terça-feira, 31 de dezembro de 2019

ANEXO DO JORNAL MENSAL - JANEIRO DE 2020



ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO

Guarapari/ES
Especialista em Marketing  (PUC)
Master Business Administration  (FGV)
Administrador (Universidade Mackenzie)
Honorário – Diretor de Divulgação



FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS COMO BASE DA ALIMENTAÇÃO NESTE VERÃO
Já que os chineses fizeram nossa carne ficar quase a preço de Europa, e que temos em Guarapari a maior variedade de peixes, além de nossos horti-fruti terem o benefício da boa radioatividade, propomos uma alternativa para o verão.
A primeira é variar o preparo, já que variados são nossos peixes, dando opção à moqueca, com assados e grelhados, para que todos os gostos tenham uma oferta nos sistemas de self-service, que hoje atraem os turistas.
Uma maneira de fazer frente ao grande aumento de preços da carne, sem aumentar o preço de tudo, é ter um preço de bufê com carne e outro sem carne bovina. Só isso já trará uma competitividade no preço final.
Obviamente, não podem faltar a carne suína e o frango, a menos que o preço da bovina contamine toda a cadeia de preços das carnes.
Ter alternativas de proteínas, como ovos e os derivados da soja e do leite.
Outra boa iniciativa é estimular os pratos coloridos, ricos em legumes e verduras, usando algum preparo como refogar, por exemplo, para dar-lhes mais atrativos e diferenciais nutricionais.
Grãos integrais são um complemento aos iniciados em alimentação saudável, que no verão tem mais justificativa, já que com o calor, as necessidades calóricas não são tão grandes como no inverno.
Opções de suco, além dos tradicionais de laranja e limão, que para diferenciar podem ser batidos ou com um pouco de leite condensado, além de todas as nossas abundantes opções de frutas tropicais.
Águas do Espírito Santo para ser diferente das do Estado de origem do turista, junto com os sucos são opções aos refrigerantes, assim como uma taça de vinho pode ser oferecida no lugar da cerveja.
Saladas de frutas ou as próprias frutas devem estar como sobremesa para consumo ao preço do peso, especialmente abacaxi, manga e mamão, afora sorvete de frutas e o da moda: o açaí.
Isso ajuda a apagar a imagem de careiros de alguns restaurantes, que bem explicado como alimentação saudável para começar um ano diferente, com bem-estar e economia, são o diferencial.
Quem me conhece talvez não acredite que já pesei mais 100 quilos e diminuí 20 só com reeducação alimentar.
Vale a pena experimentar!

FARID ZACHARIAS  - Rio de Janeiro/RJ
Academia Brasileira de Belas Artes
Cadeira nº 03
(Em Memória – Autor faleceu em 20.12.2019)

O PÔR DO SOL EM COPACABANA
(Prosa Poética)
 
        O ocaso constitui, por si só, um espetáculo grandioso e, quando admirado sentado em um banco dessa formosa Copacabana, mais delicioso e mais inebriante se nos apresenta.
         O zéfiro que passa a bater de encontro às faces, sussurra-nos a magnitude desse panorama.
        Na imensidão celeste, densas nuvens escuras cobrem os aurifulgentes raios de sol.
        Em auréola de fogo, o astro rei se despede da Terra, e com ele a tarde, num cântico saudoso e terno.
        Quanta poesia nos revela esse quadro pinturesco, porém triste e melancólico.
        Em breve, surgirá a noite, envolvendo a Terra com seu negro manto.
        Então, adeus raios de sol, adeus tarde fagueira.
        Tudo, em breve, serão trevas.
   
Obs.: Este trabalho foi escrito por mim, entre 1946/1948, e encontrado num caderno onde escrevia meu diário, minhas poesias e meus artigos, imaginando que um dia poderiam ser publicados.   

JOSÉ ANSELMO CÍCERO DE SÁ 
Rio de Janeiro/RJ
Academia de Artes, Ciências e Letras do RJ
Cadeira nº 29 - Patrono: Quintino Bocaiúva
A IMPORTÂNCIA DOS FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS
DOS DIÁLOGOS DE PLATÃO
Diferentemente do seu mestre Sócrates, que era um filho do povo, Platão (427-347 a.C.), cujo nome próprio era Aristocles, nasceu aristocrata. Era um vigoroso atleta (tanto que Platão, Platus, significa “o de omoplatas largas”), tão grande filósofo quanto excelente poeta, como o fora antes atleta olímpico, o mais bem dotado discípulo de Sócrates, representante característico do gênio grego, da mesma maneira que viveu seu mestre, também encaminhou a filosofia para a realização do bem através do conhecimento.
Platão abrange, além da realidade ética, toda a natureza com sua problemática cosmológica e metafísica, muito mais do que Sócrates, que se limitava apenas à área antropológica-moral.
Em face da eterna antítese “harmonia versus desordem”, do nascimento e morte de todas as coisas, da antinomia da matéria contrastando com o espírito, da paixão que se opõe à razão, Platão, o grande filósofo, deduziu que somos prisioneiros do corpo, razão pela qual o espírito humano é superior à matéria, sendo, em consequência, “um peregrino neste mundo”.
Podemos transpor a realidade corpórea dos sentidos e chegar à contemplação do inteligível, somente por um amor nostálgico, o chamado “Eros Platônico”.
Assim, passamos da aparência dos sentidos à realidade das ideias. Entre a matéria e as ideias estão Deus e as almas, sendo que o divino, em Platão, é especialmente representado pela ideia suprema do bem.
O mundo ideal Platônico, portanto, teria necessidade de uma base ontológica, somente captada pelo conhecimento verdadeiro, que está acima do conhecimento sensível, justificando os valores, o dever-ser.
A natureza sensível, que integra nosso mundo imperfeito, o da aparência, aspira à realidade pelo conceito, pelo objeto adequado ao conhecimento conceptual.  O que era simples objeto da experiência passa a ser objeto-conceito, com características individualizadas, universais, eternas, porque são imutáveis.
Transferida da categoria lógica à ontológica, a ideia, que é múltipla da experiência sensível, unifica-se numa só ideia, agora transformada na realidade suprema do bem.
Como corolário depende dessa ideia (a do bem tornado realidade suprema) não apenas todas as outras ideias, também os próprios valores: religiosos, éticos, lógicos, estéticos, científicos etc., subordinados à percepção sensível.
Isto posto o que não é ideia, é pela ideia, pois (o que não é ideia é enquanto participa da própria ideia). Logo, o “Ser é a Ideia”, chave para a compreensão dos fundamentos ontológicos platônicos.
Conciliando as posições antagônicas de Parmênides (no eleatismo há um mundo que tem os caracteres da imutabilidade e da eternidade: o Ser parmenídeo) e do Heráclito (no heraclitismo há um mundo sensível-cognoscitivo em permanente transformação: o Ser heraclítico),
Platão chega a uma concepção própria do mundo, “síntese de matérias e ideias” resultantes de princípios opostos que se conciliam harmonizando-se.
Assim, para Platão a ideia é o ”ser”, a matéria, o “não ser”.                A ordem e a desordem, o bem e o mal que aparece no mundo, são o dualismo de que é feita a natureza, isto é, o Cosmos.
O mal, o mutável o irracional dependem da matéria, que é negativa O bem, a verdade, a beleza fluem na ideia-ser, que é positiva.
Submetendo a alma ao corpo (entendendo-se como alma, o espírito encarnado), o homem se degrada, pois a ideia-ser que não admite a concupiscência (sempre dirigida para os gozos materiais) exige quatro virtudes cardeais: a Sabedoria, a Moderação, a Fortaleza e a Justiça. Daí porque, segundo a antropologia filosófico-platônica, o homem se realiza em três distintas áreas assim enunciadas:
1ª Área – ESCALÃO INFERIOR – O corpo físico representado pelos instintos de nutrição e reprodução, pela necessidade de repouso e sonho;
2ª Área – ESCALÃO MÉDIO – Nele atuam o valor, o orgulho e a esperança como forças ativas da alma;
3ª Área – ESCALÃO SUPERIOR – Como explica na “República” sua principal obra, é a razão receptora do divino através do saber.
Estas três áreas, com seus respectivos escalões, constituem o que se chama comumente de fundamento da doutrina do Direito e do Estado em Platão.
Assim, a natureza platônica não sendo estática e sim, dinâmica (compreensão heraclítica), dirige-se sem cessar para o seu aperfeiçoamento. E o homem, dentro da natureza, vem, pelo aperfeiçoamento, conhecer a ideia, essência do bem e de Deus.
Logo, a natureza platônica não se estende pela observação dos fatos e sim, pela análise da essência do ser, logo, é uma ontologia metafísica.
Platão, pensador filosófico de gênio simultaneamente fantasista e lógico em seus escritos através de 35 Diálogos e 13 Cartas é um extraordinário escritor que, sintetizando as concepções de seus precedentes, nem por isso deixou de ser original e autêntico. Quase todos os seus escritos têm a forma de diálogo, nos quais Sócrates assume sempre o papel principal. Dentre estes Diálogos podemos citar:
APOLOGIA – Que descreve Sócrates expondo o sentido da obra de sua vida diante dos juízes, seus acusadores;
CRITON – Que apresenta Sócrates rejeitando as súplicas do discípulo homônimo do diálogo, ansioso por vê-lo fugir à morte. Ao repelir dos rogos de Críton, Sócrates ensina ser um dever para com a pátria e suas leis a aceitação de uma sentença, ainda que injusta
LAQUES – Que estuda a essência da fortaleza;
EUTÍFRON – Que tendo por objeto a essência da piedade, que não é apenas uma virtude isolada, mas um sentimento que acompanha a ação justa, recordação do divino como exemplo do bem;
GÓRGIAS – Que submete a Retórica à severa crítica, bem como a moral e a política dominante naquele tempo. Cálicles, filósofo sofista e personagem do Diálogo, “é uma figura genial, de saber moderno, que defende sem dissimular o direito do mais forte”. Contudo, contrapõe Platão, que “é preferível sofrer a injustiça, do que praticá-la;
PROTÁGORAS - Que mostra os defeitos negativos da sofistica, ridicularizando os seus mais ilustres representantes. Ensina a arte de bem dizer, a Retórica, sem saber o que ensina, não havendo em suas lições nenhuma verdade.
Esses Diálogos são escritos do primeiro período, da juventude de Platão, que examinam a problemática moral-social ligada a Sócrates. Esta fase, portanto, está estritamente ligada a Sócrates e aos sofistas. A fase posterior desenvolve progressivamente e sistematiza a doutrina platônica. Existem diversos Diálogos desta fase, dentre os quais destacamos os seguintes:
MÉNON – Considerado o programa da recém-fundada Academia, que ensina ser o conhecimento uma recordação. Um escravo jovem, por meio de perguntas adequadas, consegue demonstrar teoremas, ainda que inculto, não tendo, antes, estudado geometria. Platão tenta provar, assim, que o escravo, em vida anterior, havia possibilitado à sua alma aqueles conhecimentos, limitando-se agora a trazê-los à consciência, (evidenciando com isto, o que denominamos em nossos dias de ”processo reencarnatório”;
BANQUETE OU SYMPOSION – Que trata do amor sob uma forma espiritualizada, sendo finalidade única de o amante despertar na alma do ser amado a nostalgia de um ideal perdido. Outro não é o sentido do conhecido e divulgado “amor platônico”. Inicia também, este Diálogo, a doutrina das ideias;
REPÚBLICA OU POLITEIA – Esta obra consta de 10 livros que apresenta o Estado dominando de modo absoluto, sustentando a tese da abolição da propriedade privada e da supressão da família com a ausência do casamento monogâmico que conhecemos. Diferentemente da concepção comunista, seu Estado ideal é orientado por preocupações éticas e políticas, não por considerações econômicas, como observa G. Del Vecchio.
Enunciaremos a seguir os Diálogos de Reelaboração Crítica, talvez inspirados por Aristóteles, também chamados dialéticos.
TEETETO – Que procura provar indiretamente a verdade da teoria das ideias, submetendo o conhecimento à severa crítica equiparando o saber com a opinião justa;
SOFISTA Ou o mau filósofo, distinto do verdadeiro. É diálogo importante para a fundamentação da Lógica;
POLÍTICO – Trata das formas de Estado e das necessidades das leis, fixando o conceito do governante, isto é, do político e administrador, do homem de Estado. A estes alguns autores acrescentam PARMÊNIDES e CRÁTILO, este incluído nos Diálogos de segunda classe, e aquele uma síntese da doutrina eleática da unidade.
Por derradeiro, citaremos os Diálogos de Profunda Sistematização da Doutrina Platônica e com tendência ao Pitagorismo. Assim teremos:
FÉDON – Que é exposição socrática de provas da persistência da alma depois da morte. É a recomendação de uma moral ascética, visando a defender o corpo da sensualidade, preparando a alma para viver depois da morte;
FEDRO – Que nos encaminha para o conhecimento através da virtude. Vem a ser, pois, diálogo importante para a compreensão da Teoria Platônica das Ideias. Agora, já distanciado da maneira racionalista e fria de Sócrates, chega à divina loucura, ansioso por encontrar a verdade e a beleza.
Diálogo reelaborado, antes era a alma representada por um ser alado, posteriormente substituído por um auriga ou condutor a dominar um carro com dois cavalos, um simbolizando a vontade e o outro os apetites sexuais.
O auriga é a razão. A moderação e a justiça ou ideias-verdades somente são contempladas pela razão quando permanece no homem a lembrança daquele mundo ideal, divino, do qual tomou parte sua alma liberta do corpo anterior. Logo, os homens fracos, de almas débeis, pouco ou nada percebem da cavalgada dos deuses;
FILEBO – Que continua o estudo em torno da problemática do supremo bem: O conhecimento virtuoso;
CRÍTICAS – A 3ª parte da trilogia que tem suas duas partes anteriores em REPÚBLICA e TIMEU, restaura o vulto do tio-avô de Platão, tirano e orador muito conhecido em seu tempo.
AS LEIS – Uma obra póstuma, que apresenta o Estado por excelência. Platão já mostra um maior respeito pela personalidade individual, ainda que excluídos os escravos, não mais sendo sacrificadas as propriedades imobiliárias e a família, como expôs em sua obra “A REPÚBLICA”.
O último diálogo escrito por Platão, ainda que rigorosa autoridade estatal, já não é sobrepujante nem absoluta, porquanto o Estado ideal que concebeu na mocidade veio a tornar-se irrealizável com a reflexão da ancianidade.
LUIZ  MANOEL  DE  FREITAS  
Natal/RN  
Idealizador  /  Superintendente  Técnico  do  
PROJETO  REVIVER (Parceiro)

NATAL ADVENTO! - NATAL PARABÉNS!

Natal, sofrida... tranquilidade real,
Natal, uma vida que chega simples e natural,
Natal, destemida, luzes, flores, paisagem alegre e colorida cidade de sol e mar sem igual!
Natal de Cristo advento, Natal cidade de luz,
Natal de festa e lamentos comemora o seu nascimento e a vinda do menino Jesus.
Em meio a brilho e esplendor, com música, choro e risos, expressamos a nossa grata alegria de estar em Natal,  vivendo um Natal de paz, amor e harmonia, parabenizando a cidade hoje, no seu dia.
Parabéns, Natal, e que sempre seja em nossas vidas um permanente Natal!
OBS.: A Cidade de Natal/RN, completou 420 anos no dia 25.12., data de sua fundação, daí a sua denominação.

NELSON RUBENS MENDES LORETTO 
Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE 
1º Secretário da SBDE

                                        FILHO DE DEUS
Multiplicaram-se, através dos tempos, variados conceitos a respeito de Deus.
Por mais complexos, sempre se tornaram insuficientes para expressar toda a grandeza do Criador.
Somente Jesus logrou fazê-lo com perfeição, utilizando-se de uma linguagem simples, no entanto, portadora de alta carga racional e emocional, chamando-O de Pai.
O designativo excelente preenche todas as lacunas deixadas por outras definições e referências.
Deus é o Pai Criador, o Genitor Divino, a Causa Incausada de todos os seres e de todas as coisas.
És filho de Deus, cujo amor inunda o universo e se encontra presente nas fibras mais íntimas do teu ser.
Por isso, nada te deve atemorizar ou afligir demasiadamente.
Tens uma fatalidade que te aguarda: a plenitude da vida!
Lográ-la, de imediato ou mais tarde, dependerá do teu livre-arbítrio.
Empenha-te no sentido de conseguir êxitos nos teus empreendimentos íntimos, mesmo que a peso de sacrifícios, recordando-te que, em qualquer situação, Deus está contigo.
Pense nisso!
Obra: O Filho de Deus - Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

PAULO  JOSÉ MORAES DA SILVA
Maceió/AL
Professor de Cirurgia -  Aposentado da UFAL

O QUE REPRESENTA O  N P O R

O NPOR - Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva - é um estabelecimento de ensino militar, sendo um OFOR (Órgão Formador de Oficiais da Reserva): prepara o cidadão que presta serviço militar para ser um Oficial, e desempenhar atividades relacionadas à sua área.
Os OFOR possuem duas modalidades: CPOR e NPOR.
Os CPORs são Centros de Preparação de Oficiais da Reserva, possuem uma estrutura maior que o NPOR, e formam Aspirantes a Oficial nas Armas de Infantaria, Cavalaria, Intendência, Engenharia, Comunicações, Artilharia e Material Bélico.
Na verdade, proporciona mais diversidade de formação, tem mais estrutura devido às opções de escolha.
O NPOR oferta a formação de Aspirantes a Oficial em uma Arma apenas, sendo essa Arma a qual pertence a Unidade, logo o NPOR- Maceió forma Aspirante a Oficial na Arma de Infantaria, por ser o 59° BIMtz, uma Unidade estritamente de Infantaria.
No início de 1969, 20 jovens se apresentaram no antigo 20° BC para uma seleção no NPOR. Fizemos uma prova escrita, depois exames médicos e físicos com o saudoso Capitão Moreira.
Nós tínhamos grau de escolaridade igual ou superior à 3ª série do Ensino Médio, e 5 tinham passado no vestibular para o curso de Engenharia da Universidade Federal de Alagoas.
Como o curso funcionava à tarde, os universitários de Engenharia estudavam na UFAL pela manhã, então conciliavam bem as duas obrigações.
Foi um ano marcante em nossa vida, porque recebemos orientações duras do viver a vida; quem era desarrumado virou ordeiro e ativo, aprendemos a varrer, cortar grama, lavar alojamento e repetir se não estava bom, tomar banho em 5 minutos, e estar pronto para a formatura, coisas desse tipo.
Foi um aprendizado e tanto; éramos 20 e até hoje nos encontramos para comemorar aquela amizade conquistada em 1969.
Alguns colegas do velho Lyceu Alagoano, e outros não tão conhecidos, fizemos uma grande família e hoje temos Dentistas, Médicos, Engenheiros e Funcionários Públicos, federais e estaduais.
O NPOR tem por missão básica promover a formação moral, ética, física e intelectual do corpo discente, preparando líderes para o desempenho da função de oficial.
A formação do oficial temporário está orientada para duas direções: aumentar a participação do segmento mais instruído da sociedade no Exército, e proporcionar um melhor embasamento profissional militar aos Tenentes temporários que irão comandar as frações elementares nos corpos de tropa em tempo de paz.
O Curso de Formação de Oficiais da Reserva é realizado em um ano letivo, em período de meio expediente. Nas primeiras semanas, durante o Período Básico de Instrução, o aluno é adaptado à vida militar, adquire os conhecimentos essenciais ao combatente terrestre, e tem os valores físicos e morais aperfeiçoados.
No Período de Formação e Aplicação, o conhecimento necessário ao desempenho profissional específico, no nosso caso a Infantaria, no qual é trabalhado segundo modernas técnicas de ensino.
Em poucos meses, o jovem universitário incorpora as características desejáveis ao futuro oficial temporário de Infantaria.
Foram dadas muitas aulas e instruções, tendo como Comandante do NPOR o Capitão Magalhães, Capitão Lima (Capita) e na sua equipe, os Sargentos Barros, Gonzaga, Erivan, Cabral e o Cabo Macena e, como comandante do Batalhão, tínhamos o Coronel Rogério.
Do ensinar a marchar, como foi duro aprender a mesma passada sem errar o passo, mas conseguimos o objetivo, e tamanha era nossa alegria e emoção desfilar o 7 de setembro, na Avenida da Paz, na frente das autoridades constituídas.
Após a solenidade de declaração de Aspirantes – a - oficial do Exército Brasileiro, realizada ao término do ano de instrução, os melhores classificados são convocados para realizar o Estágio de Preparação de Oficiais Temporários, o EIPOT, em uma Organização Militar (OM).
Após esse período, são promovidos ao posto de Segundo-Tenente, podendo permanecer no serviço ativo por mais alguns anos até retornarem à vida civil, o que acho um equívoco por parte do Exército, que gasta uma fortuna para preparar esses oficiais temporários, e não aproveita os mesmos.
Não vamos nos comparar aos Cadetes da AMAN – Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende/RJ - mas recebemos instruções sérias de como funciona a essência e fisiologia das Forças Armadas, então, desse ponto de vista, o Exército devia aproveitar aqueles que desejam seguir em frente e se tornarem efetivos.
Ofertaria à fronteira brasileira imensa, poderia só ser transferido para outra fronteira, e seguiria as normas do quadro de oficiais antigos para as promoções ou criaria outra forma de promoção, assim esse contingente não receberia toda essa preparação em vão!
Ah, na nossa formatura escolhemos o General Mário Lima para ser o nosso Patrono, pai do Capita, que nos brindou com um jantar na sua casa na Rua Silvério Jorge. Memórias!!!!
Alguns de nossos colegas dessa turma foram convocados para o Estágio de Serviço, como era chamado naquela época, com duração de 4 anos, hoje chegando a 8 anos.
Foram chamados Jenevaldo, Monteiro, Iran, Denisson e eu, para Recife - no meu caso, já cursava Odontologia, e não houve conciliação entre estudar e trabalhar, preferi então concluir meu curso aqui em Maceió.
Partindo dessa premissa, nos reunimos todos os anos na Capital Alagoana, para lembrarmos de 1969, ano que marcou nossa vida, portanto, celebramos 50 anos, quando servimos o NPOR no 20° Batalhão de Caçadores, eu, orgulhosamente, como 2° Tenente R/2!!!

THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES
Rio de Janeiro
Diretor do Museu Odontológico Salles Cunha
(ABO/RJ)

EU ESTAVA LÁ:  REGIS...
Alguns colegas do meu Curso Científico no Colégio Cardeal Arcoverde, em 1950, ainda estavam no círculo de relacionamento em torno de 1960.
Francisco Regis era um deles. Bem relacionado, tocava uma gaita de boca com perfeição. A vida não lhe deu o que mais queria:  ser militar.
De vez em quando, reunia em sua residência, na Rua Jorge Rudge, um selecionado grupo musical.
Como eu estudava violão na época, estava sempre presente.
Francisco era cenarista de cinema. Entre os filmes dos quais participou estavam o Ganga Zumba e Como era gostoso o meu francês, ambos com temática discutível, e por isso mesmo, relativo sucesso.
No grupo musical reunido pelo Regis, estavam o radialista Luiz Carlos Saroldi e Regina Werneck, uma das cantoras que formaram o Quarteto em Cy inicial.
Aliás, era a única que não tinha o Cy adotado pelo quarteto. Sua voz afinadíssima fazia a graça das reuniões.
Era eu o violonista acompanhante. Ela e o Regis eram namorados, ela muito bonita e ele ciumento...
Uma tarde magistral está gravada eternamente nos meus pensamentos: Em determinado momento, ela disse que iria cantar uma canção que começava a fazer sucesso:  Eu sei que vou te amar, acompanhada por mim ao violão, com um arranjo muito bonito de Rogério Miranda, na época, meu professor de violão.
Compromissos diversos interromperam as reuniões. Regina foi para os Estados Unidos com o pianista Oscar Castro Neves, Saroldi e Regis já faleceram, e Regina continua nos Estados Unidos, segundo notícias esporádicas que caracterizam o noticiário de épocas já cinquentenárias.
Quanto a mim, hoje, ao piano, interpreto Eu sei que vou te amar com carinho e respeito!

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