sábado, 1 de agosto de 2020

AGOSTO DE 2020 - ANEXO DO JORNAL MENSAL


ANDREIA  PERLINGEIRO  BASTOS
Rio de Janeiro / RJ



    Esta é a capa do recém-lançado livro desta nova Titular, em coautoria com renomados especialistas, mas, em breve, lançará seu livro-solo. 
  Ela tem respeitabilíssimo currículo, com pós-graduação internacional numa área que está se firmando cada vez mais, e que tem amplo respaldo legal.

SUMÁRIO:



ANÍSIO LIMA DA SILVA 
Campo Grande / MS
1º Tesoureiro

A  TERRÍVEL  VISITA  A  UM  MUNDO  PARALELO
PARTE  02
O burro dobrou os joelhos dianteiros e a rã virou-se na direção da estrada, parando numa atitude de espera, com a intenção de atravessá-la e se refugiar no mato à frente, de onde havia saído, assim me pareceu. Todos protegeram os olhos com o braço e viraram o rosto. O homem baixo e atarracado aproximou-se e disse, com uma voz grave e gutural, primitiva, quase num sussurro rouco e agressivo, que eu deveria sair imediatamente dali antes que fosse tarde demais, e que aquele não era meu lugar. Tomado de terror e reunindo as últimas forças, antes que o desespero pudesse tomar conta de mim, cautelosamente perguntei como poderia voltar. O homem fez um sinal para a centenária senhora que se aproximou, protegendo os olhos e, com o rosto virado, me estendeu sua mão esquerda, os dedos longos e finos, esquálidos e desproporcionais, com grossas unhas negras, não muito longas mas curvadas como garras, e me entregou três pedras. Tomei-as e pude sentir um calafrio pela proximidade daquela criatura bizarra e infame. As pedras, uma azul, uma amarela e outra vermelha, brilharam intensamente e irradiaram uma onda de calor. Imediatamente, fui sacudido pelo mesmo tremor, e a escuridão me envolveu por alguns segundos.  
        Estava agora e de repente, parado na calçada em frente a uma avenida movimentada. O sol brilhava no horizonte vespertino e a brisa fria me fez entender que estava de bermudas, descalço e com uma camiseta leve. O relógio continuava no pulso, agora marcando oito horas e vinte e cinco minutos. Guardei nos bolsos as pedras que continuavam a irradiar calor, mas não tinham mais o estranho brilho. Pessoas protegidas com agasalhos leves passavam absortas em seus pensamentos. Uma ou outra me olhava como se desaprovasse meus trajes. O tráfego aéreo e o barulho de aeronaves voando baixo, me fizeram supor que próximo e à direita, deveria existir um aeroporto. Caminhei algumas quadras em sentido oposto, descendo a avenida, procurando entender o que tinha se passado, quando me deparei com uma placa que indicava que estava agora numa cidade na qual nunca estivera até então, a cerca de oitocentos quilômetros a sudeste de minha residência. Totalmente confuso e sem entender o que estava se passando, entrei na primeira loja que encontrei e pedi à atendente, que me recebeu com um sorriso, que me emprestasse o telefone, explicando resumidamente minha história. Imediatamente a moça mudou sua atitude e disse que não poderia ajudar, olhando-me com desconfiança. Percebendo meu erro, perguntei por alguma igreja e a moça, entre contrariada e ansiosa para se livrar de minha presença, indicou a pequena capela a dois quarteirões dali.
        Enquanto caminhava, fui pensando numa história convincente, e ao ser recebido pelo padre careca e baixinho, com óculos de finos aros metálicos e olhar arguto, contei-lhe que havia sido roubado e precisava de ajuda. O velho sacerdote discou o número que lhe dei e imediatamente meu filho atendeu, exasperado. A partir daí, tudo se resolveu, ao menos quanto à minha volta pra casa, o que se deu algumas horas depois, na madrugada seguinte àquele estranho dia, quando minha família, assustada, me apanhou em frente à capela, pois o padre não me permitiu ficar no interior, mesmo com o frio daquela noite. Quando lhes contei os detalhes, e só a eles, de minha aventura, ou desventura, não acreditaram numa só palavra e me fizeram consultar médicos e psicólogos. Submeti-me a diversos exames e nenhuma anormalidade biológica foi constatada. Como todos precisam receber e dar explicações convincentes, me diagnosticaram como alguém com surto psicótico ou algo assim. Caixas de remédio me foram receitadas e recomendadas, mas as abandonei no fundo de uma gaveta. E nunca me fizeram falta. Fatos como meu reaparecimento a muitos quilômetros dali, numa cidade para mim desconhecida, foram ignorados ou vistos com desconfiança, até por minha família e, em determinado momento, cheguei mesmo a duvidar de minha própria sanidade. Mostrei as três pedras com aparência inocente e todos reagiram com descrédito, e alguns até exibiram sorrisos complacentes.
Sete anos se passaram, e meu relógio continua a marcar um lapso temporal de exatas trinta e uma horas e doze minutos, e um dia a menos no calendário. Numa noite, me atrevi a abrir a caixa em que, por todos esses anos, mantive as três pedras guardadas à chave e, enquanto eu as observava, emitiram o mesmo brilho lúgubre daquele mundo abominável.
Imediatamente, fechei a caixa e escondi a chave, tomado de pavor!
ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO
Guarapari / ES
Honorário – Diretor de Divulgação

HOTÉIS, POUSADAS, BARES E RESTAURANTES 

PODEM TRAZER MAIS TURISTAS À CIDADE!

  Contei mais de 30 hotéis e mais de 50 restaurantes em Guarapari que podem colaborar e muito, na promoção do turismo à cidade, estimulando novos virem mais vezes para cá e se motivarem a virem mais vezes nos visitar.

   De uma forma simples, enviando semanalmente a Guaragenda e as minhas colunas sobre o desenvolvimento da cidade por whats app para seus clientes passados e presentes, estimulando-os a compartilharem.

 Com esta iniciativa sem custo, os que gostam de vir a Guarapari ficarão sabendo que a cidade tem uma boa programação, sendo a maioria gratuita, durante o ano todo, principalmente nos fins de semana.

  Pelas colunas semanais que escrevo para a Folha da Cidade on line, comentando sobre o desenvolvimento da cidade, e formas de se obtê-lo, os que nos visitam a cada tanto poderão acompanhar melhorias.

 Como quase todos hoje participam de grupos zap, poderão compartilhar com amigos, colegas e parentes, com um toque de dedo, fazendo com que muitos acompanhem o que de bom acontece por aqui.

 Para motivar, o estímulo é simples: dentre os que vierem a receber estas mensagens estarão os que no futuro passarão feriadão ou temporada, buscando hotéis, pousadas, bares e restaurantes.

  Periodicamente, poderão enviar também folhetos eletrônicos do seu negócio e outras novidades da Cidade Saúde, motivando assim novas visitas durante o ano todo, o mais desejado por todos.

  As pessoas que receberem essas mensagens ficarão surpresas e logo perceberão que em Guarapari tem algo diferente, que não existe em muitas outras praias, que é ter o que fazer o ano inteiro.

    Mais e novos turistas durante todos os meses do ano, é tudo do que a cidade precisa para se viabilizar.

    Aos leitores da coluna que tenham parentes donos de hotéis, pousadas, bares e restaurantes, sugiro comentar a ideia, para que mais aproveitem esta sugestão.

  Com estas propostas simples, teremos mais turistas em Guarapari!

EDUARDO SOUZA
Rio  Branco / AC - Colaborador
Cirurgião  Dentista  - Natalense - Cinéfilo

FILME:   O NOME DA ROSA  (1986)
 ( DER NAME DER ROSE )
Cotação do Público: 7.7
Grande sucesso dos anos 80´s, baseado na obra de um dos maiores intelectuais italianos da modernidade, professor da Universidade de Bologna.
Umberto Eco, era ensaísta, crítico literário, filósofo e dono de uma biblioteca de 30 mil volumes.
O filme narra a epopeia de um frade franciscano, que chega em uma abadia remota, e se depara com uma série de assassinatos misteriosos entre seus membros.
Junto com um pupilo sob seu comando, ele vai descobrindo que o monastério não é exatamente ortodoxo. Religiosos dirigentes e subalternos transitam em áreas de fé profunda, fervor e dedicação, mas com uma atmosfera de medo regulando atitudes e comportamentos.
Os tipos físicos apresentados nos lembram um certo universo Felliniano, onde a estética de alguns personagens beira o bizarro, e a beleza não registra presença.
Tomando vantagem nas horas, em que os monges não estão comungando, ou na mesa de alimentação, nosso intrépido franciscano e seu fiel escudeiro, vasculham o mosteiro em busca de pistas para desvendar os crimes ali cometidos, e encontram uma gama bastante variada de indivíduos.
Em cada um deles, uma aura de enigmas, nos olhares e no falar, criando desconcertantes painéis a serem investigados.
Num dos vários e brilhantes diálogos do filme, ao deduzir que um livro proibido poderia ser a causa das mortes, o detetive clerical argumenta com um dos eméritos do mosteiro sobre a alegria e o sorriso, ao que este rebate, dizendo que a alegria não só distorce o rosto humano no momento do riso, como também pode levar à perda da fé, por relaxamento do raciocínio.
Uma conclusão bem desvirtuada da realidade, emitida por uma autoridade da confraria em análise.
Num evento em que a Inquisição, na figura de um temido monge, ligado diretamente ao papado, é acionada para resolver o problema, nosso detetive, dono de uma cultura pródiga e liberal, se antepõe a resultados vagos e sem fundamento que são produzidos por métodos obscuros, sem levar à razão dentro de contexto.
Preconceitos e uma vasta intolerância se propagam, mas a sensatez torna-se visível no esboço das explicações realizadas pelo franciscano, que se arrisca a punições sinistras, mas leva a lógica para dentro do mosteiro.
Inteligente e imperdível peça cinematográfica.

IRISLENE CASTELO BRANCO MORATO
Belo Horizonte / MG
Presidente Coordenadora da AJEB–MG
{Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil}

Poema declamado pela autora: MONTANHAS EM MIM

LUIZ  MANOEL  DE  FREITAS
Natal / RN
Superintendente  Técnico  do  Projeto  Reviver
( Instituição Parceira )
                      www.reviver2003.blogspot.com 

TUA PRESENÇA, PAI!
Quanto mais o tempo passa,
mais sinto a tua marca,
pois tua presença continua em mim,

E tua lembrança me traz esperança para continuar.

Todos esses anos de tua partida,
mas em minha vida sempre tu estás.

Dia a dia eu sinto sempre, eu pressinto a tua presença,
meu querido pai!

E no mês de agosto, que aos pais é dedicado, 
eu fico desolado,
E ainda mais aumenta a saudade
da nossa convivência e da tua presença!
Então eu sinto mais!


MAILSON  FURTADO  VIANA
Varjota / CE
(Honorário)

{ Vencedor da 60º edição do Prêmio Jabuti e Livro do Ano – 2018 }

as sandálias ao canto

guardam teus passos

e não sabem pra diante

o horizonte

guardam caminhos

guardam distâncias

guardam a próxima esquina

guardam o fim do mundo

que nelas começa.

MARIA DO SOCORRO MEDEIROS SANTOS
Natal / RN



      Eis a bela capa do 1º livro desta Titular, que já está 

elaborando a sequência, portanto, dando  continuidade aos 

interessantes temas aqui abordados, como se pode constatar 

através  do seguinte 

SUMÁRIO:

- Motivação;

- Sentindo, vivendo e se deleitando;

- Escolha do caminho;

- Significando a vida;

- Amar a si mesmo;

- Estilo de vida;

- Fontes restauradoras de energia;

- Arte da Convivência;

- Contribuir para o Planeta.


NELSON RUBENS MENDES LORETTO
Gravatá / PE
1º Secretário

 TODOS PRECISAMOS UNS DOS OUTROS

O poeta e cantador Petrúcio Amorim escreveu:
- Eu não preciso de você, o mundo é grande e o destino me espera, não é você que vai me dar na primavera as flores lindas que eu sonhei no meu verão...
Se é verdade que todo poeta transfere para o papel o que lhe vai no coração, nosso cantador experimentava alguma desilusão.  
Todos precisamos uns dos outros, inapelavelmente.
Por isso, outro poeta e cantador – Vinícius de Morais – sintetizou tão brilhantemente:
- É impossível ser feliz sozinho.
O outro, religiosamente conhecido como o próximo, é aquele que não precisa estar junto, mas dentro... Dentro do coração!
Nos invernos da vida, é o outro que aquece o coração amargurado, enxuga as lágrimas, eleva o espírito.
Nas fases outonais, quando tudo despenca do galho, lá está o outro, recolhendo as folhas de nossas desilusões, mas deitando água nas raízes ressecadas do sentimento.
Quando experimentamos o verão da existência, vem-nos o outro, refrescando as ideias, aspergindo águas de compreensão naqueles difíceis momentos da “cabeça quente”.
Mas, é no período primaveril, que ele se faz mais presente, na explosão permanente das cores e do perfume das flores de nossas condutas.
Ele sabe que o espinho fere, mas colhe a rosa do nosso amor.
O outro nunca foi, não é, e nunca será a nossa outra metade, pois somos únicos, inteiros e indivisíveis.
O outro não é parte de mim, mas comigo empreende lutas redentoras de evolução espiritual.
O outro não é um acaso, nem um escolhido, mas é, verdadeiramente, aquele que se situa no contexto emocional de nossa evolução, qualquer que seja a circunstância.
Por isso afirmo sem pestanejar:
- Todos precisamos uns dos outros.   Pense nisso!

PAULO JOSÉ MORAES DA SILVA
Maceió / AL
Professor aposentado da UFAL 
DE REPENTE, SETENTA ANOS!
Fazendo uma retrospectiva de minha vida, vem o registro dito pelos meus pais de que, no mês de agosto, precisamente dia 27 de 1950, eu nascia, data esta da padroeira de Maceió, Nossa Senhora dos Prazeres, feriado só na capital do Estado das Alagoas.
Na verdade, acompanhei o mundo durante 07 décadas, mas não foi fácil, pois atravessei vários obstáculos, fui ultrapassando, e hoje, continuo o mesmo, com minha cabeça firme nos meus ideais, mas hoje carrego uma diabetes, uma hipertensão, uma labirintite ocasional, mas nada que não possa controlar.
Tenho muitos sonhos a realizar na minha vida mesmo, agora, completando 70 anos e, ela, a velhice, enfim chegou com força total, a chamada 3ª idade, que rima com idoso, que rima com velhice. Hoje me encontro com meus cabelos prateados como pelos de preguiça, e vai continuar assim, pois nunca pintei e jamais pintarei, embora respeite quem o faz !!!
Estudei no Grupo Escolar Tomaz Espíndola, situado na Levada, onde lembro de bons professores como a Professoras Áurea e Benedita, as que mais me marcaram, e a diretora Lygia Cooper. Concluindo o primário, me submeti ao Exame de Admissão do Colégio Estadual de Alagoas, onde permaneci por longos 07 anos. Foi um Colégio que tinha um escrete de ouro na sua plêiade de Professores, os melhores de Maceió, aprovação de 80% no vestibular da UFAL, tendo à frente o dinâmico Professor Aloysio Galvão, que fez uma administração perfeita, com disciplina, ordem e patriotismo; toda 2ª feira, hasteávamos a Bandeira Nacional e, na 6ª feira, descerrávamos a mesma, pondo fim a semana de trabalho. Hoje, após 52 anos, ainda temos a alegria de nos reencontrarmos para comemorar aqueles tempos dourados e de sonhos.
Após concluir o Curso Científico, nos submetemos ao vestibular, mas como não logrei êxito, fui selecionado para fazer o Curso de Formação de Oficiais da Reserva (NPOR), em 1969 e, concomitantemente, fazendo cursinho pré-vestibular. Foi um ano de dureza, mas de uma satisfação pessoal incrível, junto com mais 19 companheiros que, com a amizade gerida nesse ano, mantivemos amizade durante todos esses anos. Chegando à conclusão do Curso, fomos declarados Aspirantes R/2 do Exército Brasileiro, e logo depois aprovado no vestibular da UFAL, em Odontologia, concluindo em 1973. Para ajudar no custeio dos meus estudos, fui fazer o Curso de Suficiência em Biologia e Ciências e, de posse desse diploma, fui lecionar no Colégio Élio Lemos, convidado que fui pelo Dr. Washington Coimbra, a quem devo a minha gratidão.
Após alguns cursos, fui exercer minha profissão em Santana do Ipanema, durante 06 anos, e foi uma escola para mim. Lá nessa cidade que tão bem acolheu, ensinei no Ginásio Santana, fui Presidente do Lions Clube Santanense, participei da Maçonaria, bem como, nas horas vagas, batia minhas peladas no Clube Rodoviário, coordenado pelo Sr. Lebre!!! Foram anos inesquecíveis, só deixando essa cidade maravilhosa porque fui aprovado em 1º lugar como Professor Auxiliar de Ensino da Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da Universidade Federal de Alagoas, fazendo parte da Docência com os Professores Rafael Matos, Cláudio Maia e Carlos Bezerra, meus Professores de graduação.
E aí o que mudou hoje nos meus 70 anos: as circunstâncias e as prioridades. Entender que o silêncio é importante. O humor é importante, e a saúde talvez a mais importante.
A aceitação de toda essa nova vida é por demais importante e cuidadosa, os revezes acontecidos me tiraram alguns pedaços, sofri, cambaleei, chorei, mas DEUS me ajudou a levantar, e hoje me vejo caminhando para esse inevitável encontro com a velhice. Hoje, meu neto caçula (Lucca) me chama para jogar bola, mas as articulações não deixam fazer esse enfrentamento;  já meu neto mais velho (GUI), hoje com 16 anos, aproveitou bem esses momentos de prática futebolística porque também era mais jovem!
Vida que segue, continuando a regar minha alma com música, leitura, escrever crônicas, cultivar a natureza criando aves e a preocupação perene com meus filhos, netos, família e irmãs.
Tenho um profundo orgulho dos meus erros, pois foram eles que me ensinaram a reconhecê-los como degraus de crescimento, aperfeiçoamento na minha trajetória de vid .
Nunca me lamentei por envelhecer. Foram 70 anos me observando no espelho, reparando em cada ruga, em cada detalhe dos meus olhos, do meu nariz, as cicatrizes dos acidentes sofridos, dos sofrimentos vividos, das emoções curtidas.
Envelhecer é uma dádiva que poucos conseguem usufruir, mas ainda bem que consegui, pois muitos ficaram pelo caminho da vida. Então, já que cheguei aos 70 anos, tentarei aproveitar ao máximo, fazendo escolhas sábias de acordo com o que aprendi na vida, aliás muito bem vivida. Quem dera eu poder viver ainda mais. Já tive uma longa vida até aqui, e desejo continuar contemplando esse mundo tão lindo do Criador sem perder a jovialidade.  
O coração ainda cheio de sonhos e a mente sedenta de conhecimento, pois ainda vibro com a minha profissão e especialidade escolhidas, tendo a satisfação e a alegria para atender os casos que chegam em minhas mãos!
Hoje, estamos mais cuidadosos e observadores pois a jovialidade não nos permitiu observar esses detalhes do cotidiano, como o som do vento, vendo os pássaros voando, o contemplar do céu, da lua e das estrelas, pois quando jovem deixamos passar muita coisa interessante, era só correria; hoje na idade em que estou, quero tudo que o mundo possa me proporcionar, muitas novidades ainda, valorizando cada vez mais o momento vivido. Hoje me sinto com o dever cumprido, acompanhado pela minha linda esposa, Ana Karla, meus 05 filhos, 02 enteados e 03 netinhos lindos e valiosos.
Em plena Pandemia devido a um vírus extremamente perigoso e letal, que nos força a viver em quarentena, tomando medidas extremas com a nossa saúde e dos demais, deixando de atender devido às minhas comorbidades, mas sempre antenado com os amigos e família.
Cada dia que passa, ficamos mais limitados, mas a cabeça lúcida, a assistência médica e fazendo exames mais frequentes,   o temor da morte sempre nos amedronta, principalmente nessa faixa etária onde assistimos a partida de vários amigos, mas é vida que segue ninguém vai ficar para semente, todos nós vamos ter o nosso dia, enfim não tenho do que me queixar, só agradecer a DEUS por tudo que me tem proporcionado, pelas vitórias, derrotas, pelas alegrias e as tristezas, pela sabedoria, pelas conquistas, tudo valeu a pena, como bem disse Fernando Pessoa!
E, finalizando eis um pensamento de Sêneca: - Quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando entre os mais doces da vida de um homem, mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres!
 ROGÉRIO DUBOSSELARD ZIMMERMANN
Recife / PE
Presidente da ABO/PE

QUARENTENA

Quando tudo isso acaba, não existe um só sinal
Como passar esse tempo, sem conquistas perseguir.
Nada importa, só o senso, que na curva se perdeu,
Até os sonhos, sempre cinzas, não permitem mais dormir.

Como ficar isolado, sem jornada e companheiros
Na rotina do vazio, os mesmos rostos sem matiz,
Acordar dia após dia, sempre sendo aprendiz.
Só você é esperança, só você me faz feliz!

Tudo passa, o tempo, a vida, e até um infausto fim.
Falta força e coragem, tudo é triste o tempo inteiro.
Só você é alegria, meu jasmim verdadeiro!

Nesses dias tão sombrios, sem a dor do amor carmim,
É você quem sempre ampara, meu coração de guerreiro.
Você é tudo, é minha paixão, é o meu amor derradeiro!

RUBENS MURILO DE LUCAS 
Rio de Janeiro/RJ
Pós-graduado em História Contemporânea pela UCM

 A CLOROQUINA: UMA HISTÓRIA ACIDENTADA
Os assuntos tratados aqui, acho que serão importantes para conhecermos mais o trajeto turbulento deste medicamento.
Foi escrito por André Felipe Cândido da Silva, historiador de ciência, publicado em 25.05.2020 no portal Café História, que aqui resumimos devido à sua extensão.
CLOROQUINA
O uso ou não da cloroquina está sempre em debate. Originalmente desenvolvida para tratar malária, a fim de substituir o quinino e seus efeitos colaterais. Segundo o autor, foi usada, primeiramente, em altas doses na colonização espanhola na América, e apresentava vários efeitos colaterais como: alterações visuais, zumbido no ouvido, distúrbios gastrointestinais, entre outros.
Além disso, começou a mostrar falhas e recidivas nos tratamentos.
A 1ª Guerra Mundial obrigou os pesquisadores à necessidade de se descobrir um substituto do quinina, pois as tropas alemães enfrentavam epidemias frequentes de malária no front, o que mobilizou a empresa farmacêutica alemã Bayer a iniciar suas pesquisas.
O grande problema do laboratório alemão era em quem testar, devido ao fato de ser a malária uma doença rural e de baixa intensidade na Alemanha. Foi aí, que surgiu o psiquiatra austríaco Wagner von Jureg, que aplicou em pacientes com paralisia progressiva, originária da sífilis (neurosífilis) e em soldados infectados com sucesso, então publicou o trabalho em 1917.
Segundo o autor, a malarioterapia passou a ser amplamente utilizada na Europa, Estados Unidos, América Latina e Austrália, entre os anos de 1920 e 1940, e deu a Jauregg o Prêmio Nobel de Medicina, em 1927.
Em 1925, a Bayer lançou a plasmoquina, altamente testada em pacientes psiquiátricos e em pessoas que viviam em regiões malarígenas da Itália, Espanha e em trabalhadores da United Fruit Company, na América Central.
 Os laboratórios Bayer continuaram a busca de um antimalárico eficiente, com a aproximação da 2ª Guerra Mundial, com grande ajuda do governo nazista. Os estudiosos realizavam modificações estruturais nos antimaláricos, principalmente na plasmoquina, atebrina e a quinina, de maneira de combater os parasitas com menor toxicidade.
ENFIM, A CLOROQUINA
Em maio de 1945, os americanos realizaram grande empreendimento em uma numerosa população de pessoas infectadas em presídios na Austrália e em uma fazenda inglesa no Peru, sendo batizada de cloroquina, mas que correspondia à resorcina, mas com toxicidade baixa, poucos efeitos colaterais, eficiente ação antiparasitária, com grande ação nos sintomas da malária. Em 1946, a cloroquina tornou-se disponível para a população civil, mesmo ano em que foi desenvolvida a hidroxicloroquina, e pode-se afirmar que, através de suas modificações, surgiram os antimaláricos sintéticos.
Nas décadas seguintes, a cloroquina tornou-se umas das drogas mais utilizadas no mundo, ocupando o 3º lugar, até 1990.
Hoje, é uma medicação polêmica entre profissionais que, provavelmente quando chegarem a uma conclusão, a pandemia deve ter acabado e muitas pessoas falecidas.
Obs.: Quem quiser ler o artigo completo do Prof. André Felipe Cândido da Silva, basta acessar:
THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES
Rio de Janeiro / RJ
Diretor do Museu Odontológico Salles Cunha – ABO/RJ

CURIOSIDADES CIENTÍFICAS – Acervo do Museu
Colaboração: Cirurgião Dentista do Rio de Janeiro,      Dr. Luiz Maurílio Cavalcanti de Albuquerque (Falecido).

1 - Consta que a 1ª mulher a sofrer inseminação artificial foi a Rainha Juliana, em 1784, 2ª esposa de Henrique IV de Castela, tido como impotente.
2 - O mais velho hospital da França é o “Hotel Dieu”, fundado em Lion, no ano 542; o da Itália é o “Sante Marie Della Scale”, fundado em 898.
3 - Ao inventar uma máquina de somar, ainda na metade do século XVIII, Blaise Pascal, então com 19 anos, dava a partida para o aparecimento dos computadores. Começava a “Era dos Computadores”. O 1º computador eletrônico instalado no Brasil foi em 1960.
4 - Antes de Sir Alexandre Fleming, alguns cientistas observaram que o fungo do gênero Penicillim era um antagonista de bactérias em sua vizinhança. Foram eles: John B. Sanderson, em 1870; Joseph Lister, em 1871; Williams Roberts, em 1874; John Tyndall, em 1876 e Ernest Duchesne, em 1876.
5 - Foi em 1884 que Hans Christian Joachin Gram desenvolveu o seu método em corar bactérias.
6 - Para os egípcios, a altura normal deveria ser 06 vezes e 1/2 o comprimento do pé. Para os gregos, deveria ser 08 vezes a altura da cabeça.
7 - A ampola de vidro para injetáveis e o conta-gotas foram inventados pelo farmacêutico Stanislau Limouson (1831-1887).
8 - De compositione medicamentorum é citado como o 1º formulário médico. Foi escrito por Scriborius Largus, médico do Imperador Claudius. Entre alguns pós dentários existe o confeccionado para Messalina, esposa daquele Imperador. A época era 41 d/C.
9 - Luiz XIV nasceu com  apenas 03 dentes, e eram o tormento de numerosas amas de leite. Também Mirabeau, grande orador da República Francesa, nasceu com um só dente.
10 - Os óculos foram inventados por Salvino Degli Armati, em 1285.
11 - A anestesia espinhal foi introduzida na Medicina, em1885, por James L. Corning.
12 - O 1º Dentista americano, Josiah Flagg, nasceu em 1816, em Boston.
Colaboração: Cirurgião Dentista do Rio de Janeiro,   Dr. Francisco Bevilacqua (Falecido)

Sugestões para a utilização de chapas Radiológicas (30x40) usadas, veladas ou virgens.
O número de radiografias tomadas diariamente é incalculável. Normalmente, elas são analisadas para obtenção de diagnóstico e depois arquivadas ou desprezadas. Porém, essas películas ainda podem ter utilização: basta liberá-las de sua imagem.
Assim, podem ter outras finalidades: 
- Limpeza ou clarificação das películas. Usadas ou veladas - Imersão em cubas, contendo água sanitária pura para eliminação da imagem. Lavagem com água e sabão, sem arranhá-las. Secagem para obtenção do acetato.
As películas virgens deverão ser imersas no próprio fixador de radiografias.
Utilização: - Cortadas em partes, servirão para montagem de outras películas, usadas como pasta de documentos ou caixa e substituto de vidro em recipientes adaptados.

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