{ EDIÇÃO COMEMORATIVA: 20 ANOS DA S.B.D.E. }
ALFREDO
CAMPOS PIMENTA
Caxambu/MG
Idealizador da SBDE, seu 1º Presidente,
também do COSMO e de muitas outras Instituições.
O GENEROSO BOÊMIO
Leio
Jeremias, o Profeta (Deus coloca a palavra na boca do homem).
Volto
no tempo, qual Jeremias, há 2.600 anos. Volto no tempo e registro a figura
extraordinária de um extremado amigo, um grande e velho boêmio.
De
repente, ele se torna vivo em
meu pensamento, na memória quase apagada -
pois nosso afeto existiu na década 1945/1955, em Caxambu.
Há
outro e relevante aspecto: Seresteiro, cantava as mais belas canções, tal como
Sílvio Caldas. Só nos encontrávamos durante o dia, já que era impossível
segui-lo pela noite.
Noite
impenetrável, doce, orvalhada; noite ociosa, densa, triste e melancólica –
humilde como ele; noite de lua espledosa, que, solidária, obrigava o grande
homem e assegurava-lhe, e ao seu violão, uma imensa paz.
Pela
voz rouca do eterno seresteiro, a noite, intransponível, tornava-se radiante e
luminosa, a noite do porvir, do andarilho, da sofreguidão – acalentadora noite
das mais antigas e tristes valsas.
Não
preciso citar seu nome (nem sei se ainda vive), pois será gravado nas estrelas
do céu imenso e escuro, escuro e imenso como a noite que atravessava.
Quem puder, ouça-me e me dê crédito.
Não conto inverdades, mas de sonhos.
Sonho com meu velho e generoso boêmio, meu terno Amigo, com seu cálido violão.
ANÍSIO LIMA DA SILVA
Campo Grande / MS
1º Tesoureiro
A JANELA DA SERPENTE
O minúsculo
príncipe negro emergiu do abismo, ostentando a coroa acobreada encimada pela
inscrição in anima nobili, e
carregando na mão esquerda um pergaminho que desfraldou em frente à janela, com
os enigmáticos dizeres: de ore tuo te
judico.
A pérfida
serpente bradou que não saíssem de suas casas, enquanto espalhava seus
presságios.
O rato, a
formiga, o burro, e até a águia, todos assustados, não despregavam os olhos da
grande janela da serpente. Punham-se diariamente a esperar o arauto, enfeitiçados
pelo engodo, enquanto a cobra malevolamente contava pilhas de cadáveres
enterrados em valas comuns, esquifes enfileirados, o veneno e as falsas
lágrimas copiosas misturando-se num cálice de ignomínia.
E assim,
meses se passaram, enquanto o diminuto príncipe desfilava seus horrores, reais
e imaginários, contados pela serpente.
Mas o XIX
príncipe se cansou e voltou para as profundezas do tártaro. A serpente
embevecida continuava a disseminar agouros, porém ninguém mais a ouvia.
Tapavam os
ouvidos, e todos, até o rato, voltaram ao trabalho. Só o burro, enamorado da
serpente, permaneceu em sua teimosia, cabeça baixa, orelhas aguçadas, atento à
janela.
ANTÔNIO INÁCIO RIBEIRO
Guarapari / ES
Honorário –
Diretor de Divulgação
O ESPÍRITO SANTO É
O RIO DE JANEIRO
SEM TANTOS
PROBLEMAS E VIOLÊNCIA
É
sabido por todos que militam no turismo que o Rio é o destino preferido no
Brasil, quer por brasileiros ou estrangeiros, mas bem que o Espírito Santo
poderia ser o destino alternativo dos que não querem correr riscos.
Para
tanto, tentarei traçar um paralelo entre os dois estados para motivar esta
conquista. A capital é linda tal qual. Vitória se não tem o tamanho do Rio, não
apresenta tantas favelas e agressões à Mãe Natureza.
Se
lá eles têm Niterói para justificar a ponte grande e bela, aqui temos Vila
Velha que, além do lindo Convento da Penha, tem a igreja original mais antiga
do Brasil, bem ao pé da montanha de pedra, como a Penha de lá.
Num
e noutro Estado existem cidades serranas para moradores e turistas se
deliciarem. Petrópolis e Teresópolis são duas joias, assim como nossas
congêneres Domingos Martins e Santa Teresa, com seus cantos e encantos.
Se
os cariocas têm belas praias, Búzios e Cabo Frio como exemplo, os capixabas
nada devem com as lindas Guarapari e Iriri, cada uma com seus atrativos, quer
seja para jovens como para a melhor idade, com a Cidade Saúde.
Lá
impressiona o Dedo de Deus, aqui reina a Pedra Azul, no mesmo estilo e
grandeza. Para o turismo religioso, no Rio o ícone é o Corcovado, aqui o
Santuário de São José de Anchieta, que reúne outros atrativos.
A
lista de comparações poderia crescer, mas este não é o objetivo e sim. motivar
mais turistas para conhecerem o Espírito Santo, que fica ao lado, tem tamanho e
formato do Estado aproximado, petróleo e praias.
Que
poderia faltar para recebermos a mesma quantidade de turistas? Em primeiro
lugar, divulgação, quer pelo Governo, como pela população, através das redes
sociais que são nacionais.
Em
segundo, valorizar o que é nosso. É bem brasileiro primeiro visitar lugares
distantes, sem antes conhecer e promover o que é perto e nosso. Falamos mais
dos outros do que de nós mesmos.
Como
a crise continua, vamos dar prioridade ao que é mais barato, gastando menos e
aproveitando mais, indo onde é diferente e novo.
Para contrapor a feijoada carioca,
temos a moqueca capixaba!
EDUARDO SOUZA
Rio Branco
/ AC - Colaborador
Cirurgião Dentista -
Natalense - Cinéfilo
O PROCESSO (1962) THE TRIAL - LE PROCÈS
Avaliação do público: 7.9
Baseado num dos livros do escritor Tcheco Franz Kafka, e dirigido pelo
genial diretor americano Orson Wells, O PROCESSO, segue pelas trilhas obscuras
e muitíssimas vezes inalcançáveis de sistemas jurídicos.
Sob a regência de Wells, o personagem interpretado pelo ator Anthony
Perkins (que ficou famoso 02 anos antes, pelo excepcional Psicose (1960
- Psycho - Avaliação: 8.5), transfere
para a tela e de forma angustiante, a inquietude e a impotência de um cidadão
comum, que acorda uma manhã com um policial no seu quarto, dizendo que ele está
preso, sem explicar o porquê, nem qual a acusação.
O diálogo inicial é surreal e cheio de pequenas armadilhas de linguagem,
que desequilibram o raciocínio do nosso protagonista.
Um 2º policial adentra o recinto reforçando a situação absurda, sempre
sem expor razões reais para tal abordagem.
Nesse 1º embate, o personagem tenta se defender com a lógica, emite
declarações positivas à sua pessoa, mostra documentos pessoais que comprovariam
sua boa índole, mas é totalmente ignorado pelos agentes da lei.
O surreal continua, quando o “acusado” procura maneiras mais eficazes de
se defender, indo para o óbvio 1º passo, ao procurar um Advogado, na companhia
de um parente também incomodado com a situação.
Nessa fase, um cenário de salas, ambientes e escritórios de dimensões
gigantescas, emolduram a sensação de pequenez, repassando ao suposto réu uma
insegurança que o desarma.
O Advogado que ele consulta, de costumes bizarros e de ininteligível
diálogo, não produz a firmeza que ele busca.
Os cenários labirínticos, escadas enormes, passarelas e vielas sombrias,
arquivos imensos, jogados ao chão ou em prateleiras sem fim, sinalizam e
simbolizam os entraves burocráticos de práticas, legais nem sempre ao alcance
do cidadão comum.
O filme não é exatamente linear, mas percebe-se uma metáfora universal
na comunicação que ele gera, ao evidenciar incoerências e dúvidas no
Judiciário, muitas vezes, obscuro e
suspeito, onde nem sempre é concedido o direito real dos requisitantes.
GERALDO MENEZES BARBOSA
Juazeiro do Norte/CE
{ Em Memória }
RESUMO BIOGRÁFICO
Nasceu
em 06.06.1924, na cidade de Crato-CE; seu
pai, José Barbosa dos Santos, era Jornalista.
Graduou-se
em Odontologia pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela CADES-MEC,
além de 26 Cursos de Extensão sobre Saúde e Cirurgia Bucal, Previdência Social,
Assistência ao Menor, Cidadania, Relações Humanas e para a Vida, Meio Ambiente,
Psicologia, Filosofia, Parapsicologia, Hipnodontia, Jornalismo, Rádio e TV,
Economia, Política, Direito do Menor, Ação Social.
Foram mais de 60 anos com participação direta no desenvolvimento da cidade de Juazeiro do Norte:
Vereador e Presidente da Câmara Municipal (1960), quando sancionou o 1º Código de Postura da Cidade;
60 anos de Jornalismo, quando lançou o jornal Correio do Juazeiro (1949), criando a Associação Juazeirense de Imprensa.
Jornalista registrado na Associação Cearense de Imprensa, com carteira datada de 1950 e membro da Associação Cearense de Rádio e Televisão.
Foram 50 anos como Diretor e Professor da Escola Técnica de Comércio de Juazeiro;
30 anos como Professor de Biologia da Escola Normal, Colégio Moreira de Souza e 06 anos no Colégio Salesiano de Juazeiro do Norte;
10 anos como Cronista na Rádio Iracema, 05 anos na Rádio Educadora do Cariri e 45 anos na Rádio Progresso de Juazeiro, como sócio fundador, diretor, formador de opinião pública, com crônicas diárias;
Editor da Revista Memorial; Vários livros escritos sobre História do Juazeiro, Crônicas, Literatura;
Diretor Secretário da Comissão Pró Eletrificação do Cariri (1950);
Lutou pela instalação do Aeroporto Regional e abertura da Estrada Barbalha-Unha de Gato, nos anos 50\60;
Trabalhou para criação do 1º Banco de Sangue e instalação no Hospital São Lucas; Foi sócio proprietário do Hospital Santo Inácio;
Lutou pela instalação das agências do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica e da Receita Federal;
Fundador da Sociedade de Amparo aos Mendigos (1956), com 40 asilados, assistência social e hospitalar num grande prédio da Rua São José;
Diretor da Escola Técnica de Comércio (50 anos);
Criou e instalou a Faculdade de Engenharia de Operação de Juazeiro, com apoio do Governador Adauto Bezerra (1975), hoje Centro de Tecnologia da URCA;
Criou o Aeroclube de Juazeiro, ainda funcionando, e o Teatro Escola;
Professor e palestrante do 2º Batalhão de Polícia e do Tiro de Guerra. Recebeu certificado de reconhecimento expedido pelo 4º Exército e Medalha de Ouro do Mérito Militar concedida pela Polícia Militar do Ceará e de várias outras instituições.
Fundador do Lions Clube de Juazeiro (1956), 1º presidente e depois Governador do Distrito de Lions Internacional, empossado nos Estados Unidos e também Orador Oficial do Conselho de Governadores.
Foi Delegado Regional do Conselho Regional de Odontologia e do Sindicato dos Odontologista do Ceará e Presidente da Comissão do Centenário de Juazeiro (2011).
Membro titular da Academia Cearense de Odontologia, da Academia de Cultura de Lions Internacional, da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores e do Instituto Cultural do Vale Caririense.
Foram 96 anos de vida, 60 dedicados ao Juazeiro e ao Padre Cícero, seu Protetor – Faleceu em 12.08.2020.
Esta é a nossa merecida homenagem a
esse ilustre e honrado Titular, cuja brilhante trajetória nos enche de justo
orgulho!
JOSÉ ANSELMO CÍCERO DE SÁ
Rio
de Janeiro/RJ
Academia
de Artes, Ciências e Letras do RJ
{ Cadeira
nº 29 - Patrono: Quintino Bocaiúva }
AO ENCONTRO
DO “MELHOR”
Pedi e
se vos dará, buscai e achareis, batei à porta, se vos abrirá! Porque todo
aquele que pede recebe; quem procura, acha, e se abrirá àquele que bate à porta,
mas Deus lhe deu, a mais do que ao animal, o desejo incessante do melhor, e é
este desejo que o impele à procura dos meios de melhorar sua posição. (Mateus,
Cap. XXV - ESE)
SÓCRATES, filósofo
grego (470–399 a.C.), nos legou a
seguinte mensagem: - Ninguém que saiba ou
acredite que haja coisas melhores do que as que fazem, ou que estão ao seu
alcance continua a fazê-las, quando conhece a possibilidade de outras coisas
melhores.
Quando
o ser humano age erroneamente, é porque opta pelo que lhe “pareça o melhor”,
conforme a sua óptica, isto porque o seu comportamento está alicerçado em sua
própria maneira de perceber a vida.
A compreensão
do “melhor” depende do desenvolvimento do raciocínio lógico de cada um
para cada situação, e se manifesta na criatura através de uma sequência
progressiva, onde se leva em conta a maturidade espiritual adquirida em
experiências evolutivas através dos tempos.
Todos
nós acumulamos informações, instruções, noções em muitos aspectos através das
nossas vidas. A princípio passamos a vivenciá-los superficialmente, porém, aos
poucos, vamos analisando entre processo de reelaboração, para depois passar a
integrá-los em definitivo em nós mesmos, isto é, incorporá-los completamente.
Em “praticar
o nosso melhor’ está contido o quanto de amadurecimento conseguimos
recolher nas experiências da vida, e também como usamos e interrrelacionamos
essas mesmas experiências quando deparamos com fatos e situações no decorrer
dos nossos caminhos.
Sempre
optamos de acordo com a nossa “gradação evolutiva”, isto porque, somos agora o
que de “melhor” poderíamos ser, já que estamos fazendo conforme nossas
possibilidades de interpretação, junto aos outros e perante a vida. Podemos
dizer que será considerado o “nosso melhor’ o que sentimos em
profundidade ou experimentando, vivenciando, e não o que lemos, escutamos o que
nos ensinam, ou mesmo o que os outros tentam nos mostrar, isto porque, estar na
“cabeça”
não é o mesmo que estar na “alma inteira”.
Há
ocasiões em que julgamos um ato praticado por uma pessoa como sendo negativo,
todavia, para entendermos o que motivou a agir daquela forma, e o porquê do seu
padrão comportamental, mister se faz atingirmos o âmago dessa pessoa e
observarmos, dentre outras coisas, como ela foi educada, quais foram os valores
que recebeu na infância, e o meio social em que cresceu.
É
evidente que o nosso “melhor” de hoje possa vir a sofrer
profundas alterações amanhã, isto porque a própria evolução é um processo que
nos incita sempre ao “melhor”, pois é propósito do
Universo nos fazer progredir cada vez mais para nos aproximar da sabedoria
plena.
A
natureza humana tende sempre a compensar as suas faltas e insuficiências.
Cientificamente consta que todo organismo está buscando se atualizar, ou
suprir, pois quando gasta energia a necessidade de recompor esta carência
energética, expressando-se em algumas ocasiões com as sensações de fome e de
sede.
Podemos
observar que essa força que busca nos melhorar, ou mesmo nos contrabalancear, é
como se fosse uma “alavanca poderosa”
que tende sempre a nos atualizar, mantendo-nos no melhor equilíbrio possível.
Assim
quando, por exemplo, um pulmão deixa de funcionar, o outro pulmão faz a função
de ambos, podendo isto também ocorrer com o nosso rim. Em outros casos, essa
força interna tenta reparar os deficientes visuais e auditivos, compensando-os
com maior percepção, sensibilidade e tato. Por outro lado, estruturas ósseas
fraturadas se recompõem e se solidificam mais fortemente no local exato onde houve
a lesão.
Por
outro lado, observamos que o nosso sistema imunológico, que é essa mesma força
de ação, exerce grande influência sobre o organismo para mantê-lo no seu melhor
desempenho, conservando a própria subsistência orgânica, através de mecanismos
de autodefesa, com que elimina todos e quaisquer elementos estranhos que possam
vir a comprometê-lo.
Também
sob o aspecto psicológico, esse fenômeno ocorre para que todos nós possamos nos
ajustar diante da vida, de acordo com o nosso “melhor”.
Ninguém
consegue agir de modo diferente do que assimilou como certo ou favorável,
porque todo o nosso propósito é fundamentalmente bom com o nosso “melhor”.
A
intenção dos seres humanos se baseia no conjunto de bens morais e intelectuais,
de capacidades e habilidades próprias, porém, os meios de execução pelos quais
eles atuam são sempre questionáveis, pois outros indivíduos, nas mesmas
situações, tomaram medidas diferentes, baseadas no seu “estágio evolutivo”.
Ainda
discorrendo sobre esta questão, é imprescindível dizer que, quando estamos
fazendo o nosso “melhor”, agimos de acordo com o que sabemos nesse exato
momento e, dessa forma, a “Providência Divina” estará nos protegendo.
Todavia,
quando propositadamente não correspondemos com atos e atitudes ao nosso grau de
justiça e conhecimento, passamos a não mais receber “condescendência
espiritual” visto que transgredimos os limites das leis naturais que nos
amparam e sustentam.
O Apóstolo PEDRO escreveu que: “Deus julga a cada um de acordo com suas
obras”. Tal frase pode ser interpretada como a certeza de sermos
avaliados pelo “Poder Divino”, segundo nossa capacidade de escolha, isto é,
levando-se em conta nosso conjunto de funções mentais e espirituais, bem como
nossa aptidão racional de fazer, de decidir, analisar e tomar direções.
As
nossas “obras”, as quais são enunciadas pelo Apóstolo Pedro no texto
Evangélico, não são edifícios de alvenaria, perecíveis e passageiros, mas sim,
as nossas construções íntimas – o “maior potencial” que já conquistamos ou
conseguimos atingir, em todos os sentidos da nossa vida.
Isto
equivale a dizer que encontraremos no nosso “MELHOR” sempre o ponto chave na
apreciação e no cálculo da “Contabilidade Divina”, ao registrar
se “obteremos
o que pedimos” , ”se acharemos o que buscamos”
e se “as portas se abrirão ou se fecharão para nós” .
IRISLENE CASTELO BRANCO MORATO
Belo
Horizonte / MG
Presidente
Coordenadora da AJEB–MG
{Associação
de Jornalistas e Escritoras do Brasil}
Obs.: Apresentação
de sua obra na série
“CHÁ & POESIA
COM ELAS”
JOSÉ HENRIQUE GOMES GONDIM
Natal/RN
Tesoureiro Geral da SBDE
QUANDO EU NÃO MAIS EXISTIR...
Quando eu não mais
existir,
Colha flores no jardim;
Eu perfumarei aquelas
tocadas por ti.
Quando eu não mais
existir,
Sente a noite;
Eu serei a brisa que
irá penetrar tua alma.
Quando eu não mais
existir,
Dança na chuva;
Eu serei os pingos que
irão deslizar pelo teu rosto.
Quando eu não mais
existir,
Contempla as estrelas;
Uma delas serei eu pra
te desejar boa noite.
Quando eu não mais
existir,
Banha-te no lago,
E me vejas no teu
reflexo sobre a água.
Quando eu não mais
existir,
Procura-me em ti mesma;
Eu sempre estarei nos
teus pensamentos.
Quando eu não mais
existir,
Descansa nos campos;
Eu serei o pássaro que
cantara nossa música.
Quando eu não mais
existir,
Caminha pelas estradas
do infinito;
Eu lá estarei te
servindo de guia.
Quando eu não mais
existir,
Mergulha nas águas do
mar;
Eu serei as ondas que
virão ao teu encontro molhar teu corpo.
Quando eu não mais
existir,
Fecha os olhos nas tuas
orações;
Eu serei a tua fé.
Quando eu não mais
existir,
Simplesmente, abra a
gaveta de tua cabeceira,
E me encontrarás nestas
palavras que eu te escrevi.
LUIZ MANOEL DE FREITAS
Natal / RN
Superintendente
Técnico do
Projeto Reviver
( Instituição Parceira )
A
ESPERANÇA
A esperança não nos falta,
Ela encerra as nossas pálpebras,
E as abrem
Ao surgir o amanhecer.
Nos conduz na harmonia,
Revigora a Poesia,
Supera a dor,
Traz alegria,
Não nos deixa esmorecer.
Reacende a confiança,
Com Deus mantém aliança,
Pois vem Dele essa força
Que chamamos esperança!
MAURO CRUZ
Juiz de Fora/MG
Vice-Presidente da SBDE {DMD, MSc, PhD}
A
FLORZINHA DO IPÊ (*)
Em uma
florestazinha,
De cor
verde azulada,
Havia uma
florzinha,
Muito
linda e delicada!
Ser
grande era o seu sonho,
Pois ao
seu lado havia
Um Ipê
enorme e risonho,
Que
também lhe protegia.
Pensava,
então, todo dia:
Como
depressa crescer,
Pra com
ele parecer?
Mas... o
tempo, não corria!
Enquanto
isso brincava,
Sorria e
se divertia!
O
tempo... lento... passava...
E, aos
poucos, ela crescia.
Com os
anos se sucedendo,
E a
natureza cuidando,
A
florzinha foi crescendo...
E também
se transformando.
Viu seus
galhinhos felizes,
Se
tornarem colossais,
Viu seu
tronco e raízes,
Suportarem
vendavais.
Aqueles
ramos fininhos,
Agora
grandes e fortes,
Abrigavam
passarinhos,
Que
chegavam em coortes.
A muitos,
deu seus abrigos,
Pássaros
e também bichinhos...
Eram
todos seus amigos,
Protegidos
em seus ninhos.
Um dia,
percebeu ela -
Isso foi
um grande achado -
Que
havia, então, se tornado,
Uma
árvore grande e bela!
Era uma
árvore feliz,
Naquela
linda floresta!
Foi como
a florzinha quis,
Sua vida
sempre em festa!
Tão
linda, foi premiada,
Com um
prêmio que vale mil,
E por
todos é chamada,
A Florzinha do Brasil!
(*)Tabebuia, popularmente conhecido como ipê,
paud’arco, peúva, ipé, ipeúna ou paratudo, é o gênero neotropical mais
comum da Família Bignoniaceae. Em 1978,
a lei 6.507
oficializou a Flor do Ipê como a Flor Nacional do Brasil
e o Pau-brasil (caesalpinia echinata)
como a Árvore Nacional do Brasil.
NELSON RUBENS MENDES LORETTO
Gravatá / PE
1º Secretário
FALANDO, AGES! (*)
Se
grandes problemas te assinalam a vida, não consideres por infantilidade o
sofrimento dos outros.
Falando, ages.
Onde possas auxiliar, oferece o apoio da oração.
No
trato de terra em que não se te faça possível o cultivo do bem, não plantes o
mal.
Não
destruas onde não consegues reconstruir.
Guardas,
talvez, com simpatia as alegações dos acusadores, mas não te esqueças de que
Deus ouve o choro dos acusados que são também teus irmãos.
Se
foste mutilado e já te movimentas com o apoio de pernas mecânicas ou sem elas,
não menosprezes a mágoa de alguém que se queixa de uma unha encravada. Toda dificuldade é importante.
Qualquer
dor se reveste de significação que precisamos compreender.
Ouve
os cansados e os tristes, os desorientados e os doentes, erguendo-lhes a fé com
a força da bondade e da esperança.
Ainda mesmo para aquele companheiro que te pareça perdido, endereça as tuas melhores palavras de paz e amor, porque talvez seja esse que, pelas experiências sofridas, no dia de tua provação ou de tua dor, com mais segurança, te abençoará e te auxiliará Pensa nisso!
(*) Irma de Castro - Meimei
PAULO JOSÉ MORAES DA
SILVA
Maceió / AL
Professor Aposentado da UFAL
CONSIDERAÇÕES SOBRE A SBDE
Sem fins lucrativos, esta Sociedade tem por objetivo incentivar
as Letras e divulgá-las, oferecendo oportunidade aos Cirurgiões
Dentistas que se dedicam às atividades da escrita científica ou não,
encontrando acolhimento para sua vocação literária entre os pares de ofício e
arte, e nas Comunidades em geral.
Dentistas Escritores de literatura não-científica, podem
aderir a esse grupo que, há 20 anos, divulga os trabalhos de autores
associados, e promove encontros onde os membros compartilham o talento
literário.
A maioria dos escritores membros da SBDE tem livros
autorais publicados, somando em seu conjunto centenas e centenas de
publicações.
Fundada em 20 de setembro de 2000, a Sociedade Brasileira
de Dentistas Escritores – SBDE – nasceu na belíssima cidadezinha de Caxambu, no
sul do Estado de Minas Gerais e teve como seu idealizador e 1º Presidente o
Prof. Dr. Alfredo Campos Pimenta, e Presidente de Honra o Prof. Dr. José
Roberto de Melo/PE, em memória.
Hoje, temos como Presidente o abnegado Prof. Dr. Rubens
Barros Azevedo, carioca, mas residente em Natal/RN há 21 anos, sendo também o
editor do jornal mensal, desde 2004 e do anexado blogue.
A Instituição tem representantes – Titulares e Honorários
- na maior parte dos Estados brasileiros
Podem tornar-se membros da SBDE todos os Dentistas, de
qualquer especialidade, mediante simples indicação por um Titular, bastando que
sejam escritores de literatura científica, ou qualquer gênero literário
(romance, crônica, conto, poesia, ensaios etc.).
A solicitação será aprovada mediante análise da Diretoria,
e eles passam a contribuir financeiramente com uma anuidade de pequeno valor.
Vale salientar a importância que a Entidade tem para as comunidades
em geral e para os Dentistas que têm como atividade paralela à profissão, a
escrita, a arte, a música e a fotografia.
Sabemos que há muitos colegas que escrevem, mas não
gostam de exibir seu talento, então a Instituição estimula a todos que têm esse
perfil, interagindo com a cultura.
A Diretoria da Sociedade Brasileira de Dentistas
Escritores tem mandato de três anos, podendo ser reeleita; essa eleição se dá
durante o COSMO - Congresso Sul Mineiro de Odontologia - que a cada biênio é
promovido (o próximo será, como sempre acontece, no último final de semana de
setembro, portanto, de 23 a 25.09.2021.
Estatutariamente, a sede da SBDE é itinerante, de acordo
com o Estado em que seu Presidente reside.
É muito gratificante participar desse grupo seleto de
colegas espalhados pelo Brasil!!!
THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES
Rio de Janeiro / RJ
Diretor do Museu Odontológico Salles
Cunha – ABO/RJ
PETER THOMAS
Cirurgião Dentista americano da Temple University, School of Dentistry,
Pensilvania, Filadelfia/EUA, esteve no Brasil em torno de 1965.
Seu curso sobre Reabilitação Oclusal deu-lhe reconhecimento ímpar na
profissão.
Tornou-se conhecido também como o Dentista das estrelas do cinema
americano, pois tinha clínica em Holywood.
O maior foco de seus estudos era a articulação temporomandibular. Documentação completa de seu material de estudo pode ser encontrada hoje nos arquivos do Museu de Odontologia Salles Cunha, da ABORJ, a saber: Separatas:
1 1 - Peter K. Thomas - Conceito da relação dente a dente, cúspide a fossa. Tradução de Solon Galvão Filho – Natal/RN, 1965; 2 - Full mouth waxing technic for reabilitation tooth to tooth - cuspid fossa concept;
3 - Harvey Stallard e Charles Stuart -
Concepts of occlusion;
4 - C. Stuart - Accuracy in measuring
functional dimensions and relations in oral prosthesis;
5 - C. Stuart and H. Stallard - Diagnosis
and treatment of occlusal relations of the teeth;
Farta documentação em forma de apostilas
era a base teórica do curso, com os autores seguintes:
Charles E. Stuart - Why dental restorations should have cusps;
Charles Stuart e Harvey Stallard - Why an axis?;
Charles Stuart — Good occlusion for
natural teeth.
Apostilas: Charles Stuart: Notes don the determinants of occlusion; Occlusal adjustments - Notes on centric relation
Observação: Impresso
Academia Brasileira de Prótese Dental
CONCEITO DA RELAÇÃO DENTE A DENTE,
CÚSPIDE, FOSSA
Técnica de enceramento de arcos
completos - Peter K. Thomas
Tradução de Solon Galvão Filho, C.D.
Imprensa Universitária do Rio Grande do
Norte, Natal/RN - 1965
Um macro modelo de gesso das arcadas
dentárias também faz parte do acervo.
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