segunda-feira, 27 de julho de 2009

42º COSMO: Congresso Sul Mineiro de Odontologia.

PERÍODO - 21 (2ª feira - Abertura informal) a 26 (sábado) de setembro de 2009.

EVENTOS PARALELOS:
18ª Jornada Mineira de Fissuras Palatinas;
19º Congresso Brasileiro de Prevenção, Reabilitação e Saúde Oral;
25º Congresso Brasileiro de Hipnose e Medicina Psicossomática,
8º Encontro Mineiro de Arte e Poesia, além do Mérito “Ataulfo Alves”, com programação específica.

ADESÃO:
PROFISSIONAIS - Até 31 de Agosto: R$ 200,00; A partir de setembro: R$ 250,00;
PÓS-GRADUANDOS: R$ 80,00;
GRADUANDOS: R$ 50,00.

DIREITOS: Todos os inscritos terão direito a:
- cursos e conferências nos eventos citados,
- solenidades,
- saraus,
- coquetéis,
- medalha e diploma do homenageado,
- entrada franca no Parque das Águas,
- demais atividades.

COMO ADERIR: Enviar cheque cruzado e nominal à "Associação Brasileira de Cirurgia Oral" (ABCO), Caixa Postal 232 - Pouso Alegre/MG - 37.550-000.
PARA MAIS DETALHES: Acessar www.42cosmocaxambu.blogspot.com.

LOCAL DO CONGRESSO:
HOTEL CAXAMBU: Rua Major Penha, 145 - (35) 3341.9300 - www.hotelcaxambu.com.br
DIÁRIAS: Foram mantidos os preços do ano passado, da seguinte maneira:
Aptº Standard - 01 pessoa: R$155,00; 02 pessoas: R$190,00; 03 pessoas: R$266,00; 04 pessoas: R$335,00; Aptº Luxo - 01 pessoa: R$182,00; 02 pessoas: R$225,00; 03 pessoas: R$315,00; 04 pessoas: R$396,00; Criança - Até 05 anos (Isenta); de 06 a 10 anos: R$ 60,00 (Standard ou Luxo).

FLAT: Rua Major Penha, 386 (35) 3341-1244 - www.flatcaxambu.com.br
Amplos apartamentos com sala, quarto e varanda, com televisão, frigobar, telefone e ventiladores de teto. As diárias (promocionais, mais econômicas) são com café da manhã incluído.

CAXAMBU: Fica nas montanhas do sul de Minas Gerais, e tem o maior complexo hidromineral do mundo. Através do colorido de suas paisagens, das belezas naturais, pelos encantos dos seus jardins floridos, em plena primavera, e pelo valor inigualável de suas miraculosas águas, vem conquistando cada vez mais visitantes.

Parque das Águas de Caxambu: Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), tem 210.000m2 de área e conta com 12 fontes de águas minerais com propriedades químicas diferentes umas das outras, fluindo ininterruptamente.
Os bosques, jardins e alamedas de grande beleza paisagística são perfeitos para passeios tranquilos e revitalizantes.

Eis as 12 fontes e suas respectivas ações terapêuticas:
1 - D. Pedro - É a fonte mais antiga e simbólica do Parque das Águas, uma homenagem ao Imperador D. Pedro II, representado também pela réplica da coroa imperial sobre o pilar de mármore. A captação ocorreu em meados do séc. XIX, e o atual pavilhão é de 1960. Por ser rica em gás carbônico e bicarbonato de sódio, estimula os órgãos digestivos eliminando perturbações gastrintestinais;
2 - Duque de Saxe - Conhecida também como fonte sulfurosa devido à rica presença de enxofre, é uma homenagem ao marido de D. Leopoldina (genro do Imperador). Tem como diferencial o ponto de inalação do gás sulfídrico que desobstrui as vias respiratórias dentre outros benefícios. Sua água é usada no tratamento do aparelho gastrintestinal, fígado e vias biliares. O banho sulforoso no balneário é indicado para a pele e dores reumáticas.
3 - D. Leopoldina - As primeiras fontes de Caxambu foram descobertas por volta de 1814. Esta foi captada em 1850 e o projeto arquitetônico é de 1912. Seu nome é uma homenagem à filha do Imperador. É indicada para problemas hepáticos, de vesícula biliar e alterações do intestino grosso.
4, 5 e 6 - Mayrink 1, 2 e 3 - Foram captadas na última década do séc. XIX. O pavilhão quadrado baseia–se na arquitetura do Arco do Triunfo, em Paris. Prestam homenagem a um grande empresário e figura importante nos negócios do Império, o Conselheiro Francisco de Paula Mayrink. Fonte Mayrink I: águas indicadas para gargarejos; Fonte Mayrink II: para qualquer tipo de irritação nos olhos; Fonte Mayrink III: água mineral sem gás, que atualmente é utilizada para engarrafamento, banhos no Balneário e abastece também a piscina do Parque das Águas.
7 - Ernestina Guedes - Descoberta em 1950, o nome é homenagem à família Guedes que sempre participou do desenvolvimento da cidade. Para banhar–se utilize os chuveiros ao redor do Gêiser; dentre outros benefícios, é indicada para o tratamento de afecções da pele.
GEYSER (pronuncia-se “gaiser” - Forma aportuguesada: gêiser): É uma fonte termal que lança no ar jatos de água ou vapor em intervalos regulares, com alcance de até 08 metros de altura (agora melhor distribuído para banhos através de uma construção cônica) e temperatura média de 27º C, é água multi mineralizada; esta raridade que atrai turistas do mundo todo.
8, 9 - D. Isabel e Conde D'Eu - Com as águas desta fonte, em 1868, a Princesa Isabel curou sua esterilidade. Estas fontes férreas passaram a dividir o mesmo pavilhão em 1910. O molde das mãos unidas representa o casal imperial. Suas águas altamente ferruginosas são energéticas e indicadas para o tratamento da anemia.
10 - Da Beleza - Tal como as fontes Duque de Saxe e D. Leopoldina, seu estilo é de origem francesa, e o projeto, de origem belga. Esta é a antiga fonte intermitente, perfurada pelo Dr. Viotti em 1866. A fonte quando voltou a jorrar, após algum tempo seca, causou grande surpresa e recebeu o nome de Beleza, pela admiração que causava. Rica em magnésio, cálcio e flúor, é indicada para a formação dos ossos e dentição. O magnésio atua também no sistema nervoso como calmante, combatendo o estresse.
11 - Venâncio - Foi captada em 1936, e seu nome é homenagem a um caxambuense que dedicou grande parte de sua vida ao Parque das Águas, o Sr. Venâncio da Rocha de Figueiredo, que também participou das captações das fontes de Lambari e Cambuquira. A água é radioativa, possui ação diurética, digestiva e atua normalizando a pressão arterial.
12 - Viotti - O nome desta fonte é uma homenagem a um grande estudioso das águas minerais, o Dr. Policarpo de Magalhães Viotti, ilustre caxambuense que, em 1886, fundou a primeira empresa responsável pela comercialização das águas minerais, a Empresa das Águas de Caxambu. Esta água possui grande poder diurético e ação solvente de cálculos renais.

Observação: Para a utilização correta das águas e dúvidas sobre as ações dos elementos químicos no organismo, consulte um médico especializado (crenólogo).

Horário de funcionamento do Parque: Das 07 às 18 horas.
A entrada é franca para os inscritos no 42º COSMO, mediante apresentação do crachá fornecido pela Secretaria do Congresso.

---------------------------------------------------------------------------------------
Postagem feita pela Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores

sábado, 11 de julho de 2009

TRÊS PRECES * - Conto

Por Odette Mutto **

I

A freira puxou o terço, pausadamente - “Pai Nosso que estais no Céu...” Crianças impacientes esperavam a vez de responder - “Pão Nosso de cada dia...”

Lauro pensou que o “pão nosso” bem podia incluir aquele pão-doce que ele viu na padaria... Devia custar caro, estava fechado na vitrina. Parecia uma trança, enrolado e lustroso, só de pensar dava água na boca. Se pudesse compraria um e levaria para casa. Queria só ver a cara dos irmãos quando enxergassem aquela delícia...

Perdeu a sequência da prece. Como um ímã, o pão doce atraiu-lhe o pensamento. Dividiria entre os irmãos de acordo com as idades. Esbarrou numa dificuldade: dois eram mais velhos que ele. Anuviou-se um pouco. Não receberia o maior pedaço. Resignou-se logo. Afinal, os outros viviam engraxando sapatos, carregando cada pacote tão pesado para ninguém ir dormir sem comer. E ele, agora, estava pretendendo tirar vantagem. Se pensara em dividir daquele jeito, precisava manter a ideia. Fora ele próprio quem decidira assim. Tinha eu cumprir a palavra sem choradeira.

II

Pouco compenetrada Mônica recita: - “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós”...

Rezara tanto quando os pais viviam brigando para eles não brigarem mais. Parece que não tinha sido ouvida. Cada qual acabara pegando seu rumo e ela ficara com o pai. Ganhara muito presente na época da separação, até parecia Natal: trem elétrico, oito bonecas, bicicleta com farol, mobília de quarto nova, vestidos de toda espécie. Não entendia porque lhe davam tanta coisa. Não queria nada, só vê-los juntos. Isto não ganhara. Tinha certeza de ter feito apenas esse pedido, mais nenhum.

III

- “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”. - Assim como era no princípio, é agora e sempre...
Sempre assim. Aros e raios da cadeira luziram ao sol do meio-dia. O médico dissera que ficaria sempre assim, as pernas sem movimento.
“Sempre” devia ser muito tempo porque mamãe começara a chorar perdidamente.

Às vezes, tinha vontade de perguntar quando é que ia poder correr como as outras meninas, mas ficava calada. Talvez fizesse mamãe chorar, e não queria isto. Ela já vivia tão triste, todo dia de olhos vermelhos.

A freira aproximou-se. Quis saber se estava rezando. Ergueu o rosto ingênuo e não respondeu. Rezar era bom para as outras crianças que tinham brincado e pulado. Enquanto rezavam descansavam das correrias. Mas ela, sentada sempre naquela cadeira de rodas, não tinha do que descansar...

* - Do livro de contos “Bandido”;

** - Escritora paulista, várias vezes premiada, componente da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores. Componente da Comissão Julgadora do X Concurso de Literatura, evento integrante da “Maratona Cultural ACESC 2009”, realizado em 22.06 no Club Athletico Paulistano.

Postagem da SBDE

DÓRIS DE ONTEM E DE HOJE

Por José Roberto de Melo *

Não. Eu não estava como o Brasil, "deitado em berço esplendido." Estava recostado prosaicamente no sofá da sala, com a intenção de assistir um jogo de futebol na televisão. Adormeci e não vi jogo nenhum. Acordei com o Jô Soares entrevistando uma senhora gorda, marca dos anos desenhada em um rosto que me pareceu simpático, mas que eu não identifiquei logo, embora me parecesse familiar. Interessado, driblei o sono e fiquei escutando o resto da entrevista. Logo estava sabendo que era da cantora Dóris Monteiro que eu não via, fazia já um bocado de tempo.

Foi então que me veio à lembrança a primeira vez que tinha me deparado com, a então, moça Dóris Monteiro. Foi em tempo que a televisão era escassa e a gente não via cara de artista com muita facilidade. Fiquei então a comparar o que o tempo tem feito comigo; e pesar os estragos na minha pessoa.

Eu estava voltando de São Paulo, de um congresso odontológico, no ano em que a paulicéia festejava o seu quarto centenário, e programado uma passadinha no Rio. Comigo no Rio ficou o colega Valdir Farias que me convidou para assistir a um show no Copacabana Palace.
Nesse tempo, as maiores boates do Rio de Janeiro costumavam apresentar grandes espetáculos. E foi para um desses que fomos nós, eu Valdir e mais duas colegas que também voltavam de São Paulo, com um convite que um parente de Valdir tinha ofertado. Foi nesse show que vi Dóris Monteiro pela primeira vez. E me ficou na lembrança até hoje. Ela descia para o palco do teto, em uma espécie de gaiola dourada, portando um vestido branco, comprido. Na sua figura destacava-se uma grossa trança, repousando para frente, sobre um dos ombros. Era realmente uma moça linda. Essa imagem eu guardei da Dóris.

Vi agora conversando com o Jô uma senhora bem passada, tentando cantar, com uma voz respondendo difícil, canções de um disco novo, lançado com sucessos antigos.

Fiquei me lembrando dos versos do poeta Bernardino Borba: "O tempo não corre voa/ O tempo é bicho danado/ Pra consumir a pessoa."
Não tive coragem de me olhar no espelho no caminho para a cama...

* Poeta, prosador, Presidente de Honra da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores.

FONTE: http://melo28.blog.uol.com.br

Postagem da SBDE