ANTÔNIO
INÁCIO RIBEIRO
– Guarapari/ES
HONORÁRIO – Diretor de Divulgação
CONTINUAÇÃO DO LIVRO
DA FELICIDADE - Pensamentos diários
AUTORES ALEMÃES:
O que
se faz num dia é semente de felicidade para o dia seguinte. Provérbio
01.05
A ambição é louvável quando acompanhada pelo desejo de fazer felizes os
outros. Paul Holbach
(1.723 a 1.789)
02.05
Quem faz com alegria e se alegra com o que fez é feliz.
Johann Goethe (1.749 a 1.832)
03.05
A
felicidade não está nas coisas, mas em nós.
Richard
Wagner (1.813 a 1.883)
04.05
Enquanto
entregues à multidão dos desejos com suas esperanças e temores, nunca obteremos
a felicidade. Arthur Schopenhauer (1.788
a 1.860)
05.05
Só são verdadeiramente felizes aqueles que procuram ser úteis aos
outros. Albert
Schweitzer (1.875 a 1.965)
06.05
A
felicidade é o pensamento que se consegue transformar em sentimento. Thomas Mann (1.875 a 1.955)
07.05
Felicidade é um como, não um quê. Hermann Hesse (1.877 a 1.962)
08.05
Não
é a força, mas a constância dos bons sentimentos que nos conduz à felicidade. Friedrich Nietszche (1.844 a 1.900)
09.05
A
felicidade não se resume na ausência de problemas, mas sim na sua capacidade de
lidar com eles. Albert Einstein (1.879 a
1.955)
10.05
Todos
correm atrás da felicidade, mas é a felicidade que está correndo atrás de
todos. Berthold Brecht (1.898 a 1.956)
11.05
Você
nunca consegue o suficiente daquilo que você não precisa para torná-lo feliz. Erich Fromm (1.900 a 1.980)
12.05
Quando
a felicidade se apresenta devemos abrir-lhe todas as portas porque jamais foi
considerada inoportuna. Arthur
Schopenhauer
13.05
Felicidade
nada mais é do que boa saúde. Albert
Schweitzer
14.05
Enquanto
puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro,
e isto significa felicidade. Anne Frank
(1.924 a 1.945)
15.05
Nem sempre está na mão de cada um ser feliz; mas está merecê-lo.
Johann Goethe
16.05
Felicidade
e infelicidade são irmãs gêmeas, que crescem juntas.
Friedrich Nietzsche
17.05
Evitar
a felicidade com medo de que ela acabe, é o melhor meio de se tornar infeliz. Albert Einstein
18.05
O homem é um ser ansioso pela felicidade; no entanto, não a suporta por
muito tempo. Hermann
Hesse
19.05
A liberdade é a faculdade de fazer pela sua própria felicidade tudo o
que não prejudica a felicidade dos seus colegas. Paul Holbach
20.05
O que nos torna felizes ou infelizes não é o que as coisas são
realmente, mas o que são para nós. Arthur Schopenhauer
21.05
A
felicidade é a chave para o sucesso. Albert Schweitzer
22.05
Aquele
que é feliz espalha felicidade. Anne
Frank
23.05
O homem não é feliz enquanto o seu esforço indeterminado não fixar a si
mesmo os seus limites.
Johann Goethe
24.05
A felicidade é mulher. Friedrich
Nietszche
25.05
A
palavra felicidade não terá qualquer sentido enquanto houver crianças
infelizes. Albert Einstein
26.05
Só aquele que sabe amar é feliz. Hermann Hesse
27.05
Felicidade
é a aceitação corajosa da vida. Erich
Fromm
28.05
A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que
nos nossos bolsos. Arthur
Schopenhauer
29.05
A felicidade é o fruto que se colhe pelo que plantamos. Antônio Ribeiro
30.05
Só
há felicidade quando não pensamos no amanhã e abraçamos, agradecidos, o que
hoje tem a nos oferecer.
Autor
Desconhecido
31.05
A
felicidade do corpo é ter saúde, do espírito, ter sabedoria.
Autor Desconhecido.
DIRCE BERGAMASCO – São José dos Campos/SP
{Continuamos a série de Artigos da nossa ilustre Titular, abordando a
vida e a obra do nosso Patrono, base do belo opúsculo que lançou quando foi
atuante
Presidente: 2000/2004.}
TRIBUTO A TIRADENTES:
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER
Sua impetuosidade e caráter de justiceiro estão relatados nos versos
de Dantas Motta:
AS COLUNAS
DO TEMPLO E A LIBERTAÇÃO DE UM ESCRAVO
Tanto
que,
Vindo de
Todos os Santos na Bahia,
E
passando pelo Tejuco, em Minas,
Ali ergueu as colunas de um Templo maçônico,
O qual templo, recebeu, como iniciados,
Ao sargento-mor José da Siva e ao Padre Rolim,
Mais tarde seus companheiros de cinjura.
E
havendo parado em Minas Novas,
No rancho
próprio dos “pousos” também chamado “curro”.
Deu de
topo com um “negreiro”, a castigar um escravo.
Tiradentes
atraca-se com o sobredito “negreiro”,
Castiga-o
e, por via disso,
É roubado
e fica sem nada”.
(1ª Epístola de Jm.Jzé.da Sva. Xer – o
Tiradentes – aos Ladrões Ricos, vs, 54-5).
Possuía
uma botica, em sociedade com um padre, em Vila Rica, onde praticava o que hoje
chamamos de fitoterapia! Seus conhecimentos sobre as plantas, adquiriu-os com
seu primo Frei Velloso, grande botanista do Império, que catalogou mais de
2.000 espécies na região do Rio Paraíba do Sul.
Por
volta de 1767, Joaquim José da Silva Xavier, agora mais conhecido por - o
Tira-Dentes - passou a trabalhar por conta própria, e já tinha o reconhecimento
profissional por parte da população.
Fazia
bons relacionamentos por onde passava e, em Sebollas (hoje Paraíba do Sul/RJ)
teve uma grande amizade: Dª Ana Mariana
Barboza (Foto), rica proprietária de terras, viúva de Francisco Gonçalves
Teixeira. Sempre que passava pelo local, se hospedava no sobrado da fazenda de
Sebollas, tendo se transformado em amigo de toda a família.
Fonte:
Museu Tiradentes de Paraíba do Sul, antiga cidade de Sebollas.
EDUARDO SOUSA
- Rio
Branco/AC - Colaborador
Cirurgião Dentista - Natalense - Cinéfilo
SAYONARA
(1957) 7.3 (PONTUAÇÃO DADA PELOS EXPECTADORES)
Baseado
numa obra literária, filmado no Japão, SAYONARA,
é um dos destaques do Cinema dos anos 50’s, um elenco exemplar e competente,
mostrando uma história que atrai, numa mistura de costumes e detalhes, entre
ocidente e oriente. Um cruzamento positivo mostrado na tela grande da sétima
arte.
Marlon
Brando liderando e flanando na cultura japonesa, de forma idílica e suave.
Imagens e formas admiráveis de um enredo atraente, que leva o espectador a
apreciar um filme de múltiplas facetas, em meio a ocupação militar americana,
no Japão pós-segunda guerra.
Um
piloto de caça da força aérea do tio Sam, ás da guerra na Coréia, é mandado sem
muitas explicações para servir no Japão, a contragosto, e por arranjos que ele,
necessariamente, não concorda. Em solo nipônico, encontra sem planejar, ou
saber, uma linda e exuberante artista de variedades do teatro japonês.
Contrariando
determinações da etiqueta militar que proíbe relacionamentos com nativas, o
major da força aérea, insiste, depois de se encantar com a moça, num encontro
proibido por elos que ele tenta ignorar.
A
mudança de visão, é ajudada, quando um dos seus auxiliares, com fortes
convicções, o convence a ser padrinho de seu casamento com uma delicada
japonesa. Apesar das restrições iniciais do piloto, a intransigência dá lugar à
concordância.
Envolvido
romanticamente com uma bela americana, depois de conhecer a fascinante
japonesa, as dúvidas e questionamentos do piloto aparecem. As rígidas regras
militares e suas reais ambições, não parecem estar em sintonia com o que ele
espera de si mesmo.
A
leveza afável, a graciosidade da branda e meiga japonesa, conduz o piloto, às
da aviação e veterano combatente, a moldar seus sentimentos no magnetismo
inspirador da meiga oriental.
Ela o
carrega através da cultura do seu país, em meio a saídas furtivas, conversas
íntimas, tudo com alto grau de romantismo, fazendo com que o piloto entre na
órbita de sensações que ele nem sabia que existiam.
Intolerância
e tragédia acontecem muito próximo, do nosso personagem, o que o faz se tornar
resoluto em mergulhar de vez naquilo que ele acredita ser seu destino.
Regras
universais de bem-estar, da camaradagem e tolerância, brilham na tela, para
mais uma vez, enaltecer o óbvio que, às vezes, nos escapa, por falta de atenção
ou preconceitos de demasiada rigidez.
FARID
ZACHARIAS – Rio de Janeiro/RJ
Academia
Brasileira de Belas Artes – Cadeira nº 03
RESUMO DA ÓPERA O RIGOLETTO – DE GIUSEPPE
VERDI
Ópera
em 3 atos - Libreto de Francisco Maria Piave
Baseado
no drama de Victor Hugo Le Roi S’amuse (O Rei se diverte)
Das
26 óperas de Verdi, duas se destacam pelo sucesso que conseguiram junto ao
público: são O Rigoletto e A Aída. O
Rigoletto era a sua preferida.
O
drama Le Roi S’amuse (O Rei se
diverte) foi considerado imoral e proibida sua apresentação na França. Isso,
por volta de 1849/1850. Nesse tempo, a Itália estava sob o domínio da Áustria.
Verdi foi proibido de apresentar sua Ópera, tendo um Rei ao lado de um bufão,
por conter cenas de sexo licenciosas, e um Rei que andava atrás da filha de seu
bobo corcunda, foi proibida de apresentá-la ao público, como imoral.
Na
Ópera, Verdi e o notável libretista e poeta Piave, modificaram o título
para La maledizione e o cenário, de Paris, para Veneza. Mesmo assim, a
Ópera foi proibida. Verdi e Piave, já estavam nervosos. O problema parecia não
ter solução. O Diretor da Ordem Pública,
que havia proibido a peça como imoral, aconselhou-os, que se fizessem algumas
modificações, admitiu que a liberaria. As modificações seriam: substituir o
Reino, por um pequeno Ducado; a substituição de nomes, como Rei Francisco I,
para Duque de Mântua; Triboulet, para Rigoletto; Blanche, para Gilda etc., e
assim, a Ópera seria apresentada como O
Rigoletto.
Estreou no Teatro La Fenice, em Veneza,
em 1851, com grande sucesso. Foi apresentada em Viena, Budapest, Praga e São Petersburgo.
A estreia em Paris se deu em 1857 e Victor Hugo, que moveu processo contra os
criadores da Ópera, e perdeu, foi ver a peça e ficou encantado. Em Nova Iorque,
em 1883, quando o Metropolitan fazia um mês de construído, foi cantado por
Caruso, como o Duque de Mântua, inaugurando o Teatro. Aliás, Caruso se
assenhoreou do papel do Duque e o apresentou, também, em Londres, Viena, Paris
e Berlim.
Um detalhe: Mirate, que seria o Duque,
na estreia, reclamava com Verdi que não estavam dando a ele uma melodia da
Ópera, e Verdi dizia para ele que não se
preocupasse.
No
dia do ensaio geral, Verdi levou a peça, mas fez Mirate jurar que não a
cantaria, nem em casa, não a solfejasse e nem a assobiasse, em lugar nenhum,
pois, queria guardá-la para a estreia, como a sua melodia mais célebre, e que
ela só seria ouvida durante a execução da Ópera.
Era
um segredo que ele estava guardando: La
Donna è móbile, qual piuma al vento (A mulher é volúvel, como a pluma ao vento)
veio a ser, realmente, um sucesso mundial.
1° Ato. BAILE NO PALÁCIO DO DUQUE DE MÂNTUA.
O
Duque (tenor) corteja a Condessa de Ceprano, mas está apaixonado por uma jovem
que viu na igreja. Rigoletto (barítono)
zomba cruelmente do Conde de Ceprano.
Entra
no Salão furiosamente o Conde Monterone (barítono), gritando para que todos
ouvissem, que a sua filha foi seduzida pelo Duque, e é logo preso por ordem do
Duque.
Rigoletto
também fez troça do Conde Monterone que, por sua vez, profere contra o bufão
uma maldição que o deixa preocupado: - Quanto
a ti, serpente, tu que podes rir da angústia de um pai, que a maldição desta
caia sobre a tua cabeça.
À
noite, já na rua, Rigoletto se encontra com Scarafucile (baixo), bandido,
matador profissional, que oferece seus serviços e se afasta.
Rigoletto
canta o monólogo Parisiamo (somos
iguais), comparando-se ao mau elemento, Scarafucile. Rigoletto, chegando a casa,
proíbe Gilda de sair.
Imaginando
o ruído de alguém na rua, ele abriu o portão e saiu, dando uma volta pelo
quarteirão. O Duque, sorrateiramente, entrou no pátio, e atirou um saquinho de
dinheiro à criada; fez um sinal e buscou um esconderijo. Gilda exclamou: - Céus! Se ele desconfiasse de mim! -
Referindo-se ao pai.
Rigoletto
retornou e repetiu que ela estava proibida de sair de casa. Ao sair, se
despediu: - Minha filha, adeus!
O
Duque estava escondido, mas ouviu e se surpreendeu com a revelação:
- Sua filha! O Duque, disfarçado de estudante, saiu do
esconderijo, acalmou Gilda, cantando È Il
sol dell’anima (Ela é a luz da alma). Quando o Duque vai embora, Gilda
canta a linda melodia: - Caro nome (Nome bem-amado).
Rigoletto,
de volta, encontra-se com um bando de cortesãos nas redondezas, que lhe
declaram que estão pretendendo roubar a mulher de Ceprano, para o Duque.
Rigoletto
apontou para a casa de Ceprano e se ofereceu para ajudar. Os cortesãos aceitam
o oferecimento. Insistem que ele deve disfarçar-se, e colocam nele uma máscara
e um lenço, tapando-lhe os olhos e, claro, ele fica sem ver nada. Andaram com
ele um pouco e o fizeram segurar uma escada, apoiada num muro, dizendo que é de
Ceprano, quando, na verdade, é o da própria casa dele. Pulam o muro, agarram
Gilda, a amordaçam e a levam ao Palácio do Duque.
Instantes
depois, Rigoletto, desconfiado, rasgou a máscara, viu o lenço de Gilda no chão
e o portão aberto. Correu pela casa e percebeu que Gilda foi raptada, com a sua
participação. E exclama, desesperado: -
Ah! É a maldição!
2°
Ato - Salão do Palácio Ducal.
O
Duque está aborrecido porque voltou à casa de Gilda e não a encontrou. Canta: -
Parmi veder le lagrime! (Parece-me
ver a lágrima, deslizando-se das minhas pestanas), com tanto sentimento, que
quase sentimos pena dele.
Marullo
e os cortesãos entram e contam as aventuras da noite anterior, quando raptaram
Gilda, com a ajuda do Rigoletto (eles supunham que ela fosse a amante do
bufão).
O
Duque ouviu tudo e se alegrou; quando soube que ela estava na sala ao lado,
correu ao seu encontro. Nesse instante, entrou Rigoletto. Os cortesãos cantam - Povero Rigoletto! (Pobre Rigoletto!),
gozando sua desgraça, pela perda que eles supunham, fosse sua concubina.
Rigoletto,
escondendo sua aflição, vai cantando La
rà, La rà, olhando para todos os cantos, tentando encontrar alguma coisa de
Gilda. Nesse instante, um pajem entrou apressado, procurando o Duque. Os cortesãos
lhe avisam que Sua Excelência, não pode ser incomodada agora.
Rigoletto
compreendeu tudo, suplicou aos cortesãos que lhe entreguem sua filha, e tenta
forçar a porta da sala ao lado, no que é barrado pelos cortesãos, e canta a
espetacular ária: - Cortigiani, vil razza
dannata! (Cortesãos, raça vil, danada, por qual preço, vendeste o meu bem,
a minha filha é o meu tesouro).
Gilda
saiu dos aposentos do Duque, correndo em direção ao pai, e se atira em seus
braços. Os cortesãos deixam os dois a sós, e Gilda conta toda a verdade ao pai,
que o namorado a acompanhou, desde a Igreja, cantando - Tutte le feste al tempio (toda a comemoração a seu tempo).
Rigoletto a conforta, cantando - Piaangi,
fanciulla (canta, minha menina), prometendo vingança.
Casualmente,
o Conde Monterone atravessou a sala conduzido para a execução, diz a Rigoletto: O raio ainda não caiu sobre a tua cabeça!
3° Ato – Residência de Scarafucile, às margens do Rio Mincio.
Velha
hospedaria, com um rio próximo. Rigoletto chega com a filha, vestida de homem,
pois o pai quer que ele saia da cidade essa noite, e que ela esqueça o falso
estudante.
O
Duque vem disfarçado de soldado (eles o observam através de uma porta
estragada). Chega, pede vinho e é servido por Scarafucile. O Duque canta a bela
ária La Donna è móbile (A mulher é
volúvel).
Gilda
e o pai reparam que ele está tentando seduzir Madalena. Rigoletto combina o
assassinato do Duque. Gilda escuta Madalena pedir ao seu irmão, Scarafucile que
não mate o Duque.
Gilda
resolve imolar-se ao seu amor. Bate à porta. Madalena corre a abrir, Gilda dá
um passo à frente e é ferida de morte.
Scarafucile
a coloca num saco, que entrega a Rigoletto. Este, ao abrir o saco, descobre a
filha moribunda.
Os
dois se despedem de maneira pungente e ela dá o último suspiro.
- Ah!
A maldição se cumpriu! Soluça
Rigoletto.
Cai o
pano! Fim da bela Ópera!
IRISLENE
CASTELO BRANCO MORATO
– Belo Horizonte/MG
Academia Feminina Mineira de Letras
PLENITUDE
A plenitude íntima
Está no desapego
No amor liberto
Com intensidade
Sentir a vida
Com Paixão
Onde ter você
Faz-me suar
Faz-me soar
Entre o desprendimento
E a volúpia do desejo
Transito entre
O amor
E a paixão
Com a vibração da Vida!
JOSÉ ANSELMO
CÍCERO DE SÁ – Rio de Janeiro/RJ
Academia de Artes,
Ciências e Letras do RJ
Cadeira nº 29 -
Patrono: Quintino Bocaiúva
AS CINCO
GRANDES ALTERNATIVAS DA
HUMANIDADE
Se interrogarmos o sentimento íntimo da
quase universalidade dos homens, se viveremos ou não viveremos ao findar esta
nossa existência terráquea, por certo teremos à resposta que SIM, viveremos. É
obvio que isto significa uma esperança que constitui uma consolação.
Entretanto, uma minoria esforça-se, sobretudo de algum tempo para cá, por
tentar provar que não viveremos. Forçoso é confessar que essa escola fez
prosélitos, principalmente entre os que, temendo a responsabilidade do futuro,
acham mais cômodo gozar sem constrangimento o presente, sem se perturbarem com
a perspectiva das consequências. Essa, porém, é a opinião de uma minoria.
Pela assertiva da maioria dos homens de que
realmente viveremos após finda a nossa existência, formulamos as seguintes
indagações: Se havemos de viver, como
viveremos? Em que condições viremos a encontrar-nos? – Aqui, os sistemas
variam, de acordo com as ideias religiosas, e filosóficas. Podem, no entanto,
reduzir-se a cinco, todas as alternativas capitais que passaremos a
enunciá-las, a fim de que se torne mais fácil a comparação, e cada um possa
escolher a que lhe pareça mais racional e melhor corresponda às suas aspirações
pessoais, e às exigências da sociedade. Estas cinco alternativas são as que
resultam das seguintes doutrinas: materialismo, panteísmo, deísmo, pragmatismo e espiritismo.
Assim teremos:
1ª) DOUTRINA MATERIALISTA –
Atribui que o homem nada mais é, antes nem depois da vida corporal. A
inteligência do homem é uma propriedade da matéria. Nasce e morre com o
organismo. Como consequências, sendo o homem apenas matéria, os gozos
materiais são as únicas coisas reais e desejáveis; as afeições morais carecem
de futuro; os laços morais a morte os quebra sem remissão, e para as misérias
da vida não há compensação; o suicídio vem a ser o fim racional e lógico da
existência, quando não se pode esperar atenuação para os sofrimentos; viver
cada um por si o melhor possível, enquanto aqui estiver; deveres sociais sem
fundamento, o bem e o mal, meras convenções. Por freio social unicamente a
força da lei civil. O materialismo ostentando-se como jamais fizera em época
nenhuma, apresentando-se dono regulador supremo dos destinos morais da
Humanidade, teve por efeito aterrorizar as massas pelas consequências
inevitáveis das suas doutrinas com relação à ordem social. Por isso mesmo,
provocou, em favor das idéias espiritualistas, enérgica reação, que lhe há de
provar quão longe ele está de possuir simpatia tão gerais quanto supõe e que
singularmente se ilude se espera impor um dia suas leis ao mundo.
O que causa espanto na maioria dos
materialistas da escola moderna é o espírito de intolerância levado aos últimos
limites, quando, ao mesmo tempo, reclamam incessantemente o direito à liberdade
de consciência!... Há, neste momento, em certo partido, um levantar de escudos
protetores contra as ideias espiritualistas em geral, nas quais, naturalmente,
as do Espiritismo se acham envolvidas.
O que este partido quer não é um Deus melhor
e mais justo, é o Deus matéria, menos embaraçoso, porque não se lhe tem de prestar
contas. Ninguém contesta ao mencionado partido o direito de ter sua opinião, de
discutir as opiniões contrárias; mas, o que não se lhe poderia conceder é a
pretensão, singular, pelo menos, em homens que se dão como apóstolos da
liberdade, de impedirem que os outros creiam a seu modo e discutam as doutrinas
de que elas não partilham. Intolerância por intolerância, uma não vale mais do
que a outra.
2ª) DOUTRINA
PANTEÍSTA – A Alma, ou o princípio inteligente,
independe da matéria, é extraído, ao nascer do todo universal; individualiza-se
em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum, como as
gotas de chuva ao oceano. Sem
individualidade e sem consciência de si mesmo, o ser é como se não existisse.
As consequências morais desta doutrina são exatamente as mesmas que da doutrina
materialista. Certo número de panteístas
admite que alma tirada ao nascer do todo universal, conserva a sua
individualidade por tempo indefinido e somente volta à massa depois de haver
chegado aos últimos degraus da perfeição.
As consequências desta variedade de crença
são absolutamente as mesmas que as da doutrina panteísta propriamente dita,
pois de todo inútil é que alguém se dê ao trabalho de adquirir alguns
conhecimentos, cuja consciência terá de perder, pelo aniquilar-se após um tempo
relativamente curto. Se a alma em geral, se nega a admitir semelhante
concepção, quão mais penosamente haveria ela de sentir-se chocada, ponderando
em que o instante que alcançasse o conhecimento e a perfeição supremos, seria o
que se veria condenada a perder o fruto
de todos os seus labores, perdendo a sua individualidade.
3ª) DOUTRINA
DEÍSTA – O Deísmo compreende duas categorias bem
distintas de crentes: Os deístas
independentes e os deístas providencialistas.
Os primeiros creem em Deus; admitem todos os seus atributos como criador. Deus,
dizem eles, estabeleceu as leis gerais que regem o Universo; mas, uma vez
estabelecidas, essas leis funcionam por si sós, e Aquele que as promulgou de
mais nada se ocupa. As criaturas fazem o que querem ou o que podem, sem que Ele
se inquiete. Não há providência; não se ocupando Deus conosco, nada temos que
lhe agradecer, nem que lhe pedir. Os
que negam qualquer intervenção providencial na vida do homem são como crianças
que se julgam muito ajuizadas para se libertarem da tutela, dos conselhos e da
proteção de seus pais, ou que pensam não deverem estes ocupar-se mais com eles,
desde que os puseram no mundo. Sob o pretexto de glorificarem a Deus, demasiado
grande, dizem, para se abaixar até as suas criaturas, fazem Dele um grande
egoísta, e se rebaixam até ao nível dos animais que abandonam suas crias à
Natureza. Essa crença é resultado do orgulho; é sempre a ideia de que estamos
submetidos a um poder superior que fere o amor-próprio e do qual procuram
eximir-se. Enquanto uns negam absolutamente esse poder, outros consentem em
reconhecer-lhe a existência, embora condenando à nulidade. Há uma diferença
essencial entre os deístas independente
e o providencialista. Este último,
com efeito, crê não só na existência e no poder criador de Deus, como também
crê na sua intervenção incessante na criação e a Ele ora, mas não admite o
culto exterior e o dogmatismo atual.
4°) DOUTRINA
DOGMÁTICA – A Alma, independente da matéria, é criada por
ocasião do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade após a
morte; desde esse momento, tem irrevogavelmente determinada a sua sorte; nulos
lhe são quaisquer progressos ulteriores; ela será, pois, por toda a eternidade,
intelectual e moralmente, o que era durante a vida. Sendo os maus condenados a castigos perpétuos e
irremissíveis no inferno, completamente inútil lhes resulta todo arrependimento;
parece assim que Deus se nega a conceder-lhes a possibilidade de repararem o
mal que fizeram. Os bons são
recompensados com a visão de Deus e a contemplação perene no céu. Os casos que
possam merecer o céu ou o inferno, por toda a eternidade, são deixados à
decisão e ao juízo de homens falíveis, aos quais é dada a faculdade de absolver
ou condenar.
5ª) DOUTRINA
ESPÍRITA – Esta
doutrina trata da vida espiritual, de vez que como sabemos, esta é a vida
normal, enquanto que a vida corpórea é uma fase temporária do Espírito, que
durante ela se reveste de um envoltório material, de que se despe por ocasião
da morte. O Espírito como princípio inteligente, independe da matéria. A Alma
individual (o espírito encarnado) preexiste
e sobrevive ao corpo. Todas as almas são criadas simples e ignorantes, sendo
sujeitas a progresso indefinido. O seu ponto de origem é o mesmo para todas
elas. Nada de criaturas privilegiadas e mais favorecidas do que outras. Os
anjos são seres que chegaram à perfeição, depois de haverem passado, como todas
as outras criaturas, por todos os graus da inferioridade.
As Almas ou Espíritos progridem mais ou menos
rapidamente, mediante o uso do livre-arbítrio, pelo trabalho e pela
boa-vontade. O progresso do Espírito é tanto na vida espiritual como material.
O estado corpóreo é necessário ao espírito até que haja galgado certo grau de
perfeição. Ele aí se desenvolve pelo trabalho a que é submetido pelas suas
próprias necessidades, e adquire conhecimentos práticos especiais. O Espírito
retoma um corpo tantas vezes quanto lhe for necessária, e de cada vez encarna
com o progresso que haja realizado em suas existências precedentes, bem como na
vida espiritual, sendo insuficiente uma só existência corporal para que adquira
todas as perfeições. Quando o Espírito alcança num mundo, tudo o que aí pode
obter, deixa-o para ir a outros mundos mais adiantados, cada vez menos materiais,
e assim por diante, até a perfeição de que é suscetível a criatura. A Alma dos cretinos e dos idiotas é da mesma
natureza de qualquer outro ser encarnado; possuem, muitas vezes, grande
inteligência; sofrem pela deficiência dos meios de que dispõem para entrar em
relação com os seus companheiros de existência, como os mudos sofrem por não
poderem falar. É que abusaram da inteligência em existências pretéritas, e
aceitaram voluntariamente a situação de impotência para usar dela, a fim de
expiarem o mal que praticaram. As crianças que morrem em tenra idade podem ser
Espíritos mais ou menos adiantados, porquanto já tiveram outras existências em
que, ou praticaram o bem ou cometeram ações más. A morte não os livra das
provas que hajam de sofrer e, em tempo oportuno, eles voltam a uma nova
existência na Terra, ou em mundos superiores, conforme o grau de elevação que
tenham atingido.
JOSÉ ROBERTO
DE MELO
Presidente de Honra
– Em Memória
COMO
ENTREI NA HISTÓRIA DE CORTÊS/PE
{ CONTINUAÇÃO }
CAPÍTULO 92 - Nunca pensei em
tirar proveito financeiro como Prefeito de Cortês. O dinheiro que eu mesmo
atribuí a mim mesmo, pois governei sem Câmara, era uma verba de representação,
gastava tudo em táxi, perambulando pelas Secretarias, cavando as coisas para o
Município que despontava, no Recife, onde passava parte da semana, e tirava do
consultório meios para viver.
José Borba pensava do mesmo jeito. Alguém verificou depois de
um ajuste na folha municipal que a Secretária
Yolanda Gomes ganhava mais do que ele, e perguntou porquê.. Respondeu que a
moça vivia dos seus proventos de funcionária, e ele do seu engenho.
O progresso de
Cortês era o nosso sonho. Eu tinha deixado o Distrito que vivia abandonado,
como uma cidade com parte calçada, com água encanada, funcionalismo em dia, com
abono de Natal pago e com aproximadamente 20% do orçamento intacto no cofre
municipal para a obra continuar.
CAPÍTULO 93 - Na
época em que Cortês foi criado, os grandes jornais do Recife tinham diariamente
uma página completa dedicada aos municípios. Eles tinham um correspondente em
cada cidade, que mandava as notícias locais, noticiavam as festas, em suma,
falavam da cultura local.
Muitos desses correspondentes apareceram também como homens
públicos. Pedro Afonso foi prefeito de Palmares e deputado estadual; Pelópidas
Soares, de Catende, elegeu-se para a Academia Pernambucana de Letras. Só para citar alguns.
Também
proliferavam os jornais locais. Em Palmares, Petrolina, Timbaúba, Garanhuns,
Caruaru etc. Em Cortês, na ânsia de torná-lo conhecido, fundamos o jornal A
CIDADE, e nos tornamos correspondes do Diário de Pernambuco, do Jornal do Commercio e da Folha da Manhã. Tínhamos uma
participação ativa no jornalismo matuto, que nesse tempo fazia proliferar os
congressos de jornalistas do interior. Levamos o nome de Cortês para os que se
realizam em Timbaúba, em Caruaru, e em Palmares. Participamos ativamente, junto
com o jornalista Waldimir Maia Leite da campanha vitoriosa que tornou sócios
efetivos da Associação de Imprensa de Pernambuco, os correspondentes do
interior.
Nessa época
Cortês não tinha estação de rádio, nem os abnegados que dão notícias dele
diariamente no Facebook...
LUIZ
MANOEL DE FREITAS - Natal/RN
Idealizador / Superintendente Técnico do
Projeto Reviver
Idealizador / Superintendente Técnico do
Projeto Reviver
AS MÃES
Nem buscando na mais sábia filosofia,
Nem conhecendo do mar a imensidão,
Seremos capazes de grande amor sentir
Se não tivermos desde cedo sua mãe.
És a nobreza das almas no caminho,
Buscando a paz na força do perdão;
És a pureza na face da menina,
Que lembra seu primeiro amor na solidão.
Se és uma dádiva que nos traz felicidades,
Te ter presente é paz, é alegria;
Se tua palavra é o peso da verdade,
Tua existência para mim é calmaria.
Se ao mundo, em carne e osso me colocaste,
Fruto de um amor que ao meu pai te unia,
Foi nas noites frias que tu me acalentaste,
Com o amor e a calma de nossa Mãe Maria.
És o exemplo da força e da compreensão,
És a mulher que todos querem ter,
És um raio transformando em clarão
Que ilumina todos os filhos no viver.
Livro: Reviver
- 2002
NELSON RUBENS MENDES LORETTO – Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE
1º Secretário da SBDE
1º Secretário da SBDE
MINHA CONDUTA; SUA CONDUTA; NOSSA CONDUTA!*
Disse-nos Jesus que seus discípulos
seriam reconhecidos por uma faceta especial de comportamento. Qual é ela? - Seus discípulos, afirmou Jesus, seriam reconhecidos por se amarem uns
aos outros. Nesse ensinamento, registrado pelo apóstolo João, encontra-se
resumida a lei de justiça, amor e caridade. Se ele fosse observado, os homens
se respeitariam mutuamente, os vínculos sociais entre as criaturas seriam mais
consolidados, as leis mais justas, a convivência humana mais pacífica.
Qual é o conceito de justiça segundo
o Espiritismo? - Segundo os ensinamentos espíritas, a justiça consiste em cada um
respeitar os direitos dos demais. Duas coisas adverte o Espiritismo, determinam
esses direitos – a lei humana e a lei natural.
Que conduta com relação ao próximo a
lei natural estabelece? - A lei natural, que é de todos os tempos, determina-nos, tal como
recomendou Jesus: “Queira cada um para os outros o que deseja para
si mesmo”, uma regra singela de justiça que Deus implantou no coração do
homem.
Que causas geram os desrespeitos humanos? - As causas que geram os desrespeitos humanos decorrem da própria
imperfeição dos homens. São as mesmas causas que obstaculizam o progresso, e é
possível encontrar em sua raiz o orgulho e o egoísmo e todas as paixões e
imperfeições características dos Espíritos em via de progresso.
Que fator possibilitará a necessária
mudança, quando então se verá na sociedade terrena uma maior quota de respeito,
não somente às leis, mas também às pessoas e a tudo o que a elas interesse? - Sabemos que à medida que o homem progride moralmente amplia-se o seu
livre-arbítrio e aumenta, no mesmo diapasão, seu senso de responsabilidade. É,
portanto, o amadurecimento das pessoas que possibilitará a necessária mudança,
quando então se verá na sociedade terrena uma maior quota de respeito às leis,
às pessoas e a tudo o que a elas interessa. Pense nisso!
* Baseado na publicação “Respeito às
leis, às religiões e aos direitos humanos”, de Thiago Bernardes (O Consolador,
ano 03, nº 144).
PAULO JOSÉ MORAES
DA SILVA – Maceió/AL
Academia Alagoana de Odontologia
CONSIDERAÇÕES SOBRE PORTO CALVO
O
Município de Porto Calvo é a freguesia mais antiga do Estado, pois já existia
no século XVI. Sua fundação é atribuída a Cristóvão Lins, a
quem foram doadas terras que se estendiam do Rio
Manguaba ao Cabo de Santo Agostinho.
"A
sesmaria recebeu o nome de Santo Antônio dos Quatro Rios – Manguaba,
Camarajibe, Santo Antônio Grande e Tatuamunha – compreendia as terras entre os
Rios Manguaba, passando pelo Camarajibe
(Matriz e Passo do Camaragibe), Tatuamunha (Porto de Pedras) e chegando ao Rio
Santo Antônio, em São Luiz do Quitunde".
Nessa
região, ele iniciou a cultura canavieira, e construiu uma capela e sete engenhos. Os novos proprietários procuraram
logo fazer a derrubada das matas e plantar cana-de-açúcar, surgindo daí os engenhos
banguês que sustentaram a economia alagoana durante quatro séculos, até serem
substituídos pelas usinas.
Os
primeiros engenhos foram construídos por Cristóvão Lins, os quais ele batizou
com os nomes de Escurial, Maranhão e Buenos Aires.
Porto
Calvo foi um dos primeiros locais a ser habitado pelos portugueses. A cruzada organizada por
Cristóvão Lins percorreu parte do litoral, expulsando os índios e se apossando
de suas terras.
Cristóvão
Lins recebeu o título de Alcaide-Mor de Porto Calvo, em 1600.
O povoado foi se formando com o movimento entre o norte e o sul, assumindo
características de vila nos primeiros trinta anos do século
XVII.
A
origem do nome vem de uma lenda na qual um velho calvo, que morava às margens
do rio, construiu um porto, conhecido como o "Porto do Calvo".
Quando
foi elevada à vila, passou a se chamar Bom Sucesso, em homenagem à vitória de Matias de Albuquerque contra os
holandeses, mas permaneceu Porto Calvo até
os dias atuais.
Sempre
presente em fatos políticos, Porto Calvo teve papel saliente nos diversos
acontecimentos sociais e políticos da Capitania de Pernambuco, haja
vista, que, à época, esta, assim como o Estado de Alagoas, eram parte do Estado
de Pernambuco.
Fez-se
notável pela parte que tomou na guerra contra os holandeses, serviu de base
para as forças expedicionárias, e como entreposto
comercial durante o período da destruição do célebre Quilombo dos Palmares.
Tem
como filhos ilustres Calabar, Zumbi e Guedes de Miranda, sendo que Domingos Fernandes Calabar
se tornou o caso mais famoso de deserção da história do País.
Figura
muito discutida por historiadores, com duas correntes antagônicas, uns
considerando-o herói, e outros o julgando traidor da Pátria por ter se aliado
aos holandeses. Na época do Brasil
Colônia, num tempo em que não se encontrava solidificado o
sentimento nativista e a consciência de uma Pátria como a temos nos dias
atuais, a deserção era fato corriqueiro dentro das fileiras dos exércitos.
Calabar
não foi o único a desertar, outros que por diversos motivos e pertencentes às
mais diferentes etnias e nacionalidades mudavam de lado rotineiramente.
A
freguesia, sob invocação de Nª Sª da Apresentação,
foi criada por volta de 1575.
Sendo elevado de povoado à Vila, em 12 de
Abril de 1636, e
foi elevada à categoria de cidade pela Resolução nº 1.115, de 14 de Novembro de 1889,
e depois pelo Decreto nº 10, de 10 de
Abril de 1890.
Como
atrativos (além da própria história), o município oferece a Igreja Matriz,
considerada Monumento Nacional em 06 de Junho
de 1952,
pelo Senado Federal e tombada em 17 de janeiro de 1955
pelo serviço de Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, a Igreja de Nossa Senhora da Apresentação traz
estampada em seu frontispício a data de 1610,
como ano de sua conclusão. Temos o Alto da Forca e o Rio Manguaba, além das
festas da padroeira (21/11) e do aniversário 12/04.
O
município de Porto Calvo localiza-se na região norte do litoral alagoano,
limitando-se com Jundiá
(33Km), Matriz de Camaragibe (25Km), Porto de Pedras (30Km), Japaratinga (20Km), Maragogi (30Km) e Jacuípe
(18 km).
Distante
de Maceió 96 quilômetros e está situado 35 metros
acima do nível do mar. Ocupa uma área de 335 km², é a 31ª região em
extensão territorial do Estado de Alagoas.
Seu
relevo apresenta duas feições: a primeira a dos tabuleiros, com uma topografia plana e suavemente ondulada,
modelada em rochas
sedimentares argiloarenosas. A segunda corresponde a do
modelado em rochas
cristalinas, com uma topografia ondulada e movimentada,
destacando-se as serras do Café, do Urubu e Benfica. A altitude oscila de
poucos metros a 200 metros.
Segundo
o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), no recenseamento
de 2000,
Porto Calvo tinha aproximadamente uma população de 23.951 habitantes divididos
entre zona rural (8.689 habitantes) e zona urbana (14.983 habitantes), sendo
que o total de homens é 12.132 e de mulheres é de 11.819. Porém, fontes extra
oficiais estimam uma população aproximada de 30.000 habitantes.
A argila ou barro
para a fabricação de telhas
e tijolos, constitui a principal riqueza mineral.
Como riqueza de origem animal existem peixes
e camarões nos principais rios e lagoas, o que
propicia também uma pequena atividade pesqueira, havendo também criatórios
particulares para comercialização.
A
atividade agropecuária
e a indústria açucareira constituem a base econômica local. As demais
atividades que têm predominância na economia municipal são a produção de açúcar, de álcool,
através da Usina Santa Maria e as cerâmicas.
Seguem-se
o arroz,
mandioca e coco-da-baía.
A cana-de-açúcar é escoada para a Usina Santa Maria, enquanto os demais
produtos são exportados para Maceió.
A pecuária, que anos atrás, ocupava uma posição
de destaque em sua economia está reduzida a uma criação considerada apenas
regular. Não há indústrias significativas no município, exceto a usina.
Porto
Calvo concentra um comércio de variadas opções e economia estável, além de
feira livre às sextas e sábados, considerada a maior da região.
Os
estabelecimentos bancários são a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco, de grande movimento diário. Há uma
agência dos Correios,
várias serralherias, proporcionado um bom número de empregos diretos e
indiretos e uma Casa Lotérica.
O primeiro ponto a ser visitado foi o Memorial Calabar,
erguido no Alto da Forca, local onde Domingos Fernandes foi morto por
garroteamento e, em seguida, teve o corpo esquartejado por optar pelo domínio
holandês em detrimento ao jugo lusitano.
Esculturas assinadas pelo artista plástico Manoel Claudino da
Silva, pernambucano de Pesqueira, retratam ali o momento da execução de
Calabar. O memorial foi instalado em 2011.
Calabar foi o primeiro brasileiro a lutar pela independência
de nosso Brasil, e por isso pagou com a própria vida a sua insurreição. É sem
dúvidas herói nacional", bradou o professor Valdomiro Rodrigues, que guiou
a comitiva pelos pontos históricos da cidade.
A visita a Porto Calvo terminou com uma passagem pelo Porto
do Varadouro, à margem do Rio Manguaba. Lá estão postadas estátuas que também
fazem parte do Memorial Calabar. As esculturas lembram a gênese lendária da
povoação personificada na figura do “Velho Calvo” e no movimento frenético de
entrada e saída de mercadorias que ocorreria a partir das últimas décadas do
século 16, quando os irmãos Christopher e Sibald Linz deram início à
colonização da região.
Foi lá que o ator Chico de Assis leu uma crônica sobre o
surgimento de Alagoas e a importância histórica de Porto Calvo para a formação
da identidade nacional.
Parte da rica história de Porto Calvo pode ser vista no
Memorial Guedes de Miranda, administrado pelo lotérico aposentado Adelmo
Monteiro, proprietário de grande parte das peças que integram o museu, como
balas de canhão, espadas, moedas antigas, cerâmicas, artefatos indígenas,
fotografias antigas e gravuras. Vale a pena conhecer Porto Calvo!!!
Fontes: Wikipédia, a
enciclopédia livre; Livro de Craveiro Costa, Histórias de Alagoas, 1983.
PLACIDINO GUERRIERI
BRIGAGÃO
– Rio de Janeiro/RJ
Acadêmico Emérito da
Academia Brasileira de Medicina Militar
Academia Brasileira de Medicina Militar
O DIA DAS MÃES
O DIA DAS MÃES é comemorado pelo mundo
cristão em vários países, em datas diferentes.
No Brasil, em 1932, o Presidente Getúlio Vargas
o oficializou como sendo no segundo domingo de maio.
Assim, naquela data, é festejado em todo o
Brasil cristão.
É uma data importante na qual, filhos e filhas,
homenageiam suas Mães por intermédio de festas em seus lares.
O amor comanda os festejos, exaltando
seguramente a beleza do lar unido pelo amor coletivo.
É impositivo agradecer ao Poder Infinito as
bênçãos enviadas a cada lar pela - VONTADE DO SENHOR - possibilitando paz e
progresso a cada lar do mundo!
ROGÉRIO
DUBOSSELARD ZIMMERMANN - Recife/PE
SANTOS,
CANALHAS, MANSOS
O
dinheiro que mata,
que
une, que ata, desune e desata,
que
machuca e maltrata,
e
essa nata
que
se cobre com mantos,
que
se recolhe aos prantos,
onde
se formam os antros
de
tantos e tantos e tantos...
que
se cobrem de fezes,
e, às
vezes, as teses
os
transformam em santos,
de
tantos e tantos e tantos
milagres
canalhas, suas falhas navalhas,
e
dormem em palhas, tão mansos
de
tanto e tanto o dinheiro corromper.
THALES RIBEIRO MAGALHÃES - Rio de Janeiro/RJ
Diretor do
Museu Odontológico Sales Cunha – ABO/RJ
MORRISON E O MOTOR
A PEDAL
James
Beal Morrison nasceu em East Springfield/Ohio/EUA, em 05.12.1829.
Era o
segundo de três irmãos, todos eles Dentistas. Jovem, aprendeu vários ofícios,
incluindo conserto e fabricação de relógios, entrando para a Odontologia como
aprendiz, em Steubenville/Ohio, com a idade de 20 anos.
Praticou
primeiro em St. Louis/Missouri, por volta de 1855. Foi para Paris, em 1861,
onde praticou por 02 anos em associação com o Dr. Mo Kellogs, um Dentista
americano.
Foi
para Londres, onde praticou por 04 anos, junto com John Thomes Barreto e
Sercombe. Cresceu, então, uma longa amizade entre Morrison e Thomes. Ainda em
Londres, Morrison patenteou sua cadeira, em 07/12/1867.
Diz-se
que, pouco antes de retornar à América, um de seus amigos londrinos falou que a
próxima coisa que gostaria de ouvir sobre ele, é que estaria obturando dentes
com máquinas. Foi uma profecia realizada.
No
retorno, juntou-se a seu irmão, William Newton Morrisson, e estabeleceu o
“Gabinete Dentário dos Irmãos Morrison”, em St. Louis, onde se dedicou a
desenvolver o seu motor dentário.
Em
1870, conseguiu uma patente para o seu motor sustentador, um aparelho que
consistia em um braço móvel carregando uma peça de mão. A este aparelho
seguiu--se o motor a pedal, cuja patente foi conseguida em 07/02/1871.
O
aparelho foi manufaturado e vendido pelos irmãos Johnson, em 1872. O primeiro
deles foi vendido na Convenção Dentária de Binghampton/Nova Iorque, em
17/04/1872.
O
primeiro Dentista em Londres a usar o motor de Morrison foi seu amigo, e
primeiro sócio, Edwin Sercombe, um expoente da época e ativo membro da
Sociedade Odontológica.
No
encontro mensal da Sociedade (às 2as.feiras), em 03/03/1873, Sercombe descreveu
a máquina inventada por seu amigo. Disse que uma broca montada em aparelho
manual, rodando livremente e encontrando algum suporte na palma da mão era, até
então, o aparelho favorito para preparar uma cavidade.
Seu
movimento era vagaroso e o resultado imperfeito. Agora, seu amigo, o Dr.
Morrison teve a ideia de que uma rotação mais rápida poderia ser dada por meio
de um aparelho trabalhado pelo pé, deu à broca uma velocidade de 2000 rpm, que
logo tirava o corte das brocas, e desenvolveria grande calor a pressões
indevidas. Entretanto, se as brocas estivessem em boas condições, isso poderia
ser evitado.
Membros
presentes, que tinham usado o aparelho, tomaram parte na discussão e disseram
que ele economizava menos desconforto.
O
presidente, Mr. Sheffield, perguntou se havia aumento da dor, durante o preparo.
Mr Sercombe respondeu que muitos pacientes estavam a favor do aparelho, e que a
cavidade podia ser executada com rodas de carborundum sem dor. Disse que 1.000
máquinas já haviam sido vendidas nos E.U.A., e que havia levado uma à exibição
médica internacional de Londres, naquele ano (1873).
Neste
contexto é interessante citar Julius Schiff, fundador da famosa Escola Dentária
de Viena, que disse em seu “Lerbuch der Zahneilkunde”, publicado em 1880: Falando de brocas manuais, não posso omitir
um dos maiores inventos dos tempos modernos: o motor a pedal dentário.
Naturalmente, somente um Dentista muito ocupado poderá tê-lo, pelo seu alto
custo de aquisição e de outros instrumentos, incluindo os materiais de
obturação. Custa 60 dólares, porém tem tantas vantagens que todo Dentista
deveria possuí-lo.
Na
opinião de Scheftt, a introdução do motor
dentário abriu uma nova era na Odontologia.
Bernhard
Wolf Weinherger, historiador americano, questiona o fato de que Morrison tenha
sido o inventor do primeiro motor a pedal. Diz que o mérito do invento é de
John Greenwood, de Nova Iorque, Dentista de George Washington.
Isaac
John Greenwood, seu filho e também Dentista, escreveu a Jonathan Taft, em 1860:
Meu pai foi o primeiro a usar o motor a
pedal, que ele mesmo construiu, usando uma velha roda giratória de minha
avó. Eu mesmo, para fazer o conduto para
receber o pivô em um dente artificial, usei o referido motor.
No
entanto, o exame do motor a pedal de Greenwood (está preservado na New York
Academy of Medicine) mostra que, enquanto poderia ser muito eficiente para uso
em dentes artificiais, não havia meio de usá-lo na boca de pacientes.
(Ref. Vinski, Ivo – “Morrison and
the foot engine” in Two hundred and fifty years of rotary instruments in
dentistry. Brit Dent J -146(7):
220-21, 3 apr 1979.)
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