TALENTO LITERÁRIO DE TITULARES E HONORÁRIOS
ANÍSIO LIMA DA SILVA – Campo
Grande/MS
Professor da Faculdade de
Odontologia da UFMS
1º Tesoureiro da SBDE
CONTOS E
CRÔNICAS – BREVES CONSIDERAÇÕES
Inúmeros são os gêneros
literários. Romance, novela, poema, conto, crônica, além da chamada literatura
científica. Conto e crônica são gêneros que se assemelham por tratar-se de
narrativas curtas e por isso são frequentemente confundidos. O extraordinário
Nelson Rodrigues, cronista e contista, é um dos expoentes do gênero na literatura
brasileira.
O
conto é uma história baseada na pura imaginação do autor, sem compromisso com a
realidade, enquanto a crônica narra um evento acontecido, baseado em fatos,
ainda que o cronista também oriente a narrativa através de opiniões e conceitos
pessoais.
O
contista, por sua vez, é um narrador de historietas movido pela ânsia de expor
as emoções que lhe inquietam o espírito, de forma sintética, sem compromisso
com o rigor cartesiano, a não ser o encadeamento de uma lógica narrativa que as
torne inteligível.
O autor de contos, não raro, lança mão de histórias ouvidas
ou sabidas, verdadeiras ou não, às vezes, fruto da tradição oral, para ambientar
suas historietas (o apavorante “Vyi”, de Nikolai Gógol, é um exemplo).
Uma
variante do conto é a fábula, em que a história contada encerra, em seu final,
um ensinamento moral (Fontaine é o fabulista por excelência).
Enquanto
o poeta e o romancista inspiram-se em musas, o contista colhe sua inspiração
nos mais comezinhos sentimentos.
Horácio Quiroga, grande escritor uruguaio, era
uma alma sabidamente atormentada, que acabou por suicidar-se. Seus melhores
contos relatam personagens abatidos pela tragédia e pela miséria (“A galinha
degolada”,“À deriva”, ”Insolação”). Assim como Jack London, no seu angustiante
“Acender um fogo”.
Gógol, o grande escritor
russo do século XIX, referenciado acima, primava também por inserir críticas
veladas, ou nem tão veladas assim, à burocracia czarista nos seus contos, como
em “O capote”. Ambroise Birce (“Uma ocorrência na ponte de Owl Creek”) e Edgar
Allan Poe (“O poço e o pêndulo”, “O gato preto”) faziam uso da imaginação para
descrever histórias misteriosas.
Alguém escreveu que “com bons
sentimentos não se faz boa literatura” (autor desconhecido). Talvez a nenhum
outro gênero literário aplique-se à perfeição tal afirmativa, aparentemente
temerária nesses tempos de patrulhamento ideológico, do politicamente correto e
de suscetibilidades e individualismos exacerbados.
Atribui-se ainda a Machado
de Assis que, além de romancista consagrado era também contista, a afirmação de
que uma das vantagens de um conto ruim sobre um romance ruim é a de que o conto
é breve.
A
literatura nos legou gênios desse tipo de narrativa, e uma gama de temas que
agrada aos diversos amantes do gênero.
ANTÔNIO INÁCIO
RIBEIRO –
Guarapari/ES
Honorário
– Diretor de Divulgação
O LIVRO DA FELICIDADE
{ Este livro faz parte de uma coleção que nosso ilustre Honorário lançou
há alguns anos, com grande sucesso! }
- Aproveitamos para inserir a sequência, mensalmente -
UM
PENSAMENTO PARA CADA DIA DO MÊS DE ABRIL
IDADE
CONTEMPORÂNEA (1789 até hoje)
A felicidade não é um prêmio da virtude, é a própria. Provérbio
01.04 - O dinheiro não traz felicidade, mas paga tudo o que ela gasta.
Arthur Schopenhauer (Alemão, 1.788 a 1.860)
02.04 - Viver para os outros
não é apenas lei do dever, é também a lei da felicidade.
Auguste Comte (Francês, 1.798 a 1.957)
Auguste Comte (Francês, 1.798 a 1.957)
03.04 - A infelicidade tem
isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.
Honoré de Balzac (Francês, 1.799 a 1.850)
Honoré de Balzac (Francês, 1.799 a 1.850)
04.04 - A melhor universidade
é a felicidade de viver. Aleksander Pushkin (Russo, 1.799 a 1.837)
05.04 - Felicidade é a
certeza de sermos amados apesar de ser como somos.
Victor Hugo (Francês, 1802 a 1885)
Victor Hugo (Francês, 1802 a 1885)
06.04 - Toda ação nem sempre
traz felicidade, mas não há felicidade sem ação.
Benjamin Disraeli (Inglês, 1.804 a 1.881)
Benjamin Disraeli (Inglês, 1.804 a 1.881)
07.04 - A porta da felicidade
abre só para fora; quem a força de dentro acaba por fechá-la ainda mais.
Soren Kirkegaard (Dinamarquês, 1.813 a 1.855)
Soren Kirkegaard (Dinamarquês, 1.813 a 1.855)
08.04 - A felicidade consiste
em preparar o futuro, pensando no presente e esquecendo o passado, se foi
triste.
John Ruskin (Inglês, 1.819 a 1.900)
John Ruskin (Inglês, 1.819 a 1.900)
09.04 - Felicidade é uma
estação intermédia entre a carência e o excesso.
Henrik Ibsen (Norueguês, 1.828 a 1.906)
Henrik Ibsen (Norueguês, 1.828 a 1.906)
10.04 - A condição essencial
para a felicidade é ser humano e dedicado ao trabalho.
Leon Tolstoi (Russo, 1.828 a 1.910)
Leon Tolstoi (Russo, 1.828 a 1.910)
11.04 - A felicidade é um
aroma, um ruído de festa; leva-os o vento, e despedaçam-se as cordas.
Carmen Sylva (Romena, 1.843 a 1.916)
Carmen Sylva (Romena, 1.843 a 1.916)
12.04 - Não estamos aqui para
tirar da vida o que pudermos, mas sim para fazermos a vida dos outros mais
feliz.
William Osler (Canadense, 1.849 a 1.919)
William Osler (Canadense, 1.849 a 1.919)
13.04 - Viver nos torna
pessoas felizes, pois a maioria apenas existe.
Oscar Wilde (Irlandês 1.854 a 1.900)
Oscar Wilde (Irlandês 1.854 a 1.900)
14.04 - A felicidade é um
problema individual.
Sigmund Freud (Austríaco, 1.856 a 1.939)
Sigmund Freud (Austríaco, 1.856 a 1.939)
15.04 Não há caminho para a
felicidade, a felicidade é o caminho.
Mahatma Gandhi (Indu, 1.869 a 1.948)
Mahatma Gandhi (Indu, 1.869 a 1.948)
16.04 - O cérebro é o melhor
brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da
felicidade. Charles Chaplin (Inglês, 1.889 a 1.977)
17.04 - A felicidade
solitária não é felicidade.
Boris Pasternak (Russo, 1.890 a 1.960)
Boris Pasternak (Russo, 1.890 a 1.960)
18.04 - A verdadeira
felicidade vem da alegria de atos bem feitos, do sabor de criar coisas novas.
Antoine Saint Exupéry (Francês, 1.900 a 1.944)
Antoine Saint Exupéry (Francês, 1.900 a 1.944)
19.04 - Não devemos permitir
que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
Madre Teresa de Calcutá (Albanesa, 1.910 a 1.977)
Madre Teresa de Calcutá (Albanesa, 1.910 a 1.977)
20.04 - A felicidade contínua
não existe, existem apenas momentos de felicidade.
Indira Ghandi (Indiana, 1.917 a 1.984)
Indira Ghandi (Indiana, 1.917 a 1.984)
21.04 - A suprema felicidade
da vida é ter a convicção de que somos amados.
Victor Hugo
Victor Hugo
22.04 - O segredo da
felicidade não é fazer sempre aquilo que queremos, mas querer sempre o que se
faz.
Leon Tolstoi
Leon Tolstoi
23.04 - Quando somos felizes,
somos sempre bons, mas quando somos bons nem sempre somos felizes.
Oscar Wilde
Oscar Wilde
24.04 - A felicidade não está
em viver, mas em saber viver.
Mahatma Gandhi
25.04 - O que temos dentro de
nós é o essencial para a felicidade humana.
Arthur Schopenhauer.
Arthur Schopenhauer.
26.04 - Eu preciso do seu
sorriso para ser feliz.
Charles Chaplin.
Charles Chaplin.
27.04 - Felicidade! É inútil
buscá-la em qualquer outro lugar que não seja no calor das relações humanas.
Antoine Saint Exupéry.
Antoine Saint Exupéry.
28.04 - A felicidade não está
no fim da jornada, mas sim em cada curva do caminho para encontrá-la.
Madre Teresa de Calcutá.
Madre Teresa de Calcutá.
29.04 - Felicidade é um
estado de satisfação interior.
Antônio Ribeiro.
Antônio Ribeiro.
30.04 - A felicidade está no
coração de quem tem uma alma caridosa.
Autor Desconhecido.
Autor Desconhecido.
DIRCE
BERGAMASCO – São
José dos Campos/SP
- Presidente da Academia Tiradentes de Odontologia
2000 a 2004 -
{ Continuamos a série de Artigos da nossa ilustre Titular, abordando a vida e a obra do nosso Patrono, base do belo opúsculo que lançou quando foi atuante Presidente. }
TRIBUTO A TIRADENTES
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER
- Presidente da Academia Tiradentes de Odontologia
2000 a 2004 -
{ Continuamos a série de Artigos da nossa ilustre Titular, abordando a vida e a obra do nosso Patrono, base do belo opúsculo que lançou quando foi atuante Presidente. }
TRIBUTO A TIRADENTES
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER
Os apelidos que lhe foram
dados revelam sua pluralidade: o Corta
Vento, o República, o Gramaticão, o Liberdade.
Andava
com dicionários, livros sobre a Independência norte americana; entusiasta,
loquaz, falava de modo aberto.
Têm Vossas Mercês todo este povo açoitado por um só homem, e nós todos
a chorarmos como negros - ai, ai...E de três em três anos, vem um e leva um
milhão; e os criados levam outro tanto, e como hão os pobres filhos da América?
Se fosse outra nação já se tinha levantado! www.utopia.com.br
Philip Pullela (Ag. Reuters - 06/07/2004) num
artigo sobre Leonardo da Vinci, diz que ele foi um gênio criativo da história
da humanidade. Era pintor, escultor, arquiteto, músico, engenheiro, inventor,
cientista, estrategista, militar, botânico e anatomista.
Analogamente, digo que Tiradentes foi o
gênio criativo
da Independência do Brasil.
Ele foi tropeiro, comerciante, dentista, fitoterapeuta,
militar, minerador, engenheiro (canalizou as águas do Rio
Andaraí e construiu armazéns e porto, no Rio de Janeiro),
idealista, idealizador da Inconfidência, valente, MÁRTIR E
HERÓI DA NAÇÃO!
da Independência do Brasil.
Ele foi tropeiro, comerciante, dentista, fitoterapeuta,
militar, minerador, engenheiro (canalizou as águas do Rio
Andaraí e construiu armazéns e porto, no Rio de Janeiro),
idealista, idealizador da Inconfidência, valente, MÁRTIR E
HERÓI DA NAÇÃO!
Até o governador Luís da Cunha Meneses,
de caráter duvidoso e ignorante, nomeado para governar a Capitania das Minas
Gerais, pela Corte de Dª Maria I, dizia que Tiradentes tinha uma inteligência “meneira
lógica” (entendido em mineralogia).
Detalhe interessante a registrar: nas
cartas à Rainha, em 1787, o Desembargador Thomaz Antônio Gonzaga diz: Nem me atrevo a representar coisa alguma a
esse Exmo. General, por conhecer seu notório despotismo. Elle tira os
padecimentos do patíbulo; ele açoita com instrumentos de castigar os escravos,
as pessoas livres, sem mais culpa ou processo(...) elle mete os advogados e os
homens graves a ferros; elle dá portarias aos contratadores para prenderem a
todos que lhes querem que lhes devam... elle revoga os julgados, e ainda os
mesmos das Relações. Enfim, senhores, elle não tem outra ley e razão mais que
ditame de sua vontade e de seus criados.
Esta carta nos ajuda a
concluir sobre Tiradentes: - Compadre e
amigo José Ricardo: A notícia que Vossa Mercê me dá de Vila Rica - barril de
pólvora à espera de uma faísca para explodir -
deixou-me amedrontado.
Imaginemos que o Visconde de Barbacena, ao chegar, faça o lançamento
da Derrama./ A revolução rebentará, afirma Vossa Mercê./ Será um desastre./
Desastre porque, nós brasileiros, não temos
elementos para fazer uma revolução em prol de nossa independência. Não
temos nada! Portugal tem tudo, tem tropa e tem armas. Seremos vencidos nos primeiros
arrancos.
É preciso que os brasileiros de responsabilidade aí em Vila Rica
procurem conter o Alferes Tiradentes. Êle, com seu ardor patriótico, é capaz de
atirar a Capitania na perigosa aventura de uma revolução separatista./ Eu
conheço bem o Alferes./ Nasci e criei-me na região em que ele nasceu e se
criou. Eu era rapaz e ele menino./ Conheci-lhe os pais, os irmãos, a família
toda. O pai era português, a mãe mineira, nascida na vila de São José, comarca
do Rio das Mortes./ O casal teve sete filhos.
O que nasceu logo depois de
Tiradentes, conseguiu como este, seguir a carreira militar e chegou ao posto de
Capitão. Catarina da Encarnação teve um filho que se ordenou padre - o padre
Antônio Rodrigues Dantas./
Não estavam no rol dos ricos, os pais de Tiradentes. Mas eram o que
nós costumamos chamar de gente arranjada. Possuíam a fazenda Pombal, à margem
do Rio das Mortes, termo de São João d’el Rei, fazenda modesta, com casas de
telhas, alguns escravos, gado, matas virgens e terras para extrair minerais.
Quando menino, Joaquim José chegou a estudar, quando em idade escolar,
com seus irmãos padres que já estavam ordenados.
Com eles aprendeu francês regularmente e latim, melhor do que francês./ Quanto à Língua que falamos estou convencido de que aí em Vila Rica, não há quem saiba melhor do ele. Nem os poetas, nem os magistrados, que tanto relevo dão a essa cidade.
Com eles aprendeu francês regularmente e latim, melhor do que francês./ Quanto à Língua que falamos estou convencido de que aí em Vila Rica, não há quem saiba melhor do ele. Nem os poetas, nem os magistrados, que tanto relevo dão a essa cidade.
Tiradentes é uma inteligência viva, cheia de curiosidades pelos
conhecimentos humanos../ Nunca fez nenhum estudo científico e, no entanto é, em
Minas Gerais, o maior conhecedor de assuntos de mineralogia.
Nunca pisou numa escola de medicina e é o mais hábil cirurgião dentista que possuímos./ E, creia, nasceu com o instinto patriótico.
Era ainda menino, e já falava na grandeza do Brasil, no progresso, na ordem e na liberdade da terra brasileira.
Nunca pisou numa escola de medicina e é o mais hábil cirurgião dentista que possuímos./ E, creia, nasceu com o instinto patriótico.
Era ainda menino, e já falava na grandeza do Brasil, no progresso, na ordem e na liberdade da terra brasileira.
Em Salvador, ligou-se à Maçonaria, que na capital baiana era
frequentada por homens de valor.
E foi com os maçons que ele deu vigor aos seus sentimentos patrióticos. Não tinha jeito para negociante. Faltava-lhe a preocupação do lucro – não conseguiu ganhar dinheiro. Resolveu então tentar a carreira militar, na qual tem sido feliz.
E foi com os maçons que ele deu vigor aos seus sentimentos patrióticos. Não tinha jeito para negociante. Faltava-lhe a preocupação do lucro – não conseguiu ganhar dinheiro. Resolveu então tentar a carreira militar, na qual tem sido feliz.
Há muitos anos está no posto de Alferes, enquanto outros que vestiram
a farda depois dele, já são tenentes, capitães ou majores.
Ouvi dizer que em assuntos de amores é bem feliz. O ardor com que
fala, as ideias que expõe, a sinceridade que se sente em todas suas atitudes,
faz com que as mulheres por ele se apaixonem./ Sei de uma rapariga que lhe tem
amor./ É Eugênia Maria de Jesus, moça humilde, de pais portugueses.
Com Eugênia, ao que me consta, tem ele dois filhos – uma menina, da qual não sei o nome, e um menino, que se chama João. / Disse-me Vossa Mercê que Tiradentes é, aí em Vila Rica, a criatura que mais se exalta contra a triste situação do cativeiro em que nos encontramos. É que ele, que tanto tem lutado pela vida ingrata, é o verdadeiro representante dos nossos anseios de liberdade. É o símbolo do povo sofredor./ Se Vossa Mercê tem alguma influência no espírito de Tiradentes, procure contê-lo. Procure contê-lo porque não é ainda a hora de nos levantarmos contra Portugal. Essa hora virá inevitavelmente!
Com Eugênia, ao que me consta, tem ele dois filhos – uma menina, da qual não sei o nome, e um menino, que se chama João. / Disse-me Vossa Mercê que Tiradentes é, aí em Vila Rica, a criatura que mais se exalta contra a triste situação do cativeiro em que nos encontramos. É que ele, que tanto tem lutado pela vida ingrata, é o verdadeiro representante dos nossos anseios de liberdade. É o símbolo do povo sofredor./ Se Vossa Mercê tem alguma influência no espírito de Tiradentes, procure contê-lo. Procure contê-lo porque não é ainda a hora de nos levantarmos contra Portugal. Essa hora virá inevitavelmente!
Canuto Borges CORREIA, Viriato
História da
Liberdade do Brasil. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira
EDUARDO DE SOUZA - Rio Branco/AC
EDUARDO DE SOUZA - Rio Branco/AC
{Cirurgião Dentista convidado pelo Titular
LUIZ MANOEL DE FREITAS, conforme explicado
na edição de março deste Jornal }
CINEMA - COMENTÁRIO
GRAN TORINO
(Filme de 2008)
Um
dos grandes sucessos da carreira imbatível do ator e diretor Clint Eastwood, GRAN
TORINO, é uma avassaladora história, onde o personagem, vivido pelo
próprio Clint, é um veterano da guerra da Coreia, recentemente aposentado, após
anos trabalhando na Ford, e que, não por acaso, possui um carro ícone da
companhia em que trabalhou, um Gran Torino.
Viúvo
recente, se recusa a mudar de residência, apesar de todos os seus antigos
vizinhos terem ido embora, já que o bairro agora foi tomado por imigrantes, que
não são exatamente bem-vindos na área.
No
seu caso específico, a casa ao lado da sua vem a ser habitada por imigrantes da
etnia Hmong, originária do sudoeste asiático, e que ele considera bárbaros.
Tratado
como inútil, e renegado pelos filhos, com netos e netas que não têm o menor
respeito por ele, o veterano vira quase que um ermitão.
Uma
tentativa de roubo do seu apreciado Gran
Torino, pelo filho do vizinho, muda a trajetória da história, e faz o filme
se tornar uma obra prima.
Através
da irmã do suposto ladrão que ele, por acaso, salva de uma gang local, o
ermitão entra numa sintonia inesperada com a moça, e a intolerância se torna
respeito, através de diálogos brilhantes, onde a moça da etnia Hmong, dá uma
cativante e sutil aula sobre suas origens, coisas totalmente desconhecidas para
um americano padrão, que só conhece a sua própria história e geografia.
Acontecimentos
beirando a tragédia e imprevistos, fazem o velho soldado tomar decisões que
desafiam uma suposta lógica, para quem vê as coisas por ângulos ortodoxos.
Conflitos religiosos, com o seu passado, e ações que ele cometeu ao participar
da guerra, aparecem como fantasmas para atormentá-lo.
O
universo cultural, dos seus supostos “bárbaros vizinhos”, surge como uma luz
inesperada ao longo das conversas com a esperta personagem da moça Hmong, Sue.
A gente já começa a gostar da Sue na cena em que Walt numa camioneta, a resgata
de uns brutamontes negros que a incomodam ao caminhar com um suposto namorado,
num local barra pesada.
Ela
não se intimida com os caras e, “respondona”, os xinga e faz ironias com o
linguajar dos idiotas.
Já dentro da camioneta, ela de cara já “zona” com a
“cultura” do Walt, quando ele confunde etnia com um lugar ou país, quando ela
diz que é Hmong.
Ele,
na sua total ignorância, pergunta onde fica Hmong? Ela explica que é um povo
que ajudou os americanos no Vietnam, e que, após a guerra, foram
perseguidos.
Ele,
continuando na sua ignorância geo-étnica, diz: - Por que vocês não ficaram lá nas florestas?
Ela dá outra “catracada” no velho soldado, e
diz que eles são povo das montanhas, não de selvas, seu “buga-buga”.
Em
outra cena, ele diz para ela ter cuidado com a cadela Daisy, sua única
companhia, e ela retruca: - Não se
preocupe, nós só comemos gatos!
Irreverência,
claro, contrapondo a “carranca” do ermitão...
Ética,
respeito e tolerância afloram ao longo dessa história sedutora e, no final, de
novo, de forma “não ortodoxa”, justiça e paz são obtidas ao custo de valores,
que só um velho soldado com a trajetória do Walt, saberia dar.
FARID ZACHARIAS – Rio de
Janeiro/RJ
Academia Brasileira de Belas Artes – Cadeira nº 03
MEMÓRIA
- PREVENÇÃO
Memória é a propriedade de reviver na consciência os fatos passados. Ela é variável de um indivíduo para outro, e pode variar segundo a idade.
Vale
a pena citar alguns bons conselhos que seguimos e aplicamos depois de muitas
leituras:
1°) Fazer
exercícios físicos. São indispensáveis, pois beneficiam o coração e o pulmão,
diminuindo a pressão arterial, promovendo um sono tranquilo; aumentam o bom
colesterol (H.D.L); previnem o diabete; ajudam o bom funcionamento das
glândulas; aumentam a potência sexual do homem; melhoram a circulação sanguínea
quando as células recebem os benefícios de uma boa oxigenação.
Deve-se
fazer exercícios 03 vezes por semana, cerca de 40 minutos. E atenção:
não pare nunca de fazer exercícios, só com ordem médica.
Pode
ser ginástica, natação, hidroginástica ou pilates. É bom ir devagar no
princípio, podendo sentir um pouco de cansaço físico, que não será problema,
pois, um bom sono e descanso, resolverão;
2°)
Colocar carteira e dinheiro, com documentos de identidade, chaves e os óculos,
sempre no mesmo lugar;
3°) Andar sempre com uma agenda para ter todos os
compromissos anotados;
4°) Após a leitura de um livro, fazer um resumo do
que leu e comentar com alguém, porque a repetição é a mãe do aprendizado;
5°) Uma estatística de indivíduos entre 45 e 60
anos, mostrou uma perda de cognição de 10 a 15%, e que essa perda aumenta após os 75 anos.
Já,
indivíduos com a vida bem controlada, não bebendo, não fumando, mas tendo uma
atividade física e cultural contínua, são mais propensos a serem felizes e com melhor saúde;
6°) Fazer palavras cruzadas;
7°) É necessário levar uma vida com prática de
hábitos saudáveis, bem como fazer um checape
anual, de acordo com a faixa etária e fatores de risco;
8°) Procurar repetir para guardar na memória,
telefones mais importantes e o seu
C.P.F;
9°) Duas a três xícaras pequenas de café fazem
bem à memória, ajudando o cérebro a liberar norepinefrina.
Vivendo
assim, com esses cuidados, com amor à vida, ao lado de queridos parentes, com
bons amigos, escutando boas músicas, e tendo momentos felizes, de paz e boa
memória, brindemos à saúde e à vida!
IRISLENE CASTELO BRANCO MORATO
Belo Horizonte/MG
Belo Horizonte/MG
Academia Feminina Mineira de
Letras
ATRAÇÃO
Somos caminhantes
Desse Universo
Em expansão
Somos Atraídos
Através do pensamento
A níveis e energia
Semelhantes
O conhecimento nos liberta
E nos torna pacíficos
A luz que vinha de você
Misturou-se a minha luz
Senti uma vibração interna
Que me fez levitar
O prazer que senti
Foi indescritível
Sem palavras
O tempo passou
A não existir!
JOSÉ ANSELMO
CÍCERO DE SÁ – Rio
de Janeiro/RJ
Academia de Artes, Ciências e Letras do
Estado do Rio de Janeiro
Estado do Rio de Janeiro
Cadeira nº 29 - Patrono: Quintino Bocaiúva
O “EU” É
O MAIS IMPORTANTE PROBLEMA DA
ANTROPOLOGIA
FILOSÓFICA.
A
importância do problema do “eu” é tão óbvia
que
parece desnecessário deter-se a destacá-la.
Uma
teoria sã do “eu” deve ser o ponto inicial
– senão o núcleo teórico – de uma adequada
antropologia filosófica.
RISIERI FRONDIZI (1910-1985).
Em seu Livro “Teoria Del Hombre”, assim nos
ensina: O conceito de substância parece
hoje inadequado como categoria básica na interpretação da realidade.
No seu
esforço para compreender os fenômenos físicos e humanos, a ciência e a
filosofia, há mais de 200 anos, acumularam provas de grande peso que revelam as
limitações da concepção substancialista, e forjaram as categorias que haveriam
de substituir a de substância.
Os novos
conceitos de função, processo, relação, atividade, estrutura, parece ajustar-se
melhor a natureza da realidade, em geral, e aos fenômenos espirituais, em
particular.
Em sua
obra Teoria Del Hombre, vemos como Francisco Romero se aproxima da nova
concepção funcionalista e estruturalista, e por isso mantém um estrito
paralelismo com Frondizi que nesta
atmosfera indaga sobre o “eu”.
Já não se trata
de optar, mas sim, de superar a tese substancialista, já de tão longa carreira
e de tão larga aceitação, por parecer até mesmo intuitiva, o que lhe conferiu
uma unidade à concepção do mundo de sua época, e lhe permitiu a presença e
supostos e doutrinas que passam por anti-substancialistas.
A história
da filosofia é constituída de opções em que as investigações são conduzidas até
que as possibilidades sejam exauridas e surjam novas confrontações hipotéticas,
pois nada detém a inquietude do espírito humano na sua avidez de conhecimento.
A história
pode revelar o que sucedeu com a doutrina substancialista, para a qual alguns
filósofos dedicaram a sua existência. Agora, o interesse é especular sobre as
possibilidades oferecidas pela nova doutrina, que coloca em evidência os
conceitos de função e estrutura.
O conceito
do “eu” está intimamente relacionado
com esta nova visão da realidade. O desenvolvimento de uma adequada teoria do “eu” se viu entorpecido por um dilema
ardiloso, que pretende obrigar-nos por um “eu”
substancial ou a renunciar ao “eu” por
completo. O dilema parte do suposto
substancialista que não concebe existência efetiva senão à substância relativa
aos atributos, modos e qualidades.
Diante
disto, restam dois caminhos: o “eu”
se converte em um ente metafísico que foge de todo compromisso com sua natureza
cambiante para assegurar-se de continuidade ou, pelo contrário, o “eu” é visto segundo dados empíricos que
lhe exigem a mutabilidade, porém não logram explicar a unidade e continuidade,
pois o “eu” se dissolve na torrente
vivencial. Optando-se por uma ou outra alternativa, a teoria proposta estará
viciada por uma atitude estreita que não concebe mais realidade efetiva do que
a substancial.
Renè
Descartes e David Hume representam os dois
extremos desse dilema que até hoje mantém fechado todo caminho fecundo, apesar
das numerosas tentativas de abrir novas rotas.
Se por um
processo de lenta evolução histórica, a primeira posição acaba por se fundir na
segunda, isto ainda não corresponde a uma situação histórica distinta como
atual.
Foi
preciso libertar o terreno das limitações impostas por colocações baseadas em
supostos da ineficácia, da maneira de defrontar-se hipoteticamente com a
realidade sem o prévio apoio dos fatos.
Hoje, a
tendência é extrair da experiência os conceitos que explicam a realidade, neste
caso, a continuidade e unidade do “eu”
sem olvidar sua natureza cambiante, pois tão efetivo é um caráter como o outro.
A
categoria da substância transformou do “eu”
em um ente imutável, simples, independente. Os conceitos de função e estrutura
respondem pela sua natureza e funcionamento, isto é, dá conta da sua dualidade
de aspectos, a permanência e a mutabilidade – que de outra maneira não teria
explicação.
O “eu” é passível de uma pluralidade de
interpretação, conforme se tenha dele uma visão científica, filosófica ou
metafísica, daí a dificuldade que oferece sua conceituação.
O “eu” tem relação com a transcendência,
com o próximo, com o próprio corpo, e com muitas palavras, conforme o que se
pretende expressar, tais como: “ego”, “alma”. “psique”, “espírito”. A simples
referência ao termo “eu” pode
expressar uma realidade mais ou menos restrita.
No
entanto, sem perder sua nota de universalidade, este termo mantém uma constante
referência a um indivíduo “de carne e osso”, e dá à doutrina que dele trata uma
raiz empírica que deve ser conservada. Neste caso, o “eu” é um “espírito encarnado”, e sua ação se passa dentro do ciclo
vital que compreende sua existência, e dentro da qual se realiza o processo
histórico-evolutivo.
O “eu” é função cumprida, porém, também
função por cumprir, capacidade, potência. Nosso ser consiste no que temos
feito, porém, também, no que nos propomos e somos capazes de fazer.
O passado
cria capacidade; a capacidade dá sentido ao passado. Ainda a capacidade nunca
realizada, a potência que não chegou a ser ato, forma parte integrante do nosso
“eu”. O passado adquire sentido à luz
do futuro; este, por sua vez, depende do passado que é o motor que impulsiona
nossa vida para o futuro.
O “eu” tem, pois, um caráter dinâmico, uma
tendência à unidade. É algo que já foi e que aspira a ser constantemente mais.
Sempre há um “eu” qualquer que seja
sua variação pela qual se enriquece e se modifica.
A mudança
não significa senão alteração da unidade anterior. De modo que o velho não
chega nunca a desaparecer por completo, visto que pode alterar sua natureza e
significação em qualquer momento.
Inegavelmente
o “eu” é o mais importante problema da Antropologia Filosófica, pois
que é o seu ponto de partida e também o seu núcleo teórico. Não se pode olvidar
que o estudo do espírito objetivo lança valiosa luz sobre a natureza do homem,
este estudo não exclui, e até mesmo supõe o do espírito subjetivo, pelo
contrário, deve incentivar a criatividade por exigência de mais cultura para
que a mente humana se situe adequadamente diante da realidade humana natural.
JOSÉ ROBERTO DE MELO
Presidente de Honra – Em
Memória
COMO ENTREI NA HISTÓRIA DE CORTÊS/PE
{
CONTINUAÇÃO }
CAPÍTULO 90 - A 1ª Câmara de Vereadores de Cortês, foi empossada no
dia 29 de dezembro para governar de 1956 a 1959. Era composta de Antônio
Valença Borba, Bernardino Valença Borba, Edgar Bezerra Lopes, Otílio Alves de
Santana, Hílton Cavalcanti, Rui Emídio da Silva, João Buarque Fraga de Gusmão,
Albertino Araújo e eu..
No mesmo dia concluí meu mandato de Prefeito e fiz as
seguintes inaugurações: Ruas Celso Borba, José Belarmino,
avenida São Francisco com pavimentação e ajardinamento, travessa da Estação, e
da rua José Ponciano. Inaugurei ainda o serviço de abastecimento d'água com
dois chafarizes e banheiros públicos.
A Câmara elegeu
sua 1ª mesa diretora assim constituída: Presidente: José Roberto de Melo,
vice-presidente Hilton Alves Cavalcanti, 1º secretário Antônio Valença Borba e
2º secretário Albertino Araújo. O dia foi festivo começando com Missa em ação
de graças e primeira comunhão, celebrada pelo padre Gerson Galvão, banda de
música e churrasco. Terminou com a posse de José Valença Borba, o novo
prefeito eleito.
CAPÍTULO 91 - José Borba
começou a administrar com muita disposição. Ele foi um reformador de Cortês,
lutando com a ingrata topografia local, criando novos espaços, fazendo surgir
uma cidade nova. Na Câmara Municipal eu procurava lhe dar apoio.
Fui presidente do Legislativo por todo meu mandato. Durante este período faleceu o vereador Otílio Santana e Olegário assumiu.
O novo vereador mostrou que não tinha o mesmo amor que os outros processavam por Cortês.
Passado um tempinho apresentou projeto elevando os subsídios dos Câmara que foi reprovado. Mais adiante fomos tomados de surpresa com a renúncia dos vereadores Toínho Borba e Edgar Lopes. Nunca soube realmente a razão. Mas gostei que Edgar deixasse a Câmara, ele criava problemas no desempenho do trabalho.
Tratei de legalizar a renúncia, mas temi que houvesse interferência para ele desistir. Precisava que o ato fosse publicado com urgência na imprensa da Capital. Lembrei-me então de que estava sendo feito um recadastramento no eleitorado. Procurei saber, e só onze eleitores tinham sido recadastrados.
Fiz a notícia: "Havia duas vagas na Câmara, não havia suplentes tinha de haver eleição e só tinha 11 eleitores inscritos". Os jornais do Recife publicaram e não foi só, um jornal do Rio de Janeiro deu em 1ª página.
A eleição foi feita posteriormente com 1752 eleitores, tendo sido eleitos pelo Partido Social Democrático, o nosso, Edgar Priston e Miguel Arcanjo dos Santos. Pelo Partido Socialista foi derrotado José Brito da Silva. { CONTINUA }
LUIZ MANOEL DE FREITAS - Natal/RN
Idealizador / Superintendente Técnico do
PROJETO REVIVER
e a Deus o que é de Deus,
Fui presidente do Legislativo por todo meu mandato. Durante este período faleceu o vereador Otílio Santana e Olegário assumiu.
O novo vereador mostrou que não tinha o mesmo amor que os outros processavam por Cortês.
Passado um tempinho apresentou projeto elevando os subsídios dos Câmara que foi reprovado. Mais adiante fomos tomados de surpresa com a renúncia dos vereadores Toínho Borba e Edgar Lopes. Nunca soube realmente a razão. Mas gostei que Edgar deixasse a Câmara, ele criava problemas no desempenho do trabalho.
Tratei de legalizar a renúncia, mas temi que houvesse interferência para ele desistir. Precisava que o ato fosse publicado com urgência na imprensa da Capital. Lembrei-me então de que estava sendo feito um recadastramento no eleitorado. Procurei saber, e só onze eleitores tinham sido recadastrados.
Fiz a notícia: "Havia duas vagas na Câmara, não havia suplentes tinha de haver eleição e só tinha 11 eleitores inscritos". Os jornais do Recife publicaram e não foi só, um jornal do Rio de Janeiro deu em 1ª página.
A eleição foi feita posteriormente com 1752 eleitores, tendo sido eleitos pelo Partido Social Democrático, o nosso, Edgar Priston e Miguel Arcanjo dos Santos. Pelo Partido Socialista foi derrotado José Brito da Silva. { CONTINUA }
LUIZ MANOEL DE FREITAS - Natal/RN
Idealizador / Superintendente Técnico do
PROJETO REVIVER
TENTAÇÃO
“Dar a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é Deus”
Se não for coisa de cristão, também não é de ateu,
Mas pode ser de cidadão justo, honesto que mereceu,
Pela sua exatidão, por ser de bom coração,
Encontrar caminhos seus. Sem benesses da justiça,
Sem motivos que aguça nem lhe traz grande lição.
O homem tem que ser honesto,
Percorrer caminho certo, distante da corrupção.
E nesta caminhada afora, ontem, amanhã ou agora
Cumprindo bem a missão, terá toda a consciência,
Da vida suporta e aguenta toda e qualquer tentação.
Só assim dará a Cesar o que é de Cesar,
e a Deus o que é de Deus,
Seja, com certeza, esse homem, um bom cristão ou ateu.
NELSON RUBENS MENDES LORETTO – Gravatá/PE
Professor Adjunto da FOP-UPE
1º Secretário da SBDE
1º Secretário da SBDE
PERDÃO DAS OFENSAS (Irmão José)
Há muitas maneiras de pedir perdão.
Quem se aproxima de ti, sem coragem
de nada dizer, está procurando reconciliação.
Não exijas dos outros um pedido formal
de desculpas.
Não tripudies sobre a discreta
atitude de humildade de quem reconheça o erro.
Para ser esquecida, a ofensa pede que
não seja relembrada.
Facilita as coisas para quem procura
olvidar o passado.
Não fiques rememorando as experiências
amargas de quem faliu.
O perdão genuíno jamais espezinha.
O perdão genuíno jamais espezinha.
Imagina-te escutando referências
constantes sobre as tuas quedas.
Muda de assunto com um sorriso e
perdoa com espontaneidade. Pensa
nisso!
ODETTE MUTTO – São
Paulo/SP
HISTÓRIA DE FAMÍLIA
Minha avó
contava que a avó dela era italiana. Se chamava Maria, tinha chegado em São
Paulo, na sexta feira, e na segunda feira da semana seguinte, já saiu para
trabalhar, fazer penteados nas senhoras ricas; ela era cabeleireira na Itália e
continuou a fazer a mesma coisa no Brasil.
Juntou 04
filhos aos 03 pequenininhos trazidos de lá, formando uma família grande onde se
falava italiano e português.
O marido
de Maria estava no Brasil há mais tempo, tinha vindo como imigrante, e não foi
para lavoura de café. Era chapeleiro, fugiu do abrigo na Rua Alegria, em São
Paulo, e um primo dele arrumou um emprego na Ramenzoni, uma afamada fábrica de
chapéus.
Ali, ele
trabalhou bastante, e mandou a passagem comprada para Maria não precisar passar
pelos mesmos sofrimentos que ele passou, vindo como imigrante.
Ele fumava
cachimbo, pegou uma tosse que ficou até morrer, com 76 anos.
Está
sepultado no cemitério São Paulo; Maria foi com ele uns 10 anos depois.
Quem
também está lá é o meu avô Rubens, eu não o conheci e minha mãe era pequena
quando as pessoas adultas começaram a falar que o Rubens havia ido para o céu,
e ela não viu mais o pai.
Ana
Cristina é minha mãe, Marcus meu pai e Clara, a irmãzinha mandada por Deus!
PLACIDINO GUERRIERI BRIGAGÃO
Rio de Janeiro/RJ
Rio de Janeiro/RJ
Acadêmico Emérito
da
Academia Brasileira de Medicina Militar
Academia Brasileira de Medicina Militar
A AMIZADE ENTRE PESSOAS E POVOS
Amizade
Adorno de concepções
A majestade e a beleza de Criação
Estrela de cada dia
Amizade
A poesia nas palavras
Seu poder e esplendor
A experiência que se vive
Amizade
A elegia do tempo
Alegria e união
O encanto dos nomes
Amizade
A oração da manhã
A conclusão da noite
A peregrinação do poeta
Amizade
O doce canto contínuo entre os povos
O pássaro lascivo
O sol mostrando a confiança
A Amizade
O desejo do bem
A amizade entre pessoas e povos
O merecimento da troca.
Adorno de concepções
A majestade e a beleza de Criação
Estrela de cada dia
Amizade
A poesia nas palavras
Seu poder e esplendor
A experiência que se vive
Amizade
A elegia do tempo
Alegria e união
O encanto dos nomes
Amizade
A oração da manhã
A conclusão da noite
A peregrinação do poeta
Amizade
O doce canto contínuo entre os povos
O pássaro lascivo
O sol mostrando a confiança
A Amizade
O desejo do bem
A amizade entre pessoas e povos
O merecimento da troca.
Todas estas assertiva as faço para confirmar a sólida amizade que existe entre Brasil e Portugal como nações irmãs, alegrando a todos os brasileiros.
O Senado aprovou em 29 de
abril de 2000 o Tratado de Amizade entre o Brasil e Portugal. O objetivo foi
regular as linhas mestras entre os dois países, abolindo alguns instrumentos já
superados pelo tempo.
Reflete a intensidade deste
relacionamento, e oferece o instrumental jurídico necessário à ordenação da
inter-relação entre as duas nações, tornando-a mais pujante.
ROGÉRIO DUBOSSELARD ZIMMERMANN
Recife/PE
Recife/PE
QUANDO SEXTA FEIRA CHEGAR...
Quando sexta-feira chegar,
tudo que esperei e que sempre sonhei,
se tornará realidade,
esquecerei a pressa do mundo, pois a minha felicidade,
se apoiará no encontrar.
Quando sexta-feira chegar,
sentindo teu corpo molhado e eu todo suado,
esgotado de tanto querer,
esquecerei da maldade profunda, pois essa intimidade,
se traduzirá em prazer.
Quando sexta-feira chegar,
meus anseios e toda minha euforia,
serão só calmaria,
esquecerei do tempo e do vento, pois toda essa alegria
se perpetuará no viver.
Quando sexta-feira chegar,
seu cheiro, seu gosto, seu toque,
tudo, me fará repousar,
esquecerei minha vida e o medo,
que no sábado tudo possa acabar.
THALES RIBEIRO DE MAGALHÃES – Rio
de Janeiro/RJ
Diretor do Museu de Odontologia “Salles
Cunha” ABO/RJ
HISTÓRIA MINEIRA
Angustura é a
sede de um Distrito pertencente à cidade de Além Paraíba/MG, e dista 07 km da Rodovia BR-116 (Rio-Bahia), na
altura do Km 800.
Angustura tem
suas origens nos primórdios do povoamento da Zona da Mata mineira.
Durante
o Ciclo do Ouro, a região, outrora habitada pelos índios Puris, cujos vestígios
ainda podem ser encontrados em algumas fazendas, era usada como rota por
contrabandistas, para evitar a fiscalização dos “Registros” existentes na Estrada
oficial – o ”Caminho Novo”.
Em razão dessa segurança tributária a Mata mineira era conhecida como “Áreas Proibidas”.
Em razão dessa segurança tributária a Mata mineira era conhecida como “Áreas Proibidas”.
Neste
contexto, surgiu o primitivo Arraial de Madre
Dios do Angu, atual Angustura, a partir de um pouso de
tropeiros que trilhavam as margens do Rio
Angu.
Nessa época – início do séc. XIX – começaram a ser distribuídas sesmarias aos primeiros colonizadores da região.
Nessa época – início do séc. XIX – começaram a ser distribuídas sesmarias aos primeiros colonizadores da região.
Em 27
de março de 1841, o Arraial pertencia à Vila de São Manuel do Rio da Pomba, e
foi elevado à categoria de Distrito com
o nome de Madre de Deus do Angu, sendo incorporado à Vila de
São João Nepomuceno, em 1842.
Com a
expansão da cafeicultura através do vale do Rio Paraíba, Angustura destacou-se como grande produtora, e teve o seu apogeu
entre o final dos 1800 e princípios dos 1900.
Os
grandes fazendeiros de então erigiram a sua atual Igreja Matriz, inaugurada em
1886, artisticamente decorada por artífices contratados na Corte.
Ergueram
também à sua volta, belos solares. O templo e seu entorno integram um
harmonioso cenário, emoldurado pelo verde e pelas montanhas que caracterizam a
silhueta da geografia mineira. Suas fazendas possuíram inúmeros escravos e,
após a libertação destes, atraíram muitos imigrantes europeus para o trabalho
nas lavouras de café.
Em 1874,
o surgimento da Estrada de Ferro da Leopoldina não contemplou, contudo, o
Distrito de Angustura.
Posteriormente,
com a criação da antiga rodovia Rio-Bahia, na década de 1930, novamente Angustura se via preterida.
Mais
tarde, com o declínio do café e com o êxodo rural iniciado com o processo de
industrialização do País - em particular a instalação da Cia. Siderúrgica
Nacional – ocorreu o seu esvaziamento populacional.
Tais
fatos, se de um lado penalizaram o progresso de Angustura, paradoxalmente, de outro, contribuíram para o resguardo
de parte de seu conjunto arquitetônico original, hoje tombado pela municipalidade.
Muitos
representantes de sua aristocracia cafeeira se notabilizaram na vida pública do
Município, da Província, do Império e da nascente República.
Em Angustura, também tombado pelo patrimônio municipal, encontra-se o Mausoléu do Primeiro Comandante Geral da Policia Militar de Minas Gerais, Cel. Francisco de Assis Manso da Costa Reis.
Em Angustura, também tombado pelo patrimônio municipal, encontra-se o Mausoléu do Primeiro Comandante Geral da Policia Militar de Minas Gerais, Cel. Francisco de Assis Manso da Costa Reis.
O pai
do Cel. Assis era o Cap. Valeriano Manso
da Costa Reis, colega de
Regimento de TIRADENTES – por este
citado nos Autos de Devassa da Inconfidência – e sua mãe era Dª Ana Ricarda de
Seixas, irmã de Mª Dorothéa Joaquina
de Seixas – a MARÍLIA DE DIRCEU, musa
do poeta inconfidente, THOMAZ ANTÔNIO
GONZAGA.
Outro
que merece destaque é o Deputado Antônio Romualdo Monteiro Manso, notabilizado por ter sido o primeiro político do
Império que se negou a prestar juramento de fidelidade a D. Pedro II.
Em razão de suas convicções antimonarquistas, Monteiro Manso conquistou a admiração do propagandista republicano SILVA JARDIM, que visitou ANGUSTURA, onde sofreu um atentado em março de 1889.
Em razão de suas convicções antimonarquistas, Monteiro Manso conquistou a admiração do propagandista republicano SILVA JARDIM, que visitou ANGUSTURA, onde sofreu um atentado em março de 1889.
Em Angustura faleceu, em sua Fazenda
Babilônica, o Senador Agostinho Cezário de Figueiredo Cortes, que dá nome à de Senador Cortes, nessa Zona da Mata.
São
também angusturenses o grande jurista, de renome nacional, Nelson Hungria; o Deputado Provincial Francisco Cezário de Figueiredo
Côrtes; e o ex-Prefeito de Araxá, Fausto Alvim - que também foi Presidente
do antigo IAPC e, em idade provecta, tornou-se escultor, cujo talento é
reconhecido por importantes críticos de arte.
O Dicionário
do Aurélio nos ensina que Angustura significa:
Passagem
estreita entre montanhas.
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