EIS O TALENTO LITERÁRIO
DE
TITULARES E HONORÁRIOS
ALDENÍSIA
ALVES ALBUQUERQUE BARBOSA
Natal/RN - Ex-Presidente do Conselho Estadual de Saúde do RN, atual Conselheira.
ANÁLIA
E MARIA CACHACINHA: AS BONECAS GIGANTES E A RETÓRICA DE CARNAVAIS PASSADOS EM
URUAÇU/RN.
OBS.:
Esta obra venceu o Festival Literário Dona Militana, na Categoria Crônicas, em 16.05.2022.
Até hoje pouco se sabe sobre a
grandiosidade dos carnavais que o povo de Uruaçu, comunidade do Município de
São Gonçalo do Amarante/RN e vilarejos vizinhos, vivenciaram nas décadas de
1950 e 1960.
Com o advento do
lançamento da música: Eu vou p’ra Maracangalha, no ano de 1957 (*1), e
motivado pelo sucesso dessa música que tocava em todas as rádios locais, Seu
Valdemiro de Albuquerque, marido de Dona Nazaré, como era conhecido, convidou
os vizinhos daquela comunidade para organizarem um bloco carnavalesco. Foi
assim que em 1957, na Mercearia de Seu Valdemiro, ponto de encontro noturno dos
moradores do lugar, planejaram a montagem do primeiro bloco de carnaval do
lugar. Viram quem tinha habilidade para tocar os instrumentos musicais,
combinaram o figurino, e acordaram que utilizariam como atração principal uma
boneca gigante denominada de Anália, em alusão à música de Caymmi. Seu
Valdemiro era um homem de espírito festeiro, bom vizinho, sempre solidário com
os amigos, e se valeu de suas origens artísticas para impulsionar a brincadeira
nos dias de carnaval naquela época, que pouco se tinha de opções festivas.
Acredita-se que a veia artística dele foi herdada dos seus antepassados. O Seu
avô, Alpiniano Justiniano de Albuquerque (*2), mais conhecido na cidade de
Mossoró como Mestre Alpiniano, foi um importante músico naquela cidade e
região, no início do século de 1900. Ele foi regente da Banda Musical
denominada de Fênix, uma das mais importantes da época. Quanto à influência para
construção das bonecas gigantes conta-se que, ainda menino, Seu Valdemiro
sempre passava temporadas na cidade do Recife/PE, na casa do músico João de
Albuquerque, seu tio Joca, filho mais velho de Mestre Alpiniano. Ele era regente
e compositor, na capital pernambucana.
E foi nessas
andanças pela casa do tio em época de carnaval, que se encantou com a grandeza
dos bonecos gigantes de Olinda. E assim, revivendo suas lembranças, exportou a
ideia para Uruaçu.
Anália
foi a primeira boneca gigante de Uruaçu, confeccionada por um artesão que
morava no bairro do Alecrim, em Natal.
A festança
começava, dias antes do carnaval, quando Seu Valdemiro ia à Natal buscar a
boneca. Ele saía cedo e, ao entardecer, a comunidade se reunia para esperá-lo
no Porto do Flamengo. Era um momento de expectativa e alegria, na qual a
euforia fazia a festança, disse Zé Poeira, um dos foliões.
A boneca vinha de
canoa, desembarcava no Porto próximo ao galpão da salina que existia lá. E o
povo ao ver a boneca de longe, já saia dançando, anunciando que o carnaval
chegara.
Anália
chegava e encantava o povo com o seu vestidão bem colorido, bonito e comprido,
que até arrastava no chão, descreveu Dona Glória, a professora de lá.
De repente,
Bastinho Preto, Finado Pêixa, Joaquim de Maçonila e Joaquim de Peiuca
adentravam na parte oca da boneca, colocando-a em movimento e assim iam
revezando durante o cortejo carnavalesco.
O bloco saiu dois
anos, sendo Anália a única estrela da festa, e em 1960, com o advento da
música Maria Cachacinha, foi construída mais uma boneca, e o bloco saiu
com Anália e Maria Cachacinha. A segunda tinha pele escura,
lábios grossos, com um batom vermelho forte, descreveu Dadinha. E carregava um
copo na mão, como se estivesse cheio de cachaça, fazendo alusão ao seu nome.
Ao lembrar de Maria
Cachacinha, Joana de Dona Constância, cantou um trecho da música que deu o
nome à boneca e dizia assim: - Maria Cachacinha, Maria Cachacinha, ela só
dorme quando toma uma caninha, passa o dia inteiro não tem o que fazer, mas a
Maria só sabe beber.
Essas bonecas
gigantes arrastavam os moradores de Uruaçu. Os foliões se organizavam dentro de
uma corda para não haver dispersão, e ficavam 04 homens nos cantos dessa corda,
fazendo um cordão de isolamento.
No domingo de
Carnaval, quando chegava a hora mais esperada, saíam todos para visitar as
comunidades vizinhas, espalhando animação e alegria por onde passavam. Primeiro,
com a criação do boneco Homem da Meia Noite. Daí em diante, se
popularizou a tradição do Encontro dos Bonecos Gigantes, onde vários deles se
encontram no sítio histórico de Olinda, durante o período de Carnaval. Passavam
por Coqueiros, faziam parada em Jacaraú, depois atravessavam o Rio Potengi e
seguiam para Santo Antônio.
Na segunda-feira,
iam para São Gonçalo do Amarante e Guanduba. A ida à Guanduba era a mais
esperada, porque eram recepcionados com grande euforia pelo Sr. Geraldo de
Aiau, figura receptiva e alegre, que gostava muito de Carnaval e preparava uma
grande festa para receber o bloco das bonecas gigantes de Uruaçu, contou Newton
de Albuquerque.
Ao chegar das
visitas, à noite, a comunidade de Uruaçu inteira esperava o retorno dos foliões
e continuavam a festança, que rolava noite adentro, todos dançando e brincando Carnaval.
Com o passar do tempo, por ocasião da mudança de Seu Valdemiro para Natal, o
bloco das bonecas gigantes foi caindo no esquecimento.
Ficaram as
lembranças, a história e a saudade, que até hoje está gravada na memória de
quem viveu aquela época memorável de um tempo bom que não volta mais!
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* 1 - Eu Vou
p'ra Maracangalha é o 4º álbum do cantor e compositor brasileiro Dorival
Caymmi, lançado em 1957, gravado pela Odeon, tal como os seus
antecessores. A música foi inspirada
numa história de Zezinho, amigo de infância de Dorival, que tinha uma
amante numa outra cidade chamada Itapagipe. Quando precisava visitar a outra
mulher, dizia que ia para Maracangalha, onde existia a usina de mesmo nome.
*2 - Faleceu em
03/05/1909, Alpiniano Justiniano de Albuquerque, natural de Augusto Severo, 47
anos de idade, casado com Francisca das Chagas, deixando filhos menores. Eram
seus cunhados, o Cel. Joaquim Lustosa e o Tenente Coronel Manoel Basílio de
Brito Guerra (http://marcosfilgueira.wikidot.com/anotacoes-do-comercio-de-mossoro)
*3 - Os bonecos gigantes surgiram na Europa, e em Portugal, por volta da Idade Média, onde eram utilizados em procissões em forma de santos católicos. Eles chegaram a Pernambuco através da pequena cidade de Belém do São Francisco, no sertão do Estado, com a vinda de um padre belga que levou ao conhecimento de seus discípulos essa tradição europeia, sendo nesta cidade a origem da criação do primeiro boneco gigante do Brasil em 1919, Zé Pereira, e em seguida, Vitalina. A tradição dos bonecos gigantes, iniciada em Belém do São Francisco, ganhou as ladeiras de Olinda, em 1931, com a criação do boneco Homem da Meia Noite. Daí em diante, se popularizou a tradição do Encontro dos Bonecos Gigantes, onde vários deles se encontram no sítio histórico de Olinda, durante o período de Carnaval.
ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO - Guarapari / ES
Honorário – Diretor de Divulgação.
Especialista em Marketing (PUC)
Master
Business Administration (FGV)
Administrador (Universidade
Mackenzie)
Titular da
Academia Guarapariense de Letras e Artes.
Cronista aos
domingos em:
https://www.folhaonline.es/category/antonio-ribeiro/
@museuguarapari · Museu de história
CRIAÇÃO DE LAGOSTAS EM CATIVEIRO – UM NEGÓCIO ECOLÓGICO
E DE FUTURO.
Almoçando no bucólico e original Moqueca
do Pescador, que está literalmente em cima d’agua, e permite degustar o
entra e sai dos barcos de pesca no canal, vi que alguns deles paravam num pier
ao lado, e deixavam uma pequena caixa.
Curioso, perguntei ao dono do
restaurante, Hélvio, que me disse serem lagostas.
Imaginei aquelas grandes, de cor
alaranjada e com bigodes longos, tão apreciadas nos restaurantes finos. Mais
ainda porque soube pela ex-Secretária do Meio Ambiente e Pesca, Cristina
Barros, que iam todas vivas para o Oriente Asiático, o que me deixou ainda mais
curioso. Isso em Guarapari...
Procurei o dono da empresa Mar a
Mar, que por ser época do defeso, não estava atuando aqui, e sim na Bahia.
Fiquei de procurá-lo quando não tem
defeso e a pesca volta a ser permitida. Foi o que fiz e o encontrei ao lado de
tanques de lagostas, que afinal, não pareciam lagostas das peixarias.
Para minha surpresa, todas as
lagostas nos tanques eram pequenas, escuras e sem aquelas longas e espinhadas
antenas, tirando um pouco do meu encanto imaginário.
Perguntei a diferença e fiquei
sabendo que esta espécie, Scyllarides brasiliensis é muito apreciada na
culinária asiática.
Solícito e, gentil, o proprietário
que se apresentou como Afonso, e que vim a saber pela licença ambiental, ser
Domingos Afonso Jório, filho de quem dá o nome à rua da antiga Delegacia, e
agora do Museu de Utilidades Domésticas, mostrou-me todo o processo,
acompanhado pelo filho, que hoje é quem cuida da empresa.
Foi-me explicado que as lagostas
fazem uma viagem aérea de cerca de 50 horas até o destino, chegando vivas por
lá, e assim comercializadas em restaurantes de classe alta, onde o cliente pode
se dar ao luxo de escolher qual a que quer no seu prato. Não obstante ser novo
neste meio, outra surpresa me aguardava.
Ao passar pelos muitos tanques com
água tratada, refrigerada e outros segredos, num ambiente que antecede o
processo de embalagem para exportação, um deles chamou minha atenção por ser
menor e ter vários compartimentos, menores ainda.
Novamente minha curiosidade falou
mais alto, e aí fiquei sabendo ser parte de um projeto em desenvolvimento, de
um criadouro de lagostas em cativeiro. Segundo os proprietários, a Mar a Mar
já fechou o ciclo de reprodução das lagostas tradicionais.
Acontece que uma lagosta, dependendo
do seu tamanho, pode apresentar de 200 a 700 mil ovos, e a taxa de
sobrevivência delas no mar é absurdamente pequena, às vezes, só um. Mostrou-me
fotos e filmes de todo o ciclo, desde os milhares de ovos.
Na natureza a desova planctônica,
serve de alimento natural para várias espécies maiores, que os consomem em
quantidade, fazendo com que a taxa de sobrevivência seja absurdamente pequena.
A ideia é simples: isolar os náuplios, larvas desses predadores.
Em cativeiro, a taxa de sobrevivência
é aumentada, um número maior se desenvolve e, em um ano, chegam ao tamanho de
um centímetro, iniciando aí a fase de crescimento, até atingir a fase adulta,
depois de cerca de 03 anos, então estarão aptas ao consumo.
Tudo isso acompanhado por uma Bióloga
e um Veterinário, o que me pareceu extremamente interessante.
Quando falei em vender ou consumir essas
criadas em cativeiro, a surpresa maior.
Não são para isso e sim, o
repovoamento, pela soltura delas quando atinjam 05 cm de comprimento. A ideia
me pareceu ecológica, renovável e comprometida com a preservação da espécie.
Quis saber então por que ainda não
estava em prática, com produção em larga escala, e fiquei sabendo que o ciclo
de crescimento da lagosta leva cerca de 03 anos. Experimentalmente já obtiveram
sucesso.
Isso tudo tem um custo e não há
retorno financeiro, já que tirar as lagostas adultas do mar não custa nada.
Entendi. Que fazer então? Segundo os
proprietários, encontrar um organismo como Bandes, Sebrae ou grande empresa
como a Samarco, por exemplo, que financiem tal projeto.
Buscava uma alternativa de
incrementar o turismo, e encontrei uma proposta séria de deixar a
biodiversidade marinha da costa capixaba ainda mais preservada, fazendo do
Espírito Santo, modelo de preservação e projeção para um futuro garantido e
sustentável. Parabéns, Mar a Mar!
EDUARDO DE SOUZA - Rio Branco / AC
Honorário - Cirurgião-Dentista -
Natalense – Cinéfilo.
OS HOMENS PREFEREM AS LOURAS - 1953
(Gentlemen Prefer Blondes)
Avaliação do público: 7.2
Uma belíssima dupla feminina brilha, canta e
encanta com performances inesquecíveis, nessa famosa fita de 1953, que marcou
história e promoveu Marilyn Monroe ao estrelato juntamente com sua parceira
Jane Russell.
Dirigidas pelo lendário diretor americano Howard
Hawks, dono de uma extensa lista de obras primas no seu currículo, como HATARI,
UMA AVENTURA NA MARTINICA e o fenomenal western ONDE COMEÇA O INFERNO,
onde estrelas do porte de John Wayne, Dean Martin e Angie Dickinson estiveram
sob sua batuta.
Lorelei Lee (Marilyn Monroe) e Dorothy Shaw (Jane Russell) são duas
cantoras e dançarinas do teatro de variedades que, numa viagem de barco com
destino a Paris, se envolvem em divertidas aventuras amorosas, sempre com
números musicais emoldurando a trama.
A aparente ingenuidade da Lorelei, contradiz a
esperteza que a mesma exibe, através de
diálogos e tiradas brilhantes, sempre na intenção de encontrar um marido
endinheirado, para si e sua companheira de espetáculo.
Duas frases que segundo a “lenda”, Marilyn teria
pronunciado antes e durante as filmagens, dá o tom dessa comédia musical de
entretenimento garantido.
Na primeira sentença, ao ser informada de que seu
nome não seria o primeiro no letreiro, ela afirmaria: - Bem, seja lá o que
eu for, EU SOU A LOURA, numa clara alusão ao título do filme, OS HOMENS
PREFEREM AS LOURAS.
Sua segunda
“pérola”: - Eu posso ser esperta quando é importante, mas a maioria dos
homens não gosta disso.
Uma terceira “corre por fora”, na esteira de um dos
números musicais dessa obra: - Os diamantes são o melhores amigos de uma
garota. Faz sentido!!!
Marilyn Monroe na tela é SEMPRE uma atração, e apreciar a mesma com variadas trocas de figurino ao longo da película, dá uma sensação de estarmos numa passarela com uma das mais importantes estrelas de todos os tempos, apresentando facetas com graça e estilo.
FLÁVIO HILDEMBERG DA SILVA
GAMELEIRA
Titular – Natal/RN
Gestor Ambiental - Mestre em
Desenvolvimento
e Meio Ambiente (PRODEMA/UFRN).
Servidor Técnico-Administrativo da UFRN e
Pesquisador de temas ligados à História, Cultura,
Meio Ambiente e Religiosidade.
KARITÓS
Ao
final do ano de 1963, o Padre Lucilo Alves Machado, então reitor do Seminário
de São Pedro (Natal/RN), juntamente com o Monsenhor Pedro Moura e seis
seminaristas, formaram um grupo que partiu em excursão pelo Brasil.
A
meta era percorrer o trecho Natal – Belém – Brasília – Natal, com o objetivo de
conhecer melhor o País e fornecer entretenimento aos seminaristas, que estavam
em período de férias.
O
grupo dessa excursão recebeu a denominação de “Karitós”: uma verdadeira
“tribo”, em meio a tantas outras que foram encontradas pelo caminho de 9201 Km
percorridos em 35 dias de viagem.
Desde
os primeiros dias da excursão, a alegria em poder desbravar os caminhos do
Brasil sempre foi a característica principal do grupo. Diante de momentos de
dúvida e de adversidades, os Karitós sempre se recobravam e conseguiam
prosseguir, pois renovavam as forças com base na fé e na descontração.
Durante
a trajetória, todos os detalhes das estradas, dos povoados e das pessoas
encontradas pelo caminho eram registrados em um diário de bordo, no qual as
emoções transpareciam. Em certos momentos, percebe-se nitidamente que o autor
escrevia, olhava para o fato que estava acontecendo naquele exato momento,
baixava a vista para escrever e tornava a olhar para a movimentação... Em
certas ocasiões, até produzia sem olhar para o papel.
Em
um trecho, parágrafos curtos, ao ritmo e ao fôlego dos acontecimentos. Em outro
trecho, escritos mais elaborados e reflexivos, para bem descrever a chuva de
emoções vividas. Em algumas páginas, uma linguagem poética; em outras, uma
linguagem coloquial, o que garante um conjunto de narrativas realmente
diversificado.
O
fato é que a agradável leitura desse diário de viagem traz a cada página uma
surpresa, uma novidade. São momentos de alegria, insegurança, apreensão,
companheirismo, amizade, drama e comédia.
Sob
a guarda de Antônio Marques, o diário foi bem protegido durante a viagem, para
poder chegar até nós com as aventuras dos sempre precavidos Monsenhor Pedro
Moura e Padre Lucilo, em contraste com os jovens seminaristas Adailson, Antônio
Carlos, Lucena, Dedé Severiano e o espirituoso Lucas Batista Neto, com suas
eternas saudades de Caicó.
O
resultado é um conjunto de emoções que bem representa a época em que foi
escrito, e que agora chega ao grande público, como homenagem ao centenário do
Seminário de São Pedro, instituição formadora que marcou a vida de cada um dos
excursionistas Boa viagem!!!
(*)
O livro está disponível, mediante contato direto com o Autor: fhildemberg@hotmail.com
GIVALDO SOARES DA SILVA – Natal/RN
Honorário – Ex-Professor da U.F.R.N.
CONTRIBUIÇÃO DE PERNAMBUCO À ODONTOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Pernambuco teve uma influência fundamental na evolução da Odontologia
do Rio Grande do Norte. Um fato pouco conhecido da maioria dos
Cirurgiões-Dentistas do Estado.
Além do intercâmbio científico, que começou na década de 50, entre os
dois Estados, Pernambuco abriu suas portas, para receber os jovens
Rio-Grandenses, que foram estudar Odontologia na sua Capital.
Tudo isso começou na década de 20, com a presença dos jovens: José
Carlos Leite, Péricles Leite, Giuseppe Leite, Carlos Borges de Medeiros, Odilon
Garcia, Clemente Galvão Neto, Solon Galvão Filho, Murilo Pinto e muitos outros.
Todos concluíram seu curso de Odontologia naquela bela cidade do Recife.
Mas Pernambuco foi muito além. Mandou muitos dos seus filhos, atuarem
na Odontologia do Rio Grande do Norte, participando assim, de sua história.
O primeiro Cirurgião-Dentista pernambucano a chegar ao Rio Grande do
Norte, foi o Dr. Francisco Ramalho, que era filho de São José do Egito.
Chegou e logo participou da criação da Associação Odontológica do Rio
Grande do Norte, em 27 de setembro de 1930, sendo eleito seu primeiro
Presidente.
Outro ilustre Pernambucano que teve grande participação na Odontologia
potiguar, foi o Dr. Alberto Moreira Campos, que concluiu seu curso
de Odontologia, em Recife, em 1933. Chegou para trabalhar em Caicó, em
1934.
Logo depois, veio para Natal e junto com José Cavalcante de Melo,
participaram da fundação da Faculdade de Odontologia do nosso Estado, em
1946/47.
Porém, a ideia da criação da Faculdade partiu do Professor Luís Soares
de Araújo, que participou também da criação da Faculdade de Direito e da
Policlínica do Alecrim. Grande homem, porém, esquecido!
Outro destaque Pernambucano foi Pedro Lopes Cardoso, que veio muito
jovem para Natal. Foi Professor da Faculdade de Odontologia e Presidente da
Associação Brasileira de Odontologia, Secção do Rio Grande do Norte, por três
mandatos, sendo responsável principal pela construção da velha sede, na Rua
Felipe Camarão (Centro de Natal).
Outros Pernambucanos tiveram atuação na clínica privada e no
magistério: Uoston Holden da Silva, Aldemir Albuquerque e Nelson João da Silva,
o pequeno gigante começou como Protético, depois Dentista e Professor.
Ele participou da revolução na Odontologia Portuguesa, junto com Dr.
Solon Galvão Filho. A atuação foi tão importante da dupla em Portugal, que o
Professor Solon Galvão Filho, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da
Universidade de Lisboa.
Mais um Pernambucano que brilhou em Natal com sua generosidade, foi
Severino Nunes, Protético. Era filho, também, de São José do Egito.
Chegou aqui em avião Catalina, em 1948. Depois de trabalhar no
Laboratório Galvão, montou seu próprio laboratório que era um dos melhores do
Nordeste. Criou dentro do seu laboratório o que ele chamava a escolinha de
“Sagres”, onde ele orientava jovens na arte da Prótese Dentária. Chegou a
formar mais de 50 protéticos.
DUAS
CURIOSIDADES SOBRE O TEMA:
1) Nelson João Silva, Givaldo Soares da Silva e José Braulino Júnior
beberam na mesma fonte. Foram alunos do Dentista Prático Agenor Vieira, em
Lagoa dos Gatos/PE, onde deram os primeiros passos no aprendizado da Prótese
Dentária Laboratorial.
2) O primeiro Lagoagatense a chegar para trabalhar no Rio Grande do
Norte, foi o médico Álvaro Vieira. Convidado pelo também médico Januário
Cicco, em 1936.
Porém, antes da chegada de Dr. Álvaro a Natal, Lagoa dos Gatos já tinha
recebido em seu solo sagrado, o Norte-Rio-Grandense, de Mossoró, Dr. Carlos
Borges de Medeiros, Cirurgião-Dentista, que exerceu o cargo de Secretário de
Saúde da Prefeitura daquela cidade, em 1933.
ASSIM É PERNAMBUCO, SEMPRE FALANDO PARA O MUNDO!!!
IRISLENE CASTELO
BRANCO MORATO
Belo Horizonte / MG - Titular
Academia Mineira
Feminina de Letras
Presidente Coordenadora
da AJEB–MG
{Associação de
Jornalistas e Escritoras do Brasil}
Eis o convite para acessar todas as suas
atividades:
LUIZ MANOEL DE FREITAS - Natal / RN – Titular
Idealizador / Superintendente Técnico do PROJETO REVIVER (Parceiro da SBDE).
MAS É ASSIM MESMO...
O
processo de conquista e sedução não se dá em passe de mágica.
Às
vezes, leva-se anos para que isso aconteça.
Se
existe dificuldade de conquistar o semelhante que não conhecemos direito, tudo
é um processo de descoberta do bom e do ruim que o ser humano armazena, e também
alguns mascaram suas virtudes e defeitos, imagine conquistar e seduzir a nós
mesmos. Que já conhecemos parte do nosso depósito, as caixas empoeiradas, as
gavetas desarrumados, objetos fora de lugar que não queremos mudar, limpar,
esvaziar.
Sem
contar que existem aquelas que nem sabemos de verdade o que armazena.
Não
é fácil mudar, se descobrir, e muitas vezes se aceitar... daí a ilusão de que
precisamos do outro para ser feliz.
Isso se dá, no meu parco conhecimento e, portanto, na minha pouca capacidade de compreensão dos mistérios da vida, pelo simples fato de não conseguir olhar para dentro de nós mesmos.
NELSON RUBENS MENDES LORETTO – Gravatá / PE Professor Adjunto da FOP-UPE 1º Secretário da SBDE
DEUS É
FIEL
Nem todos entendem essa afirmativa paulina, e não
raro são aqueles que dizem - é óbvio!
Mas o que está por trás da afirmação? Melhor será
perguntarmos primeiro: somos fiéis a Deus?
Deus é fiel porque não transige em momento algum de
seu compromisso de amor pela humanidade. Fez o homem à sua imagem e semelhança,
mas deve ter se decepcionado bastante com nosso comportamento.
Mas Sua infinita misericórdia nos compreende por
saber que somos perfectíveis e estamos, cada um, no nível próprio de evolução
espiritual.
E por que tudo isto? Para alcançarmos o sentido da
fé, que tem origem em fides, que
significa fidelidade, donde deriva fiel.
E por que tanta ansiedade pelo que estamos vivendo
agora? Em face da pouca fé.
Muitos ainda estão com medo de morrer pela pandemia
ou por conta das chuvas intermináveis.
Posso garantir que tudo o que seus olhos estão
vendo agora vai morrer, seja vegetal animal ou hominal. De igual sorte com os
olhos que veem você agora.
E por que tanto medo? Talvez porque você ainda não
saiba que é imortal.
Você não é o seu corpo, mas o seu espírito.
Se fosse apenas o Seu corpo, Deus seria injusto,
pois todos os corpos são finitos, e um dia você acabaria. Nós não somos daqui.
Nós somos de lá, e estamos aqui.
Mas é fato que o mundo neste momento passa por uma
grande cirurgia moral.
O planeta, em seus habitantes, foi adoecendo ao
longo dos séculos, e como um doente grave precisou ser operado. O cirurgião é
Deus!
Os desmandos dos governantes, o egoísmo no coração
humano, o desamor, a violência, as drogas, os estupros de corpos e almas, a
exploração do homem pelo homem, a dilapidação dos recursos naturais impondo
sofrimento à Gaia, a corrupção em todos os níveis e de variadas formas, enfim
toda sorte de mal-feitos, construíram uma psicosfera adoecida que no curso dos
tempos chegou a um estágio crítico.
Hora da cirurgia.
Estamos todos internados em nossa própria UTI moral,
e Deus está proporcionando tempo para cada um revisar seus pensamentos,
palavras e ações.
Uns precisarão voltar à Casa do Pai, e por incrível
que pareça, serão abençoados pela desencarnação, pois o espírito se libertará
dos constrangimentos que a vida terrena impõe, mesmo que do outro lado continue
a luta evolutiva.
A destruição é uma lei da Natureza, porque é
preciso que tudo se destrua para se regenerar e se renovar.
Eis porque os Espíritos Superiores disseram a Allan
Kardec, quando interrogados pelo insigne Codificador sobre esse medo da morte,
que é a destruição do corpo biológico:
Já dissemos que o homem deve procurar prolongar a sua vida, para cumprir
a sua tarefa. Tal o motivo por que Deus lhe deu o instinto de conservação,
instinto que o sustenta nas provas. A não ser assim, ele muito frequentemente
se entregaria ao desânimo.
A voz íntima, que o induz a repelir a morte, lhe diz que ainda pode
realizar alguma coisa pelo seu progresso. A ameaça de um perigo constitui
aviso, para que se aproveite da dilação que Deus lhe concede. Mas, ingrato, o
homem rende graças mais vezes à sua estrela do que ao seu Criador”. Pense
nisso, tenha fé, pois tudo passa!
REINALDO BRITO E DIAS – São Paulo/SP - Titular
Especialista em Prótese
Buco-Maxilo-Facial
e Odontologia do Esporte.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2851261807336611
A
SAÚDE BUCAL DO ATLETA É TÃO IMPORTANTE QUANTO A VITÓRIA.
Os
meios de comunicação estão constantemente trazendo episódios com atletas
envolvendo seu afastamento de treinos e competições por tempos longos e que,
depois de minuciosa investigação, o problema odontológico aparece como
responsável.
Esses
episódios de lesões e períodos de recuperação acarretam também prejuízos
psicológicos ao atleta.
A
busca por dispositivos que minimizem centésimos de segundos, por roupas que
reduzam o impacto do ar e da água e por treinamentos individualizados, por
exemplo, é incessante, para que recordes sejam quebrados e metas olímpicas
sejam alcançadas.
Devemos
lembrar que o organismo do atleta é uma máquina que deve funcionar com potência
máxima. Para isso, todos os órgãos e tecidos devem estar em pleno
funcionamento, e os profissionais da saúde que cercam esse atleta devem ter
consciência que alguns planos de tratamento e estratégias preventivas devem ser
considerados.
Nesse
momento, o atleta deixa de ser um paciente comum. A cavidade oral possui uma
microbiota particular e bem equilibrada.
A
partir do momento em que existe o desequilíbrio, inicia-se um processo de
doença, que compromete o bem-estar do indivíduo.
Desde
Miller, que em 1891 publicou sua “Teoria da Infecção Focal”, onde afirma que
microrganismos provenientes de infecções bucais transitam pelo organismo do
homem, causando danos a regiões distantes da boca, que a saúde oral vem
recebendo uma atenção maior, em um momento com uma interpretação equivocada,
levando a exodontia de dentes tratados endodonticamente sem evidência de
infecção.
Desse
evento até os dias de hoje, muitas pesquisas foram realizadas, não com o
intuito de se comprovar as afirmações da teoria de Miller, mas sim que
problemas a distância fossem provocados por bactérias oriundas da cavidade
oral.
Quando
nos reportamos ao paciente atleta, o primeiro pensamento que se deve ter em
mente é que uma das características que o difere de um paciente comum do dia a
dia do Cirurgião-Dentista é que se a corrente sanguínea leva bactérias a longa
distância do organismo humano, esse processo ocorre em uma velocidade maior no
organismo do atleta, pois ele se encontra sempre no limite fisiológico.
Os
atletas possuem um metabolismo muscular mais acelerado. As bactérias orais, por
sua vez, têm cada uma sua predileção, deslocam-se da cavidade oral, seja dos
tecidos periodontais ou de lesões periapicais, para diferentes nichos do
organismo humano.
É
preciso entender que a cavidade oral e os microrganismos que a colonizam
naturalmente podem se apresentar em até 400 espécies diferentes, devendo estar
em equilíbrio para manter a microflora e, por conseguinte, a saúde oral.
Deve-se
pontuar que problemas de saúde geral podem ter início nas enfermidades bucais,
e ter em mente o quanto essa situação pode trazer riscos à saúde do atleta e ao
seu desempenho.
Essa
é uma das responsabilidades do Cirurgião-Dentista especialista em Odontologia
do Esporte!
**********************************
PROGRAMA: QUEM
SOMOS...
CONHECENDO TITULARES
E HONORÁRIOS:
Com a intenção de estreitar os laços que unem a Família SBDEana,
realizamos uma série de entrevistas com Titulares e Honorários.
- A Presidência e as três Vice-Presidências:
- Mauro
Cruz - Juiz de Fora/MG https://youtu.be/BnZoXpnknh0
- José
Dilson Vasconcelos de Menezes - Fortaleza/CE
https://youtu.be/bHKxTJDYII8 (Falecido)
- Paulo
José Moraes da Silva - Maceió/AL https://youtu.be/jCHgY1Uvl8M
-
Secretaria Geral: Fernando Luiz Tavares Vieira Recife/PE
- 1ª
Secretaria: Nelson Rubens Mendes Loretto-Gravatá/PE
- 2ª
Secretaria: Irma Neuma Coutinho Ramos
João
Pessoa/PB
-
Tesouraria: José Henrique Gomes Gondim -
Natal/RN
- José
Thadeu Pinheiro - Camaragibe/PE.
- 1ª
Tesouraria: Anísio Lima da Silva
Campo
Grande/MS
- Rogério Dubosselard Zimmermann – Recife/PE
Vice-Presidente da SBDE
- Luiz Manoel de Freitas - Titular - Natal/RN
- Eduardo de Souza - Honorário -
Rio Branco/AC
- Maria do Socorro Medeiros Santos – Titular Natal/RN
Todas as gravações foram no
Estúdio:
Nós do RN, em
Natal.
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PARCERIAS DA S.B.D.E.
- A.B.B.A. - ACADEMIA BRASILEIRA
DE BELAS ARTES
Presidente:
Dra. Vera Gonzalez – Rio de Janeiro/RJ
https://academiabrasileiradeartes.org.br
Sede: Rua
Capitão Barbosa, 568 - Loja B – Cocotá
Ilha do
Governador – Rio de Janeiro/RJ
021
4104-0856. - 1º Salão Virtual:
https://blogdearte.art/exposicoes-virtuais
- ACADEMIA
CAXAMBUENSE DE LETRAS
Presidente: Professor Leandro Alves – Caxambu/MG
https://academia-caxambuense-de-letras.webnode.com
- ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE ODONTOLOGIA
Presidente:
Professora Hébel Cavalcanti Galvão
Natal/RN - https://academiaodontorn.com.br
- APAFIS/RN – ASSOCIAÇÃO DE PAIS
E AMIGOS
DOS FISSURADOS DO RN
Presidente:
Sr. Edivan de Oliveira Silva – Natal/RN
- APDERN – ASSOCIAÇÃO DOS
PROTÉTICOS DENTÁRIOS DO RN
Presidente:
Protético José Everaldo Soares - Natal/RN
everaldoprotetico@gmail.com
CRO/RN – CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA
Presidente: Dra. Jane Suely de
Melo Nóbrega
- PROJETO REVIVER/RN
Superintendente
Técnico: Dr. Luiz Manoel de Freitas
Natal/RN
https://projetoreviver2003.blogspot.com
- SPVA/RN - SOCIEDADE DOS POETAS
VIVOS E AFINS DO RN
Presidente:
Professora Adélia Costa – Natal/RN
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