domingo, 29 de agosto de 2010

A LITERATURA NUMA QUESTÃO HUMANITÁRIA

O livro Diário de um transplante ósseo é a história da jornalista Larissa Jansen, servidora pública da Justiça Federal, em Brasília, narrada por ela mesma.
Lalá, como é conhecida pelos amigos, é portadora de artrite idiopática juvenil, um tipo de reumatismo que acomete crianças de zero a 16 anos, e que é remissível na grande maioria das vezes, isto é, apresenta melhora dos sintomas.
Há 25 anos luta contra essa doença degenerativa do aparelho músculo-esquelético (Ela tem 33, sofre com a artrite desde os 07 anos, que incapacita a grande maioria dos portadores da doença, mas ela trabalha desde os 16 anos; quando criança foi até os Estados Unidos em busca de tratamento, realizou sua 1ª prótese total de quadril lá, pois uma das sequelas da artrite é “destruir” as articulações e, nos casos mais graves, a saída é a reconstrução articular.

Ela não subia escadas, parou de crescer, em razão da doença e do antiinflamatório hormonal, e sentar-se estava cada vez mais doloroso, uma vez que o quadril estava anquilosado – a articulação estava “grudada”.

Aos 22 anos, começou a sentir fortes dores nos quadris.... Já se tratava no Brasil, e levou 04 ANOS para encontrar o hospital que considerava ideal - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia - e descobriu que sua vida mudaria radicalmente, por meio do TRANSPLANTE DE OSSOS...

Ela topou o desafio. Encarou um ano de espera na fila do transplante, apesar da gravidade do caso tê-la colocado entre as primeiras a serem contempladas pela doação. Mas naquele ano, só houve 02 doações...

O prognóstico era o de apenas ACABAR COM AS DORES, sem expectativa de voltar a andar, dançar, subir escadas, abandonar a cadeira de rodas e as muletas que a acompanhavam há 05 anos.

Decidiu lutar com todas as forças e hoje anda, dirige - apesar dos 14 parafusos que tem nos quadris - mas já abandonou as muletas e a cadeira de rodas, e a cada dia conquista novos movimentos, o que considera “um milagre da medicina”.

Como prometera a si mesma, se sobrevivesse utilizaria sua profissão de jornalista para auxiliar na divulgação da doação de ossos, pois muito pouco – ou quase nada – é difundido no Brasil.

Lançou esse livro em dezembro de 2007 durante a 4ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência. Distribuiu 5.000 exemplares, GRATUITAMENTE, e fez reportagens no Bom dia, Brasil; Jornal Estado de São Paulo; revista Seleções; Empresa Brasil de Comunicação, entre outros veículos de comunicação.

No dia 27.08.2010, a autora esteve na Livraria Siciliano, do Midway, em Natal, para tirar dúvidas e autografar o livro, acompanhada do médico reumatologista, Dr. Sérgio Kowalski, que fez belos solos de clarinete, apresentando um repertório da melhor qualidade, acompanhado do Violonista Gregório, atestando o que Lalá diz: Somos todos iguais, com as nossas diferenças.

COMO DOAR - O Brasil conta com 06 bancos de ossos, que têm capacidade de abastecer a demanda do País. Todavia, o único que não cobra qualquer taxa é referência do Ministério da Saúde, localizado no Rio de Janeiro, e denominado Banco de Ossos e Tecidos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. (www.into.saude.gov.br - Rua Washington Luis, 61 - 20.230-024 - Centro - Rio de Janeiro - Tels.: 21 3512-4999 - Fax: 3512-4718).

Para doar ossos em caso de morte de um parente, informe à Central de Transplantes de seu Estado. Caso more no interior, informe à Secretaria de Saúde do Município para que contatem o hospital capacitado para a retirada dos ossos.

Haverá uma pesquisa sobre a vida do doador, por meio dos familiares. A autorização PRECISA SER DADA PELA FAMÍLIA; não basta documento atestando, em vida, o desejo de doar órgãos e tecidos.

Retirados os ossos, ficarão de quarentena em refrigeradores de alta potência, sob responsabilidade dos bancos de ossos, e o material passará por exames de cultura, entre outros, a fim de reduzir ao máximo a contaminação para o paciente a ser transplantado.

QUEM RECEBE - Não é preciso compatibilidade para esse tipo de transplante, uma vez que os tecidos têm praticamente a mesma formação em qualquer ser humano.

O paciente transplantado também não precisa tomar imunossupressores, mas passa por exames de cultura de bactérias, a fim de tratar possíveis infecções que venham a ocorrer.

Mais informações sobre o tema estão no blog que a jornalista lançou www.transplanteosseo.wordpress.com
Seu e-mail para contato é lalajansen@yahoo.com.br

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