quarta-feira, 1 de abril de 2020

ABRIL DE 2020 - ANEXO DO JORNAL MENSAL



ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO
Guarapari/ES
Especialista em Marketing (PUC)
Master Business Administration (FGV)
Administrador (Universidade Mackenzie)
Honorário – Diretor de Divulgação (*)

O LADO POSITIVO DO CORONA VIRUS:
O QUE VAI MELHORAR DEPOIS DISSO?
    O turbilhão de notícias ruins, o clima de pânico que se instalou em todo o mundo e a neurose quase histérica com as notícias alarmantes chegando de várias partes do mundo, preocupam sobremaneira.
   Mas nem tudo é negativo, e algo virá pós-corona, bem positivo para compensar todo este estresse que, mesmo não querendo, estamos todos passando neste início de nova década, que esperávamos melhor.
   Vínhamos de quatro anos de atividade econômica baixa, passando por uma fase de transição radical, onde a maioria tinha esperança, mas após a virada do ano, o quadro é de grande apreensão.
    A exemplo do que tem ocorrido na bolsa de valores, onde a cada queda superior a dez por cento, acontece uma parada de reflexão, o mesmo deveria ocorrer com esta parada de isolamento forçado.
     Para todos, comento que o melhor a fazer é refletir sobre os temas da vida, especialmente sobre as razões da nossa existência, e o sentido que devemos dar a ela antes e depois disso.
 Todos, envolve políticos, empresários, imprensa, trabalhadores, aposentados, líderes e o povo em geral, para que saiamos desta situação difícil, em melhores condições do que tínhamos antes.
   Num momento de isolamento e reclusão, vemos que não somos melhores do que ninguém e, a partir disso, basearemos nossa conclusão, que espero seja para o bem geral da Pátria.
    Com ou sem dinheiro, não tendo muitas opções para gastar, ou com dívidas, sem condições de pagar, a situação fica bem semelhante: pouco ou quase nada pode ser feito por ambos.
    Alguns perderão emprego, outros perderão empresas, só não podemos perder é a motivação. Quando a tempestade passar, estaremos todos cheios de esperança num futuro melhor.
 Pelo tempo de convívio maior com os familiares, melhoraremos. Pelas horas a mais passadas com amigos, melhoraremos. Com o descanso forçado por este isolamento, melhoraremos.
    Assim, teremos novas ideias, novos planos, novos objetivos e novas metas. Uma vida nova nos espera, e o bom é que por não termos passado por isso antes, não sabemos como será.
    De certo, só que o mundo nunca mais será o mesmo. Nunca mais seremos como antes.
    Com tudo de ruim que originou isso, após a tempestade virá a bonança. Amém!
 (*) Autor do livro VOCÊ DECIDE - Guia de Férias, Feriados e Feriadões, além de outros 46 livros de marketing, gestão, motivação e sucesso profissional.
 EDUARDO  SOUZA
Rio  Branco/AC - Colaborador
Cirurgião  Dentista  - Natalense - Cinéfilo

FILME:  CASABLANCA (1942)
Pontuação do Público:  8.6

Quantas coisas já foram ditas sobre esse Clássico dos Clássicos, que há décadas frequenta a lista dos 10 mais importantes filmes da história do cinema Mundial, junto com Cidadão Kane.
Uma história aparentemente banal, uma paixão avassaladora que é rebatida por uma combinação de valores e fatos, numa época tenebrosa.
A liberdade e o pensamento livre estavam ameaçados, quando llsa e Rick se conheceram em Paris, pouco antes da invasão alemã, durante a 2ª guerra.
Com o nebuloso passado do Rick conflitando com os interesses das tropas invasoras, ele foge a contragosto para Casablanca, no Marrocos, sem poder levar consigo a mulher com a qual se apaixonara.
Instalado no norte da África, e gerenciando o famoso Café Américain, frequentado por uma variada e versátil gama de personagens, eis que um dia perdido entre outros tantos rotineiros, aparece na área a mulher que o Rick jamais pensou que iria rever.
A paixão reaparece, mas retida pela companhia que a moça traz consigo das terras europeias, um distinto cavalheiro e herói de lutas contra o despotismo sanguinário dos nazistas.
Está formado um dos maiores triângulos amorosos do Cinema. Sentimentos de amor & ódio grassam explicitamente na tela, mas sempre dentro da contenção sábia e prudente dos envolvidos. Cenas de cinismo prático entre Rick e o chefe de Polícia, emolduram diálogos de grande inteligência, em momentos antes da entrada da Lady de Paris.
Uma outra cena, dentre tantas desse épico marcante, carimba com perfeição a aura de resistência dos povos oprimidos, que é transmitida no filme.
Enquanto alemães opressores cantam uma canção típica de sua terra, dentro das instalações do Café Américain, o recém chegado cavalheiro, indignado, se revolta, e solicita o toque da Marseilleise, hino da França.
O patriotismo eclode nos presentes, alto e bom som, literalmente, e todos cantam com um fervor exuberante, que abafa os alemães, e claro, causa irritação nos mesmos.
Consequências de teor sinistro advêm desse ato, mas a liberdade, igualdade e fraternidade, refaz o equilíbrio, e muda raciocínios, que tornam os amantes racionais e concordando com sacrifícios pelo bem comum.
Casablanca não responde a perguntas sobre o que seria melhor. Entre um amor e um ideal, qual seria a atitude correta? Respostas seriam estritamente pessoais, individuais e intransferíveis.
Humphrey Bogart e Ingrid Bergman desfilam em áreas delicadas e sensíveis, numa era de incertezas políticas, mas de certezas morais.
O legado do filme é atemporal, e as conclusões dependem de pontos de vista íntimos.
Casablanca desafia os tempos, e continua sendo uma película inesquecível, pois transporta normas, princípios e padrões que são universais.



JOSÉ DILSON VASCONCELOS DE MENEZES
Fortaleza/CE
Vice-Presidente da SBDE

O SÍMBOLO DA ODONTOLOGIA


Apesar de constituir tema abordado por vários Cirurgiões Dentistas, o símbolo da nossa profissão ainda é desconhecido por numeroso contingente de colegas.
Em face desse desinteresse, constatamos que na capa de periódicos ou em convites de formatura, por vezes, o símbolo da Odontologia é representado por um vistoso facho de fogo, ostentando uma cobra com a cabeça acima da chama.
Nada mais fantasioso e distante da realidade, pois é sabido que esse réptil foge do fogo e, sem dívida, jamais iria permanecer fogueando.
O verdadeiro símbolo da Odontologia é constituído por um bastão no qual a Colluber Esculapii (serpente amarela de Esculápio) se enrosca da direita para a esquerda, circunscrito por um círculo.
Esse modelo simbólico foi proposto por Benjamin Constant Nunes Gonzaga, Dentista do Exército, divulgado num artigo intitulado O Emblema Simbólico da Odontologia, publicado em março de 1914, na Revista Odontológica Brasileira, posteriormente denominada Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas.
Em 1912, tendo a American Medical Association, adotado como seu símbolo o bastão de Esculápio, o autor mencionado, propôs, para o Corpo de Saúde do Exército, o símbolo eleito pela Medicina, inscrito numa circunferência – Medicina Circunscrita – por entender que a Odontologia era a profissão médica que cuidava da cavidade bucal.
Posteriormente, quando da realização do VII Encontro dos Sindicatos de Odontologia do Brasil, ocorrido em 06 de novembro de 1973, sob os auspícios da Federação Nacional dos Odontologistas, foi constituído um Grupo de Trabalho integrado pelos professores Cyro Rausis, Amadeo Bobbio e Ernesto Salles Cunha.
Discutindo o assunto, os eminentes colegas ratificaram o modelo anteriormente proposto, acrescentando apenas alguns detalhes com referência à coloração: o bastão deverá ser marrom e o círculo grená. Assim foi recomendado pelo Grupo de Trabalho e aprovado na Assembleia Geral do evento.
Acerca do significado dos integrantes desse símbolo, transcrevemos o relato de Amadeo Bobbio e Elias Rosenthal, contido na página 413 do livro A Odontologia no Brasil no Século XX, de autoria de Elias Rosenthal.
Esculápio, ao sair da casa de uma doente, para o qual tinha perdido toda a esperança de salvação, cruzou com uma serpente de cor amarela, não venenosa, que lhe cerrou o passo. Esculápio, acreditando-se atacado, matou-a. No mesmo instante, se apresentou outra de igual tamanho e cor, e só então observou que o réptil levava na boca uma planta, com a qual pôde curar a doente desenganada.
Desde então, foi a inseparável companheira do deus da Medicina, e se representa enroscada num bastão.
O Conselho Federal de Odontologia ratificou o que havia sido aprovado no VII Encontro dos Sindicatos de Odontologia do Brasil e oficializou esse símbolo, fazendo constar sua aprovação no texto do artigo 275 da Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia.

LUIZ  MANOEL  DE  FREITAS
Natal/RN
Idealizador  /  Superintendente  Técnico  do
PROJETO  REVIVER (Parceiro da SBDE)

PASSO A PASSO

Vida que passa, história repassa,
E passo a passo sigo o caminho.
Não vou sozinho, lado a lado,
E com cuidado, trago carinho.
Bem de repente, tenho certeza
Na minha mente, que na estrada,
Encontro espinhos.

Se assim não for, se tudo é doce,
Sem amargura, só a candura! ...
Mas há dureza do cedro e do pinho.
Então eu sigo, vou bem contente,
Com uma boa taça de puro vinho.
Passo a passo sigo brindando,
Mui satisfeito, me aconchegando,
Cá no meu ninho.

Livro: Em busca de Si Mesmo (Mensagens da Alma – Oração em Poesia) - Projeto Reviver/Off Set Editora/Natal/RN – 2017.

MAILSON FURTADO VIANA
Varjota/CE
Honorário
Vencedor do 60º Prêmio Jabuti/2018

D’UM MARÇO DE 2020

à rua tudo parecia ontem
e já era noite mesmo sem bons dias

a rua brincou de chuva
        brincou de vento
        colecionou voos de passarinhos
        brincou de apanhar folhas
        já sem com vassouras valsar

        suja de olhares
   de vontade
        corre rua dum lado pro outro      
        (e lateja e palpita e implica e)
        brinca de cabra cega
        vai de esquina à esquina
        a procurar o esconde
        e se esconde

tudo é tão cá
tudo distante

no calendário - dias já usados -
entulho de presente/de futuro
mais um amanhã repetido
a madrugada antes do sono
tempo pela metade do preço
(quede espaço pra usar?)

e vai a rua

        escurece na janela
        e lá fica
tal qual o sol
nesses dias enfeite.

NELSON RUBENS MENDES LORETTO
Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE 
1º Secretário da SBDE

MATURIDADE SIGNIFICA BUSCAR SOLUÇÕES E NÃO O CULPADO

“Não há nenhum problema tão terrível que você não possa adicionar um pouco de culpa e torná-lo ainda pior”.  (Bill Watterson)

Lembra quando você era criança? A infância é um momento maravilhoso, e é por isso que sempre queremos voltar e sempre sentimos nostalgia por essa fase. É o momento em que descobrimos o mundo e, ao mesmo tempo, nos sentimos protegidos pelos adultos.  
Na infância e adolescência, são os nossos pais ou responsáveis que têm o dever de nos proteger, satisfazer nossas necessidades e, mais importante, tomar decisões por nós. É por isso que crescer é uma experiência agridoce; perdemos conforto e segurança, mas ganhamos algo extremamente importante: a liberdade.
        Com o passar dos anos, gradualmente assumimos as rédeas de nossas vidas. A primeira coisa que fazemos é trabalhar para nos encarregar de nossas necessidades básicas; mas há outros aspectos dos quais devemos assumir a responsabilidade: nossos laços emocionais, por exemplo, ou nossa saúde mental.
É a maneira como administramos essa responsabilidade que marca a diferença entre crescer e amadurecer. O tempo passa inexoravelmente e todos nós crescemos, mas a maneira pela qual assumimos a responsabilidade por nossas emoções nos permitirá afirmar que, além de crescer, amadurecemos.
Amadurecer é aprender a encontrar a solução e não o culpado.
Tomar decisões envolve experimentar emoções relacionadas ao medo de cometer erros e incertezas.
Tanto é assim que, às vezes, ficamos presos e é muito difícil escolher uma estrada em vez de outra.   
O que é certo é que todos nós cometemos erros, isso é parte do processo de aprendizagem.
Lembra quando você estava aprendendo a contar na escola? Inicialmente foi complicado e você cometeu muitos erros, mas com a prática isso se torna uma habilidade básica.
        Assumir a responsabilidade de estar errado envolve um processo complexo de reflexão e análise dos fatos e, por esse motivo, às vezes é mais fácil procurar motivações externas que justifiquem nossos erros.
É precisamente aqui que a culpa entra em jogo. Quando temos um problema, nossa mente está se aquecendo na busca por um culpado.  
Às vezes, por exemplo, quando batemos contra qualquer objeto, culpamos por estar no trajeto de nossos pés. Isso nunca aconteceu com você? Caminhe distraidamente pelo corredor e, de repente, bata em um objeto que não estava lá, machucando seu pé.
Sem pensar, você dirá “objeto maldito”, não deveria estar aí.  É natural, a frustração precisa de um culpado.
No entanto, o que acontece com os obstáculos que encontramos em nosso caminho, quando eles são algo muito mais importante do que um objeto esquecido por engano no corredor?  
No entanto, o que acontece com os obstáculos que encontramos em nosso caminho, quando eles são algo muito mais importante do que um objeto esquecido por engano no corredor?
Pode ser um exame que você se preparou para fazer, mas não fez, ou que não tenha renovado seu contrato de trabalho, que tem problemas para se comunicar com seu parceiro ou que seu pai fica zangado com você quando expressa sua opinião.
Se não refletimos, se nos deixamos levar pelas emoções, a culpa é uma espécie de neon que, de repente, se acende em nossa mente.
Quando culpamos alguém ou a nós mesmos pelo que acontece, estamos nos concentrando em nossas emoções e atitudes negativas; somos invadidos pela raiva e pela frustração, sentimos tristeza ou rancor, e não avançamos. Em suma, somos infelizes.  
No entanto, se superarmos essas emoções negativas e seguirmos em frente, perceberemos que, em vez de procurar um culpado, há algo muito mais útil: tomar medidas que nos ajudem a mudar a situação.
Se procurarmos soluções, enviaremos a nós mesmos uma mensagem de que, se algo der errado, poderemos tentar remediar e trabalhar para resolver a situação.
“Vamos nos preocupar mais em ser os pais do nosso futuro do que filhos do nosso passado” – (Miguel de Unamuno).
É natural se responsabilizar por um resultado que não foi bem o que esperávamos que fosse, detectar onde falhamos, e tentar corrigir para obter o resultado planejado na próxima vez.
O que não se deve é se martirizar por isso. Se você não passou num exame por não ter se preparado o suficiente, reconhecer onde falhou é o jeito mais fácil de não repetir o fracasso, mas nutrir um sentimento de culpa é dar a si uma punição psicológica que não vai ajudar em nada.
        Culpar-se é uma forma de se punir, atribuir a culpa a terceiros é uma forma de se isentar do resultado negativo e, tanto uma quanto a outra, é um meio de nutrir sentimentos negativos que, enquanto perdurarem, não permitirão que se conserte o que deu errado.  
No entanto, se você mudar sua sintonia e aceitar que erros acontecem, que toda e qualquer ação está sujeita a falhas, suas emoções também mudarão, e você não mais vai se culpar e, tampouco, apontar culpados. Ao invés disso, vai se concentrar em reparar o erro.
        As emoções negativas são inevitáveis, mas se procurarmos soluções em vez de culpados, perceberemos que elas são coisas passadas e que devemos continuar avançando para alcançar nossos objetivos.

- Traduzido e adaptado de lamenteemeravigliosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário