sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

JORNAL DA SBDE - EDIÇÃO DE FEVEREIRO 2010

10 Anos de Literatura na Odontologia: 2000/2010
Personalidade Jurídica n° 135 - Fl. 15 – Caxambu / MG
Presidente de Honra: Prof. José Roberto de Melo (PE)
Sede: Rua Presbítero Porfírio Gomes da Silva, n° 1757 – Bloco B - Apt°101
Capim Macio – Natal/RN - CEP 59.082-420 - Tel.: 84 – 3219.6007
sbde0406@yahoo.com.br – Visite e participe: www.dentistasescritores.blogspot.com

JORNAL MENSAL

NATAL/RN, FEVEREIRO/2010

NOTÍCIAS DE NOSSOS TITULARES:

PAULO JOSÉ MORAES DA SILVA prestou justa homenagem ao Prof. Rafael Matos Silva, catedrático de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas (FOUFAL), quando o Prof. passou a ser membro emérito (73 anos) da Academia Alagoana de Odontologia, em dezembro último. Em seu discurso, nosso Confrade exaltou as qualidades pessoais e profissionais do homenageado, lembrando um pouco da sua brilhante trajetória: O Prof. Rafael foi diretor da FOUFAL; Responsável pelo setor de Cirurgia Bucomaxilofacial da Santa Casa de Misericórdia de Maceió; Vice Diretor do Centro de Ciências da Saúde; Diretor interino e Chefe do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário; Coordenador do Centro Rural Universitário, Treinamento e Ação Comunitária (CRUTAC); Presidente da ABO/AL; Coordenador das disciplinas de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial I e II e, atualmente, exerce a coordenação do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) Prof. Luiz de França Canuto, no PAM-Salgadinho, em Maceió. Parabéns ao Eminente Mestre Rafael, grande representante da Odontologia Alagoana.

JOAREZ PORTO & JOSÉ DILSON VASCONCELOS DE MENEZES:
Esta valorosa dupla dinâmica produziu uma bela obra que já faz parte do acervo da nossa Biblioteca “Creuse Pereira Santos”. Eles organizaram o Volume I dos Anais da Academia Cearense de Odontologia, abrangendo o período de 5 anos, de 23.09.1984 a 23.09.1989.

O brilhante trabalho apresenta: Sinopse da fundação; Patrono da Academia (Ac. Francisco de Sá Roriz); Acadêmicos Fundadores (20 no total, dentre eles o próprio Confrade José Dilson e a Confreira Mª Yolanda Montenegro Tavares); Acadêmicos Titulares (Confrade Geraldo Menezes Barbosa e o saudoso Ivan César Ramos); Resumo da Biografia dos Patronos das respectivas Cadeiras; Acadêmicos Honorários; Presidentes; Diretorias; Resumo da Ata das Reuniões da Diretoria, Plenárias e Assembleias; Solenidades de Posse de Acadêmicos Titulares; Atividades Científicas e Culturais; Museu e Biblioteca; Homenagens Póstumas.

Como se vê, um trabalho hercúleo, mostrando a pujança de uma Instituição que acaba de completar 25 anos de atuante existência, agora sob a eficiente Presidência do colega, Acadêmico CLÁUDIO MARQUES FREIRE, a quem parabenizamos, bem como à A.C.O. e a seus dignos componentes e, logicamente, aos nossos dedicados e brilhantes Confrades!

GERDO BEZERRA DE FARIA: Nosso ilustre Confrade exerce atualmente a função de Coordenador e Chefe de Departamento do Curso de Odontologia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), além de ministrar aulas nas disciplinas de Anatomia Dentária, Clínica Integrada e Prótese. O curso de funciona no Campus do Seridó (Vilma Maria de Faria), na cidade de Caicó - a 263 km da Capital do Estado - e é conhecida internacionalmente como a terra do bordado. Sucesso crescente nas suas nobres funções é o que todos os Titulares almejam.

10º ANIVERSÁRIO DA SBDE
Baseados na sugestão da Confreira ZARA MARIA PAIM DE ASSIS, pretendemos comemorar o decênio da nossa Sociedade, organizando uma Antologia com a participação dos seus talentosos componentes. Para tal, primeiramente, precisaremos da anuência dos interessados; em seguida, o envio dos respectivos textos – prosa ou verso – para que seja feito o planejamento, concluindo-se pela viabilidade da empreitada, principalmente no que se refere aos devidos custos. Se algum Confrade ou Confreira puder se encarregar de todos os detalhes relativos ao assunto, muito agradeceremos. Ficamos no aguardo das respostas, o mais urgente possível, para que tenhamos tempo hábil para realizar esse intento. Quanto às festividades no 43º COSMO, oportunamente informaremos detalhes da programação.


QUEM SOMOS

MESSIAS COLENGHI STIVAL JÚNIOR

NASCIMENTO: Uberaba/MG; vive em Franca/SP desde 1991.

GRADUAÇÃO: Odontologia (Faculdade de Odontologia da Universidade de Uberaba/MG); Direito (Faculdade de Direito de Franca/SP)

PÓS-GRADUAÇÃO: Especialização: Periodontia (Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/USP);

ATIVIDADES DOCENTES: Cursos, conferências e palestras: Universidade de Franca; Fundação de Esporte, Arte e Cultura da Prefeitura Municipal de Franca; Faculdade de Odontologia da Universidade de Uberaba; Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD) - Regional de Ribeirão Preto; APCD - Regional de Franca; Ministra também cursos nas áreas de tradução de textos do inglês para o português, de revisão e formatação de textos técnicos, segundo as normas da ABNT; Palestras para Dentistas sobre Responsabilidade Civil Profissional, além de prestar assessoria na área de legislação aplicada à Odontologia.

ATIVIDADES LITERÁRIAS:
Traduções de livros de Odontologia e Medicina:
1. Manual Clínico de Periodontologia, de Richard M. Palmer e Peter D. Floyd (Livraria Santos Editora, São Paulo/2000);
2. Fundamentos de Periodontia, de Thomas G. Wilson Jr e Kenneth S. Kornman (Quintessence Editora, São Paulo/2001).
3. Prótese Fixa Contemporânea, de Stephen F. Rosenstiel, Martin F. Land e Junhei Fujimoto (Livraria Santos Editora, São Paulo/2002);
4. Princípios de Sutura em Odontologia: Guia Completo para Fechamento Cirúrgico, de Lee H. Silverstein (Livraria Santos Editora, São Paulo/2003);
5. Manual de diagnóstico por imagem – OMS – Anatomia e interpretação radiográfica do sistema músculo-esquelético, de A. Mark Davies & Holger Pettersson (Em fase de publicação pela Livraria Santos Editora, São Paulo/SP);

Revisões científicas de livros jurídicos:
1. Antitruste em Setores Regulados: Energia elétrica, telecomunicações, aviação civil, gás natural, petróleo e derivados, de Marco Aurélio Gumieri Valério (Lemos & Cruz Publicações Jurídicas/2006);
2. Curso Básico de Processo Penal, de Antônio Milton de Barros (Lemos & Cruz Publicações Jurídicas/2007); Obras Publicadas: Co-autor, na obra Franca, Antologia de Crônicas - Vol. 1 (Ribeirão Gráfica e Editora/2002);

Trabalhos publicados: Trabalhos científicos na Revista APCD e Revista Paulista de Odontologia; na imprensa leiga (Foi colunista de um jornal e de uma revista de circulação regional); Apresentou trabalhos científicos nas Semanas Odontológicas da APCD-Regional Franca; Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo; na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/USP; Fundação Educacional de Barretos; Universidade de Ribeirão Preto; Congresso Internacional de Odontologia do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba;

ATIVIDADES CLASSISTAS: Presidente da Associação dos Cirurgiões Dentistas de Franca; Diretor-secretário da APCD-Regional de Franca; Delegado-Presidente do CROSP-Secional de Franca; Membro acadêmico efetivo da Academia Francana de Letras;

Cargos exercidos em organizações de Congressos: Coordenador de cursos; Coordenador das atividades científicas de livre inscrição; Coordenador de palestras; Diretor científico.

HONRARIAS: Mérito Cultural Mário Quintana; Comenda Chryso de Leão Fontes; Mérito Ricardo Eliezer Neftalí Reyes Basoalto (Pablo Neruda); Comenda Wladimir de Souza Pereira; Méritos: Cândido Portinari; Prof. José Roberto de Melo; Carlos Drummond de Andrade; Prof. Augusto Coelho e Souza;Prof. Alfredo Reis Viegas - Todos pela Associação Brasileira de Cirurgia Oral, Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores e outras entidades; Menção Honrosa pela tradução do livro Fundamentos de Periodontia (já citado), Prêmio União Latina de Tradução Científica e Técnica - União Latina e Câmara Brasileira do Livro (São Paulo/SP-2002).

OUTRAS ATIVIDADES: Projetos Sociais: Idealizou e executou o Projeto Alegra Sorriso, em parceria com a Prefeitura Municipal de Franca e a Pastoral da Criança: Trabalho voluntário de atendimento odontológico a crianças carentes de bairros periféricos de Franca/SP-1999/2000.
Parabéns, nobre Confrade, pela diversidade e grandeza do seu currículo, o que muito nos honra.

TITULARES QUE ANIVERSARIAM NESTE MÊS DE FEVEREIRO
Temos somente 2 Titulares aniversariando este mês, ambos no dia 12:
NELSON JUNQUEIRA DE ANDRADE e ODETTE MUTTO, aos quais enviamos o nosso abraço fraterno de felicitações pela data especial. Parabéns!

EM DEFESA DA NOSSA LÍNGUA
Você sabe usar a forma correta?
BOM DIA, BOA TARDE E BOA NOITE: ESCREVEM-SE OU NÃO COM HÍFEN? - Usa-se o hífen nas três expressões acima quando elas são formadas por dois vocábulos, mas com sentido de apenas um, ou seja, significando “um cumprimento”, que geralmente vem precedido pelo artigo “um”, já que se trata de um substantivo masculino. Ex.: Gostaria de desejar-lhes um bom-dia antes de me retirar. Ex.: Deu-nos um boa-noite com muito carinho. Ex.: Abraçou-me com um grande sorriso de boa-tarde. Agora, quando você simplesmente cumprimenta alguém, tais expressões são escritas sem hífen. Exs.: Boa tarde, meu pai. Bom dia a todos. Boa noite!

ESTAMOS OU NÃO EM UMA NOVA DÉCADA? - Se a sua empresa tem escrito ou falado que esses são os primeiros dias de uma nova década, corrija-a, afinal uma nova década terá início apenas no dia 1º de janeiro de 2011. Uma nova década começou no dia 1º de janeiro de 2009. No dia 31 de dezembro de 2009, completamos 9 anos. Portanto, não é decênio e não fecha uma década. Em 2010, no dia 31 de dezembro, terá completado exatamente 10 anos, ou seja, uma década.

MAS PORÉM? - É redundante dizer: mas porém, mas contudo, mas no entanto, mas entretanto, mas todavia. Se você utiliza a palavra mas, não precisa usá-la com outras palavras que dão ideia de oposição. O mas é suficiente para expressar o sentido contrário e o contraste da frase a que dá início.
Fonte: www.scrittaonline.com.br

MOMENTOS DE CURIOSIDADE
As Muitas Caras da Língua Portuguesa na Internet *
TBm naUm pOXXU fALaH nD eU sOw AxXxiM.. nAum pROBLEmah seU,ti gaRaNtu Ki NAuM vOw mUDAH poR IXXu!!!!! + kra eu keru flar tiops c prof comofas/ min imsina tbm neh kra. qq 6 achao......
Todas estas frases e outras idênticas, por incrível que pareça, estão escritas em português. Ou em dialetos de português para internet, se você preferir. Mas será que essa bagunça com as regras da língua não vai destruir o bom português? Ou está na verdade enriquecendo a língua e desenvolvendo o raciocínio das pessoas, ou, ainda, isso tudo não passa só uma brincadeira que vai sair de moda daqui a pouco?
Em primeiro lugar, p0r qu3 r4105 45 p355045 35cr3v3m 4551m? (por que raios as pessoas escrevem assim?) Tudo começou com o internetês arcaico, que era simplesmente uma maneira de abreviar as palavras e frases para tornar a comunicação mais rápida. Afinal, num chat é importante escrever rápido, e em mensagens de celular é essencial espremer o máximo de ideias em uma mensagem só (senão você acaba pagando mais caro!).
Daí surgiram milhares de abreviações como vc, q, kd, blz etc.. Mas, na verdade, isso não é nenhuma novidade...
A professora Mariléia Silva dos Reis, PhD em linguística e professora da Unisul, explica que abreviar a escrita é coisa que se faz desde sempre. "Na Idade Média existiam os copistas, que eram especializados em fazer cópias de livros à mão. Nesses livros veem-se muitos apagamentos de vogais, com o único objetivo de tornar a cópia mais rápida e aumentar o número de cópias por dia."
* Continua na próxima edição, mas somente na nossa versão eletrônica.

MOMENTOS LITERÁRIOS DOS TITULARES
JOSÉ ROBERTO DE MELO

NÃO ERA QUITÉRIA... (*) O velho, sabia-se, já tinha passado dos 90 anos. Sempre tivera uma vida desregrada. Muita farra, muita cachaça... Cuidava de mulher, principalmente. De todas as mulheres possíveis. Casado, jamais a fidelidade tinha sido sua meta. Amava a esposa, verdade seja dita, mas ao seu modo: a mulher legítima, a do cartório e do altar, não impedia que ele andasse com muitas outras. Costumava dizer que o coração do homem tinha mais de 300 salas e um santuário. No santuário a esposa ficava instalada. Com todo o respeito, regalia e incontáveis direitos. As outras salas eram para a vadiação. Para a afirmação do homem como macho. E o “cabra” devia fazer muita diligência para ocupar aquilo tudo.
Agora, muito doente, estava no leito de morte, cercado pela família preparada para lhe colocar a vela na mão. Um quadro parecido com os descritos nos romances antigos, onde o encerramento da vida era previsto em uma espera onde todos se achavam presentes para assistir o último suspiro do moribundo.
Ainda não existia essa moda de se morrer em UTI, com a vida já exaurida, sendo espichada por meio de aparelhos. Hoje se prolonga o sofrimento do paciente e da família para se respeitarem os “recursos” da ciência e da ética médica.
Os parentes reunidos tinham necessidade de tomar uma decisão. Devia-se ou não chamar o padre para confessar o doente e lhe ministrar o ritual da extrema unção? As opiniões eram contraditórias. Um grupo achava que o velho, embora com a saúde arruinada, se conservava lúcido e, como sempre, não havia de querer conversar com o padre. Outros, principalmente as mulheres, ponderavam que todos deviam cooperar na tentativa de ajudar o parente a conseguir na salvação na vida eterna. Contavam-se muitos casos de arrependimento na hora extrema. Todos, porém, achavam muito difícil fazer uma consulta para saber se ele estava disposto a receber o sacerdote. Então de comum acordo, acertaram que chamaria o padre sem aviso prévio. E depois era esperar os acontecimentos.
O vigário, já idoso, vivido no ritual antigo, chegou de batina no quarto onde o velho agonizava.
O aposento tinha uma iluminação precária e ele com a visão baça mirou o visitante com um sorriso de alegria e perguntou:
- É Quitéria? Quitéria era uma prostituta muito conhecida na cidadezinha, que, por ter feito uma promessa a Santa Rita de Cássia, somente vestia preto.
O padre tratou de explicar as coisas: - Não meu filho, não é Quitéria não! Sou o padre que venho lhe ajudar a conseguir sua salvação, lhe aproximando de Nosso Senhor.
- Pensei que era Quitéria, Padre, me desculpe, não quero não. Eu queria Quitéria. Aí eu ia botar este povo que está aqui pra fora e a gente ia fazer uma coisa que estou precisando. Desculpe.
Virou-se para a parede e deu o último suspiro.

(*) Conto premiado no Concurso Literário ADUPE - Seção sindical dos Docentes da Universidade de Pernambuco.

- LENILSON SILVA DE CARVALHO - Do seu livro Pensamentos, Provérbios e Aforismos, acervo da Biblioteca Creuse Pereira Santos do qual estamos publicando mensalmente alguns excertos:
AFEIÇÃO: Você ama a vida? Então não desperdice o tempo, porque é desse material que a vida é feita. (Benjamim Franklin);
AFETO: Talvez as melhores amizades sejam aquelas em que haja muita discussão, muita disputa e, mesmo assim, muito afeto. (George Eliot);
AGRICULTURA: A agricultura parece ser muito fácil quando seu arado é um lápis, e você está a quilômetros de distância de um milharal. (Dwigt D. Eisenhower);
AMAR: Só se aprende a amar, amando... (Carlos Drummond de Andrade);
AMIGO: Um amigo é alguém que conhece todas as suas faltas, mas acha que as suas virtudes são muito maiores. (Autor desconhecido) Até para o mês!

- OSMAR BARONI *

OS POETAS DA VILA

Nos meus olhos você vê
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente impertinente
Que dá ordens a você.

- No quesito música popular, 2010 marca o centenário de um dos mais importantes compositores brasileiros de todos os tempos: Noel de Medeiros Rosa (11-12-1910/4-5-1937.
No decorrer do ano seguramente muitas homenagens serão prestadas ao autor de Feitiço da Vila. A primeira acontece no carnaval do Rio de Janeiro, onde o símbolo de Vila Isabel está imortalizado numa estatua de bronze na via mais movimentada do bairro.
Outra homenagem será a medalha Noel Rosa outorgada pelo setor cultural do Congresso Sul Mineiro de Odontologia em setembro na cidade de Caxambu.
Concorrendo com outros compositores, a agremiação da zona norte do Rio levará para a avenida Marquês de Sapucaí o samba do seu maior ícone vivo, Martinho da Vila (12-02-1938), que não vencia a disputa há 16 anos.
Ele é também um dos autores do enredo Noel: a presença do Poeta da Vila. Outros três sambas de enredo chegaram à final, mas a comissão de carnaval da Vila Isabel optou pela letra e melodia notadamente superiores de Martinho:

Se um dia na orgia me chamassem
Com saudades perguntassem
Por onde anda Noel?
Com toda minha fé responderia
Vaga na noite e no dia
Vive na terra e no céu!

Martinho da Vila é uma espécie da fabulosa ave fênix, quando notada sua prolongada ausência ressurge surpreendendo com repertório inédito. Qual o universitário da época que não tenha cantado:

Felicidade
Passei no Vestibular
Mas a faculdade
Ela é particular

Em três ocasiões cruzei com Martinho. Em 1972 ou 73 ele acabara de chegar de uma vitoriosa excursão pelos países africanos. Então eu era diretor do Uirapuru convenci os Terra (Rogério e Fernando) a realizar uma festa diferente no clube.
Maria Lopes, decoradora de nível nacional montou um "navio" na piscina realçando fantasticamente a beleza natural do clube. Ambiente de invulgar beleza exigia um show que completasse o conjunto da obra.
Coube a Martinho da Vila, no auge da carreira, balançar o público com o samba de partido alto:

Canta, canta minha gente
Deixe a tristeza pra lá
Canta forte. Canta alto
Que a vida vai melhorar.

Nas outras duas vezes cruzamos nos estúdios da TV Manchete em 1994, quando promovíamos o show Tributo a Noel Rosa. Talvez surpreso com a homenagem revelou:
"A gente fica feliz em saber que no interior do Brasil há também pessoas que se dedicam a cultivar a música de Noel". Agora é ele o homenageante (aliás, já o fizera tempos atrás com o samba Presença de Noel) e não esconde de ninguém a satisfação de reverenciar o seu ídolo, como contou na entrevista a Talita Figueiredo, do Jornal Estado de S. Paulo:
"Acho que vai ser muito emocionante ouvir o povo cantando, porque consegui fazer um samba de enredo diferente dos outros. Os sambas de hoje são mais empolgação, e neste samba primei para que tivesse muita emoção. Estamos falando de uma pessoa que não está mais conosco, mas de um jeito gostoso, sem tristeza"
Se depender dos fãs de Noel emoção não vai faltar quando ecoar na Sapucaí:

Fez a passagem pro espaço sideral
Mas está vivo neste nosso carnaval
E o Bando dos Tangarás
Lamartine, Ismael, Aracy e outros mais
E a fantasia que se usa
Pra sambar com o menestrel
Tem a energia da nossa Vila Isabel.

* - Fonte: Jornal de Uberaba - Coluna quinzenal “Opinião”, com a informação de que ele é Diretor da SBDE. www.jornaldeuberaba.com.br

MOMENTOS DE HOMENAGENS
Eis os aniversariantes do mês de fevereiro, na Literatura e na Música, com respectivas minibiografias e obras.

DIA 14 – (1918) “JACOB DO BANDOLIM” (Jacob Pick Bittencourt) nasceu em 1918 no Rio de Janeiro; ele foi músico, compositor e bandolinista.
Compôs mais de 100 músicas e são de sua autoria clássicos do choro como “Noites Cariocas” e “Doce de Coco”, alcançando grande popularidade ao montar o conjunto Época de Ouro, que permanece em atividade.
Tinha um casal filhos, o jornalista polêmico (O Globo, Última Hora) e compositor Sérgio, já falecido e a Cirurgiã-Dentista, Helena. Passou a tarde do dia 13 no bairro de Ramos, com o seu amigo, compositor e maestro Pixinguinha; chegando na varanda da sua casa cansado e esbaforido, caiu nos braços de sua esposa Adília, já sem vida, em 13.08.1969.

DIA 19 - “ALMIRANTE” (Henrique Foréis Domingues) nasceu em 1908 no Rio de Janeiro (Vila Isabel), onde faleceu (22.12.1980) - foi musicólogo, pesquisador, produtor radiofônico, compositor, cantor e ator, uma das figuras mais atuantes da música popular carioca, marcando a história dos primórdios da radiodifusão no Brasil. Durante o serviço militar na Marinha, adquiriu o apelido definitivo, em virtude do uso do uniforme impecável. Já tinha alguma experiência como cantor quando foi chamado a integrar o conjunto Flor do Tempo (depois transformado no Bando de Tangarás /1929), formado por rapazes da Vila Isabel, entre eles Carlos Alberto Ferreira Braga (Braguinha ou João de Barro), e mais: Álvaro Miranda, Henrique Brito e Noel Rosa, que ganhou fama com composições de marchinhas de carnaval. Liderou numerosos programas de grande audiência, como Incrível! Fantástico! Extraordinário! (1947), em que teatralizava episódios sobrenaturais. Como radialista, no Rio e em São Paulo (rádios: Nacional, Tupi, Clube, Globo, Record etc.), produziu, escreveu e dirigiu, por mais de 40 anos quase uma centena de programas, e foi dublador de desenhos de Walt Disney. Nos anos 30 e 40 manteve-se firme, cada vez com mais audiência, mas uma doença grave o afastou da Rádio Tupi, em janeiro de 1958; teve um derrame cerebral seriíssimo, que o manteve afastado de qualquer atividade física e intelectual durante todo o resto da década de 50, precisando reaprender a falar, ler e escrever tal foi sua falta de nexo e de memória. Entre os anos de 1963 e 1971 manteve duas colunas semanais de nome Incrível, Fantástico, Extraordinário! e Cantinho das Canções e uma semanal intitulada Pingos do Folclore no jornal O Dia. Publicou No tempo de Noel Rosa (1963), panorama da música popular. Reuniu um vasto arquivo de partituras, discos e documentos, doado ao Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro (onde foi um dos primeiros diretores), considerado o maior arquivo da música brasileira e nunca deixou de trabalhar até morrer, o que aconteceu aos 72 anos, no Rio de Janeiro.

DIA 21 - Henrique Maximiano COELHO NETO, professor, político, romancista, contista, crítico, teatrólogo, memorialista e poeta, nasceu em Caxias/MA (1864) e faleceu no Rio de Janeiro (28.11.1934). É o fundador da Cadeira nº 2 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono Álvares de Azevedo. Cultivou praticamente todos os gêneros literários e foi, por muitos anos, o escritor mais lido do Brasil - Pai de Preguinho – autor do 1º gol em Copa do Mundo de 1930.
Fontes: www.releituras.com / pt.wikipedia.org. / www.academia.org.br.

MOMENTOS DE TROVAS
(Homenagem aos Poetas e Poetisas que nos brindam com essa difícil técnica)
Antes da clonagem, desmaia / o cientista pouco esperto: / fez a sogra de cobaia / e a experiência deu certo! (Arlindo Tadeu Hagen/MG)
O reumatismo atacava / meu avô em tal escala, / que o velho já se queixava / de dor até na bengala. (Zé Lucas de Barros/RN)
Na lição de “anatomia”, / causa vexame o Ribeiro, / respondendo que a bacia / fica sempre no banheiro! (P. de Petrus/RJ)
A bebida é uma desgraça, / nem mesmo o céu me socorre; / pois quando eu bebo cachaça / meu santo fica de porre. (Ademar Macedo/RN)
Há três coisas que a mulher / consegue fazer de um nada: / uma intriguinha qualquer, / um chapéu e uma salada!... (Carolina Azevedo de Castro/PE)

ORIGEM DE DITADOS E EXPRESSÕES POPULARES (Continuação)

GUARDAR A SETE CHAVES
No século 13, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da Corte através de um baú que possuía 04 fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do Reino. Portanto, eram apenas quatro chaves. O número 07 passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí, começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.

OK
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida, significando algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, nos EUA. Quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 Killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação; daí surgiu o termo "OK", mas há quem diga que é, também, uma corruptela de All correct – tudo correto, tudo certo....

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS
Existe uma história, não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu a expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA
A história mais aceitável pra explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados pra Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

ENRIQUECENDO O VOCABULÁRIO
As letras K, W e Y são consideradas consoantes ou vogais? Conforme o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, essas letras foram incluídas no alfabeto, e obedecem às regras gerais que caracterizam consoantes e vogais. Do ponto de vista fonético-fonológico, consoante é um fonema pronunciado com a interrupção do ar feita por dentes, língua ou lábios. Já a vogal é um fonema pronunciado com a passagem livre do ar pela boca. Outra distinção entre um grupo e outro de letras recai sobre a pronúncia: a consoante precisa de uma vogal para formar sílabas e ser pronunciada, e a vogal, não. Ela se basta.
Assim sendo, Y é uma vogal, já que foi traduzido do alfabeto grego como I e mantém esse som nas palavras em que é usado, como em Ioga.
Quando aportuguesada, a palavra originalmente grafada com Y passa a ser grafada com I - como em iene, moeda japonesa. K corresponde, em português, ao som do C ou QU - como vemos em Kuait - sendo considerado consoante.
Já o W deve ser empregado de acordo com sua pronúncia na língua original, isto é, ora com som de V, quando proveniente do alemão (como Wagner), ora com som de U, quando de origem inglesa (caso de web). Com isso, a letra W é considerada consoante ou vogal, conforme o uso.
FONTE: Beatriz Santomauro.

MOMENTOS DE REFLEXÃO
Adrian Rogers – Pastor evangélico americano – em 1931 escreveu: É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos por serem prósperos. A cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la e, quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. Atualíssimo, portanto!!!

MOMENTOS DE HUMOR
ADVOGADOS x CONTADORES
03 advogados e 03 contadores viajariam de trem para uma conferência. Na estação, os 03 advogados compraram um bilhete cada um, mas perceberam que os 03 contadores compraram um só bilhete.
- Como é que vocês viajarão com um só bilhete? Perguntou um dos advogados.
- Espere e verá! - Respondeu um dos contabilistas.
Então, todos embarcaram. Os advogados foram para suas respectivas poltronas, mas os contadores se trancaram juntos no banheiro.
Logo que o trem partiu, o fiscal veio recolher os bilhetes. Ele bateu na porta do banheiro e disse: - O bilhete, por favor! A porta abriu só uma frestinha, e apenas uma das mãos entregou o bilhete. O fiscal pegou e foi embora. Os advogados viram e acharam a ideia genial.
Na volta, quando chegaram à estação, de novo, os contadores compraram só um bilhete. Porém, para espanto deles, os advogados não compraram nenhum.
- Mas como é que vocês viajarão sem passagem? Perguntou um contador perplexo.
- Espere e verá! - respondeu um dos advogados.
Todos embarcaram, os advogados se espremeram dentro de um banheiro e os contadores foram se espremer em outro banheiro, ao lado.
O trem partiu. Logo depois, um dos advogados saiu, foi até a porta do banheiro dos contadores, bateu e disse: - O bilhete, por favor!
- Sem comentários...

MENSAGEM DA TESOURARIA

DEPÓSITOS NÃO IDENTIFICADOS - Continuamos com dificuldade para identificar alguns pagamentos de anuidade, motivo pelo qual apelamos, mais uma vez, para a importantíssima atitude de informar onde e quando é feito o pagamento, caso contrário ficará em aberto, impedindo o envio do recibo.

ANUIDADE 2010 – Tendo em vista a implantação do valor de R$510,00 para o salário mínimo, a anuidade passa a valer R$170,00 (estatutariamente, 1/3 daquele valor). Para incentivar, estamos oferecendo, até março, o pagamento pelo valor antigo, R$155,00, que também pode ser parcelado como lhes convier.

INADIMPLÊNCIAS - Tomamos a desagradabilíssima providência de enviar carta confidencial a alguns Titulares que estão em débito conosco, na esperança de que, pelo menos, dêem notícias e ofereçam opções de pagamento de acordo com as possibilidades de cada um. Aguardaremos até março, quando, infelizmente, precisaremos tomar as providências cabíveis em cumprimento ao nosso Estatuto.

MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA

No último dia do mês de janeiro participamos da reunião paralela ao 28º CIOSP, onde relembramos as atividades de 2009 e apresentamos as metas para 2010, principalmente no que se refere às comemorações do nosso decênio, em fase de preparação; estamos contando com as sugestões de todos os Titulares, o que muito agradecemos. Até março, se Deus quiser!

Rubens Barros de Azevedo
Presidente

Nenhum comentário:

Postar um comentário