliz. 
Charles Chaplin.
27.04 - Felicidade! É inútil buscá-la em qualquer outro lugar que não seja no calor das relações humanas. 
Antoine Saint Exupéry.
28.04 - A felicidade não está no fim da jornada, mas sim em cada curva do caminho para encontrá-la. 
Madre Teresa de Calcutá.
29.04 - Felicidade é um estado de satisfação interior. 
Antônio Ribeiro.
30.04 - A felicidade está no coração de quem tem uma alma caridosa.  
Autor Desconhecido.

DIRCE BERGAMASCO – São José dos Campos/SP
- Presidente da Academia Tiradentes  de Odontologia 
2000 a 2004 - 

{ Continuamos a série de Artigos da nossa ilustre Titular, abordando a vida e a obra do nosso Patrono, base do belo opúsculo que lançou quando foi atuante Presidente. } 

TRIBUTO A TIRADENTES 
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER

Os apelidos que lhe foram dados revelam sua pluralidade: o Corta Vento, o República, o Gramaticão, o Liberdade.
Andava com dicionários, livros sobre a Independência norte americana; entusiasta, loquaz, falava de modo aberto. 
Têm Vossas Mercês todo este povo açoitado por um só homem, e nós todos a chorarmos como negros - ai, ai...E de três em três anos, vem um e leva um milhão; e os criados levam outro tanto, e como hão os pobres filhos da América? Se fosse outra nação já se tinha levantado! www.utopia.com.br
     Philip Pullela (Ag. Reuters - 06/07/2004) num artigo sobre Leonardo da Vinci, diz que ele foi um gênio criativo da história da humanidade. Era pintor, escultor, arquiteto, músico, engenheiro, inventor, cientista, estrategista, militar, botânico e anatomista.
        Analogamente, digo que Tiradentes foi o gênio criativo 

da Independência do Brasil. 
     
         Ele foi tropeiro, comerciante, dentista, fitoterapeuta, 

militar, minerador, engenheiro (canalizou as águas do Rio 

Andaraí e construiu armazéns e porto, no Rio de Janeiro), 

idealista, idealizador da Inconfidência, valente, MÁRTIR E 

HERÓI DA NAÇÃO!

        Até o governador Luís da Cunha Meneses, de caráter duvidoso e ignorante, nomeado para governar a Capitania das Minas Gerais, pela Corte de Dª Maria I, dizia que Tiradentes tinha uma inteligência “meneira lógica” (entendido em mineralogia).
        Detalhe interessante a registrar: nas cartas à Rainha, em 1787, o Desembargador Thomaz Antônio Gonzaga diz: Nem me atrevo a representar coisa alguma a esse Exmo. General, por conhecer seu notório despotismo. Elle tira os padecimentos do patíbulo; ele açoita com instrumentos de castigar os escravos, as pessoas livres, sem mais culpa ou processo(...) elle mete os advogados e os homens graves a ferros; elle dá portarias aos contratadores para prenderem a todos que lhes querem que lhes devam... elle revoga os julgados, e ainda os mesmos das Relações. Enfim, senhores, elle não tem outra ley e razão mais que ditame de sua vontade e de seus criados.
Esta carta nos ajuda a concluir sobre Tiradentes: - Compadre e amigo José Ricardo: A notícia que Vossa Mercê me dá de Vila Rica - barril de pólvora à espera de uma faísca para explodir -  deixou-me amedrontado.      
Imaginemos que o Visconde de Barbacena, ao chegar, faça o lançamento da Derrama./ A revolução rebentará, afirma Vossa Mercê./ Será um desastre./ Desastre porque, nós brasileiros, não temos  elementos para fazer uma revolução em prol de nossa independência. Não temos nada! Portugal tem tudo, tem tropa e tem armas. Seremos vencidos nos primeiros arrancos.
É preciso que os brasileiros de responsabilidade aí em Vila Rica procurem conter o Alferes Tiradentes. Êle, com seu ardor patriótico, é capaz de atirar a Capitania na perigosa aventura de uma revolução separatista./ Eu conheço bem o Alferes./ Nasci e criei-me na região em que ele nasceu e se criou. Eu era rapaz e ele menino./ Conheci-lhe os pais, os irmãos, a família toda. O pai era português, a mãe mineira, nascida na vila de São José, comarca do Rio das Mortes./      O casal teve sete filhos.            
O que nasceu logo depois de Tiradentes, conseguiu como este, seguir a carreira militar e chegou ao posto de Capitão. Catarina da Encarnação teve um filho que se ordenou padre - o padre Antônio Rodrigues Dantas./
Não estavam no rol dos ricos, os pais de Tiradentes. Mas eram o que nós costumamos chamar de gente arranjada. Possuíam a fazenda Pombal, à margem do Rio das Mortes, termo de São João d’el Rei, fazenda modesta, com casas de telhas, alguns escravos, gado, matas virgens e terras para extrair minerais.
Quando menino, Joaquim José chegou a estudar, quando em idade escolar, com seus irmãos padres que já estavam ordenados. 
Com eles aprendeu francês  regularmente e latim, melhor do que francês./ Quanto à Língua que falamos estou convencido de que aí em Vila Rica, não há quem saiba melhor do ele. Nem os poetas, nem os magistrados, que tanto relevo dão a essa cidade.
Tiradentes é uma inteligência viva, cheia de curiosidades pelos conhecimentos humanos../ Nunca fez nenhum estudo científico e, no entanto é, em Minas Gerais, o maior conhecedor de assuntos de mineralogia. 
Nunca pisou numa escola de medicina e é o mais hábil cirurgião dentista que possuímos./ E, creia, nasceu com o instinto patriótico.        
Era ainda menino, e já falava na grandeza do Brasil, no progresso, na ordem e na liberdade da terra brasileira.
Em Salvador, ligou-se à Maçonaria, que na capital baiana era frequentada por homens de valor. 
E foi com os maçons que ele deu vigor aos seus sentimentos patrióticos.  Não tinha jeito para negociante. Faltava-lhe a preocupação do lucro – não conseguiu ganhar dinheiro. Resolveu então tentar a carreira militar, na qual tem sido feliz.               
Há muitos anos está no posto de Alferes, enquanto outros que vestiram a farda depois dele, já são tenentes, capitães ou majores.
Ouvi dizer que em assuntos de amores é bem feliz.        O ardor com que fala, as ideias que expõe, a sinceridade que se sente em todas suas atitudes, faz com que as mulheres por ele se apaixonem./ Sei de uma rapariga que lhe tem amor./ É Eugênia Maria de Jesus, moça humilde, de pais portugueses. 
Com Eugênia, ao que me consta, tem ele dois filhos – uma menina, da qual não sei o nome, e um menino, que se chama João. / Disse-me Vossa Mercê que Tiradentes é, aí em Vila Rica, a criatura que mais se exalta contra a triste situação do cativeiro em que nos encontramos.                 É que ele, que tanto tem lutado pela vida ingrata, é o verdadeiro representante dos nossos anseios de liberdade.       É o símbolo do povo sofredor./ Se Vossa Mercê tem alguma influência no espírito de Tiradentes, procure contê-lo. Procure contê-lo porque não é ainda a hora de nos levantarmos contra Portugal. Essa hora virá inevitavelmente!


Canuto Borges CORREIA, Viriato 


História da Liberdade do Brasil. Rio de Janeiro: 
                        
                          Civilização Brasileira                                                                                                                                                                          
     EDUARDO DE SOUZA - Rio Branco/AC

 {Cirurgião Dentista convidado pelo Titular 

LUIZ MANOEL DE FREITAS, conforme explicado 

na edição de março deste Jornal }            

CINEMA - COMENTÁRIO

GRAN  TORINO    (Filme  de  2008)

Um dos grandes sucessos da carreira imbatível do ator e diretor Clint Eastwood, GRAN TORINO, é uma avassaladora história, onde o personagem, vivido pelo próprio Clint, é um veterano da guerra da Coreia, recentemente aposentado, após anos trabalhando na Ford, e que, não por acaso, possui um carro ícone da companhia em que trabalhou, um Gran Torino.

Viúvo recente, se recusa a mudar de residência, apesar de todos os seus antigos vizinhos terem ido embora, já que o bairro agora foi tomado por imigrantes, que não são exatamente bem-vindos na área.

No seu caso específico, a casa ao lado da sua vem a ser habitada por imigrantes da etnia Hmong, originária do sudoeste asiático, e que ele considera bárbaros.

Tratado como inútil, e renegado pelos filhos, com netos e netas que não têm o menor respeito por ele, o veterano vira quase que um ermitão.

Uma tentativa de roubo do seu apreciado Gran Torino, pelo filho do vizinho, muda a trajetória da história, e faz o filme se tornar uma obra prima.

Através da irmã do suposto ladrão que ele, por acaso, salva de uma gang local, o ermitão entra numa sintonia inesperada com a moça, e a intolerância se torna respeito, através de diálogos brilhantes, onde a moça da etnia Hmong, dá uma cativante e sutil aula sobre suas origens, coisas totalmente desconhecidas para um americano padrão, que só conhece a sua própria história e geografia.

Acontecimentos beirando a tragédia e imprevistos, fazem o velho soldado tomar decisões que desafiam uma suposta lógica, para quem vê as coisas por ângulos ortodoxos. 

Conflitos religiosos, com o seu passado, e ações que ele cometeu ao participar da guerra, aparecem como fantasmas para atormentá-lo.

O universo cultural, dos seus supostos “bárbaros vizinhos”, surge como uma luz inesperada ao longo das conversas com a esperta personagem da moça Hmong, Sue. 

A gente já começa a gostar da Sue na cena em que Walt numa camioneta, a resgata de uns brutamontes negros que a incomodam ao caminhar com um suposto namorado, num local barra pesada.

Ela não se intimida com os caras e, “respondona”, os xinga e faz ironias com o linguajar dos idiotas. 

Já dentro da camioneta, ela de cara já “zona” com a “cultura” do Walt, quando ele confunde etnia com um lugar ou país, quando ela diz que é Hmong.

Ele, na sua total ignorância, pergunta onde fica Hmong? Ela explica que é um povo que ajudou os americanos no Vietnam, e que, após a guerra, foram perseguidos.
 
Ele, continuando na sua ignorância geo-étnica, diz: - Por que vocês não ficaram lá nas florestas?  

Ela dá outra “catracada” no velho soldado, e diz que eles são povo das montanhas, não de selvas, seu “buga-buga”.

Em outra cena, ele diz para ela ter cuidado com a cadela Daisy, sua única companhia, e ela retruca: - Não se preocupe, nós só comemos gatos!

Irreverência, claro, contrapondo a “carranca” do ermitão...


Ética, respeito e tolerância afloram ao longo dessa história sedutora e, no final, de novo, de forma “não ortodoxa”, justiça e paz são obtidas ao custo de valores, que só um velho soldado com a trajetória do Walt, saberia dar.  

                                                                   
FARID ZACHARIAS – Rio de Janeiro/RJ

Academia Brasileira de Belas Artes – Cadeira nº 03

MEMÓRIA - PREVENÇÃO

    Memória é a propriedade de reviver na consciência os fatos passados. Ela é variável de um indivíduo para outro, e pode variar segundo a idade.
Vale a pena citar alguns bons conselhos que seguimos e aplicamos depois de muitas leituras:
1°) Fazer exercícios físicos. São indispensáveis, pois beneficiam o coração e o pulmão, diminuindo a pressão arterial, promovendo um sono tranquilo; aumentam o bom colesterol (H.D.L); previnem o diabete; ajudam o bom funcionamento das glândulas; aumentam a potência sexual do homem; melhoram a circulação sanguínea quando as células recebem os benefícios de uma boa oxigenação. 
Deve-se fazer exercícios 03 vezes por semana, cerca de 40 minutos. E atenção: não pare nunca de fazer exercícios, só com ordem médica.
Pode ser ginástica, natação, hidroginástica ou pilates. É bom ir devagar no princípio, podendo sentir um pouco de cansaço físico, que não será problema, pois, um bom sono e descanso, resolverão; 
2°) Colocar carteira e dinheiro, com documentos de identidade, chaves e os óculos, sempre no mesmo lugar;
3°)  Andar sempre com uma agenda para ter todos os compromissos anotados;
4°)  Após a leitura de um livro, fazer um resumo do que leu e comentar com alguém, porque a repetição é a mãe do aprendizado;
5°)  Uma estatística de indivíduos entre 45 e 60 anos, mostrou uma perda de cognição de 10 a 15%,  e que essa perda aumenta após os 75 anos.
Já, indivíduos com a vida bem controlada, não bebendo, não fumando, mas tendo uma atividade física e cultural contínua, são mais propensos a serem  felizes e com melhor saúde;
6°)  Fazer palavras cruzadas;
7°)  É necessário levar uma vida com prática de hábitos saudáveis, bem como  fazer um checape anual, de acordo com a faixa etária e fatores de risco;
8°)  Procurar repetir para guardar na memória, telefones mais importantes  e o seu C.P.F;
9°)  Duas a três xícaras pequenas de café fazem bem à memória, ajudando o cérebro a liberar norepinefrina.
Vivendo assim, com esses cuidados, com amor à vida, ao lado de queridos parentes, com bons amigos, escutando boas músicas, e tendo momentos felizes, de paz e boa memória, brindemos à saúde e à vida!

IRISLENE CASTELO  BRANCO MORATO
 Belo Horizonte/MG
Academia Feminina Mineira de Letras

ATRAÇÃO

Somos caminhantes
Desse Universo
Em expansão
Somos Atraídos

Através do pensamento
A níveis e energia
Semelhantes

O conhecimento nos liberta
E nos torna pacíficos

A luz que vinha de você
Misturou-se a minha luz
Senti uma vibração interna
Que me fez levitar

O prazer que senti
Foi indescritível
Sem palavras
O tempo passou
A não existir!


JOSÉ ANSELMO CÍCERO DE SÁ – Rio de Janeiro/RJ
Academia de Artes, Ciências e Letras do 
Estado do Rio de Janeiro
Cadeira nº 29 - Patrono: Quintino Bocaiúva

O “EU” É O MAIS IMPORTANTE PROBLEMA DA
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA.

     A importância do problema do “eu” é tão óbvia
     que parece desnecessário deter-se a destacá-la.
      Uma teoria sã do “eu” deve ser o ponto inicial
– senão o núcleo teórico – de uma adequada
     antropologia filosófica.

   RISIERI  FRONDIZI (1910-1985).
    Em seu Livro “Teoria Del Hombre”, assim nos ensina:       O conceito de substância parece hoje inadequado como categoria básica na interpretação da realidade.
    No seu esforço para compreender os fenômenos físicos e humanos, a ciência e a filosofia, há mais de 200 anos, acumularam provas de grande peso que revelam as limitações da concepção substancialista, e forjaram as categorias que haveriam de substituir a de substância.
   Os novos conceitos de função, processo, relação, atividade, estrutura, parece ajustar-se melhor a natureza da realidade, em geral, e aos fenômenos espirituais, em particular.
   Em sua obra Teoria Del Hombre, vemos como Francisco Romero se aproxima da nova concepção funcionalista e estruturalista, e por isso mantém um estrito paralelismo com Frondizi que nesta atmosfera indaga sobre o “eu”.
  Já não se trata de optar, mas sim, de superar a tese substancialista, já de tão longa carreira e de tão larga aceitação, por parecer até mesmo intuitiva, o que lhe conferiu uma unidade à concepção do mundo de sua época, e lhe permitiu a presença e supostos e doutrinas que passam por anti-substancialistas.
   A história da filosofia é constituída de opções em que as investigações são conduzidas até que as possibilidades sejam exauridas e surjam novas confrontações hipotéticas, pois nada detém a inquietude do espírito humano na sua avidez de conhecimento.
   A história pode revelar o que sucedeu com a doutrina substancialista, para a qual alguns filósofos dedicaram a sua existência. Agora, o interesse é especular sobre as possibilidades oferecidas pela nova doutrina, que coloca em evidência os conceitos de função e estrutura.
   O conceito do “eu” está intimamente relacionado com esta nova visão da realidade. O desenvolvimento de uma adequada teoria do “eu” se viu entorpecido por um dilema ardiloso, que pretende obrigar-nos por um “eu” substancial ou a renunciar ao “eu” por completo. O dilema parte do suposto substancialista que não concebe existência efetiva senão à substância relativa aos atributos, modos e qualidades.
   Diante disto, restam dois caminhos: o “eu” se converte em um ente metafísico que foge de todo compromisso com sua natureza cambiante para assegurar-se de continuidade ou, pelo contrário, o “eu” é visto segundo dados empíricos que lhe exigem a mutabilidade, porém não logram explicar a unidade e continuidade, pois o “eu” se dissolve na torrente vivencial. Optando-se por uma ou outra alternativa, a teoria proposta estará viciada por uma atitude estreita que não concebe mais realidade efetiva do que a substancial.
   Renè Descartes e David Hume representam os dois extremos desse dilema que até hoje mantém fechado todo caminho fecundo, apesar das numerosas tentativas de abrir novas rotas.
   Se por um processo de lenta evolução histórica, a primeira posição acaba por se fundir na segunda, isto ainda não corresponde a uma situação histórica distinta como atual.
   Foi preciso libertar o terreno das limitações impostas por colocações baseadas em supostos da ineficácia, da maneira de defrontar-se hipoteticamente com a realidade sem o prévio apoio dos fatos.
   Hoje, a tendência é extrair da experiência os conceitos que explicam a realidade, neste caso, a continuidade e unidade do “eu” sem olvidar sua natureza cambiante, pois tão efetivo é um caráter como o outro.
   A categoria da substância transformou do “eu” em um ente imutável, simples, independente. Os conceitos de função e estrutura respondem pela sua natureza e funcionamento, isto é, dá conta da sua dualidade de aspectos, a permanência e a mutabilidade – que de outra maneira não teria explicação.
   O “eu” é passível de uma pluralidade de interpretação, conforme se tenha dele uma visão científica, filosófica ou metafísica, daí a dificuldade que oferece sua conceituação.
   O “eu” tem relação com a transcendência, com o próximo, com o próprio corpo, e com muitas palavras, conforme o que se pretende expressar, tais como: “ego”, “alma”. “psique”, “espírito”. A simples referência ao termo “eu” pode expressar uma realidade mais ou menos restrita.
   No entanto, sem perder sua nota de universalidade, este termo mantém uma constante referência a um indivíduo “de carne e osso”, e dá à doutrina que dele trata uma raiz empírica que deve ser conservada. Neste caso, o “eu” é um “espírito encarnado”, e sua ação se passa dentro do ciclo vital que compreende sua existência, e dentro da qual se realiza o processo histórico-evolutivo.
   O “eu” é função cumprida, porém, também função por cumprir, capacidade, potência. Nosso ser consiste no que temos feito, porém, também, no que nos propomos e somos capazes de fazer.
   O passado cria capacidade; a capacidade dá sentido ao passado. Ainda a capacidade nunca realizada, a potência que não chegou a ser ato, forma parte integrante do nosso “eu”. O passado adquire sentido à luz do futuro; este, por sua vez, depende do passado que é o motor que impulsiona nossa vida para o futuro.
   O “eu” tem, pois, um caráter dinâmico, uma tendência à unidade. É algo que já foi e que aspira a ser constantemente mais. Sempre há um “eu” qualquer que seja sua variação pela qual se enriquece e se modifica.
   A mudança não significa senão alteração da unidade anterior. De modo que o velho não chega nunca a desaparecer por completo, visto que pode alterar sua natureza e significação em qualquer momento.
   Inegavelmente o “eu” é o mais importante problema da Antropologia Filosófica, pois que é o seu ponto de partida e também o seu núcleo teórico. Não se pode olvidar que o estudo do espírito objetivo lança valiosa luz sobre a natureza do homem, este estudo não exclui, e até mesmo supõe o do espírito subjetivo, pelo contrário, deve incentivar a criatividade por exigência de mais cultura para que a mente humana se situe adequadamente diante da realidade humana natural.

JOSÉ ROBERTO DE MELO    
Presidente de Honra – Em Memória

COMO ENTREI NA HISTÓRIA DE CORTÊS/PE
{ CONTINUAÇÃO }

CAPÍTULO 90 - A 1ª Câmara de Vereadores de Cortês, foi empossada no dia 29 de dezembro para governar de 1956 a 1959. Era composta de Antônio Valença Borba, Bernardino Valença Borba, Edgar Bezerra Lopes, Otílio Alves de Santana, Hílton Cavalcanti, Rui Emídio da Silva, João Buarque Fraga de Gusmão, Albertino Araújo e eu.. 
No mesmo dia concluí meu mandato de Prefeito e fiz as seguintes inaugurações: Ruas Celso Borba, José Belarmino, avenida São Francisco com pavimentação e ajardinamento, travessa da Estação, e da rua José Ponciano. Inaugurei ainda o serviço de abastecimento d'água com dois chafarizes e banheiros públicos.  
A Câmara elegeu sua 1ª mesa diretora assim constituída: Presidente: José Roberto de Melo, vice-presidente Hilton Alves Cavalcanti, 1º secretário Antônio Valença Borba e 2º secretário Albertino Araújo. O dia foi festivo começando com Missa em ação de graças e primeira comunhão, celebrada pelo padre Gerson Galvão, banda de música e churrasco. Terminou com a posse de José Valença Borba, o novo prefeito eleito.

CAPÍTULO 91 - José Borba começou a administrar com muita disposição. Ele foi um reformador de Cortês, lutando com a ingrata topografia local, criando novos espaços, fazendo surgir uma cidade nova. Na Câmara Municipal eu procurava lhe dar apoio. 
Fui presidente do Legislativo por todo meu mandato. Durante este período faleceu o vereador Otílio Santana e Olegário assumiu. 
O novo vereador mostrou que não tinha o mesmo amor que os outros processavam por Cortês. 
Passado um tempinho apresentou projeto elevando os subsídios dos Câmara que foi reprovado. Mais adiante fomos tomados de surpresa com a renúncia dos vereadores Toínho Borba e Edgar Lopes. Nunca soube realmente a razão. Mas gostei que Edgar deixasse a Câmara, ele criava problemas no desempenho do trabalho. 
Tratei de legalizar a renúncia, mas temi que houvesse interferência para ele desistir. Precisava que o ato fosse publicado com urgência na imprensa da Capital. Lembrei-me então de que estava sendo feito um recadastramento no eleitorado. Procurei saber, e só onze eleitores tinham sido recadastrados. 
Fiz a notícia: "Havia duas vagas na Câmara, não havia suplentes tinha de haver eleição e só tinha 11 eleitores inscritos". Os jornais do Recife publicaram e não foi só, um jornal do Rio de Janeiro deu em 1ª página. 
A eleição foi feita posteriormente com 1752 eleitores, tendo sido eleitos pelo Partido Social Democrático, o nosso, Edgar Priston e Miguel Arcanjo dos Santos. Pelo Partido Socialista foi derrotado José Brito da Silva.  { CONTINUA }

              LUIZ MANOEL DE FREITAS - Natal/RN
          Idealizador / Superintendente Técnico do 
                              PROJETO REVIVER 


TENTAÇÃO

 “Dar a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é Deus”

Se não for coisa de cristão, também não é de ateu,

Mas pode ser de cidadão justo, honesto que mereceu,

Pela sua exatidão, por ser de bom coração,

Encontrar caminhos seus. Sem benesses da justiça,

Sem motivos que aguça nem lhe traz grande lição.


O homem tem que ser honesto,

Percorrer caminho certo, distante da corrupção.

E nesta caminhada afora, ontem, amanhã ou agora

Cumprindo bem a missão, terá toda a consciência,

Da vida suporta e aguenta toda e qualquer tentação.

Só assim dará a Cesar o que é de Cesar, 

e a Deus o que é de Deus,

Seja, com certeza, esse homem, um bom cristão ou ateu.



NELSON RUBENS MENDES LORETTO – Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE 
1º Secretário da SBDE
PERDÃO DAS OFENSAS (Irmão José)

Há muitas maneiras de pedir perdão.
Quem se aproxima de ti, sem coragem de nada dizer, está procurando reconciliação.
Não exijas dos outros um pedido formal de desculpas.
Não tripudies sobre a discreta atitude de humildade de quem reconheça o erro.
Para ser esquecida, a ofensa pede que não seja relembrada.
Facilita as coisas para quem procura olvidar o passado.
Não fiques rememorando as experiências amargas de quem faliu.
O perdão genuíno jamais espezinha.
Imagina-te escutando referências constantes sobre as tuas quedas.
Muda de assunto com um sorriso e perdoa com espontaneidade.   Pensa nisso!

ODETTE MUTTO   São Paulo/SP
HISTÓRIA DE FAMÍLIA

Minha avó contava que a avó dela era italiana. Se chamava Maria, tinha chegado em São Paulo, na sexta feira, e na segunda feira da semana seguinte, já saiu para trabalhar, fazer penteados nas senhoras ricas; ela era cabeleireira na Itália e continuou a fazer a mesma coisa no Brasil.
Juntou 04 filhos aos 03 pequenininhos trazidos de lá, formando uma família grande onde se falava italiano e português.
O marido de Maria estava no Brasil há mais tempo, tinha vindo como imigrante, e não foi para lavoura de café. Era chapeleiro, fugiu do abrigo na Rua Alegria, em São Paulo, e um primo dele arrumou um emprego na Ramenzoni, uma afamada fábrica de chapéus.
Ali, ele trabalhou bastante, e mandou a passagem comprada para Maria não precisar passar pelos mesmos sofrimentos que ele passou, vindo como imigrante.
Ele fumava cachimbo, pegou uma tosse que ficou até morrer, com 76 anos.
Está sepultado no cemitério São Paulo; Maria foi com ele uns 10 anos depois.
Quem também está lá é o meu avô Rubens, eu não o conheci e minha mãe era pequena quando as pessoas adultas começaram a falar que o Rubens havia ido para o céu, e ela não viu mais o pai.
Ana Cristina é minha mãe, Marcus meu pai e Clara, a irmãzinha mandada por Deus!
  
PLACIDINO GUERRIERI BRIGAGÃO  
Rio de Janeiro/RJ
Acadêmico  Emérito  da  
Academia  Brasileira  de  Medicina  Militar

A AMIZADE ENTRE PESSOAS E POVOS

Amizade
 Adorno de concepções
A majestade e a beleza de Criação
Estrela de cada dia

Amizade
A poesia nas palavras
Seu poder e esplendor
A experiência que se vive

Amizade
A elegia do tempo
Alegria e união
O encanto dos nomes

Amizade
A oração da manhã
A conclusão da noite
A peregrinação do poeta

Amizade
O doce canto contínuo entre os povos
O pássaro lascivo
O sol mostrando a confiança

A Amizade
O desejo do bem
A amizade entre pessoas e povos
O merecimento da troca.

   Todas estas assertiva as faço para confirmar a sólida amizade que existe entre Brasil e Portugal como nações irmãs, alegrando a todos os brasileiros.
O Senado aprovou em 29 de abril de 2000 o Tratado de Amizade entre o Brasil e Portugal. O objetivo foi regular as linhas mestras entre os dois países, abolindo alguns instrumentos já superados pelo tempo.
Reflete a intensidade deste relacionamento, e oferece o instrumental jurídico necessário à ordenação da inter-relação entre as duas nações, tornando-a mais pujante.

ROGÉRIO  DUBOSSELARD ZIMMERMANN 
Recife/PE

QUANDO SEXTA FEIRA CHEGAR...


Quando sexta-feira chegar, 
tudo que esperei e que sempre sonhei,
se tornará realidade,
esquecerei a pressa do mundo, pois a minha felicidade,
se apoiará no encontrar.

Quando sexta-feira chegar, 

sentindo teu corpo molhado e eu todo suado,
esgotado de tanto querer, 
esquecerei da maldade profunda, pois essa intimidade,
se traduzirá em prazer.

Quando sexta-feira chegar, 

meus anseios e toda minha euforia,
serão só calmaria,
esquecerei do tempo e do vento, pois toda essa alegria
se perpetuará no viver.

Quando sexta-feira chegar, 

seu cheiro, seu gosto, seu toque,
tudo, me fará repousar,
esquecerei minha vida e o medo,
que no sábado tudo possa acabar.

THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES – Rio de Janeiro/RJ
Diretor do Museu de Odontologia “Salles Cunha” ABO/RJ

HISTÓRIA MINEIRA

Angustura é a sede de um Distrito pertencente à cidade de Além Paraíba/MG, e dista 07 km da Rodovia    BR-116 (Rio-Bahia), na altura do Km 800.
Angustura tem suas origens nos primórdios do povoamento da Zona da Mata mineira.
Durante o Ciclo do Ouro, a região, outrora habitada pelos índios Puris, cujos vestígios ainda podem ser encontrados em algumas fazendas, era usada como rota por contrabandistas, para evitar a fiscalização dos “Registros” existentes na Estrada oficial – o ”Caminho Novo”. 
Em razão dessa segurança tributária a Mata mineira era conhecida como “Áreas Proibidas”.
Neste contexto, surgiu o primitivo Arraial de Madre Dios do Angu, atual Angustura, a partir de um pouso de tropeiros que trilhavam as margens do Rio Angu
Nessa época – início do séc. XIX – começaram a ser distribuídas   sesmarias   aos   primeiros colonizadores da região.
Em 27 de março de 1841, o Arraial pertencia à Vila de São Manuel do Rio da Pomba, e foi elevado à categoria de Distrito com o nome de Madre de Deus do Angu, sendo incorporado à Vila de São João Nepomuceno, em 1842.
Com a expansão da cafeicultura através do vale do Rio Paraíba, Angustura destacou-se como grande produtora, e teve o seu apogeu entre o final dos 1800 e princípios dos 1900.
Os grandes fazendeiros de então erigiram a sua atual Igreja Matriz, inaugurada em 1886, artisticamente decorada por artífices contratados na Corte.
Ergueram também à sua volta, belos solares. O templo e seu entorno integram um harmonioso cenário, emoldurado pelo verde e pelas montanhas que caracterizam a silhueta da geografia mineira. Suas fazendas possuíram inúmeros escravos e, após a libertação destes, atraíram muitos imigrantes europeus para o trabalho nas lavouras de café.
Em 1874, o surgimento da Estrada de Ferro da Leopoldina não contemplou, contudo, o Distrito de Angustura.
Posteriormente, com a criação da antiga rodovia Rio-Bahia, na década de 1930, novamente Angustura se via preterida.
Mais tarde, com o declínio do café e com o êxodo rural iniciado com o processo de industrialização do País - em particular a instalação da Cia. Siderúrgica Nacional – ocorreu o seu esvaziamento populacional.
Tais fatos, se de um lado penalizaram o progresso de Angustura, paradoxalmente, de outro, contribuíram para o resguardo de parte de seu conjunto arquitetônico original, hoje tombado pela municipalidade.
Muitos representantes de sua aristocracia cafeeira se notabilizaram na vida pública do Município, da Província, do Império e da nascente República. 
Em Angustura, também tombado pelo patrimônio municipal, encontra-se o Mausoléu do Primeiro Comandante Geral da Policia Militar de Minas Gerais, Cel. Francisco de Assis Manso da Costa Reis.
O pai do Cel. Assis era o Cap. Valeriano Manso da Costa Reis, colega de Regimento de TIRADENTES – por este citado nos Autos de Devassa da Inconfidência – e sua mãe era Dª Ana Ricarda de Seixas, irmã de Mª Dorothéa Joaquina de Seixas – a MARÍLIA DE DIRCEU, musa do poeta inconfidente, THOMAZ ANTÔNIO GONZAGA.
Outro que merece destaque é o Deputado Antônio Romualdo Monteiro Manso, notabilizado por ter sido o primeiro político do Império que se negou a prestar juramento de fidelidade a D. Pedro II. 
Em razão de suas convicções antimonarquistas, Monteiro Manso conquistou a admiração do propagandista republicano SILVA JARDIM, que visitou ANGUSTURA, onde sofreu um atentado em março de 1889.
Em Angustura faleceu, em sua Fazenda Babilônica, o Senador Agostinho Cezário de Figueiredo Cortes, que dá nome à de Senador Cortes, nessa Zona da Mata.
São também angusturenses o grande jurista, de renome nacional, Nelson Hungria; o Deputado Provincial Francisco Cezário de Figueiredo Côrtes; e o ex-Prefeito de Araxá, Fausto Alvim - que também foi Presidente do antigo IAPC e, em idade provecta, tornou-se escultor, cujo talento é reconhecido por importantes críticos de arte.
O Dicionário do Aurélio nos ensina que Angustura significa: Passagem estreita entre montanhas.