PROGRAMA: QUEM
SOMOS...
CONHECENDO
TITULARES E HONORÁRIOS:
Com a intenção de estreitar os laços que unem a Família SBDEana, promovemos uma série de entrevistas com Titulares e Honorários.
Diretoria: Presidência e os três Vice-Presidentes:
Mauro Cruz - Juiz de Fora/MG
José
Dilson Vasconcelos de Menezes
Fortaleza/CE
Paulo José
Moraes da Silva - Maceió/AL
Secretaria Geral
Fernando
Luiz Tavares Vieira - Recife/PE
1ª
Secretaria
Nelson
Rubens Mendes Loretto - Gravatá/PE
2ª
Secretaria
Irma Neuma
Coutinho Ramos - João Pessoa/PB
Tesouraria
Geral
José
Henrique Gomes Gondim - Natal/RN
1ª
Tesouraria: Anísio Lima da Silva - Campo
Grande/MS
[
Infelizmente, não foi possível conversarmos com este nobre Diretor. Ficará
para futura ocasião. ]
2ª
Tesouraria: José Thadeu Pinheiro - Camaragibe/PE.
Rogério Dubosselard
Zimmermann,
Titular de Recife/PE -
Presidente da ABO/PE.
TALENTO LITERÁRIO DE TITULARES E HONORÁRIOS
ALFREDO CAMPOS PIMENTA – Caxambu/MG
Idealizador e 1º Presidente da SBDE
Atual Presidente de Honra
HOMENAGEM PÓSTUMA AOS MEUS SAUDOSOS, SÁBIOS E
NOTÁVEIS PROFESSORES DE NÍVEL SUPERIOR:
Álvaro Badra (Hipnose); Amedeo Bobbio (Implantes); Cláudio Melo (Patologia); Clóvis da Cruz Reis (Implantes); Creuse Pereira Santos (Odontologia Legal); Elói Teixeira (Hipnose); Francisco de Paula Azzi (Periodontia); Guilhermo A. Ries Centeno (Cirurgia); Hélio de Souza (Prótese); Isaac Jaimovich (Implantes); José Roberto de Melo (Hipnose); Laet Toledo Cesar (Cirurgia); Mário Graziani (Cirurgia); Moacir Lofêgo (Anestesiologia); Paulo Passos da Silveira (Dentística); Regis Alonso Verri (Cirurgia).
Todo homem é um pedaço da Terra, uma partícula do Continente. Se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar dos teus amigos, ou o teu próprio solar. A morte de qualquer homem me diminui porque sou parte do gênero humano. Por isso não me perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.
(Alfredo Campos Pimenta)
ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO
- Guarapari/ES
Especialista em Marketing (PUC)
Master
Business Administration (FGV)
Administrador
(Universidade Mackenzie)
Academia
Guarapariense de Letras e Artes.
Cronista os
domingos em:
https://www.folhaonline.es/category/antonio-ribeiro/ - Honorário – Diretor de Divulgação
M. U. D. O. MUSEU DE UTILIDADES DOMÉSTICAS
Para ser um atrativo e ocupação aos que me visitam em Guarapari, estou montando um museu de utilidades domésticas que, pelo ritmo das doações, bem pode vir a ser um museu de verdade.
De início, comecei com as coisas que fui juntando durante a vida, já que sempre fui um colecionador nato, acrescidos de alguns itens que usei para decoração do meu apartamento em Curitiba.
Quando tinha
cerca de cinquenta peças, coloquei-as em um balcão de vidro, e comecei a
mostrar aos que me visitam quase todos os dias. Nem preciso dizer que foi
sucesso total e despertou interesse!
A partir daí,
comecei a pedir e receber doações de amigas e amigos, além de promessas de
parentes, experimentando em um mês um rápido crescimento, logo ultrapassando
cem unidades expostas.
Como
nada cobro dos que se utilizam do ponto de apoio, veio-me a ideia de pedir a
estes doações, já que a maioria é da terceira idade, e muitos têm agora o motorhome
como sua casa.
Através dessas
peças, vamos conhecendo mais da história dos nossos antepassados, seus hábitos
e costumes, bem como o modo de vida, em muitos casos até nos surpreendendo com
o que usavam!
Com
certeza colaborou para minha motivação, o trabalho de uma tia, minha madrinha,
Maria Helena, que no Rio Grande do Sul ajudou a montar um museu há mais de 50
anos nas missões jesuíticas.
Dentre
as raridades, tenho o primeiro celular, que pesava quase um quilo, uma
filmadora com projetor super 8 e um telefone dos primeiros tempos, além de
outros de fases mais recentes.
Como
preciosidades, uma máquina de escrever portátil, das que usei nos primeiros
livros, um rolo de massa com engrenagem, um maçarico e um lampião a querosene,
que meu avô usava.
No
Espírito Santo não poderia faltar uma coleção de discos de vinil do Roberto
Carlos e outra de disquetes de computador, onde estão os originais dos meus dez
primeiros livros e um CD dos seguintes.
No mesmo
ambiente estão minha coleção de conchas e outra de pedras do Espírito Santo,
que penso ampliar com minhas coleções de postais, moedas, canetas e caixas de
fósforos, todas com mais de 500 unidades cada.
Assim, ocupo
meu tempo e já preparo um legado para a cidade!
EDUARDO DE SOUZA
- Rio Branco/AC –
Honorário
Cirurgião-Dentista - Natalense -
Cinéfilo
NO CALOR DA NOITE (1967)
In the Heat of the Night – Avaliação do público: 8.0
Drama policial ganhador de 5 Oscars, entre eles o de melhor filme e
melhor ator principal, concedido ao americano Rod Steiger, cujo personagem, o
xerife branco de uma cidade do sul do Estados Unidos, contracena com Sidney
Poitier, um policial negro, de outro Estado, que passava casualmente pela
localidade, na mesma noite em que um assassinato de um magnata ocorre de forma
misteriosa.
Abordado na estação de trem e levado para uma delegacia como suspeito,
por um negligente e relapso suboficial da lei, logo descobre-se que o mesmo é
um eficiente detetive de homicídios de uma grande cidade.
O impacto dessa descoberta é grande e gera as primeiras desconfianças e
preconceitos.
Com uma sugestão do prefeito, para pedir ajuda do detetive negro, o
xerife da cidadezinha solicita, com bastante relutância, o auxílio do
experiente colega.
Racismo explícito, direto e indireto, vão acompanhar, daqui para a
frente, todos os tensos e elucidativos movimentos do perito.
Passo a passo, enigmas e segredos são decifrados, provas são
apresentadas de maneira brilhante.
O respeito é conquistado, tornando-se uma reverência justa, após todos
os iniciais sentimentos desfavoráveis, causados pela cor da pele do
investigador.
Sidney Poitier cita essa fita como a sua favorita, entre todas em que
trabalhou, e insistiu para que fosse filmado no norte dos Estados Unidos, menos
racista, já que ele foi quase linchado, pela Ku Klux Klan num incidente
durante uma visita ao sulista estado do Mississipi.
Algumas tomadas do filme tiveram que ser feitas no Tennessee, também no
sul, onde ele foi ameaçado, e dormia com uma arma embaixo do travesseiro, no
curto período que teve de passar por lá.
Com um roteiro premiado com 1 Oscar, uma trilha sonora na voz do Ray
Charles, NO CALOR DA NOITE, marcou história como uma excepcional película
dos anos sessenta.
GIVALDO SOARES DA SILVA – Natal/RN
Cirurgião-Dentista - Honorário
Ex-Professor da U.F.R.N.
HISTÓRICO RESUMIDO DO FUTEBOL BRASILEIRO:
1894 A 1930
Oficialmente,
o futebol chegou ao Brasil em 1894, quando o estudante Charles Miller, voltando
da Inglaterra onde fora estudar, trouxe em sua bagagem bolas, uniformes e as
regras do jogo.
Ele pertenceu ao time do São Paulo Athletic Club, e era apaixonado por futebol - além de jogador, foi técnico e juiz.
No Rio
de Janeiro o futebol chegou por intermédio de Oscar Cox que, ao voltar dos
estudos na Suíça, em 1901, fundou o time Rio Team e ajudou a criar o
Fluminense, em 1902.
A 1ª
partida de futebol no Brasil foi realizada no dia 14 de abril de 1895, na Vila do
Carmo, São Paulo, e as duas equipes eram formadas por Ingleses.
A 1ª
liga de futebol no Brasil, foi fundada em 1901, e a 1ª competição foi realizada
entre Rio e São Paulo, terminando empatada.
Em 1906,
foi jogado o 1º clássico carioca, Botafogo x Fluminense, conhecido como o Clássico
Vovô.
Em 1914,
foi realizado o 1º jogo internacional, Brasil x Argentina, uma competição
chamada Copa Roca - foi a 1ª vitória do Brasil sobre a Argentina.
Os primeiros ídolos do nosso futebol, nos anos 20, além de Charles Miller, foram: Manoel Nunes, conhecido como Neco (01), 08 vezes campeão pelo Corinthians; Artur Friedenreich, campeão sul-americano em 1919, conhecido como El Tigre, (02) e o grande goleiro brasileiro, Marcos Carneiro de Mendonça (03), que depois do seu grande sucesso, se transformou num grande intelectual.
1ª COPA
DO MUNDO: 1930
A Fifa
foi criada em 1904. Organizou a 1ª Copa do Mundo, em 1930. Até então os
torneios de futebol participavam das Olimpíadas.
O 1º
país a organizar uma Copa do Mundo foi o Uruguai, escolhido por ter sido
Bicampeão Olímpico em 1924/28. O Uruguai construiu o seu Estádio Centenário
para realização dessa Copa, com participação de 13 países, a maioria Europeus.
A
participação do Brasil foi um fracasso, em virtude da briga entre paulistas e
cariocas – o Brasil foi eliminado logo na 1ª etapa.
A
decisão da Copa foi entre o Uruguai e a Argentina; o Uruguai derrotou a
Argentina por 4x2, sendo o 1º país a ganhar uma Copa do Mundo.
Ao
terminar a competição, a Itália foi escolhida sede da Copa seguinte: 1934. [ CONTINUA ]
IRISLENE CASTELO BRANCO MORATO
Belo Horizonte/MG
Presidente
Coordenadora da AJEB – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – Minas
Gerais
No dia
20.03 ocorreu o lançamento e premiação do concurso literário da Coletânea AJEB
MG - O Nu da Palavra - Prosa e Verso - O Feminino através do Tempo, tudo
organizado pela nossa atuante Titular e sua brilhante Equipe.
Além dela própria, participaram da Coletânea, o Presidente da SBDE e o Titular LUIZ MANOEL DE FREITAS, Menção Honrosa com a Poesia Lembrança Materna (Ver adiante)
O evento
está arquivado e pode-se assistir, acessando:
https://youtu.be/ZYnbx9O5mmc e www.facebook.com/AJEBMG
PARABÉNS efusivos pela brilhante iniciativa, bastante elogiada por todos!
LUIZ MANOEL DE FREITAS - Natal/RN
Idealizador / Superintendente Técnico do
PROJETO REVIVER
(Parceiro)
LEMBRANÇA MATERNA ( MENÇÃO HONROSA )
Doce como uma cereja e forte como um
carvalho,
Suavemente me beija e espantando
tristeza
Ativa e estimula minha fé.
Transpira no olhar esperança, faz
pacto, mantém aliança
Livre como uma criança faz de mim o
que quer,
Se chora, diz que é alegria, pois
tem o coração de mulher.
Carrega no cheiro o odor de quem
nasceu para amar,
Impera como mulher, e vive para
agradar,
Sana de todos a dor com suavidade e
magia no olhar.
Assim ela é, divina. Controla, mas
não se impõe,
Resignada... não diz que é sina,
sugere, não ordena, propõe,
No erro não grita, intima. São as
lembranças da minha mãe.
JORGE DE ANDRADE MOTA - Porto
Alegre/RS
Contista várias vezes premiado, também no Exterior
ARRANHA-CÉU
(Baseado na Música de Orestes
Barbosa)
Cansei de esperar por
ela
Toda noite na janela
Vendo a cidade a luzir...
Quantas infinitas noites ele
passara, em vão, numa pequena sala de uma casinha de madeira azul, no alto do
morro da Maria Degolada, vendo lá em baixo dezenas, centenas de espiões
transcendendo de luzes artificiais que pareciam foguetes diabólicos, perfurando
o céu, indo diluir-se nos mais altos e profundos abismos infernais, levando
junto dezenas, centenas de moradores cativos que, por décadas viviam?
Enclausurados dentro de suas paredes
herméticas sem sol, sem areia, sem mar, sem árvores, sem jardins.
Já naquela época, havia o 1º arranha-céu
naquela pequena rua. Por ele é que ela
chegava, economizando a subida íngreme no morro.
E, cada vez que subia
O elevador não trazia
Esta mulher, maldição!
O elevador que descia
Subia meu coração...
Que agonia, quanto desespero, quanta
revolta. E tudo isso derivava do sentimento mais venerado da humanidade.
E por que isso? Perguntava-se,
apenas por ter por segundos mirado aquela face séria, quase fechada, num banco
de universidade.
E, desde esse segundo fatídico,
penetrou em seu coração o sentimento de que, dentre todas as mulheres, seria
ela que o acompanharia no decorrer dos anos.
Mas, desde o primeiro encontro,
quantos empecilhos, quantos obstáculos criados por ela para este desenlace.
Os únicos dias de ouro daquele caso deram-se
na praia.
Lá, longe do mundo rotineiro, foram
os dias mais felizes daqueles seres deserdados da sorte.
Pois não estava ali, o bilhetinho amarelado
pelo tempo em que ela escreveu: Estes
foram os dias mais felizes da minha vida. Oro aos deuses (peço que ores
também, Jorge) para que todos os dias da minha vida sejam assim...
Estarrecido ele pensava: - Como
pode alguém escrever isto e voltar ao estado anterior de indiferença?
O encontro era às 08 horas. Bateram 09
no relógio de parede da salinha, 10, e às 11, com o receio de enlouquecer com
as subidas e descidas do elevador do arranha-céu, após bater a porta, entrou no
Fuckinha 68 e zarpou, raspando pneus, para qualquer lugar.
Mas, a melodia continuava a
perseguir seus ouvidos.
Cansei de olhar os
reclames
E disse ao peito, não
ames
Que teu amor não te quer
Levanta fecha a vidraça
Esquece aquela desgraça
Esquece aquela mulher.
Como se o coração recebesse ordens
da razão...
Como esquecer aquilo que foi gravado a ferro e fogo dentro dele? Imerso nestes pensamentos, e com a velocidade de 120 km/h, não conseguiu vencer o pontilhão do Riacho das Águas Mortas.
O
fuckinha rodopiou, saltou e mergulhou no riacho.
No meio do riacho, um barco o esperava. Ela estava nele e o convidou:
- Suba, vamos para o único lugar em
que poderemos ser felizes.
Ele aquiesceu e o barco lentamente os foi levando para uma rota mágica em que não havia arranha-céus, automóveis, ônibus; apenas uma tênue luz iluminava campos em flores. Descendo do barco de mãos dadas, foram penetrando nesse mundo encantado, onde, felizes, iam subindo, subindo, até sumirem além do horizonte, para um lugar etéreo onde não existia imagens, apenas sentimentos eternos!
NELSON RUBENS MENDES LORETTO - Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE - 1º Secretário da SBDE
DATA
LIMITE, CARMA, PANDEMIA
Não é de agora que o tema “data limite”
provoca frisson nos arraiais espiritistas, e de resto na comunidade.
De início, muita especulação, mas aos poucos
foram surgindo os resultados de acurados estudos empreendidos por gente séria e
dedicada, analisando os fatos e as fontes com isenção e ética.
A tese em voga foi-nos trazida por Geraldo
Lemos Neto, um mineiro de 59 anos, o verdadeiro guardião da memória de Chico
Xavier, de quem foi amigo íntimo e ao lado de quem esteve por mais de 30 anos.
Para entendê-la, diz Geraldinho,
precisamos ir à questão nº 798 de O Livro dos Espíritos (Lei do
Progresso) quando Kardec, perguntando se o Espiritismo se tornaria crença
geral ou ficaria confinado a algumas pessoas, recebeu como resposta dos
Espíritos Superiores que ele (o Espiritismo) se tornaria crença geral da
humanidade, mas que isso seria paulatino, e que a humanidade ainda
experimentaria duas ou três gerações de incredulidade.
Quando vamos ao capítulo XVIII – Sinais
dos Tempos - de A Gênese: os milagres e as predições segundo o
espiritismo, Kardec afirma no item 6. – A humanidade cumpriu, até nossos
dias, incontestáveis progressos, os homens, por sua inteligência, chegaram a
resultados que não tinham jamais atingidos, com respeito às ciências, artes e
bem-estar material; resta-lhe ainda um imenso progresso a realizar: é de fazer
reinar entre eles a caridade, a fraternidade e a solidariedade, para assegurar
o bem-estar moral.
Essa travessia para o aspecto moral deveria
vencer as três gerações de incredulidades. Mas que gerações são essas?
Geraldinho
explica que a referência é o ano da desencarnação de Kardec – 1869.
Cinquenta anos depois (1919) a humanidade
experimentaria um grande flagelo com a 1ª Grande Guerra Mundial, seguida da
Gripe Espanhola. Era a 1ª geração.
Cinquenta anos depois (1969) a humanidade
experimentaria novos flagelos com a 2ª Grande Guerra Mundial, a Guerra Fria,
flagelos naturais, desencarnações coletivas expressivas e a mais desafiadora
das provocações que foi a chegada do homem à Lua em 20 de julho de 1969. Era a
2ª geração.
Em
1971 Chico Xavier foi ao Programa de televisão Pinga Fogo e esclareceu
que Emmanuel lhe dizia que a humanidade deveria esforçar-se para evitar a 3ª
Grande Guerra Mundial, que seria nuclear, pois tanto os Estados Unidos da América
do Norte, quanto as demais potências do mundo, já dominavam a tecnologia
nuclear perigosa e ameaçadora.
As forças universais estavam de olho na
Terra e não admitiam uma conflagração nuclear que reverberaria em todo
Universo, especialmente nos sistemas de vida da Via Láctea. Seria uma
catástrofe universal.
Isso tudo constituiu um carma coletivo que
precisava ser resgatado.
Estabeleceram, junto a Jesus, um pedido de
50 anos de moratória, afirmando que se a Terra não abrigasse a Guerra Nuclear
nesse período, a humanidade pagaria seus débitos coletivos pelo mínimo (tal
como no cartão de crédito).
A data limite passou a ser 2019 (50 anos
depois de 1969).
Pagamos pelo mínimo, com alguns desastres
naturais final do século XX e início do século XXI e agora com a pandemia.
Vencida essa data, o mundo experimentaria um
surto de vertiginoso progresso em todas as áreas, especialmente na saúde e na
tecnologia.
É o que temos assistido, especialmente, neste
início de século XXI.
Observe que em apenas 1 ano conseguimos
produzir a vacina contra o coronavírus (a pandemia é o pagamento pelo mínimo),
graças ao trabalho diuturno da espiritualidade amiga junto aos cientistas.
O mais fantástico de tudo isso é que Chico
Xavier já anunciara tudo isso em 1971, e depois na entrevista com Hebe Camargo,
no Natal de 1985.
Deixo à sua consideração essa narrativa,
afirmando que no YouTube você poderá encontrar farto material sobre esse
assunto capitaneado por Geraldo Lemos Neto.
Paz e luz!
OSMAR BARONI – Uberaba/MG
Foi Secretário Geral da SBDE
CONJUNTO
REGIONAL
O nome Regional, segundo Henrique
Cazes, se originou de grupos como Turunas Pernambucanas, Vozes do Sertão
e mesmo Os Oito Batutas, de Pixinguinha que, na década de 20, associavam
a instrumentação de violões, cavaquinho, percussão e algum solista a um caráter
de música regional.
O modelo exitoso se espalhou pelo País com a
missão de acompanhar os cantores e cantoras, que tinham o rádio como o
principal veículo de divulgação de suas músicas.
Enquanto escrevia um artigo, me veio a
lembrança da figura do líder dos conjuntos regionais que atuavam nas cidades do
interior, acompanhando calouros nos programas de auditório, em voga nas décadas
de 50 e 60.
Em Ribeirão Preto/SP, reinava absoluto em
popularidade os apresentados na PRA-7, comandados pelo competente locutor Fuad
Cassis, aos domingos. Ele também era responsável pelos shows com os cantores da
cidade Astrogildo Filho, Roberto Gomes e Rubens Leite, o maior imitador de
vozes femininas que o Brasil conheceu.
Como não podia deixar de ser, toda rádio
mantinha contratado um conjunto regional. Armandinho, tocador de violão
tenor, era o líder do conjunto, abrigando ainda o Nêgo, que mesmo com a
falta de um dos dedos tocava um violão discreto, porém, seguro; o Antônio
Fornari, que ostentava um vistoso Scandalli de 120 baixos, era o responsável
pelas introduções e solos; o Melê, substituído pelo Walfrido e,
posteriormente, por este escriba, ao pandeiro, completava o conjunto.
Acompanhar calouro é muito complicado para
os músicos, mas, em compensação, é um aprendizado importante no exercício da
improvisação.
Em Uberaba/MG, a PRE-5 lotava seu auditório
da Rua Manoel Borges com a Rua Major Eustáquio, quando o correto locutor
Geraldo Barbosa anunciava os calouros da noite.
É aí que entra em cena a imprescindível
presença do regional liderado pelo músico e compositor João Tomé, junto com Docinho,
Adolfo Martins e Jaime Moraes que acompanhavam os cantores da terrinha; Paulo
Marques, Zinho, Milíca Tomé, Dalva Gomes e o inesquecível Chiquito
Pereira Alves, que nos deixou recentemente.
Ele era daqueles cantores que faziam os
corações pulsarem mais forte quando sua voz aveludada interpretava: Não, eu
não posso lembrar que te amei / Não, eu preciso esquecer que sofri / Faça de
conta que o tempo passou / E que tudo entre nós terminou / E que a vida não
continuou / Pra nós dois / Caminhemos talvez nos vejamos depois.
Daí o respeito e a admiração que músicos e
cantores devotam aos Conjuntos Regionais.
(*) Fonte: Coluna
quinzenal Opinião, no Jornal de Uberaba.
Publicado no nosso Jornal Mensal de
06.2010.
PAULO JOSÉ MORAES DA SILVA - Maceió/AL
Professor de Cirurgia - Aposentado da
UFAL
Vice-Presidente da SBDE
REMINISCÊNCIAS
SERTANEJAS
Em julho de 1974, peguei estrada num
fusquinha verde 1964, que me custou R$ 6.000,00, e segui rumo à cidade
sertaneja de Santana do Ipanema, para exercer minha profissão no Hospital Dr.
Arsênio Moreira e Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
Lembro que não tinha dinheiro, e arranjei um
financiamento no banco onde trabalhava o meu amigo Eurico Beltrão, que agilizou
o sonhado dinheiro para comprar o veículo.
Era ainda solteiro/noivo da saudosa Dinha.
De primeira, fui morar no Hotel de Dª Beatriz, na Praça do Pinguim, em frente
ao Ginásio Santana. Não sabia eu que depois seria professor a convite de meu
amigo Cirurgião-Dentista Adelson Isaac de Miranda e José Pinto Araújo. O
horário era à noite onde não atrapalhava meu exercício profissional.
Depois fui morar numa casa desocupada
vizinha a Zezito Tenório, casa esta que antes servira a uma república dos
bancários do Banco do Brasil, de propriedade de Ostílio Cajé.
Casei-me e procurei outra casa menor já que
esta tinha uma garagem que cabia um caminhão, era muito grande para um casal
recém-casado.
Morei em diversos locais, inclusive uma casa
que era vizinha a Juca Alfaiate, um dos bons amigos que conquistei.
Seu genro Ivan, mais à frente, seria meu
aluno em Maceió, na Faculdade de Odontologia; depois comprei uma casa que era
vizinha ao DNER, onde moramos até minha volta a Maceió, por ter sido aprovado
no concurso da UFAL para Professor de Cirurgia Odontológica; era meu sonho que
se tornou realidade.
Para mim, minha estadia em Santana, que
aprendi a amar, foi de muitas alegrias, comecei a conversar com: Mardônio,
Dalmário, Bartolomeu, Jugurta, Adeildo Nepomuceno, Osman Agra, Genival e
Salete, Alberto Agra, Socorro Malta e Dona Virgínia Gaia e todos seus
familiares.
Apesar do sofrimento marcado pelos longos
períodos de estiagem, aprendi a conviver com o sofrimento do sertanejo, numa
época em que a imagem da televisão era muito ruim, mas nos juntávamos à noite
com os casais para jogar carteado; eu nunca gostei, mas participava do grupo
até a madrugada e sempre um na casa do outro.
Falar do sertão é falar de saudade, lembro
das imagens na residência do DNER, casa do Dr. Moacir Beltrão, mais conhecido como
Cutia e sua Bete, e quantas “gias de peito” servia de tira-gosto!
Com um céu profundamente azul, a natureza
se lançando em cor e vida, resistindo à chegada da seca, eu aproveitava esse
cenário e sempre aos domingos tinha um sítio para almoçar uma rabada, feijoada,
buchada, churrasco e, na maioria das vezes, uma galinha caipira cozinhada na
panela de barro.
bananeiras, uma horta, o galinheiro com galinhas
caipiras, perus e tô fraco, estes sempre soltos e, quando
assustados voavam.
A simplicidade dos anfitriões era uma característica muito peculiar no seu modo de tratar.
Lembranças começam a
aparecer do sertão alagoano.
Lembro do chão seco, poeirento e rachado, da
vegetação rala e rara e do gado, já de ancas murchas, balançando o badalo
pendurado no pescoço, produzindo a única canção que se ouvia por lá.
Lembro da cerca de madeira irregular, que
divide e distingue a terra de um da terra do outro, o milho jogado no terreiro
para pegar as galinhas que serviria para nosso almoço; antes de chegar a hora
da refeição tinha as preliminares, sendo servidas tripinhas fritas com uma boa
cachacinha e boas conversas - nessa época podia beber e vir dirigindo rsss...
Aprendemos muito e começamos a ver a beleza
de sua vegetação, tudo coisa de DEUS: o mandacaru, o xique-xique, a palma, o
facheiro, tudo com sua riqueza - o sertão não só é seca, tristeza, morte e
desesperança.
O sertão é vida, esperança e resistência. O
sertão é saudade, é saúde, é alma! Nós que vivemos na cidade, sentimos imensa
saudade do sertão, de amigos que deixamos, como o saudoso Dr. Clodolfo, médico
conceituado na cidade, formado na Bahia, e que foi um verdadeiro pai para mim,
dando conselhos como a um filho seu, já que os seus moravam em Recife.
Obrigado, Santana do Ipanema, para mim foi
uma verdadeira escola de vida!
THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES - Rio de Janeiro
Diretor do Museu Odontológico Salles Cunha (ABO/RJ)
Bom dia a todos lendo esta mensagem
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