ANÍSIO LIMA DA SILVA
Campo Grande/MS
Professor da UFMS
O
HORROR NOS TEMPOS DO CORONA
Encastelada
no seu poder e cofiando o bigode bem aparado, a Soberbia observou a multidão
que começava a se aglomerar na praça imensa.
Sorriu
com desdém, a calva reluzente. Gente humilde, honestos trabalhadores,
comerciantes, misturavam-se a escroques, estelionatários e todo tipo de escória
humana, numa massa bizarra e infame.
Suspensa
no centro da praça, uma pequena Coroa tremeluzente emitia fulgurantes raios
multicores, guardada por dezenove anjos com espadas flamígeras na mão direita.
E
então, como num passe de mágica, a Soberbia viu-se no meio da turba. Atônita e
acostumada a julgar com seus modos empoados e queixo empinado, inquiriu
indignada a cor cinzenta e o frio que desrespeitava sua toga esvoaçante.
Imediatamente convocou a Arrogância, uniforme ornado com muitas estrelas,
impecável no brilho do coturno e solicitou com formalidade que lhe dispensasse
devida vênia e a conduzisse através do povaréu.
A
Arrogância não lhe deu a menor atenção, preocupada que estava em manter sua
própria autoridade.
A
Falsidade, político outrora influente, havia alcançado um pequeno patamar e
discursava frenética e entusiasticamente para a multidão, instando-a a se
dispersar.
À
Soberbia e à Arrogância juntaram-se a Ira e a Vaidade, formosas senhoritas
impecavelmente vestidas e de aparência austera, ostentando distintivos
brilhantes na lapela, e avançaram. Ambas tentaram abrir caminho para o seleto
grupo, empurrando e tentando separar os que estavam à sua frente, mas para ódio
de uma e espanto de outra, sequer foram notadas.
Avareza,
velho senhor de olhar sorrateiro e humildade falsa, ofereceu um punhado de
moedas de ouro aos dezenove guardiões alados da Coroa, mas foi ignorado.
Personagens
com longas vestimentas brancas, azuis ou esverdeadas, rostos cobertos por
máscaras, viseiras protegendo os olhos assustados, engrossavam pouco a pouco o
estranho cortejo.
Uma
dessas figuras, Hipócritas, na qual a Soberba reconheceu o afilhado, procurava
convencer os demais de sua sabedoria e inteligência.
Pastores
paramentados com turbantes e solidéus, compridas vestes negras e cajados
encimados por símbolos triangulares, queimavam incenso circulando pela
multidão, pregando com vozes abafadas.
A
Soberbia e seus companheiros, revestidos de importâncias, tentaram avançar
dispersando a multidão, acostumados que estavam ao respeito incontestável de
suas vontades caprichosas. Mas foram bruscamente contidos pela luz que emanava
da Coroa, e ameaçados pelas espadas dos guardiões.
Atônitos
e indignados a Soberbia, a Ira e a Arrogância imediatamente sacaram livros com
regras e códigos e os mostraram, exigindo o respeito e a deferência de que
julgavam merecedores.
Foram
ironicamente desprezados, enquanto a Avareza sorria com cinismo. O vento soprou
mais frio e desarrumou os longos e sedosos cabelos da Vaidade. A Soberbia,
tentando se proteger sob o manto negro, e a Falsidade convocada às pressas,
ainda tentaram argumentações, mas suas vozes estavam cada vez mais roucas.
Então a
pequena Coroa iridescente mostrou todo o seu horror.
ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO
Guarapari/ES
Especialista em Marketing (PUC)
Master Business
Administration (FGV)
Administrador
(Universidade Mackenzie)
Honorário – Diretor de Divulgação
ALGO
BOM PRECISARÁ FICAR DESTA PANDEMIA
QUE
ESTAMOS VIVENDO!
Com quase todo mundo usando máscaras, ficou
difícil reconhecer quem conhecemos, para cumprimentar.
Estou adotando
algo, que parece interessante: na dúvida cumprimento a todos e sou
correspondido.
Este hábito simples me fez lembrar as
cidades do interior no século passado, quando se cumprimentava a todos.
Nas cidades grandes, o lugar em que ainda
persevera é o elevador, com a tendência de viver em edifícios.
Muitas amizades daí surgiram, até
casamentos. O hábito de cumprimentar nos faz mais sociáveis e avalia a educação
recebida.
Mas qual vantagem teríamos em cumprimentar a
todos, perguntariam os mais objetivos e práticos?
Este simples gesto, dá a ideia de que fomos
bem educados, dando impressão de sermos mais felizes e facilitando a conversa.
Assim conheceríamos pessoas que no meio desta crise, poderíamos ajudar e por
que não, ser ajudados.
Esta será a grande necessidade pós pandemia,
já que a única certeza é que estaremos piores do que antes.
Muitos perderão os empregos e não será fácil
conseguir outros, mesmo que se sujeitando a salários menores.
Outros sobreviverão com bicos em pequenos
serviços eventuais, assim como muitos se manterão vendendo alguma coisa,
inclusive aquelas que conquistaram na fase boa e agora precisarão se desfazer
para sobreviver.
Para conseguirmos superar esta nova
situação, precisaremos facilidade de comunicação, que muitos não terão
praticado durante a pandemia.
Como pelo isolamento social, muitos perderam
o hábito da boa conversa, ficando mais na TV e notebook, cumprimentar é bom começo
e pretexto.
Seria a certeza do fim da pandemia, ver
gente nas ruas, praticando o tão desejado convívio social, contraponto do
isolamento social. Comece a praticar!
Bom dia, boa tarde, boa noite, com alegria!
Vida que segue!
EDUARDO SOUZA
Rio Branco/AC -
Colaborador
Cirurgião Dentista -
Natalense - Cinéfilo
O
FEITIÇO DE ÁQUILA
(1985) Ladyhawke – Avaliação do púbico: 7.0
Um romance-fantasia com direito a cavaleiros
intrépidos, outros nem tanto, um “rato” com aplicados dotes cleptomaníacos,
religiosos em conflitos humanitários com a Igreja e seus fiéis, um cenário
espetacular, com belos castelos e pradarias sem fim, e claro, um mocinho
convincente montando um magnífico alazão negro de nome Goliath.
Ambientado na Idade Média, quando fé e
lendas se misturavam, e muitas vezes turvavam ideias e crenças. Numa época
anterior, o cavaleiro andante naquelas paragens, se enamorara com uma fidalga
da corte, mas seu amor foi interrompido bruscamente por uma maldição, ditada
por um famigerado bispo local, que também almejava o amor da mesma mulher, mas
como não era correspondido, juntou-se a sinistras forças ocultas, e lançou uma
praga sobrenatural, para impedir a união da nobre com quem quer que seja, já
que ele não tinha o seu consentimento, ninguém teria.
O infortúnio determinava que os amantes
nunca estariam ao alcance um do outro, na forma humana.
Enquanto
houvesse noite e dia, eles se revezariam: durante o dia, o cavaleiro sempre
estava na forma humana, mas carregava sua amada na forma de um falcão; à noite,
ela voltava a forma humana, mas ele se transformava num lobo negro.
No
meio de toda essa angústia, acontecimentos paralelos permeiam a narrativa, como
coadjuvantes que ajudariam a interromper essa infelicidade.
Um padre aposentado, com um passado de
pecados e infrações, se junta a um, literalmente, ladrãozinho barato, e
descobrem como quebrar a sina de mau agouro suportada pelos enamorados.
Um fenômeno astronômico invade a tela,
decretando um comovente e afetivo desenlace.
A aventura está armada, entrando em
curso ideais de honra e justiça, numa película de magia e entretenimento, como
só o cinema poderia proporcionar, irradiando alegria e satisfação nos
personagens, e por associação, nos espectadores, que saem da sala de projeções
com uma fabulosa alegoria para comentar e apreciar numa sessão da tarde, ou
qualquer outra reunião familiar.
Rutger
Hauer, Michelle Pffeifer e, aos 23 anos, um promissor Matthew Broderick,
dominam a tela com desempenhos brilhantes, e tornam o filme inesquecível!
IRISLENE CASTELO BRANCO MORATO
Belo
Horizonte/MG
Academia Feminina
Mineira de Letras
Presidente-Coordenadora da AJEB/MG
Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil
REFLETIR
Momentos
sós, refletimos
Encontramos
a plenitude interior
Aprendermos
a amar
Não
ao impenetrável
Egoístas
no casulo
Libertos
das prisões internas
Livres
para eclodir
A
chama interna
Do
nosso valor
Sobrevivendo...
Evoluindo
assim...
Saindo
de si, do seu Ego
Conquistando
o amor liberto
A
felicidade interior
A
paz profunda!
LUIZ MANOEL DE FREITAS
Natal/RN
Idealizador / Superintendente Técnico do
PROJETO REVIVER (Parceiro
da SBDE)
EU
Eu
sou eu...
E
com meu eu me assemelho,
no
meu espelho me vejo por inteiro.
Sou
companheiro e com desvelo
do
meu eu cuido, não há descuido,
no
travesseiro durmo sem pesadelo.
No
meu eu intrínseco, eu...
Eu,
vejo Deus na minha consciência,
e
sem tormenta eu vou seguindo,
jamais
de meu eu fugindo.
É
do meu eu que saem os sentimentos,
meu
eu enfrento pelo meu eu, transpiro amor
que
vou doando e espalhando
no
meu caminho, e é do meu eu
que
sinto saindo toda emoção.
Sou
triunfante e ao semelhante sigo amando,
pela
estrada eu vou somando, e no coração
eu
vou guardando cada perdão que vou pedindo,
Já
que perdão vou distribuindo e meu eu se
redimindo,
enquanto
o meu espelho está refletindo: gratidão.
MAILSON
FURTADO VIANA
Varjota/CE
Honorário
Vencedor do 60º
Prêmio Jabuti/2018
POEMA
a
lua hoje distante e precisa
é
o reflexo do botão da camisa -
cópia
sem graça da luz incolor
da
lâmpada suspensa neste quarto
por
tal noite migalho companhia
sem
cerveja conversa ou poesia
somente
o passar sem pressa do tempo
num
atropelar vazio - um hiato
e
nesta noite sem luz de cidades
faz-se
a vida comprimida a paredes
amarrado
em desejos ainda estou.
amanhã
– dia novo me desato.
NELSON
RUBENS MENDES LORETTO
Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE
1º Secretário da SBDE
1º Secretário da SBDE
FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM
Nunca a vida nos requisitou tanto a
lição do bom samaritano como nestes tempos de pandemia.
A
prática da caridade, esse aspecto dinâmico do amor, ou o amor em movimento.
Caridade
no pensar, diante desse tiroteio de informações verdadeiras e falsas (as
famosas fake news); caridade no falar (e no postar mensagens) com zelo e
responsabilidade na repercussão que possa ter nas mentes e nos corações;
caridade no agir, presencial ou a distância, mas elevado à grandeza do amor
Divino para atender o homem em suas necessidades espirituais e materiais.
Fazer
o bem pelo bem, desinteressadamente, de forma incondicional, desde uma pequena
oração até o depósito material de valores em favor de necessitados.
O
momento e a situação requerem mudança de atitude.
Somos
o que fizemos; seremos o que fizermos.
Clara
sinalização para a vida futura que nos aguarda; sinal de alerta para um passado
que nos trouxe até este resgate doloroso. Pense
nisso!
PAULO JOSÉ MORAES DA SILVA
Maceió/AL
Professor
de Cirurgia - Aposentado da UFAL
CONSIDERAÇÕES
SOBRE O CORONAVÍRUS
Estamos
diante de uma Pandemia iniciada em Wuhan na China, e que atingiu o mundo.
Na verdade, nos pegou de
surpresa pelo fato de não sabermos diagnosticar, como evoluir a doença e nem
tampouco tratar.
As
notícias são muito contraditórias como até hoje. Com a contaminação acelerada
na Europa, com muitas mortes, as medidas foram tomando vulto, um tanto ou
quanto radicais, com o isolamento de todos.
O
Ministério da Saúde exigiu que fiquemos em casa, no sofá, quietinhos com a
família. As escolas devem permanecer fechadas, como as repartições públicas e o
comércio.
O problema
é que existe um grupo para o qual costuma ser especialmente complicado como,
por exemplo, a área de saúde, realmente precisa ficar no front, e passar por
uma prova de fogo, arriscando a própria vida, tal como nos hospitais, postos de
saúde e consultórios.
Será uma fase de muitas
perdas financeiras, bem como não saber até quando a sonhada curva comece a
ficar achatada e que tudo fique normal.
As pessoas que saem às ruas
para qualquer necessidade, como supermercados, farmácias e o próprio trabalho
possam se contaminar e, ao voltar para
casa, devem ter o máximo cuidado porque podem promover a disseminação fácil aos
idosos e portadores de doenças crônicas como a diabetes, hipertensão,
cardiopatias e contribuir para muitas mortes.
As grandes armas contra o
coronavírus são: a higiene das mãos, de
embrulhos e a etiqueta respiratória.
A questão não é só individual, é
principalmente coletiva. A faixa etária dos jovens está sendo poupada, mas eles
precisam entender que têm um papel na disseminação do vírus, porque podem
transmiti-lo a pessoas dos grupos de risco. Por isso, os jovens devem evitar se
contaminar e devem evitar transmitir.
São indivíduos que socializam
muito, e as medidas necessárias mexem com a cultura e o comportamento, mas a
adesão deles é fundamental. Temos de conversar o máximo com os mais jovens pela
sua energia potencial, porque não sabemos quanto tempo vamos passar nesse
isolamento.
Já se passaram várias semanas
nesse confinamento, criando certos embaraços nas tarefas caseiras como varrer,
passar o pano no chão e lavar louças. Para muitos uma verdadeira odisseia, pela
falta de costume ao realizar tais tarefas no dia a dia.
De acordo com alguns
estudiosos no assunto de isolamento, o ideal é se sentir útil nessa fase tão
difícil para todos nós. Nós, mais idosos, temos de conversar sobre a
possibilidade de encararmos essa situação como um ato de sacrifício e
solidariedade, e que poderia ser muito pior.
Ficar em casa “sem fazer nada”. O que pode parecer um sonho para alguns,
se tornou o pesadelo para milhões de pessoas desde o início do surto de
COVID-19.
Desde
que as autoridades chinesas decidiram colocar a região de Wuhan em
quarentena, várias cidades e até países inteiros decidiram que a melhor maneira
de impedir a propagação do vírus era forçar as pessoas a ficarem em casa.
Na China, as autoridades vigiam de perto quem
desrespeita as regras, enquanto na Itália a imposição de uma multa de € 206 e o
risco de até três meses de prisão foi a solução encontrada para manter a
população em seus domicílios. O governo italiano autoriza deixar as residências
apenas para comprar comida, ir à farmácia ou trabalhar, quando indispensável.
No entanto, se o confinamento é usado como uma
forma de conter o vírus, a medida também pode ter um impacto social e
psicológico nocivo.
Na China, por exemplo, as autoridades
registraram um aumento nos índices de violência doméstica nas regiões onde as
pessoas foram proibidas de sair de casa. O número de casos de divórcio também
está em alta no país.
Quando estamos confinados, perdemos a nossa
rotina, reduzimos a nossa atividade física e, em caso de quarentena, as pessoas
podem ser vítimas de estresse pós-traumático, irritabilidade, angústia e
insônia, explica Chee Ng, professor de psiquiatria da Universidade de Melbourne
e colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O confinamento gera um sentimento de incerteza,
de tédio e de solidão, E quanto mais longo, mais importantes são as
repercussões na saúde mental, analisa.
Estudos mostram que a solidão provocada pela
falta de vida social também pode provocar uma elevação no organismo nos índices
de cortisol, o hormônio do estresse, e que esse aumento também representa um
risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sem esquecer a depressão
e a obesidade.
Com mais de 50 milhões de pessoas confinadas,
desde 23 de janeiro, na província de Hubei, a China se tornou um exemplo
flagrante dos efeitos do isolamento físico na saúde mental.
O país tem visto uma explosão de pedidos de
consultas com psicólogos. Os moradores procuram ajuda por terem medo de serem
contaminadas com o COVID19, também por enfrentarem a solidão da quarentena.
Para completar, a China sofre com um déficit de
profissionais qualificados para o tratamento da saúde mental. O país conta com
pouco mais de 02 psiquiatras para cada 100 mil habitantes, de acordo com dados
da OMS.
Além disso, ao contrário do que pode se pensar,
estar conectado via internet não significa necessariamente que o isolamento é
menor.
Poderíamos imaginar que o acesso às redes
sociais ajudaria a sentirmos menos sozinhos durante a crise, no entanto, as
pessoas confinadas têm acesso a um volume muito grande de notícias que nem
sempre não verdadeiras. E ainda não sabemos ainda se todas essas informações
podem agravar ou não o impacto psicológico do confinamento, alerta o professor
Chee Ng.
Esse fluxo de informações que provocou ansiedade
ganhou até um nome da OMS: Infodemia!!! E, como ressalta o professor de
psiquiatria da Universidade de Melborne, durante a epidemia de SRAS, em 2003,
as redes sociais ainda eram balbuciantes, o que faz da pandemia de COVID-19 um
fenômeno inédito, cujas consequências podem ser brutais e devastadoras para a
Economia e para a saúde mental da população.
Já Hamza Esmili (sociólogo francês), acredita
que obviamente o confinamento é necessário para frear a pandemia atual, no
entanto, ele vê que a ideia de confinamento cria uma plêiade de pressupostos
que não correspondem à realidade da população nos bairros mais pobres.
O confinamento é um conceito burguês, segundo
ele! A ideia de que todos tenhamos uma casa separada, denota realmente um
conceito burguês, no qual possamos nos refugiar quando há uma pandemia ou um
desastre natural. Mas, nos bairros pobres, não se vê nada disso. Existe uma
realidade rodeada de condições insalubres como, por exemplo, casas em que vivem
quatro, cinco pessoas por cômodo; há também moradias que não são habitáveis,
onde não é possível ficar ali o dia inteiro porque o espaço não existe.
No nosso Brasil, onde a famosa curva ainda não
achatou, observamos uma falta de sintonia entre o governo federal, governo estadual
e os prefeitos, cada um com seu pensamento, como se cada um fosse um país, sem
contar com os desencontros de informações.
Cada dia que passa vemos o número de infectados
aumentando como também o número de óbitos. Na verdade, contamos com governos
incapazes que não sabem gerenciar a crise, mudam de estratégias e opinião
constantemente e, com isso, tem custado muitas vidas.
E concluindo nossa escrita, penso que se DEUS
estiver pensando em acabar com tudo outra vez para começar de novo. ao invés de
profetas malucos, redentores ingênuos, nos mande governadores competentes,
políticos honestos e magistrados imparciais, e que nos livre de tantas notícias
nefastas, mentirosas que confundem nossa cabeça.
Vamos ter Fé e resignação, pois sabemos que
somos como cristais, frágeis demais e que, em alguns momentos, perdemos nosso
senso de equilíbrio, mas se cremos em Jesus como único Salvador toda essa
tempestade passará!!!
THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES
Rio
de Janeiro/RJ
Diretor
do Museu Salles Cunha, da ABO/RJ
RIBEIRO FILHO
Apresentação
O Professor Ribeiro Filho, natural de Minas
Gerais, foi um personagem interessante na comunidade odontológica, pelo fato de
não ter trabalhos publicados, mas sim, pela inspiração de suas palavras em
memoráveis discursos.
Suas palavras traziam as referências ao
aprendizado dos cursos de humanidades que formavam as personalidades dos alunos
de sua época, início de 1900.
Seu pai, o Dr. Ribeiro, era conhecido e respeitado
pela Medicina de âmbito geral, que caracterizava o início do século XX. Era um
excelente literato, exigente ao extremo, legando aos seus oito filhos a
instrução primorosa de um lugar histórico como foi São João d’el Rei.
O falecimento do Dr. Ribeiro trouxe a família para
o Rio de Janeiro. Já formado em Odontologia, Ribeiro Filho estabeleceu o
consultório no centro da cidade.
Começou sua vida de Professor em torno de 1935, na
Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói.
Esta Faculdade, cuja fundação é de 1912, é a célula inicial da criação da hoje,
Universidade Federal Fluminense.
Em torno de 1943, associou-se à nova instituição
odontológica recentemente criada, a Associação Brasileira de Odontologia.
Nesta, havia uma diretoria provisória destinada a estabelecer o seu
funcionamento e os necessários estatutos.
Com a dissolução dessas diretorias, em 1946,
Ribeiro da Silva Filho assumiu a presidência até 1947, quando a associação já
estava perfeitamente organizada, mas ocupando sedes provisórias.
A sede atual, a definitiva, foi construída com
muito sacrifício, mas foi inaugurada em maio de 1983.
Dos diversos ex-presidentes, apenas ele estava
vivo, mas com a saúde abalada. Coube a ele a honra de receber a Chave Simbólica
no dia da inauguração, que lhe foi entregue pelo Dr. Edgard da Cruz Ferreira, o
Dentista que deflagrou todo o processo de construção do prédio.
Em outubro do mesmo ano, Ribeiro da Silva Filho
faleceu.
A Chave está abrigada no Museu Salles Cunha.
Este texto, todo baseado no acervo documental do
Museu, mostra um pouco da personalidade desse homem que honrou a sua
profissão.
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